*** LOVE IS BREWING ***
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Título: Love is Brewing (O amor está se formando)
Autor: Sophie Queen
Shipper: Edward/Bella
Personagens: Humanos
Gênero: Romance
Classificação: M – Maiores de idade
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Sinopse: Bella quer salvar a fazenda da família, e vê no crescente mercado de cerveja artesanal uma possibilidade: o cultivo de lúpulo. Edward é o mestre cervejeiro da Masen Brewing e precisa de um novo produto para salvar sua cervejaria. Será que é só negócios?
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Disclaimer: TWILIGHT infelizmente não me pertence, mas isso não me impede de fazer uma Bella produtora de lúpulo e um Edward mestre cervejeiro. Então já sabe, tudo isso aqui é criação da minha cabeça perturbada!
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Capítulo 1
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Estava seco.
"Está sempre seco, nos dias de hoje", ela pensou.
Sentindo o sol da manhã aquecer seus ombros nus e levantou seus olhos para as colinas arenosas e magricelas até as nuvens finas - um dia perfeito no centro do Arizona, em muitos aspectos -, Bella se viu desejando fervorosamente a chuva.
Ela percebeu o quão estranho era sentir tanta ansiedade sobre o sol e o céu azul, mas ela era uma garota da fazenda. O sustento de sua família dependia por gerações do equilíbrio certo de umidade e calor, e nos últimos anos eles tiveram muito do último e quase nenhum do primeiro.
No primeiro ano da seca, a fazenda de laticínios dos Swan havia se saído bem, passando por uma colheita de milho mais fina que a usual para alimentar as vacas, compensando-a com a silagem. Mas agora - era primavera, o pai dela não tinha conseguido plantar milho no solo seco, a silagem foi esgotada e o poço estava secando.
- Duzentos e cinquenta hectares! – o pai dela exclamou, inclinando-se para pegar um punhado de terra sujando seus dedos de poeira e vendo esta voar ao vento. – Apenas... vazio. Ocioso. Inútil.
"Ele estava falando da terra ou de si mesmo?", ela tornou a pensar.
Sua decepção e medo pelo futuro de sua fazenda eram palpáveis. O que começou com uma estadia de algumas semanas com seus pais depois de concluir seu diploma de bacharel em jornalismo na UC Berkeley - uma parada em sua jornada através do país para buscar sua fortuna na cidade de Nova York - se transformou em uma mudança semipermanente. Sua família estava em apuros, e ela precisava fazer alguma coisa – qualquer coisa – para ajudá-los.
O que eles poderiam fazer? Eles estavam pagando pela ração para o rebanho no verão, e custaria mais de cem mil dólares para perfurar um novo poço. Estava começando a parecer que a venda de suas terras era sua única opção viável, o que era devastador para a quarta geração de Swan que cuidavam daquela terra.
Mas quem compraria uma fazenda de gado leiteiro no meio de uma seca?
Armada com uma sensibilidade milenar e mais conectada às tendências da cultura e dos negócios do que seus pais bastante conservadores e simples, no que consiste a estudo, Bella estava desenvolvendo engenhosas soluções todas as manhãs enquanto passeava pelos hectares de sua propriedade, e aquilo que ela mais sentiria falta se tivesse que vender a fazenda: a cerca de madeira e o portão rachado da entrada de automóveis, a linha de pinheiros no canto noroeste do quintal, a trilha de terra que corria entre o que eram, ao mesmo tempo, altos campos de milho, com suas hastes elevando-se sobre ela e sussurrando seus segredos para o vento.
Qual solução ela poderia ter para dar uma guinada na fazenda?
Começar um restaurante da fazenda para a mesa? Não.
Elaborar um resort para agroturismo? Não.
O cultivo de maconha no Arizona é permitido... mas Charlie, seu pai, nunca aceitaria essa opção.
Bella estava atordoadamente sem qualquer tipo de ideia. Foi quando ela viu uma fina camada de sedimentos cobrindo seu jeans. Ela franziu a testa diante do incomodo.
Malditas ervas daninhas! Nem para ser algo útil!
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Contudo a resposta para o problema de sua família, não veio até um crepúsculo no final da primavera, sentada no balanço da varanda com uma garrafa de cerveja artesanal de uma cervejaria nova a cerca de 80 quilômetros da costa californiana, uma que ela trouxe com ela da geladeira do seu apartamento, quando voltou pra "casa".
Era mês de maio, e já se passava das nove horas, mas o calor era mais sufocante do que a tarde, se possível. Numa tentativa de se refrescar ela apertou a garrafa fria e úmida de cada lado do rosto, respirando satisfatoriamente com o refresco momentâneo. Na etiqueta, impressa em cores fortes, estava a imagem de uma flor de lúpulo rodeado por um halo. A cerveja do tipo IPA foi chamado de "Hop(e) and Dreams".
