Capítulo Um – Primeira Confissão
25-03-1997 Terça 12:32h
Saco, Diário. QUE SACO! Por que isto tinha que acontecer? Odeio imprevistos, ODEIO!
Acabei de chegar do almoço e de uma conversa nada legal. Uma das corvinais que eu encontrei semana passada se declarou para mim. Na verdade, ela suplicou para que eu largasse Harry e a namorasse. DETESTO quando essas coisas acontecem. Qual a parte do "É só uma aventura" elas não entendem?
Bom, deixo isso para resolver depois. Creio que ela tentou me ameaçar ao dizer que toda a escola saberia sobre mim, mas desistiu quando a lembrei o que fizemos na última semana. E, principalmente, quando disse que tinha adorado. O incrível, Diário, é que isso SEMPRE funciona! Como elas podem ser tão facilmente enganadas por palavras tão frias como as minhas? Agora eu sei como os homens se sentem... Tão "cheios de si" ao nos enganar.
Droga! Preciso ir. Tenho que ver Harry antes das aulas da tarde.
21:48h
Por Merlin, Diário! Eu não consigo enjoar do Harry! Ele sabe como me agradar e como me surpreender como se me conhecesse há anos. E isso me irrita. Não que eu não goste, longe disso. Ele faz tudo da maneira certa, não falha em nenhum detalhe. É como se ele fosse... Perfeito. É... Talvez ele seja mesmo. Talvez eu não saiba dar valor ao que tenho. Talvez eu não passe de uma bruxa novinha e depravada, com um péssimo futuro pela frente. O futuro eu sei que posso mudar. O "depravada"... Bom, não sei se quero. Não agora...
Me encontrei com Harry nas proximidades do lago. Sentei encostada em seu peito e conversamos algumas banalidades, assistindo a lula gigante emergir preguiçosamente, vez ou outra, em sua superfície.
- Gi, sabe o que eu estava pensando?
- Hm... o quê? – perguntei, enquanto ele acariciava meus cabelos lentamente.
- Uma hora ou outra eu terei que enfrentá-lo, você sabe. Eu temo por você...
Virei minha cabeça lentamente para olhá-lo e vi o receio estampado em sua expressão. Vi amor em seus olhos, seguido da dor que sentia ao lembrar de seus pais.
- Você não vai me perder, Harry. Nosso amor é mais forte que tudo isso, mais forte que o próprio "Lord". Nada vai me separar de você...
O beijei com todo o amor que possuía. Queria que ele sentisse toda a segurança que eu fingia ter. Um homem não é nada sem uma mulher que o ame, isso é fato. Harry precisava de mim. Ele precisa de mim. E realmente quis que nada nos separasse, mas acho que meu caráter devasso causará muita tristeza para ambos algum dia...
Fui arrancada bruscamente de meus devaneios ao sentir a mão fria de Harry afastar minha calcinha e me acariciar lentamente. Penetrou-me violentamente com um dedo frio que me causou arrepios e me molhou rapidamente. Beijou-me mais intensamente, como um último beijo antes do fim; colocou mais um dedo, e outro. Logo seus dedos escorregavam facilmente para dentro de mim e eu só conseguia ofegar, presa ainda aos seus lábios famintos. O medo de alguém aparecer não me importou na hora, eu só queria que ele continuasse, que me machucasse mais, me fizesse sentir dor e prazer. Nunca quis uma Sala Precisa tão rapidamente como naquela hora, mas estávamos muito longe dela e só o que eu podia fazer era esquecer que os alunos provavelmente iriam querer aproveitar alguns minutos de sol perto do lago para se distrair depois do almoço.
Harry tentava forçar a entrada do quarto dedo quando ouvimos risadas próximas e ele retirou a mão de dentro da minha saia e lambeu lentamente os dedos, com um olhar tão envergonhado quanto malicioso. Se ele soubesse como me deixou me levaria para a Floresta Proibida e transaria comigo no primeiro tronco de árvore que visse...
E agora eu estou aqui, louca para vê-lo e ele ainda não voltou daquele maldito treino de Quadribol. Pensei em parar de traí-lo, mas acho que é mais forte que eu, Diário. Sinto-me... Vingada, sabe? Por tantos anos fui apenas a irmã caçula inconveniente do melhor amigo dele. Acho que, agora que tenho oportunidade, quero fazê-lo... Sofrer.
