Surpresa!
Voltei com uma suposta on-shot... que afinal será "Two-shot". Qualquer alteração futura... saberão ;)
e à parte desse detalhe.. tchan Tchan...
Eis uma ideia repentina.
Dedicado: à Ana, a Xia M e Niziye Rammsteiner
Disclaimer: Two-shot sem fins lucrativos O anime beyblade pertence a Aoi Takao. Sakura Shinohara/ Sakura Priestov pertence-me, assim como toda a família Priestov.
Não seguirei, por completo, a linha do mangá, pois, esta versão, será um meio para explicar algumas ligações com determinadas personagens.
Tentei descobri o nome do pai do Tyson/Takao, mas graças a Xia M, utilizei o original (Tatsuya). No entanto, arranjei um nome "extra" para ele. Assim como Susumo, o Pai de Kai, terá outro nome (Yami). Obrigada à Ana pela escolha da Yuki! ;)
Blah! Deixemos as explicações de parte... E avancemos sem medo para a leitura,
Acho que é tudo!
Boa leitura.
Título: Amizades, Paixões e Planos
~~~Primeira Parte ~~~
Três meses após a Queda da BEGA.
Stanley Dikinson, estava orgulhoso de toda a evolução.
Tinha conseguido, deter alguns fiéis ideologistas de Voltaire Hiwatari. Abadias secretas, foram conquistadas pela BBA, arquivando os relatórios de décadas de experiências animalescas, hediondas, horríveis, desprezíveis e que, não serviam nenhum propósito comum benéfico para a humanidade.
Os Bit Bichos são espíritos sagrados e como tal, não é natural, o ser humano alterar a sua essência. Consequências existiriam, e Dikinson estava receoso. Sim! A verdade nua e crua era essa. Receoso. Por isso, tinha contactado o arqueólogo Tatsuya Kinomiya, para ajudá-lo a compreender o que poderia vir no futuro próximo, porém, com a sua chegada, o tempo tornou-se escasso, devido à curiosidade da analise de todos os relatórios existentes de bit-bichos. Como tinham adquirido, os seus poderes, pontos fortes e fraquezas, a conversa de possíveis consequências, ficou temporariamente adiada.
Um dos empregados da BBA, trazia num carrinho, uma pilha de capas acastanhadas e documentos amarelados. Um logotipo avermelhado captou a sua atenção.
- Por favor – indicou Dikinson ao funcionário – esse carrinho, pode deixar no meu escritório jovem.
- sim senhor. – respondeu automaticamente, endireitando o carrinho e orientando a sua nova rota.
Stanley aguardou que a porta do escritório se fechasse. Inspirou fundo. Fechou os olhos e expirou lentamente.
Ele passou quase a vida inteira, à procura daqueles documentos. Sempre suspeitou que Voltaire os tivesse, mas, encontrá-los, de forma tão banal, conseguia perturba-lo.
Agarrou no seu telemóvel. Do outro lado, rapidamente atendeu, Ryu Kinomiya, avô de Hitoshi e Takao Kinomiya. O tom aflitivo de Dikinson, preocupou Ryu e como tal, deixou a sua residência à pressa, deixando a famosa equipa Bladebreakers lá.
Ryu, quando chegou à recepção da Sede BBA, nem parou para informar que possuía uma reunião agendada com Dikinson. Por pouco que os seguranças não o detiveram, havendo a intervenção de Stanley.
- tens que dizer-lhes que não sou nenhum terrorista, Stanley! – esbracejava Ryu, indignado com todo o aparato.
- são as regras de segurança, Ryu. – comentou Stanley, rindo um pouco. – só tu, meu velho amigo.
- à parte deste aquecimento, preocupaste-me com aquela chamada. – Ryu, sentou-se na cadeira mais próxima
- Encontrei-o, Ryu. O plano "Primavera em Shinohara ".
- estás a falar a sério? Encontraste os documentos que os nossos antepassados, criaram para impedir a loucura de Krigor Hiwatari? Mas isso é fantástico! É merecedor de comemoração! Tenho pena que a … - os seus olhos tremeluziram – Haruhi, já não esteja entre nós para festejar.
- é uma pena mesmo. Acredito que ela esteja orgulhosa, neste momento Ryu. – permitiu demonstrar um sorriso cúmplice. – Mas podíamos ter evitado, mais cedo, tudo isto. Tens noção de quantas pessoas morreram devido a esta loucura? Demasiadas, Stanley. E algumas delas…
- eram-nos próximas. – finalizou Dikinson. – preparado para abrir os documentos?