"Etiqueta bonitinha" – ela pensou. – "Embalagem agradável. Um leve jogo de palavras, esperança (hope) – lúpulo (hop)."
Esperança.
Lúpulo.
Oh. Meu. Deus!
- Oh meu Deus! É isso! – gritou para o luar e as estrelas com um sorriso contagiante em seu rosto. – Lúpulo!
Bella sorriu animada, levantando-se em um rompante e correndo para dentro de casa, gritando por seu pai.
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Dizer que seu pai, Charlie era cético em relação ao seu plano era uma terrível subestimação. Ele estava sem qualquer tipo de fé na ideia maluca de sua filha.
- Você está familiarizado com a expressão, "depois da tormenta, sempre vem a bonança", Bella? – ele perguntou, com as mãos nos quadris.
Bella revirou os olhos cansada.
- Sim, pai, eu sou, mas... – começou, mas Charlie e interrompeu.
- Talvez você precise de mim para explicar o que isso significa? – questionou com os olhos em fendas.
- Na realidade... – começou outra vez.
- Isso se refere à ideia de que, uma vez que você está bem no meio de algo, Bella, geralmente é uma má ideia tentar começar algo novo.
A morena bufou contrariada.
- Eu sei disso, pai! Eu sei que a mudança é difícil e assustadora. – pontuou. – É arriscado, sim, claro que é. Entendi. Mas estamos em uma situação difícil aqui. – tentou argumentar.
- Você não acha que eu percebo isso? – Charlie respondeu bruscamente, seu rosto esquentando, seus olhos castanhos chocolate como os dela brilhando. A tensão de sua situação estava sempre fervendo logo abaixo da superfície.
Porém, esta não era a hora de dar cabeçadas.
- Claro que sim, pai. E não estou dizendo que conheço melhor que você. A agricultura é algo que você fez toda a sua vida. – expôs com veemência.
- Eu tenho as mãos sujas para que você não precise! – disse ele com uma voz trêmula, segurando seu ombro com uma mão calejada. – E agora...
Charlie abaixou sua mão do ombro de Bella, e baixou a cabeça, ligeiramente envergonhado.
- E agora você tem 250 hectares que não está usando, certo? – perguntou com as mãos nos quadris. O pai concordou minimamente. – Então, o que é que você tem a perder?
- Bella.
- Deixe-me tentar isso, pai. Por favor. – implorou. – O custo inicial das mudas é… ok, não é nada, mas os retornos potenciais são bem decentes. Algumas das pesquisas que fiz mostram que poderíamos obter até 25 mil dólares por hectare na safra, se estamos cultivando algumas das variedades mais procuradas e que atraem o nicho cervejeiro, e talvez pudéssemos fazer parceria com alguma cervejaria artesanal da região, seria algo para favorecer nossa região!
Houve uma longa pausa quando Charlie inclinou a cabeça e respirou fundo, considerando a proposta de Bella. Quando ela colocou dessa maneira, não havia muito que ele pudesse oferecer por meio de refutação. Uma chance era melhor que certo fracasso.
Bella aguardou pacientemente o seu pai considerar o que ela havia dito. Com um suspiro cansado do homem mais velho, enfim ele disse:
- Ok. – encarou sua filha no rosto. – Você pode tentar por um verão. Mas se a safra falhar, ou você não conseguir encontrar um mercado para isso...
- Vai funcionar, pai! Eu vou fazer isso funcionar, eu prometo! – Bella gritou animada, balançando na ponta dos pés para beijar sua bochecha. – Obrigado. Você não vai se arrepender disso!
Charlie sorriu enviesado e meio contrariado.
- Eu espero que não. – ele suspirou.
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As semanas seguintes foram um turbilhão de seleção, compra e plantio das mudas, a supervisão da construção de treliças para lúpulo e os diversos quilômetros e quilômetros para tentar encontrar um mercado para o produto que ela esperava ter até o final do verão.
Algumas dessas coisas estavam indo bem - sem problemas, na verdade; ela quase diria um belo acaso. Em uma de suas longas caminhadas pelos campos ao redor da fazenda de sua família, dessa vez, ao longo dos antigos trilhos de trem onde, quando criança, ela e sua prima enterraram moedas na vã tentativa de nascer uma arvore de dinheiro.
Bella sorriu com a lembrança, e ajoelhou-se perto dos trilhos inativos pelos últimos 10 anos e, com suas próprias mãos começou a vasculhar na terra em busca das moedas douradas, prateadas e bronzeadas que ela e Angela haviam enterrado há mais de 20 anos. Finalmente ela encontrou uma única moeda dourada, completamente modificada pela ação do tempo, e dos trens, quando estes ainda usavam aqueles trilhos. A moeda estava alongada e oxidada, mas havia ainda aquela leve lembrança de esperança, de felicidade, de inocência.
