Walking
in the Air
(Caminhando no Ar)
Disclaimer: Eu tenho a voz da Tarja e a criatividade conjunta
do Tuomas e da J.K. (E continuem acreditando que elefantes voam com
ajuda de uma pena de corvo.)
Summary: Talvez o cheiro de sangue
que emana de sua pele possa sumir.
Aviso: Dois homens
bonitinhos andando por entre as nuvens juntinhos... se não
acha fofo se manda... Eu sei que todos leram o HBP, mas às
vezes alguém ainda tá boiando... então tem
spoilers, tá, chuchus...
(XDDDDDDDDDDDDDDDDDDDDDDDD)
CONTINUAÇÃO DE 10th Man
Down. Mas não diretamente, então dá para
entender sem ler ela... MAS POR FAVOR LEIA E COMENTE...
Aviso
2: Cansei de ser fluffy, já fui fluffy demais por uma
vida... eu tenho coisa que se deixar uma amiga minha ler ela morre
porque a diabetes ataca! ISSO AQUI NÃO SERÁ
FLUFFY!!!!!!!!!!!!!!
Shipper: Harry e Severus
N/A:
Eu fico a ponto de chorar com essa música. É tão
calma e passa tanta paz... ok, eu sou maluca! u.u'
----
Se o asco de si mesmo pudesse ser maior que isso então ele não
queria nem imaginar como devia ser. Já era ruim o suficiente a
quantidade que sentia. Não havia mais o outro lado. E um jovem
inocente estava seguindo o seu caminho. Estava escondido em qualquer
lugar, não voltara para receber prêmios, muito menos
para ver o fim do garoto sob sua custódia. Mas algo lhe dizia
que estava em mais perigo do que imaginava. E ao acordar se deparar
com aquela varinha tão conhecida apontada para seu pescoço
não ajudava em nada.
-Finalmente achei você, seu
desgr... – e caiu inconsciente.
-Precisa de ajuda, Sev? –
sorriu um garoto loiro, com a varinha estendida e um sorriso de
desdém.
-Mais melodramático que isso e eu o mandava
para Hollywood.
-Onde? – perguntou sentando próximo ao
seu mestre, tirando o jovem de cabelos negros e olhos anormalmente
verdes de cima do homem.
-Um lugar onde os muggles fazem filmes,
que são tipo teatros que ficam gravados e podem ser assistidos
quando quiserem...
-Chega, informação muggle demais
para minha cabeça. Outra vez você me mostra o que é
essa tal de Floresta Sagrada(1) ou o que seja.
-Pode deixar. Mas
não podia esperar ele terminar a ameaça?
-Desgraçado?
Isso lá é xingamento que homem use? – e riu da
própria piada. Então estendeu um pedaço de pão
para o mais velho e sorriu. – Não temos mais comida. E estou
ficando sem forças para conjurar mais. Pegue a varinha do
Potter e venha me ajudar – resmungou.
-Eu prefiro usar ela para
criar um portal, talvez possamos fugir para outro país.
-Um
tropical de preferência. Brasil, gosto das brasileiras.
-Não
sei se iríamos tão longe. Minha varinha está
perdida – o garoto soltou um muxoxo. – Lembra que nossa mágica
não é forte com varinha de outros bruxos?
-Um
detalhe. Não se atenha a detalhes.
-Draco – suspirou
cansado. – Me esforçarei para levar-nos ao Brasil, ou a
Austrália, ou a Murmansk se preferir – o rapaz tremeu. –
Seria bom ir a algum lugar bem longe daqui, onde ninguém
soubesse quem somos.
-Podíamos viver como muggles, não
nos encontrariam nunca assim – Severus fez uma cara de desagrado,
mas ponderava.
Potter acordou pouco depois. Olhando em volta de
onde estava, viu Snape sentado sobre um objeto lançando
feitiços esporadicamente nele, fazendo uma cara de desagrado
cada vez que parecia não funcionar. Ergueu-se lentamente, e
caminhou até ele, nem bem chegou perto e foi
petrificado.
-Ouça, Potter, e ouça bem. Eu e Draco
estamos do seu lado. Estamos em piores condições que
você. Somos fugitivos de ambos os lados da batalha, e de forma
alguma somos neutros. Eu vou retirar esse feitiço e
cordialmente irá sentar ao meu lado e me ajudar com essa chave
de portal. Depois virá conosco para um lugar bem seguro.
Quando estivermos bem você poderá voltar e cometer a
loucura que desejar – agitou a varinha e soltou o rapaz.
