-Amor vou te levar pra casa - Disse Angelus preocupado com sua amada
-Não precisa amor, preciso de um tempo sozinha- Disse Sofia com sua voz embargada.
-Tudo bem amor, mas qualquer coisa é só me ligar.
Estava chovendo, Sofia olhou para o céu, e observou que ele estava mais escuro do que o de custume, com o seu rosto molhado, mas não só da chuva, mas também de lágrimas. Ela estava voltando do interro de seus pais, que haviam morrido em um acidente de carro um dia antes. Sofia estava acabada seu peito queimava, seu coração estava batendo depressa, seu sangue fervia dentro do seu corpo, estava completamente triste, não ligava para mais nada, queria apenas morrer.
Estava muito frio, ela estava tremendo, a avenida estava deserta, e em um ato de desespero ela se ajuelhor e gritou.-Por que você permitiu que meu pais morressem Deus! Então ela gritou mais alto.
- Por que? - Percebendo que não teria nenhuma resposta, Sofia, continuou caminhando até que viu um bar no outro lado da avenida.
A fachada do bar era velha e as letras negras, as luzes que iluminavam o local onde estava escrito o nome do bar ficavam piscando constantemente provavelmente a fiação do local era muito antiga, o que quase impediu de Sofia ler o nome do bar, que se chama Corner of Souls. Ao entrar no bar olhos vazios que antes encaravam suas bebidas, começaram a olhá-la de cima abaixo por pouco segundos, então se viraram e começaram a encararem seu copos com bebidas novamente.
Sofia não ligou para os olhares vazios, caminhou em direção ao balcão e pediu um Wisker, em quanto tomava sua bebida ela sentiu uma mão gelada tocar seus ombros, foi quando ela olhou para trás e deu de cara com um jovem rapaz, parecia ter 22 anos, trajava uma calça jeans azul longa e folgada e uma camisa grande toda preta, que passava de seus quadris.
-Colin o que está fazendo aqui?
-Estava te procurando doidinha- Disse ele com uma leve risada
-Um passarinho me mandou, e então vim te procurar
-Foi o Angelus?
-Sim. Ele está muito preocupado com você. E depois que você saiu do interro de seus pais, dizendo que iria pra casa, ele foi até lá assim que terminou, mas você não estava lá. Então ele me ligou, para ajudá-lo a te procurar.
-Eu sei que ele se preocupa comigo, mas eu preciso ficar sozinha- Os olhos de Sofia, começaram a encherem de lágrimas.
-Não fica assim doidinha- Disse Colin, tentando ser afetuoso.
Sofia conheceu Colin por meio de Angelus, os dois cursam juntos biologia, são os melhores da turma, sempre disputados pelos colegas para fazerem trabalhos juntos, ao contrário de Angelus, o Collins é mais reservados sempre prefiriu fazer seus trabalhos da facultadade sozinho. Os três fizeram amizade muito rápido assim que Angelus e Sofia entraram na faculdade.
Colin O'Donoghue teve uma infância conturbada e vários relacionamentos fracassados. Seus pais morreram em um acidente de carro durante uma viagem de férias para São Francisco, quando ele tinha 7 anos, e ele foi o único sobrevivente do acidente. Com a morte de seus pais, ele se tornou órfã, e passou toda a sua infância no orfanato, saiu aos 18 anos, mas passou a trabalhar no orfanato até encontrar um emprego.
-Está difícil viver Colin, é como se tudo perdesse o sentido.
-Eu sei como é essa dor. Afinal, perdi os meus pais muito cedo, também em um acidente de carro. Eu ainda tenho pesadelos com aquela noite.
- Eu sei disso - disse Sofia abraçando o amigo.
Colin sofre com flashs e pesadelos do terrível acidente. Ele ouve sua mãe gritando de dor, quando o fogo começou a consumir o seu corpo, e seu pai havia morrido com a batida. Aquela cena ainda hoje lhe atormenta. Com o passar do tempo ele desenvolveu bipolaridade, e por mais que ele seja uma pessoa sorridente, tudo aquilo não passa de uma máscara, a dor da perda de seus pais ainda lhe consome a alma.
-Vamos parar de chorar, proque não trás ninguém de volta - Disse Colin, sendo realista com sua amiga.
O celular de Colin tocou, era Angelus angustiado por não ter notícias de Sofia.
-Alô, Colin?
-Iai Angelus, como vai meu chapa?
- Pare de brincadeira Colin. Você encontrou Sofia? - Disse Angelus irritado
-Sim. Só que ela não está muito bem. Vem pra cá, estamos no bar Corner of Souls.
- Ok. Já estou indo
Não muito longe do bar onde Sofia e Colin estava, acontecia uma caçada demoníaca, e ali estavam em cima de um prédio, Hana e Gabriel, dois anjos caçadores em busca de um demônio da classe chamada de "Os conruptores", demônios responsáveis por comromper almas humanas.
- Ali está ele, usando seu corpo humano- Disse Hana
- Já vi. Esses Conruptores me dão nojo- disse Gabriel cuspindo no chão.
Os Conruptores são demônios infiltrados entre os homens, com o objetivo de manipular, ocupando cargos importantes de grande influência das massas, assim como os meios de comunicação e política.
- Vamos arrancar aquele espírito imundo, e devolver ao inferno - falou Hana confiante em suas habilidades de caçadora.
Os anjos tem a habilidade de ver além do corpo, ou seja eles veem a alma humana, assim como o espírito demoníaco em sua forma pura.
Ao contrário dos anjos que tem seus seus espíritos brilhantes cheio de luz, os dos demônios é apenas uma fumasse negra densa dentro dos avatar's humanos.
Os demônios quando estão na terra, tem seu próprio corpo humano, chamados de avatar's, assim como os anjos, que utilizam seu copo humano para fezer missões. Porém há um risco de usar os corpos humanos, eles ficam sensíveis a sentimentos humanos.
Hana trajava uma calsa de laica preta, calçava coturnos preto que ia até um pouco abaixo dos joelho e uma blusa sem mangas e tinha os cabelos roxos.
Determinada Hana materializou sua espada, na qual ela chamava de "Sangria", sua espada era mais conhecida por perfura corações, sendo ela uma arma que exigia uma extrema habilidade e conhecimento do corpo de seu oponente.
Gabriel tem cabelos curtos e arrepiados, trajava uma calsa jins e um blusa branca, com um sobretudo por cima usava também um All Star, seus estilo sempre fora esquisito, suas habilidade eram todas focadas em vigilância e perseguição ao contrário de Hana, que são focadas em apenas matar.
Os dois anjos correram em uma velocidade absurda pelas janelas do prédios que tinha 15 andares. Até que tocaram os pés no chão, se misturaram a multidão que ali estava, até avistarem o demônio Conruptor, que trabalhava como âncora de um canal de TV da cidade de Nova York.
- Droga ele nos viu - Disse Hana em quanto saia em disparada atrás do demônio.
O demônio correu em disparada para um beco, que ficava entre dois prédios, quando Hana pulou em sua frente, e enfiou a "Sangria" no coração do demônio, onde fica localizado o espírito demôniaco.
- Morra seu verme maldito - Disse Hana
Em quanto agonizava, o demônio falou as seguintes palavras - O mestre irá se levantar novamente. E dessa vez terá sua vingança.