26-03-1997 Quarta 01:34h
Quando chegou do treino, tomou um banho e desceu para a Sala Comunal, para me ver. Estávamos com mais alguns quintanistas que estudavam para os NOM's. Eu não estava muito preocupada com eles naquela hora. Eu só queria o Harry. O meu Harry.
Saímos discretamente da sala e ele nos cobriu com a capa de invisibilidade. Fomos direto para a Sala Precisa.
- Você vai terminar a pequena tortura que iniciou de tarde, não é? – disse para ele.
- Tortura? Qual? Não sei do que você está falando, Gin... – ele me respondeu, com um sorriso malicioso.
- A pequena tortura que fez com que eu me tocasse no banheiro durante a aula de Snape... – sussurrei em seu ouvido.
A porta da Sala Precisa se abriu enquanto eu ouvia o gemido leve de Harry. Ele me empurrou lentamente para dentro e fechou a porta.
- Quem está aí? – disse uma voz muito conhecida e odiada.
Uma porta se abriu à esquerda e uma cabeça de cabelos louros platinados emergiu, seguida de uma outra, de cabelos escuros e longos.
- Malfoy?
- Potter. E... Weasley. – disse Malfoy – Eu já devia imaginar.
Puxei Harry pelo braço em direção à saída.
- Vamos embora, Harry.
- Por que tão cedo, Weasley? Eu e Pansy já estamos de saída. Fiquem à vontade.
Pansy me olhou de uma maneira diferente. O nojo que demonstrava ao ver um Weasley parecia ter desaparecido temporariamente.
- Onde estão suas amiguinhas, Weasley? – ela perguntou, com um sorriso malicioso. – Ou hoje a diversão é só entre o casalzinho?
- Que súbito "interesse" é esse, Parkinson? E não entendi o que quis dizer com "amiguinhas".
Vi o nojo de Parkinson voltar rapidamente aos seus olhos e sua expressão mudar. O que ela queria dizer com aquele olhar?
- Não vai dizer? Ótimo. – puxei Harry levemente. – Vamos embora, Harry. Agora.
- Bom divertimento no armário de vassouras, Potter. – Malfoy provocou.
- Ou será no dormitório da Grifinória mesmo, Weasley? Todos sabem como você gosta de ser observada com suas amigui...
- O que vocês estão fazendo aqui?
A porta da Sala Precisa se abriu uma segunda vez e Hermione entrou furiosa.
-Ah! Weasley, uma amiga sua chegou. – o sorriso de Parkinson aumentou. – Agora a festa está completa!
- Chega de falar da minha namorada, sua pequena buldogue. –Harry disse, irritado. – Continue sua diversão, Malfoy.
Harry puxou a mim e Hermione e nos levou com pressa para a Sala Comunal.
- O que você está fazendo aqui, Mione? – perguntei nervosa.
- Eu que devo perguntar! Fui ao quarto do Rony e vi o Mapa do Maroto caído embaixo da sua cama, Harry. Vim atrás dos dois porque ouvi Parkinson falando com uma sonserina que se encontraria com Malfoy hoje. Imaginei onde seria e, bom... Qual outro lugar vocês dois têm para se encontrar? E eu só deixaria Malfoy e Harry juntos em algum lugar do castelo se quisesse vê-los expulsos! Agora, Harry. Dê-me a Capa, acho que ouvi um baru...
- Ora, ora, ora. Três grifinórios fora da cama. Que história interessante ouvirei agora?
E eu achava que já estávamos encrencados o suficiente com a Hermione a nos dar sermões.
- Alguém os enfeitiçou para não falarem? – Snape provocou, com um sorriso nos lábios. – Veremos... 70 pontos serão descontados da Grifinória e, quem sabe, detenções. É uma pena que eu não possa fazer mais que isso...
Eu realmente odeio muito o Snape...
- Potter, sexta-feira, 20h. Minha sala. – disse ele antes de se virar para eu e Mione. – Granger, Weasley, sábado, 17h. Minha sala.
- Mas, profess...
- Sem uma palavra, Potter. – ele respondeu, perigosamente. – Para seus dormitórios... agora.
Fomos acompanhados até o quadro da Mulher Gorda. Assim que o Quadro se fechou, Harry explodiu.
- Por que ele nos deixou separados? O que ele pretende? Eu realmente detestei o modo como ele sorriu!
- Você conhece o Snape, Harry. – disse Hermione, com voz cansada. – Ele quer garantir que não seja algo agradável.
- Com ele, nada é agradável, Mione. – eu disse com nojo na voz.
