Capítulo 1 – Questões de Honra

Depois de todo o ocorrido no ano anterior, Hogwarts reabriu para a surpresa de muitos, mas estava tão cheia quanto o normal. A questão era simples: na escola, os alunos estariam muito mais protegidos do que em qualquer outro lugar.

As idas à Hogsmeade foram proibidas e o fim-de-semana era um dia onde todos os pais iam à Hogwarts para ver os filhos. Saber se estavam bem e o usual.

Harry Potter havia, à muito custo, conseguido manter Draco Malfoy sob as asas da escola, protegendo-o assim dos comensais que estavam dispostos a matar o garoto que havia quase desperdiçado a chance de matar Alvo Dumbledore.

Era uma noite de quinta feira e Draco Malfoy olhava para o relógio.

Eram nove e meia!

"Atrasada novamente...", pensou ele, em tom de desaprovação, enquanto recostava-se na batente da porta que dava entrada para os seus aposentos.

Foi aí que ouviu passos apressados.

Olhou para o fim do corredor e a viu.

Lá estava Virgínia Weasley, cabelos ruivos, pele branquinha e os olhos cheios de um brilho juvenil que já se encontrava ausente há muito nos olhos do loiro que estava ali, esperando por ela já tinha quase quarenta minutos.

"Onde você esteve?", perguntou ele, abraçando-a com força.

"Sinto muito, foi meio difícil despistar a Luna", justificou-se, olhando para ele, com um sorrisinho zombeteiro "Achou que eu não vinha mais, não é?"

"Não é isso...", disse o loiro, olhando para baixo e sentindo as bochechas ficarem rosadas rapidamente "Mas agora só vamos poder ficar juntos meia hora"

"Na verdade, vinte e cinco minutos... e você os está desperdiçando, Malfoy", condenou-o a ruiva, tirando um risinho dos lábios do garoto, enquanto o puxava pela gravata para um beijo.

Ele correspondeu e, passando as mãos pela cintura dela, puxou-a para dentro do quarto, fechando a porta às suas costas e, à medida que os segundos passavam, os beijos ficavam mais vorazes.

Draco mal se lembrava do tempo que odiara a ruiva à sua frente. Na verdade, esquecera completamente de como era odiá-la, pouco depois que começaram com esse caso conturbado.

No começo, era puramente físico.

Ele tinha raiva por ter de ser o que era e pôr ser forçado a fazer o que não queria.

Ela tinha raiva de amar desesperadamente um homem que estava ocupado demais salvando o mundo para dar a ela a única coisa que ela queria: atenção. O que mais à deixava com raiva era o fato de saber que o que sentia era recíproco.

Ao pensar que Harry Potter ficava perto daquela ruiva todos os dias o deixava possesso de ciúmes, por isso, sempre que via os dois juntos, dava um jeito de separá-los. Ou era esbarrando nos dois, ou derrubando um dos dois com uma azaração leve...

Vê-los juntos era algo inaceitável.

Finalmente os beijos dos dois pararam e eles estavam apenas abraçados.

"Ainda pensa nele?", perguntou o loiro, fitando-a com atenção.

Gina olhou-o, com uma sobrancelha erguida.

"Draco..."

"Eu te fiz uma pergunta"

Gina desviou os olhos dos dele.

"Quase nunca"

Draco bufou e soltou-a.

"Eu nunca vou ser o suficiente?", perguntou ele, cruzando os braços e fazendo beicinho.

"Você é suficiente, Draco... É só que...", disse ela, sentando-se e fitando-o no fundo dos olhos azuis dele.

"Ele que terminou com você!"

"Para evitar que algo de ruim acontecesse comigo!", retrucou a ruiva, erguendo a voz "Pare de ser tão ciumento, por Merlim! É com você que eu estou, é você que ocupa 90 da minha mente, agora!", disse ela, rindo-se e abaixando-se para dar um beijo "Além do mais, eu sei que você faria a mesma coisa por mim"

"A mesma coisa o quê?", perguntou ele, assim que os dois se separaram do beijo.

"Ah, você sabe... Não deixar que nada me faça mal...", disse Gina, dando um sorrisinho "Ou não faria?"

Draco ficou estranhamente frio.

"Acho melhor você ir, Gina... Já faz quase meia hora que você está aqui"

Gina fitou-o, confusa.

"Certo... bem... te vejo em breve", disse ela, abrindo a porta e saindo, fechando a porta com leveza.

Draco deitou a cabeça no travesseiro e, fechando os olhos, respirou fundo.

XxXxX

"Onde você esteve?", perguntou Harry, preocupado "Você sabe muito bem que não é seguro sair por aí, Gina!"

"Desculpe, Harry, não queria te preocupar", disse ela, sentindo-se culpada.

Ele sorriu e fitou-a daquele jeito.

Aquele jeito como se ela fosse única.

E era nessas horas que Gina lembrava-se de Draco. Aquele que batera em dois meninos da Sonseria que tentaram azará-la, aquele que esperava por ela quase todas as noites para poderem ficar juntos, aquele que sempre que a via com Harry fazia de tudo para mostrar que não queria ver aquilo.

"Está tudo bem, mas tome cuidado... Não quero que nada de mal te aconteça"

"Não vai acontecer", assegurou-lhe ela, com um sorriso, subiu em direção aos dormitórios.

Adormeceu pouco depois de uma hora depois que deitou.

XxXxX

Enquanto Gina dormia, Draco estava sentado na ponta da cama, passando as mãos pelos cabelos loiros, enquanto soltava um longo suspiro. Havia recebido uma coruja "inofensiva" de Amanda Black Hubeos, sua tia, mas, na verdade, era um código dizendo que seu pai se comunicaria com ele dentro de alguns minutos, naquela mesma noite.

A lareira do seu quarto particular, no décimo andar, na torre central, crepitava fazendo com que a madeira na lareira estralasse, sobressaltando-o, por vezes.

Então, a lareira ficou repentinamente mais forte e Draco viu, dos restos da madeira, formar-se o rosto de Lúcio Malfoy.

"Draco? É você?", perguntou o loiro, enquanto o filho dele abaixava-se para ficar mais próximo da imitação falsificada do rosto do pai.

"Sim, pai...", disse Draco, tentando desesperadamente arranjar coragem para dizer que queria desistir de tudo.

"Filho, você sabe que a guerra está prestes à explodir, não é?", perguntou o homem, com certa ansiedade "Hoje vou sair de Azkaban com a ajuda de alguns comensais... filho, obrigado por ser nosso espião!"

"Pai..."

"Amanhã você esperará nos portões de Hogwarts, à meia-noite, uma carruagem aparecerá. Você entrará nela, a guerra está prestes à explodir, Draco", explicou Lucius "E, filho... Estou orgulhoso de você"

"Pai, eu tenho que lhe dizer..."

"Sinto muito, os guardas estão vindo! Amanhã, meia-noite, não se esqueça!", advertiu ele.

Assim, a cara dele desapareceu nas chamas da lareira, deixando abandonado, olhando para o fogo, os olhos azuis vazios de qualquer sentimentos que não fosse a dor.

Continua...

N/A: Até que enfim!

Primeiro capítulo on-line!

Espero que gostem e só vou postar o segundo depois de umas... 10 reviews, quem sabe, quinze!

Bom, avisando que teremos um novo Trailer, ele será Os Segredos De Virgínia Weasley, baseado nolivro O segredo de Emma Corrigan, muito bom o livro, eu recomendo!

Comentem no trailer!

Beijos.

Gii