- acho que não temos a perder! Afinal, já não vamos para novos.
Os dois riram baixinhos, aliviando o ambiente no escritório.
- Não soubeste de mais nada, da filha de Haruhi, desde aquele incidente?
- da Saya? Ela acabou por falecer, e a filha ficou aos cuidados da família do pai.
- os Priestov? – indagou perplexo Dikinson.
- Haruhi, enquanto viveu, tentou cuidar da neta, da melhor forma que conseguiu.
- amor como o vosso, nunca vi, Ryu. – confessou Dikinson.
Ryu fitou, com pequenas lágrimas gordas nos olhos, as pastas que estavam prestes a serem vasculhadas.
- eu prometi-lhe Stanley, que cuidaria da neta dela, como se minha fosse.
- ainda estás a tempo de cumprir, Ryu.
Dois batimentos cardíacos acelerados, ecoavam, na sala. Estava na hora de revelar toda a verdade. O real propósito da criação da BBA, a ligação dos Kinomiyas com os Hiwataris, Priestov e Dikinson, era já antiga.
Em 1907
Vladimir Hiwatari, um cientista insano, obcecado pela vida eterna e exército de soldados perfeitos, educava o seu filho, Krigor Hiwatari, para seguir os seus passos. Só que, o aprendiz superou o mestre, numa escala de desumanidade tremenda. Torturar pessoas, era o seu hobby favorito.
Um pequeno grupo, reuniu-se e formulou o plano "Primavera Shinohara".
O local do ataque. Itália, ao princípio da noite.
O plano teria resultado na perfeição, se Krigor Hiwatari, estivesse de facto no veículo atacado.
Os intervenientes fugiram, aguardando por nova tentativa de ataque. Krigor nunca soube ao certo, quem teria tido a ousadia de tal façanha.
Num jantar elegante, na pequena vila de Palermo, encontrava-se a família Drummstang, a nobreza germânica e italiana, encontrava-se com a Russa, Inglesa, espanhola, Francesa, enfim. Era uma reunião de elite, das famílias mais importantes de toda a Europa.
Melissa Drummstang, de 18 anos, a filha mais nova de Albert Dummstang e Bella Rossi, roubava os suspiros de muitos rapazes daquela festa. Pele clara, sedosa, elegante, de cabelos longos e negros, com duas amoras nos olhos, lábios rosados carnudos. O vestido lilas, contrastava perfeitamente. Porem, Melissa, jovem, feliz, rica, aprendeu às escondidas, a arte da enfermagem. Era o seu orgulho. Algo que a família não tinha conseguido controlar nem sabia de tal coisa.
O partir do vidro no salão principal, precipitou o final da festa.
Várias pessoas foram atingidas, com os pedaços de vidro. Ninguém morreu. Restou apenas o susto e as cicatrizes.
Na noite seguinte, em noite escura como o olhar da Melissa Drummstang, cruzou-se com um homem, quase moribundo. Pediu ajuda à sua fiel empregada. Levaram-no para um casebre.
- signorita! – insistiu a empregada – os seus pais vão estranhar se não regressar a casa, agora!
- inventa uma desculpa! Daqui não saiu. Não vou deixa-lo morrer.
- Signorita – suspirou fortemente – estarei de regresso amanha, mas se puder chegar antes do nascer do sol…
- grazie.
E numa correria a empregada foi-se embora, deixando Melissa focada no seu trabalho. Com esforço e os nervos à flor da pele, conseguiu estancar a hemorragia, acabando por salvar a vida de um rapaz robusto e ensanguentado. Ela tinha que regressar a casa, mas, não conseguia abandona-lo. O jovem passou a noite em claro, com febre alta, pronunciando estranhos nomes para Melissa.
George Dikinson.
Miharu Hajime.
Ren Kinomiya.
Krigor Hiwatari.
Cada vez que ele balbuciava os nomes, ela escrevia como soavam as letras. Algum destes nomes era o seu? Estaria ele, acusar as pessoas que o tinham atacado? Ou até mesmo traído? Apenas um nome era sonante nos seus ouvidos.
No nascer da manhã, a febre começou a baixar, lentamente, refreando deste modo, a insistência dos nomes.