A Sala Comunal estava vazia àquele horário. Assim que Hermione foi se deitar, percebi que toda a minha vontade de estar com Harry havia sumido. Eu estava com receio de que ele me perguntasse o que Parkinson quis dizer com "Onde estão suas amiguinhas, Weasley?". Harry, no entanto, provou mais uma vez ser um perfeito otário. Ou fingiu que não ouviu, ou preferiu considerar que era apenas mais uma provocação da sonserina nojenta.
Fui dar-lhe um abraço de boa noite, mas ele me segurou mais forte, beijando e mordiscando meu pescoço. Sussurrou ao meu ouvido palavras indecentes. Senti minha vontade voltar aos poucos, estimulada por seus sussurros roucos, e um arrepio perpassar pelo meu corpo enquanto ele dizia o que gostaria de fazer comigo. O gemido que soltei ao ouvi-lo confessar que transar em local público era algo que desejava há tempos me fez sentir o quão excitado ele estava.
Puxei-o para a poltrona mais próxima, me sentando em seu colo. Enquanto o beijava, senti suas mãos percorrendo minhas coxas, subindo para a cintura, chegando aos seios. Meus gemidos foram abafados por sua língua ávida que buscava a minha de maneira obscena e irresistível. Levantei-me e soltei seu cinto, abrindo rapidamente sua calça. Senti minha excitação crescer ao ver o volume sob sua cueca e me ajoelhei entre suas pernas. Expus meu objeto de desejo, imaginando-o dentro de mim, me invadindo, me machucando, satisfazendo meus desejos...
Harry não conseguiu segurar o gemido que minha boca quente provocou ao chupar seu sexo. Aumentei a velocidade aos poucos, alternando beijos e lambidas leves com algumas mais intensas. Ele puxava levemente meu cabelo, ofegava e gemia muito, me incentivando a continuar.
Com um gemido rouco e profundo de Harry, minha boca foi invadida pelo líquido pastoso que eu gostava tanto de vê-lo expelir. Meus movimentos se tornaram mais rápidos depois de seu gozo, e Harry me pedia para parar. Só me afastei quando ele puxou meus cabelos com força, e o demônio em chamas que vi em seus olhos atiçou meu desejo ainda mais.
Sem nem me preocupar com a proteção, me sentei no colo de Harry. Só deu tempo de erguer um pouco a saia e afastar minha calcinha antes de sentir a dor de ser invadida violentamente percorrer meu corpo na forma de arrepios intensos. Cavalguei Harry até a exaustão. Ele mordia meu pescoço e ombros, mordiscava e chupava meus seios com uma fome que eu nunca havia visto antes. Cheguei ao orgasmo durante uma mordida particularmente forte no mamilo que me fez gritar. Harry guiava meus movimentos com mais entusiasmo e eu vi que ele ia gozar novamente. Tirei suas mãos de minha cintura e as segurei contra a poltrona. Parei os movimentos e olhei para ele enquanto levantava a cintura, tirando-o ligeiramente de dentro de mim.
- Eu te amo, Harry James Potter. – e sentei em seu colo com força. Harry gemeu e eu levantei novamente. – Eu realmente te amo...
E a cada vez que eu me sentava em seu colo, Harry gemia mais. Até que, quando me sentei pela sétima vez, contraí meus músculos e o prendi dentro de mim, ele gozou.
O beijo que Harry me deu em seguida me fez sentir a mais devassa de todas as mulheres que já conheci. O que ele tentou me dizer através daquele beijo, eu ainda quero descobrir. No instante seguinte, ouvi um suspiro que não era de Harry. Não estávamos sozinhos... Levantei-me, me postei na frente de Harry e, enquanto ele fechava sua calça, procurei pelo autor do suspiro.
- Quem está aí?
Vi um vulto se esgueirar pelas escadas dormitório feminino e o segui. Ouvi o barulho de uma porta se fechar, mas não soube dizer qual era. Alguma aluna havia visto eu e Harry, eu tinha certeza.
Harry subiu as escadas e notei que ficou inquieto quando disse que não consegui descobrir quem era a garota. Entrei para meu dormitório e, agora que posso pensar calmamente, percebo que hoje não foi um dia muito legal (apesar da transa deliciosa com Harry): sábado tem detenção com Snape, Hermione vai continuar o sermão amanhã, Pansy sabe de algo comprometedor e alguém viu meu encontro com Harry. Definitivamente, minha vida é tudo menos calma, Diário.
N/A:
See ya!