A morena sorriu com a lembrança.
Enquanto procurava por outras moedas, Bella tropeçou em plantas que pareciam ser de lúpulo selvagens crescendo começando a se enrolar seu caminho até o velho postes de energia da antiga ferrovia. Estas eram, provavelmente, plantas de lúpulo que crescia, provavelmente haviam caído de um trem em transporte há cem ou mais anos. Era engraçado como algo tão singular tinha uma beleza única.
Interessada, ela voltou no dia seguinte com uma colher de jardinagem e uma cesta e sacos de lona para recolher algumas mudas para pedir para alguém descobrir qual tipo era daquele lúpulo.
Porém, por mais que algumas coisas pareciam funcionar, muitas outras dessas coisas pareciam não estar dando certo. Enquanto as mudas, eram resistentes e precisavam de muita pouca água, e por isso estavam se adaptando bem ao solo árido, Bella estava tendo muito mais dificuldade em garantir um comprador para o seu eventual produto.
- Desculpe, senhorita. – era o que ela constantemente ouvia de todas as cervejarias artesanais que ela gostava e/ou que visitou para tentar vender seu produto. Sem contar que para ser mestre cervejeiros seja no Arizona, no Novo México, em Nevada e na Califórnia, você deveria ser tatuada, barbudo e usar uma camisa branca. Rapidamente ela descobriu que quase todas as cervejarias num raio de 300 km, pertenciam a somente a uma cervejaria mestre, a Twilight Brewing Co., e por mais que isso fosse extremamente bom, eles ainda recusaram veemente o produto de Bella.
- Nossas margens de lucro são tão pequenas que não podemos dar uma chance a um novo produtor. Volte e nos veja no seu segundo ano. – ela ouviu de uma determinada cervejaria em Phoenix.
- Lidamos exclusivamente com apenas um produtor, e estamos vinculados à ele por um contrato. – ouviu de outra cervejaria em Albuquerque.
- Nós somos capazes de experimentar um novo produtor. – ela finalmente ouviu de um produtor da Califórnia, e um sorriso de vitória brilhou em seu rosto, porém a felicidade durou apenas um segundo. – Mas precisaremos... – insira um número impossivelmente ridículo de quilos de lúpulo aqui.
"Porra!" – Bella pensou, sugando o último de um último gole de água de uma garrafa enquanto estacionava seu carro no vasto estacionamento do Starbucks que era inundado pelo sol escaldante para um almoço tardio. - "Eu acho que sempre poderíamos ir online – vender pequenas quantidades para cervejeiros caseiros, ou micro cervejarias poderia funcionar. Nós pelo menos recuperaríamos nossos custos."
Para isso eu preciso de um site.
Para isso, ela percebeu, precisaria ligar para Jacob Black, um amigo da universidade e parceiro do projeto de sua aula de marketing de rede social - embora uma espécie não muito confiável de homem, por razões que envolviam uma libido hiperativa e um curto período de atenção. Mas o cara conhecia os computadores, e lhe devia um favor ou melhor três, e ele poderia construir um website enquanto dormia.
Ela discou o número e ele atendeu instantaneamente.
- Bella! A minha garota! E aí? Como está NYC? Já está com aquele tão sonhado cargo na New Yorker Magazine? – perguntou com sua voz calorosa e animada.
- Uh, er... – respondeu meio incerta. - oi, Jake, eu não estou ainda em Nova York.
- Foi aquele tráfego brutal na rota 66 ou algum motoqueiro perdido que roubou seu coração? – questionou divertido.
- Não, nenhum dos dois. Eu ainda estou no Arizona. – disse desinteressadamente. – É uma longa história. Mas ei, escute, uma pergunta bem rápida, você pode me fazer um site? – inquiriu com ansiedade. Enquanto aguardava a resposta, começou a mastigar seu lábio inferior.
- Estou abrindo meu laptop agora, Bells. Para que você precisa disto? – ela ouviu o som de digitação ao fundo da ligação.
- Estou cultivando e vendendo lúpulo, na verdade. – deu de ombros, mesmo sabendo que ele não poderia vê-la.
- Você está vendendo o quê?
- Lúpulo! – exclamou impaciente. – Você sabe, a planta? Que usa normalmente em cerveja?
- Mentira! – exclamou surpreso. – Porra, isto é tão legal! Deus, existem tantas cervejarias artesanais incríveis no Arizona! Você já experimentou a cerveja da Masen Brewing? Deus, esses caras conhecem uma coisa ou duas sobre cervejas. Ou, quero dizer, eu acho que eles faziam, pelo menos, alguns anos atrás, eles tiveram uma IPA que ganhou todos os prêmios. Foi a melhor cerveja que eu já bebi. – lembrou saudoso. – Mas as últimas cervejas que provei do selo deles, não foram tão boas, mas...