Melissa, tentava desviar atenção do jovem que tinha à sua frente, mas a musculatura bem trabalhada, prendia-lhe atenção. Ficava na dúvida se aproximava, para endireitar uma mecha de cabelo ou se o deixava quieto, sentindo apenas o ritmo da sua respiração.
- Mikhail Priestov, miss. - abriu os olhos azuis esverdeados, agarrando lentamente no pulso de Melissa.
- Melissa. - sussurrou surpresa, retribuindo o aperto de mão. Porque tinha ela dito o seu nome?
Outro nome reconhecido. Melissa conhecia o sonante Priestov e Hiwatari. Os grandes amigos. Vinham de famílias poderosas russas e ela estava prometida a um deles. Era suposto terem estado os dois na festa. Seria o primeiro contacto com o seu futuro marido. Sim, os seus pais, nunca revelaram quem seria o seu marido "arranjado". E eis que ela salva uma das duas opções.
Se arrependimento matasse... Teria mudado todo o rumo da história.
Melissa acabou casando com Mikhail Priestov, pois Krigor decidiu dá-la ao amigo, que aparentemente estava perdido nos encantos da enfermeira. Para ele, Krigor Hiwatari, Melissa não detinha todos os requisitos necessários para ser uma esposa de um Hiwatari.
No fim de contas, até que foi bom, ter sido assim. Mikhail era um homem dedicado, carinhoso e desastradamente romântico, o oposto de Krigor, vil, amargo e utópico. A famosa fama de que Priestov e Hiwatari eram os amigos próximos, quebrou-se, numa aquecida discussão de ideias, entre mutações genéticas, manipulação, técnicas de tortura e utilização de crianças para tais experimentos.
Melissa ficou a conhecer o que uma mente maquiavélica é capaz de fazer. Porém, a tecnologia não era avançada o suficiente e os projectos acumularam -se durante décadas, na abadia Balcov.
Alguns anos passaram...
O facto de Mikhail e Krigor, terem perdido o laço de amizade, os seus filhos retomaram -no, ao se cruzarem na escola.
Mikhail pai de cinco rapazes, Krigor de dois rapazes e uma rapariga. A convivência, obrigou-os à prática inicial do politicamente correcto.
- Drummstang? – sussurrou Ryu. – isso não é a escola de elite na Europa?
- sim, uma das secretas escolas Elite. Essa foi criada por Melissa, após o casamento com Mikhail. Chegou a leccionar lá. Deve haver algum registo disso. – respondeu Dikinson, pesquisando no computador. – sim. Biologia. Físico-química. Matemática.
A mão de Ryu tremeu ao agarrar no ficheiro "Miharu Hajime"
Miharu Hajime, tornou -se uma cantora popular no Japão. Casou-se com o artista ToBio Shinobizawa. Tiveram duas filhas. Shiori e Haruhi Shinobizawa. Shiori seguiu os passos da mãe, na carreira musical. Haruhi, decidiu alistar-se as forças especiais, tentando, trazer consigo, a sua paixão secreta de infância, Ryu Kinomiya, filho de Ren Kinomiya.
- Sabes que a Haruhi, quando conseguiu alistar-se para as forças especiais, quis levar-me com ela?
- lembro-me de teres comentado, Ryu. – tranquilizou Dikinson.
- eramos tão jovens. Teria vivido aquelas aventuras, que sempre me fascinaram. Se ao menos, pudesse regressar no tempo…
Moscovo , 1937
Melissa morre de ataque cardíaco, deixando um Mikhail Priestov, desolado e amargurado, ignorando os seus rapazes fortes, robustos, esbeltos e inteligentes e dispostos a fazer asneira. O mais velho dedicou -se ao exército. Os restantes, a pequenos negócios de bebida e de algum tráfico menos digno de se revelar, acabando por participar nas experiências pouco ortodoxas de Voltaire Hiwatari.
Apenas o mais novo dos filhos de Mikhail, Stein Priestov, casou primeiro com a investigadora Svenska Romanov, a sua primeira e única paixão.
Ryu Kinomiya e Haruhi Shinobizawa, por não terem confessado os seus sentimentos, acabaram por conhecer outras pessoas.