-Então
isso é um seqüestro?
-Se quiser chamar assim, eu diria
que estamos te levando para passear – Draco Malfoy apareceu vindo
de uma das várias passagens da galeria da caverna na qual se
encontravam.
-É tão sonserino atacar pelas costas
não, Malfoy?
-Devolvo o cumprimento. Severus estava
dormindo.
-Eu esperei ele acordar – justificou-se.
-Parem os
dois e sentem. Podem brincar de xadrez se quiserem – conjurou um
xadrez. –É muggle, então terão que mexer as
peças – voltou à tentativa de criar um portal.
Potter
e Malfoy se olharam profundamente e cada um foi para um canto
ignorando o xadrez conjurado. Harry voltou para onde estava antes de
acordar e Draco ficou em um lugar onde pudesse vigiá-lo. Não
faziam a menor idéia de que horas eram, no entanto logo Snape
mandou os dois dormirem enquanto ele próprio iria descansar
para tentar no dia seguinte criar o tal portal.
-Ah, e eu pensando
que dormiria hoje num lindo hotel cinco estrelas diante de Copacabana
– suspirou.
-Se eu realmente for ao Brasil prefiro ir a um lugar
onde tenha planta.
-No Rio de Janeiro tem um Jardim
Botânico...
-Vocês vão fugir para o Brasil? –
Harry perguntou se intrometendo na conversa. – Draco Malfoy num
país latino? Isso é para rir.
-Por que? As mulheres
brasileiras são as melhores, principalmente as do Rio de
Janeiro.
-Pare com essa fixação pelo Brasil, Draco,
no máximo vamos aos Estados Unidos, ou Canadá, não
sei. Será muito se não aparecermos no meio do oceano,
ou diante de qualquer exército que queira nos matar –
bocejou. – Potter, nós não o levaremos conosco se não
quiser, mas pelo menos nos ajude a conjurar comida, trocar algum
dinheiro e com o maldito portal. Sua varinha se recusa a fazer
qualquer coisa para mim – outro bocejo. – por fav... –
adormeceu no meio da fala.
Malfoy se ergueu e cobriu o
homem.
Quando acordou Snape viu os dois rapazes com os ombros
emparelhados e adormecidos, como se tivessem passado a noite inteira
conversando. Rapidamente fez um feitiço para saber que horas
eram. Era assim que contava o tempo ali, com o feitiço no fuso
horário de Greenwich, seria inútil em outro país,
mas por enquanto bastava. Sentiu pena de acordar os rapazes, então
arrumou sua cama e levou Draco para a dele e Harry para a sua. Depois
pensaria se devia conjurar outra cama, passou por uma passagem da
galeria onde dava num pequeno lago transparente.
Toda vez que
entrava nele para se banhar, como agora, imaginava a água
ficando vermelha, cada vez mais sentia vontade de se afogar nela, só
não o fazia por Draco. Mergulhou mais fundo, jurando que o tom
avermelhado da água não era da sua cabeça.
Chegara a perguntar a Draco sobre isso e ele falara que a água
era normal com ele. "É apenas sua imaginação
pregando peças, Sev. Vá descansar" fora a resposta do
loiro.
-Ah não, eu... me perdoe... eu não...
sabia... quer dizer... eu...
-POR MERLIN, POTTER, SE FOR MAIS
ELOQÜENTE QUE ISSO O SEVERUS MORRE NO MEIO DO SEU DISCURSO! –
gritou Draco de onde estava.
Snape se ergueu do lago e Harry
virou-se completamente rubro.
-Pode entrar, Potter, se o sangue
nela não o fizer recuar – ouviram um bufar da outra
galeria.
Porém o garoto não prestara atenção
em Malfoy falando "é apenas sua imaginação"
e olhara para o homem diante de si, procurando alguma ferida ou algo
que mostrasse hemorragia, não vendo nada olhou para o lago.
Depois voltou a olhar o mestre que vestira apenas suas calças,
então lembrando que analisara o corpo nu do outro. Corara
extremamente e esperou ele sair do lugar para entrar finalmente nas
águas frias e límpidas do lago.
-Draco, tem comida
suficiente para nós três?
-Não. Droga,
Severus. Se eu soubesse que comida conjurada não reabastecia
as energias como as naturais eu teria procurado um esconderijo
melhor.
-Esqueça, dê minha parte para o garoto. Nunca
sinto fome depois de entrar naquele lago.
-Tudo vai acabar. Harry
concordou em ajudar.
