Título: Penitenciária Estadual
Sinopse: Isaac é um ômega que matou o próprio pai. Peter é o seu carcereiro na penitenciária.
NÃO RECOMENDADO PARA MENORES DE 18 ANOS
Gêneros: Ficção e Fantasia, Romance e Novela, Universo Alternativo, Violência,Yaoi
Avisos: Bissexualidade, Estupro, Homossexualidade, Insinuação de sexo,Linguagem Imprópria, Nudez, Sexo, Tortura, Violência
Aviso legal: Alguns dos personagens encontrados nesta história e/ou universo não me pertencem, mas são de propriedade intelectual de seus respectivos autores. Os eventuais personagens originais desta história são de minha propriedade intelectual. História sem fins lucrativos criada de fã e para fã sem comprometer a obra original.
Capítulo Um
Trabalhar na divisão carcereira de ômegas não era um problema para Peter, principalmente porque não havia trabalho real a ser feito. As 64 celas do presídio estavam completamente vazias e apenas dois guardas cuidavam de lá, Peter e Chris. Peter era um alfa – exigência de trabalho – e Chris era um beta; mesmo que Peter tenha perdido sua companheira há alguns anos eles decidiram não tirá-lo do serviço, afinal, não havia realmente nenhum ômega preso ali há décadas. Depois de 25 anos caminhando entre as celas de todo o presídio, Peter tinha o direito de estar surpreso quando uma equipe de limpeza foi mandada para o local.
Quando perguntou a Chris o que estava acontecendo, o outro alfa informou que houve um homicídio na cidade. Um ômega adolescente tinha assassinado o pai, seu alfa guardião, e portanto estava sendo movido para o presídio. Peter estava surpreso, ômegas não eram agressivos, eles eram naturalmente submissos a alfas, para que se realmente conseguiu matar um alfa ele deve ser realmente perigoso. Olhando a ficha que lhes foi entregue, o nome do menino era Isaac Lahey, ele tinha dezesseis anos, nenhuma família viva, nenhuma guarda alfa. Isso era surpreendente, o histórico familiar era cheio de mortes violentas.
Peter estava fazendo sua ronda como sempre quando ele viu um grupo de quatro guardas caminhando pelo corredor do andar de baixo, o ômega ia entre eles com uma venda negra nos olhos, um aparelho respiratório que pegava o nariz e a boca, mãos presas nas costas e um fone nos ouvidos. Sem fazer muito barulho, Peter desceu para se encontrar com os demais oficiais que pararam em frente a cela 01. Ele entrou, puxando o braço do garoto para prendê-lo nas correntes, dois oficiais entraram em conjunto para qualquer movimento violento.
Primeiro foram as pernas, algemas grossas foram colocadas nos tornozelos dele, depois foi cada um dos braços, também presos com algemas grossas nos pulsos. Peter empurrou o garoto para a cama, fazendo-o se sentar enquanto acompanhava os outros oficiais, perfumando o lugar de volta com seu cheiro. Era por isso que o garoto estava usando tantas restrições, cada alfa tinha um cheiro muito especifico, bem como ômegas. Mesmo com os repressores olfativos que eles eram obrigados a usar, havia um cheiro muito especifico na prisão.
Depois de uma hora, Peter voltou para a cela do garoto, como mandava o protocolo. Ele ainda estava completamente estático, no mesmo lugar em que foi deixado. A primeira restrição que Peter tirou foi o respirador, assim que a peça saiu o menino caiu para frente alguns centímetros, puxando o ar com força. Peter saiu da cela, fechando-a e deixando o menino quieto lá. Ele percebeu que o adolescente estava farejando ele quando saiu e, olhando para a cela agora, ele estava cheirando todo o lugar, provavelmente tentando reconhecer alguma coisa.
Uma hora depois Peter voltou e percebeu que o menino já tinha voltado completamente a percepção de olfato. Era a vez de tirar os fones, novamente destravando a cela, ele retirou e percebeu como o garoto se encolheu, a boca fazendo uma careta. Peter deixou ele para se familiarizar com os sons de volta. O garoto estava sem os sentidos há uma semana e era natural o desconforto. Uma hora depois, quando ele voltou, o garoto estava de pé diretamente na entrada. Ele só não estava mais perto porque as correntes que o prendiam não deixavam, já que elas estavam esticadas até o limite, Peter via. Alcançando as travas do lado da cabeça, ele retirou a máscara metálica e olhos azuis de gelo apareceram, o menino fez uma careta, provavelmente tentando ficar confortável com a claridade. Peter saiu e a porta travou.
Uma hora depois, quando Peter voltou a cela, o adolescente estava sentado em sua cama. O barulho da porta sendo aberta o assustou, fazendo ele olhar de olhos arregalados para Peter que quase sorriu em como o menino parecia assustado. Ele abriu a ficha e começou a ler.
— Você está na Penitenciária Estadual de Ômegas de Beacon Hills. Você compreende? — Peter perguntou e o garoto assentiu com a cabeça — Está negado a você toda e qualquer visita pessoal ou impessoal de qualquer forma. Existem regras bem rígidas que devem ser seguidas, a primeira: toda e qualquer agressão que você provocar, eu poderei responder com a força. Segunda: mantenha a sua cela em perfeito estado de conservação porque não vamos repor quaisquer itens danificados. Terceira: automutilações não serão tratadas pela equipa médica. Alguma pergunta?
— Na – Não. — o menino diz rouco.
— Tudo bem. Você será alimentado três vezes ao dia. A permanência na cela será obrigatória exceto para os banhos que vão acontecer duas vezes ao dia. Você compreendeu tudo?
— Si – Sim, senhor. – disse o garoto e Peter se virou para sair quando Parou no meio do caminho com ele chamando — Se – Senhor, qual o seu nome?
— Hale. — Peter respondeu, saindo finalmente da cela.
Peter voltou para a sua ronda cotidiana, mas agora ele tinha sempre que olhar para a cela 01 aonde um adolescente ômega que estripou o próprio pai estava calmamente deitado no colchão fino da cela, estranhamente sorrindo para o teto. Era noite quando Peter fez a última ronda, desligando as luzes de todos os andares, mas quando ele apagou a do primeiro andar, ele escutou alguém chamando seu nome.
— Senhor Hale! Senhor Hale! Por favor, senhor Hale! – Isaac gritava e Peter foi até o adolescente, que estava olhando com os olhos marejados e tremendo — Deixe as luzes acesas, por favor. Eu não posso ficar no escuro, por favor, senhor Hale.
— Não havia terror noturno em sua ficha. – ele diz em troca.
— Não é isso, meu pai... Ele... — Isaac mordeu os lábios e olhou para o chão — Eu tenho medo, por favor, senhor Hale. Por favor...
— Eu não posso burlar o protocolo. — Peter respondeu em troca, virando-se e voltando para o disjuntor.
Ele conseguia escutar o grito e o choro do menino chamando seu nome, mas nem por um momento ele se virou ou hesitou em seus passos, desligando finalmente as luzes, ele escutou o grito estridente do menino e o choro mais alto e desesperado. Quando Peter chegou na cabine, ele encontrou Chris encostado na cadeira, olhando com uma careta para Peter enquanto o homem se trocava, nenhum deles disse nada um para o outro e Peter se foi sem pensar duas vezes. Assim que ele deitou em sua cama, ele dormiu, mas era como se a todo momento ele conseguisse escutar bem ao longe o choro do ômega e aquilo estava deixando-o completamente desconfortável.