Ryu casou -se com Yuuki, uma adorável lojista e excelente cozinheira, e Haruhi, devido a uma noite mal pensada, engravidou de Yoshi Matsumoto, um magnata em ascensão. Desse relacionamento, surgiu Saya. No caso de Ryu, nasceu Tatsuya Kazuki Kinomiya.
Mikhail, contactou Stanley Dikinson, o filho do antigo amigo de faculdade, George Dikinson, que na altura, aguardava aprovação do projecto BBA.
Numa reunião secreta, Ryu, Mikhail (acompanhado por Stein ), Haruhi conheceram Stanley Dikinson. Graças a Svenska, que trabalhava nos projectos de Voltaire Hiwatari, a verdade do que se fazia lá dentro foi revelada. Stanley, guardou os registos, de modo a utiliza -los num futuro próximo. O plano "Primavera em Shinohara", regressava para aniquilar o filho de Krigor Hiwatari, Voltaire.
O grande ponto de viragem.
Svenska foi assassinada, alguns anos depois, deixando dois filhos pequenos, no encargo de Stein. Klaus e Tyron Priestov.
Enquanto Tatsuya Kinomiya foi criado no Japão, com pais atenciosos e disciplinados, na Rússia a conversa foi outra. Frieza, distância. Falta de afecto, definiu os gémeos Klaus e Tyron, assim como os irmãos Yami e Lilith Hiwatari.
E uma vez mais, a amizade das duas famílias prevaleceu.
Anos mais tarde, as experiências de Voltaire começaram a dar frutos.
Yami Hiwatari, Klaus e Tyron Priestov, dedicavam o seu tempo, na caça de bit -bichos raros. Acabando por seguir os passos de investigação do arqueólogo Tatsuya Kazuki Kinomiya, pai já de Hitoshi Kinomiya e em breve, descobriria a existência de um pequeno ser, na barriga da sua esposa.
Kazuki conseguia com alguma naturalidade, detectar bit-bichos. Não sabia explicar ao certo como, mas conseguia. A sua madrinha, Haruhi, costumava chamar -lhe de dom. Kazuki queria mesmo era controlar Dragoon, o bit bicho de família, que se encontrava na espada, no dojo de família.
Kinomiya, tinha conseguido realizar um mapa, de famílias onde os bit bichos determinavam o herdeiro da família, o sucessor, como se de uma distância tratasse. As grandes famílias, todas sem excepção, eram detentoras de um poder ancestral, o que lhes garantiu, com a passagem do tempo, determinadas regalias, títulos e poder.
Uma explosão na expedição, apanhou desprevenido Kazuki. Alguns feridos, mas nada de grave, o acampamento montado, desfez-se. Quando um grito de aflição "desapareceram", arrepiou Kazuki. Os Bit bichos raros, foram roubados. Só tinha o retrato desenhado, das ruínas onde tinha escavado. Fênix de fogo. Fênix relâmpago. Fênix negra. Um bit bicho, cujo poder e forma, não era definido, assustava -o. Ele tremia de medo, só de imaginar, quem poderia ter deitado a mão neles, e para que fins teriam.
Kazuki perdeu o dom, depois disso. Já não conseguia detetar. A sua missão era protegê-los, e falhou redondamente. Regressou ao Japão, passado uma semana.
No dojo, encontrou a sua madrinha, acompanhada da filha Saya Matsumoto, uma atleta de competição de ginástica artística e aluna de Ryu Kinomiya em kendo. A Haruhi, era sua "madrasta", já alguns anos e não condenava a atitude do seu pai. A mãe morrera, alguns anos atras, e o reencontro de Haruhi e Ryu, trouxe à tona, todos os sentimentos enterrados. Os dois, acabaram por morar juntos.
- Tatsuya- kun. Bons olhos te vejam. Que tal a viagem ? – cumprimentou alegremente Haruhi
- Um pouco atribulada, madrinha. Estou feliz por regressar a casa. Saudades da comida, pai! - Um abraço entre os dois e um aperto na perna de Kazuki indicou quem o "atacava"
- Hiro! - pediu no filho e deu uma volta, causando gargalhadas infinitas no rapaz.
- Amor - chamou a esposa de Tatsuya, dando um beijo apaixonado. – ele não parava quieto. - passou a mão pela barriga, sorrindo para o marido. - vamos para a mesa? O teu pai esmerou-se no jantar.
- Está tudo bem? - indagou perplexo Tatsuya, abraçando a esposa, Tsuki, de seu nome.