-Vocês conversaram durante a noite, não
foi? Eu os vi juntos pela manhã.
-Desculpe, não
resisti – sorriu maroto e Severus o abraçou.
-É
tudo que tenho, Draco. Amo você como ao filho que nunca tive.
Não é apenas meu pupilo, desculpe te arrastar neste
turbilhão, eu devia ter feito mais para protegê-lo.
-Severus,
eu já disse, se quiser eu pego água para você,
não precisa entrar naquele lago se fica tão ruim sempre
que sai. Eu já disse, não há sangue quando você
entra. De ninguém, nenhum sangue escorrendo de sua pele –
confortou ao homem que se agarrava a ele como se nada mais
existisse.
-Não quero macular sua vida mais do que já
fiz. Deixe Potter levá-lo em segurança para qualquer
lugar eu fico e me entrego, por aqueles que me esperam do outro lado.
Eu ainda sinto o sangue em mim, o cheiro, a cor. A cada sombra que se
esgueira por mim. E naquele lago... eu o vejo, escorrendo, como
escorria no dia em que eu o fiz jorrar.
-Snape... – veio a voz
compadecida de Harry, da abertura da galeria do lago. Draco o chamou
com a cabeça, e Harry abraçou ao homem. Então
Malfoy foi pegar a comida.
-Toma, coma. E faça que ele coma
isso – estendeu dois pães a ele.
-E você?
-Deixe
estar, ele precisa mais que eu. Tente colocar na cabeça dele
que não há sangue cobrindo o corpo dele. Merlin sabe
como eu tentei convencê-lo disso. Mas ele acredita
veementemente que suas mãos estão sujas pelo sangue de
suas vítimas – fez gestos largos e exageradamente
dramáticos.
-Professor? – ele soltou um longo suspiro. –
É verdade?
-Eu me pergunto como vocês não vêem
e não sentem. É tão forte – ele jogou-se
sentado no chão de pedra.
-Snape... – uma mão
passou por sua cintura.
-Não preciso de sua compaixão,
Potter – falou rude. E Harry balançou a cabeça com um
leve sorriso.
-Não é compaixão, eu
compartilho de sua dor. Meus pais, Cedric, Sirius, Dumbledore... e
quantos antes? Quando eu ainda era bebê. E quantos que
provavelmente morreram acreditando que eu os salvaria? Também
há sangue em mim, Severus. Não se deixe abater por
isso.
-Mas você não entende o que é estender a
varinha e pronunciar as palavras, ou torcer o pescoço de um
garotinho? Ele tinha só dez anos – sussurrou escondendo o
rosto na curva do pescoço de Potter, que não sabia o
que fazer.
Seu sempre tão inexpressivo professor de poções
estava desabando e ele não era alguém que sabia o que
falar para consolar qualquer um que fosse. E pensar que entrara
naquela caverna com a intenção de matá-lo.
Porém, se parasse para analisar, chegaria à conclusão
que não viera matar ninguém, viera buscar a explicação
que não recebera. Por que? E Draco lhe explicara. Fora um
choque inicial descobrir que Malfoy não era tão
infantil quanto parecia, e mais ainda saber que ele era um cara
legal.
-Posso arrumar nossas malas para o Brasil? – chegou Draco
sorrindo. – Devo levar sunga ou calção? – Harry
olhou irritado para o garoto. Mas então percebeu, não
havia roupas onde estavam, nem malas e muito menos sungas e calções.
Eles não tinham provisões.
-Eu vou sair. Me mostre a
saída, Malfoy, porque não lembro o caminho que fiz no
escuro, muito menos por qual entrada cheguei... são muitas
galerias aqui. – suspirou voltando ao assunto. – Vou trazer
comida e roupas. Não faço a menor idéia de
quando conseguirei fazer o portal – suspirou. – Você usa o
mesmo número que eu?
-Sim. Eu irei com você e
mostrarei onde é a casa de Severus.
-Não –
gritaram os outros dois.
-Tá maluco, Malfoy? Podem te
pegar, e a casa de Severus deve estar vigiada. Não, eu vou
comprar também – Severus e Draco lhes estenderam uma chave
cada um – Quê?
-Nossas chaves dos cofres.
-Vocês
sempre andam com as chaves?
-Quando fugimos achamos que eram
importantes – começou Severus. – Mas eu perdi minha
varinha, e nós não pudemos nos disfarçar para
usá-las.