- Espere, desculpe. – interrompeu Bella o discurso saudosista de Jacob. – Que cervejaria é essa?
- Masen.
- E onde ela fica?
- Onde você está? – perguntou Jacob.
- Em Camp Verde, Arizona. – respondeu rapidamente.
- Eles estão... – ela ouviu o barulho de digitação. – Há 40 minutos a nordeste de você. Em Sedona.
- Oh meu Deus! Obrigada, Jake! – exclamou animada. – Falo com você em breve! Tenho que ir! – ela mal deu atenção a resposta confusa de Jacob, apertando o botão de desligar, jogando o telefone no banco do passageiro e girando a chave no motor, saindo do estacionamento da Starbucks em alta velocidade.
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A luz do sol da tarde estava proporcionando uma névoa dourada ao redor das colinas vermelho-areia através de um campo de grama grossa e o ocasional pinheiro alto. Aninhado nessa cena idílica, havia um prédio baixo de madeira, cercado por cadeiras de Adirondack, um tipo de jogo que ela não reconheceu e uma fogueira. Um sinal discreto de aparência artesanal, pendurado em uma moldura de madeira simples pelo caminho até a porta da sala de degustação, dizia:
"Masen Brewing, desde 2008."
Bella subiu cautelosamente as escadas de concreto que levavam à sala da administração – uma sala com o pé-direito alto, pelas grandes janelas de vidro dava para ver as paisagens áridas e as montanhas do Arizona. Ao fundo da sala, havia grandes cubas de inox, tambores e canos, uma gama de medidores e telas, e mesas compridas cobertas com vários tamanhos de contêineres de vidro, adornavam o espaço.
- Olá. – ela chamou, não vendo nenhum sinal de ninguém, apesar da porta aberta. O vento entrava e saía de novo, carregando o aroma doce e amargo de cerveja fermentada.
- Olá? – veio uma voz do corredor do nível superior.
- Oi! – ela respondeu, levantando-se em toda a sua altura e se preparando para ser rejeitada, novamente, por outro hipster que se denominava mestre cervejeiro.
Foi então que uma cabeça surgiu do que parecia ser uma pequena sala no andar de cima, a expressão no rosto inquisitiva e surpresa, diante da visita inesperada.
Um gorro.
"Bom Deus, aqui vamos nós de novo." – ela pensou com um suspiro resignado.
Cabelo acobreado e ligeiramente espetado escapava de ambos os lados. Os olhos verdes mais selvagens que ela já tinha visto. Um nariz estreito e quase aristocrático e uma boca larga e expressiva.
- Se você está procurando a sala de degustação – disse. – está do outro lado.
- Não. – disse rapidamente ao estranho homem. - Eu, na verdade, estou procurando o mestre cervejeiro. – explicou.
- Bem. – disse o homem, saindo totalmente da sala e entrando no corredor, cruzando os braços.
Ele era alto, magro, e, talvez, fosse apenas vapor aqui de toda a cerveja, mas Bella definitivamente sentiu sua temperatura subindo alguns graus de repente. Ele era absurdamente bonito, não tinha nada dos hipsters das outras cervejarias que visitara, ele era, na falta de uma definição melhor: único.
- Você o encontrou.
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N/A:Oi amores! Tudo bem?!
Sim, sim, sim... não é uma miragem, é uma fanfic nova. Na verdade essa ideia está na minha cabeça há um bom tempo, e no meu tempo vago (entre uma aula ou outra, nas minhas horas atividades) eu vinha rascunhando, ai hoje observando eu vi que tinha quase toda fanfic escrita a mão, então porque não publicar?!
Não será uma fanfic longa, será do tipo short-fic, de uns 10 capítulos, e com capítulos ligeiramente mais curtos do que eu normalmente escrevo. Não haverá drama nenhum também, só aquela tensão sexual – que NUNCA explorei nas minhas fanfics. Mas vai ser legal! Eu gostei muito do que fiz até agora, ou seja, quase tudo!
Na minha saga de fazer Edwards diferentes do que já cansamos de ver, optei por um mestre cervejeiro, que até agora não havia visto, espero que vocês curtam! Lembrando: eu não sei absolutamente nada sobre cerveja artesanal e/ou produção de lúpulo, fiz aquela pesquisa básica só pra não falar abobrinha, mas se você for produtor de lúpulo ou cervejeiro, me perdoa pelos erros!
Enfim, se vocês gostaram disso aqui e querem saber mais sobre essa trama, deixa uma bela review pra Carolzinha aqui, e siga a história, pois como o próximo capítulo já está pronto, dependendo da quantia de reviews ele vem logo! ;D
Obrigada por lerem!
Beijos,
Carol.