- Está tudo perfeito. - pegou pela mão e indicou o caminho para a mesa.
A conversa recheou-se de gargalhada, elogios à comida de Ryu, estupefação por Saya estar qualificada para os campeonatos mundiais e ter propostas de pertencer as equipas de dança de alguns artistas de renome, Hiro estava em pulgas para mostrar ao pai o jeito que ele tinha para o beyblade. O novo desporto da moda que utilizava os bit-bichos na luta. Todo o ambiente, descontraído e leve, foi despido com a inocente pergunta de hiro "pai pai! Que bit bicho encontraste desta vez? Posso ver? Por favor ?"
O brilho no olhar de Tatsuya desvaneceu. Aquela simples questão, tocava na ferida recém- aberta.
- desta vez não, filho. - comentou Kazuki, tentando conter a frustração.
- Para a próxima pai, tu vais ver, será o mais belo de todos. - incentivou feliz Hiro, pedindo licença para afastar -se da mesa, para brincar.
- Kazuki... - chamou suavemente Ryu pelo filho.
- Peço desculpa pelo meu humor. - desculpou -se de forma sincera Kazuki.
- Acho que uma surpresa fará o teu sorriso regressar, - anunciou Haruhi, passando a palavra Tsuki.
O coração de Kazuki, encolheu de tal forma. Não sabia o que esperar.
- vamos ter outro menino, amor. - sussurrou um tanto corada, tocando na mão de Kazuki. - eu sei que gostarias de ter uma menina, mas, tentamos para a próxima.
Desde que venha perfeito, meu amor. - abraçou subitamente enchendo-a de beijos, por toda a face. - mais um rapaz! Pai! Este tenho a certeza que será o teu aluno favorito. Hiro terá um irmão para cuidar e brincar. A melhor notícia que podia receber.
Brindes foram feitos, ao futuro Kinomiya. O nome estava a provar ser uma tarefa complicada, até que Saya sugeriu "Takao".
Tyron Priestov, casava -se com Sharon Briggs, uma modelo multimilionária, que já se encontrava grávida.
Dois meses mais tarde, Saya participava no campeonato mundial de ginástica, em Moscovo, cruzando -se com Tyron e Klaus Priestov.
O destino, possuía formas sádicas de brincar com os sentimentos, a melhor forma de o provar foi o amor avassalador que os possuiu. Tyron, que nunca se apaixonaria por ninguém, encantou-se com Saya. Os encontros fortuitos e descuidados, acabaram por destruir os sonhos da japonesa. Estar grávida, depois de conquistar o título de campeã mundial, era tudo o que ela não contava.
Revelou tudo a Tyron, num dia de chuva e trovoada intensa.
- grávida? - inqueriu confuso e alegre Tyron.
- Como podes estar feliz? Tu és casado e à espera de um filho de Sharon! - gritou histérica Saya. - ISTO - apontando para a barriga - nunca deveria ter acontecido! Estou a cometer o mesmo erro que minha mãe!
- Não digas isso. Não não. - implorou o rapaz, ficando de joelhos à frente da japonesa em polvorosa.
- Em que ficamos? Vais abandonar a tua mulher para ficares com a amante? Tens noção da alhada em que nos metemos?
- Vamos resolver tudo. Prometo. Juntos Saya.
- Eu quero abortar. E ninguém sabe de nada. - sussurrou quase num disparo Saya.
- Não! Eu quero este bebé. Eu fico com ele.
- Tyron! Não tens noção do que estás dizendo. Como explicas à imprensa este bebé?
- Confia em mim. Ficas a viver numa das minhas vivendas, onde a calma é a tua aliada. Terás todo o conforto e luxo que necessitares.
- Eu não quero nada teu. Não sou algo que possas comprar …
- Mas não é que tu és a pessoa mais teimosa e casmurra que eu conheço? - soltando uma gargalhada, irritando Saya temporariamente, que soltou um soco no ombro do russo.
- Não rias... Tu sabes que não resisto a essa gargalhada . - murmurou ruborizada Saya.
- E não resisto ver-te assim... Corada, como uma cereja. - endireitou uma mecha de cabelo, aproveitando para roubar um beijo, longo, cheio de desejo e paixão. - Saya... Eu quero que cases comigo. - a rapariga ficava -o surpresa - por favor, não digas que não.