-Pegue tudo que tiver e encerre as contas. O meu é
mil trezentos e cinco, eu abri recentemente quando peguei minha parte
na fortuna da família, o de Severus é setecentos e
trinta e dois. Pegue tudo, transforme em dinheiro muggle. Mas deixe
uma parte em bruxo mesmo, para comprar nossas coisas.
-Certo –
pegou as chaves e saiu guiado pelo loiro.
Severus ficou sentado
comendo um pouco do pão. Draco voltou e sentou ao lado
dele.
-O que você tanto falou para ele?
-Nada demais,
apenas tagarelei um pouco sobre como estamos e como o Brasil deve ser
legal.
-Pare de falar como um turista fanático, o Brasil
provavelmente não é isso tudo – o rapaz olhou para as
próprias mãos, sua expressão extremamente
infantil.
-Eu sei, eu sei que lá também chove, há
crimes e tem mulheres feias. Mas estamos trancados aqui, é
melhor que eu fantasie que ficar me remoendo – Severus não
precisou ouvir o "como você" para entender onde ele queria
chegar.
-Você não entendeu o que eu quis dizer –
ele mentiu. – Eu estou tentando te convencer a escolher outro país.
Odeio calor – e ambos riram.
-Faria um bem danado para você
– e riram outra vez. – Olha que Potter iria reparar mais em você
assim – e Severus corou.
-Do que está falando? –
perguntou.
-Eu vi, agora, ele circundando sua cintura, o olhar
carinhoso dele. Será que o Potter é? – e gargalhou
indo tomar seu banho.
Snape perdeu-se em pensamentos por um longo
tempo então ouviu passos vindos do outro lado da galeria, mais
passos do que se devia ouvir. Então se pôs em alerta.
Pegou a varinha de Draco e ficou a postos. O primeiro a passar fora
Harry, acalmando-se sentou, mas pulou novamente em pé quando
viu Lupin e Granger.
-Desculpe, Snape, mas eu não conseguia
carregar tudo sozinho – e colocou aos pés do professor
diversas malas, e algumas maletas, que Severus conhecia de ver em
filmes antigos, de dinheiro.
Lupin pôs mais malas e maletas,
por fim Granger colocou a comida. Severus ainda olhava irritado para
o jovem. Harry se despediu calmamente dos amigos e os levou para fora
conversando casualmente. O ex-professor ainda olhava abismado para a
saída. Draco chegou e passou a mão diante de seu
rosto.
Havia sete maletas, cinco com o nome Malfoy e duas com o
nome Snape. Draco abriu as suas e verificou que estavam lotadas com
notas altas, embora ele não soubesse disso. Verificou as de
Snape e nelas tinham notas idênticas.
-Sério, Sev,
que houve?
-Lupin e Granger – Draco quase caiu surpreso.
-Quê?
O que disse?
-Potter trouxe Lupin e Granger.
Draco correu até
a entrada e voltou trazendo o moreno arrastado, que resmungava algo
sobre seu braço doer.
-É verdade que trouxe o Lupin
e a Granger, Potter?
-Sim, mas me larga.
-VOCÊ É
LOUCO? O LUPIN É UM LOBISOMEM E A GRANGER UMA
SANGUE-RUIM.
-ESSA É SUA BRIGA? PRECONCEITO?
-NÃO,
SEU IDIOTA. MAS TEM IDÉIA DO QUANTO EU OS INFERNIZEI POR SEREM
O QUE SÃO? Eles vão me denunciar assim que
puderem.
-Não, não vão.
-Potter, o Draco
tem razão, nós não somos adorados por eles,
sabia?
-Mione adora o senhor professor, ficou sentida com o que
fez, mas nunca deixou de afirmar que era um ótimo professor –
a cara de assombro dos outros dois foi no mínimo cômica.
– E o Remus não odeia ninguém. Só a Bellatrix,
mas sua atitude é perdoável. E eles não vão
denunciar porque senão eu também iria preso, além
de eu ter pedido para não o fazerem, é
claro.
-Realmente podemos confiar neles? – o sentimento de poder
confiar de verdade em alguém era estranho e algo novo.
-Sim,
Snape. Eu deixei um pouco do dinheiro de vocês com eles, caso
precisemos de mais coisas. Ao anoitecer Mione e Remus devem trazer o
que faltou e minhas coisas. Eu vou com vocês, assim que acabar
com esta guerra, então deixarei minhas coisas com vocês.
Talvez sejam úteis – Draco estava revirando as malas.
-Ei,
que é isso, Potter? Idéia de sua amiga? – falou
apontando um livro extremamente grosso.