- Mas... Tu já és casado. Não podes pedir alguém em casamento quando tu já o és. - reclamou a japonesa.
- Saya... Minha Saya... Eu sou casado em papel com Sharon. Mas contigo. - apontou na direção do coração.
O silêncio entre os dois perdurou, durante longos minutos. O entrelaçar as mãos, e encostar as testas um no outro, oficializou o compromisso de ambos.
O separar dos dois amantes foi mais custoso, que o habitual. Tyron, estava ansioso por chegar a casa e contar tudo ao irmão. Porém, quando chegou, deparou-se, com um irmão perdido pelas drogas, devido à sua obsessão pela filha de Voltaire. Lilith Hiwatari.
Lilith apaixonara -se, por um colega de faculdade, o que destruiu Klaus.
Vingança era tudo o que pronunciava.
No espaço de um ano nasceu,
Kai Hiwatari.
Takao Kinomiya.
Bellatrix Priestov.
Shazir Priestov.
Belladona Priestov.
E nesse período de tempo, faleceu a mãe de Kai e de Takao.
Sharon divorciou -se de Tyron, para se casar com um magnata escocês, Mcgregor, abandonando as gêmeas Bellatrix e Shazir.
Tyron tentou legalizar todo o processo para se casar com Saya, mas, um acidente numa prova de ginástica, colocou -a em coma. O chão estava a fugir-lhe, literalmente. Tinha três filhas, a mulher que amava internada e o seu irmão, perdido nas drogas.
Recorreu ajuda a Voltaire Hiwatari, mas este recusou-se, ajudar gente inferior e não compatível aos seus testes insanos. Visitas diárias, ao quarto onde Saya estava, passaram a fazer parte da rotina, juntamente com a pequena Belladona.
- é estranho ver como Voltaire tinha acesso a estas provas todas…
- e nunca as ter usado devidamente? – contrapôs Dikinson.
- exacto!
- por vezes, a dor, a perda de alguém que amamos, cega-nos. – concluiu Dikinson.
- cega mesmo. Tolda-nos por completo. – sussurrou Ryu. – adoraria, rever a filha de Saya, como antigamente… a brincar com Hiro e Takao. Ela tinha aquele potencial desmedido em Kendo. – bufou – devia de ter insistido para que ela ficasse connosco, ao invés do pai.
- mesmo que tivesses insistido, Klaus Priestov, teria vindo pessoalmente retirá-la daqui.
- um rufia… é o que o é!- levantou-se subitamente, assustando Dikisnon. - sabes o que seria altamente? – o Presidente da BBA, abanou negativamente com a cabeça – O Hiwatari é o capitão dos Bladebreakers. Tyson o seu rival e amigo. Quem está faltando, para reformular a nova geração dos fundadores "Primavera em Shinohara?
- a filha de Saya. – concluiu Stanley. – coloca-la nos Bladebreakers? Mas…
- ela tem que adorar beyblade, Stanley. Ou pelo menos, possui algum bit-bicho…
- Ryu… tem calma! Não estás a fazer sentido.
- esta geração é louca por beyblade. Ela não é excepção! – afirmou convicto Ryu.
- ainda assim… - murmurou Dikinson.
- confia em mim!
Seis anos depois, Shazir morre congelada numa brincadeira perto do lago Baikal. Bellatrix assistiu a tudo. "Um monstro apareceu do lago e engoliu a mana". Tyron não quis acreditar no que ouvia. Ele tinha jogado para lá, na brincadeira com Klaus, um bit bicho que tinha roubado da expedição do Kinomiya. E esse bit bicho, roubou-lhe uma filha.
Nesse mesmo ano, Saya morreu por morte incerta. Os médicos não souberam explicar a causa, mas Tyron sabia que tinha sido Voltaire. Simplesmente sabia. O velho amargurado, não suportava vê-lo, visitar a mulher acamada, dia após dia, com a visível esperança no olhar de que ela, um dia estaria ao seu lado.
O mundo de Tyron foi abaixo. Tudo o que tinha era duas crianças em seu cuidado e que tinha que dar o seu melhor, para as educar, e para isso, teria que desistir do seu cargo da Biovolt. Algo que Voltaire não permitiu, matando -o a sangue frio, à frente de Belladona.
- criança... - aproximou -se de Belladona e fitou os olhos curiosos. - espera ali na sala. O teu avô vem buscar -te.
- Mas... O papá... - apontando na direcção do corpo - não se levanta. O que ele tem?
- Precisa de descansar. O pai estava cansado. E agora, está com a tua mãe, feliz da vida. Deixou -te aqui.
- Não... - as lágrimas gordas caíram pelo branco rosto de Belladona. Voltaire desviou o olhar. A criança fazia lembrar Lilith. Carregou nos botões do telefone.
- Stein. Vem buscar tua neta.
- Já tenho a minha neta. - insistiu com desdém. - essa bastarda não me é nada.
- Ou cuidas tu, ou trato eu dela. Como vai ser?
Um grito ecoou do outro lado da linha. Após uns instantes, Stein voltou a falar " Klaus vai buscá-la."
Quando Voltaire, voltou-se a criança não estava ali. Em duas passadas foi ter ao corredor. Não via ninguém. Onde teria ido ela?
- empatas! Atrapalham tudo! – reclamou em voz alta Voltaire, carregando num botão e chamando por um guarda – encontra uma miúda. E quando a vires, mata-a.
- sim senhor. – respondeu de imediato o guarda e para Voltaire, aquele assunto estava resolvido, de vez.
- Stanley… recuperamos tudo. Já não existe mais nada da maldade dos Hiawatari! – exclamou divertido Ryu.
- engano o teu. – criticou Stanley – restou Kai Hiwatari. E a Família Priestov.
- Kai não iria reconstruir o império de família, que tanto o magoou. – esclareceu Ryu.
- E os Priestov, Ryu? Preocupo-me com eles.
- os velhos amigos dos Hiwatari?
- mas sobreviveram as miúdas. O Klaus, só se importa com a banda dele. O velho está… sequer é vivo, o Stein?
- segundo os registos sim. Voltaire, aplicou-lhe uma experiência que o mantem vivo.
- Experiência?
- retirar a energia vital de um bit bicho e injectar num ser humano. – informou, em termos práticos para Ryu. O choque no amigo, foi para lá de evidente.
- mas isso… - parou por instantes – tecnologia e ambição. Nunca fui muito apologista dessa combinação.
- os cientistas, que trabalhavam com Voltaire, ficaram agora na minha alçada. Não quero correr o risco de partilharem essa informação.
- pode cair nas mãos erradas. Decisão acertada.
- Dra. Judy, estará à frente do projecto. Tentaremos aproveitar o avanço, tecnológico para algo mais construtivo, e para o bem da Humanidade.
- és um herói, Stanley! O mundo, a partir de agora, estará a salvo.
- esperemos que tenhas razão, Ryu.
- OH NÃO! – gritou subitamente Ruy, levantando-se da cadeira. – deixei os Bladebreakers à solta em casa! – saiu, correndo Ryu, imaginando um neto preguiçoso, ainda enrolado na cama.
- este homem… continua com uma genica. – riu Dikinson, fitando por uma ultima vez os ficheiros.
Estava na hora de encerrar aquele assunto. Teria que falar com Kai e os Bladebreakers. Seria mais do que justo, compartilhar a informação. Um pedaço de história, oculto e quase esquecido pelo tempo.
-/-
Haverá mais no próximo capítulo, mais explicações de certos eventos.
Pequenas notas.
Kai Hiwatari é filho do Susumo/Yami.
A Lilith é tia de Kai e a paixão de Klaus Priestov.
Nesta fase não posso revelar se Yami e Lilith se estão vivos, desaparecidos ou enterrados.
Muita desgraça aconteceu até chegarmos aos Bladebreakers, mas, o mundo real é assim mesmo.
Quis fazer uma família "má"… sim! Quis e acabei por fazer (culpa da inspiração xD ). Achei que era a forma mais prática de mostrar, onde vem o lado do maquiavélico de Voltaire, como surgiu uma infra-estrutura como a BIOVOLT e não só!
Mas…a ideia principal foi… "brincar" com as possibilidades do passado das personagens, para chegar a um presente "atual" e revelar toda a ligação que está por detrás, de cada uma das personagens. Os sentimentos, as perdas, atitudes, os erros, a gloria… enfim… mostrar um mundo diferente de Beyblade.
Oh well… tenho quase a certeza de que me vão matar por isso… please, deixem review!
Ps: próximo capitulo haverá mais personagens de Beyblade conhecidas.
Kissus