-Na verdade foi idéia
do Lupin, mas a Mione aprovou – riu suavemente e ajudou o outro a
revirar as malas. Ambos comentando como Lupin e Granger eram traças
de livros.
Severus sentou-se, ainda sem saber o que fazer. Mais
gente sabia de seu esconderijo. E se eles falassem? Mas Harry
garantira que não. Só podia confiar no julgamento do
rapaz. Outra coisa tomou sua mente. O que Draco falara. Parecia mais
que Harry estava interessado no loiro. O que era bem mais possível
que ele se interessar num Snivellus. Suspirou sentando diante
de uma mala e a abrindo cuidadosamente. Viu vestes pretas, e algumas
verde-escuras.
-O Remus e a Mione queriam que eu vestisse você
de rosa choque – riu. – Mas eu tomei o cuidado de comprar coisas
bem ameaçadoras e sonserinas para você – e sentou ao
lado do ex-professor.
-Por que não teve esse cuidado
comigo? Eu NUN-CA vou usar essa camisa prata, nem no reveillon.
-Ela
realça seus olhos, Draquinho – riu, o garoto a guardou com
um bico.
-Severus, quero meu fashion e lindo guarda-roupa de
volta! – falou da maneira mais infantil que conseguiu, nenhum dos
outros dois resistiram e começaram a rir.
Era noite, de
acordo com o feitiço de Severus, e Harry ainda não
havia ido dormir. Estava arrumando sua mala. O rapaz acreditava ser o
único acordado, mas na verdade todos seus movimentos estavam
sendo vigiados pelo ex-professor. Quando finalmente terminou o rapaz
virou-se para se deitar e percebeu que com toda agitação
esqueceram de conjurar sua cama. Estava cansado para conjurar camas,
então foi atrás de um cantinho não muito frio,
afinal faltava pouco para o amanhecer e logo os outros acordariam e
ele pegaria uma das camas. Quando se dirigia para o espaço
entre as camas viu Snape se movendo para que deitasse ao seu lado.
Estava tão cansado que nem contestou e deitou ali. Sentiu um
braço sendo passado em torno de si, então dormiu.
-AH
QUE LINDO! – acordaram com o grito de Malfoy e suas risadas. A
reação de Harry fora corar furiosamente.
-Esquecemos
da cama dele, não iria deixá-lo dormir no chão –
respondeu automaticamente. Então se espreguiçou
finalmente soltando o jovem.
-Realmente. E precisavam dormir
agarradinhos, não? – um riso e ele desapareceu no banho com
uma roupa limpa e uma toalha. Fora o sabonete e o shampoo que o
fizeram muito feliz. "Não é metade dos meus cinco
cremes especiais nem minha loção, mas é alguma
coisa". – Se quiserem podem tomar banhozinho juntos depois.
Harry
estava extremamente rubro, parecia que ia explodir. Então
sentiu os braços do homem novamente em seu peito, o puxando
para perto e aninhando-se para voltar a dormir. Com um suspiro
aconchegou-se no abraço e fechou os olhos(2). Quando
finalmente acordaram foi com o cheiro da comida que Draco
preparava.
-Vocês pensam que eu não sei que estão
me fazendo de elfo doméstico? Ficam aí se agarrando e
eu fazendo o trabalho duro! Quer dizer... trabalho duro quem
faz são vocês – e riu da própria
piada.
-Malfoy, pare com suas insinuações sem
fundamentos e piadas sem graça – Severus tinha que discordar
de Potter, pelo menos na primeira parte, mas não o fez em voz
alta.
Draco olhou para os dois, de cima a baixo e ergueu uma
sobrancelha divertido.
-Certo. Eu não falo mais nada. Mas
agora que dormiu bem, Potter. Muito bem – acrescentou rindo. –
Quando eu vou para o Brasil?
-Eu estava pensando e é melhor
irmos para os Estados Unidos, não é bom confiar para a
minha primeira chave de portal ser tão longe. Depois veremos
se vamos a algum outro lugar.
-Então foi por isso que não
me comprou um calção de banho. Você é tão
estraga prazeres... mas só os meus – outro sorriso
extremamente malicioso.
O garoto deitou de barriga para cima,
ainda nos braços do homem mais velho, então voltou seu
rosto para ele e suspirou.
-Por que ele está provocando
tanto?
-Por algum motivo ele acha que eu gosto de você e
você gosta de mim – Harry fez uma expressão indignada
e Snape suspirou resignado, tentando esconder a mágoa. – Não
entra na cabeça dele que não há cabimento alguém
gostar de mim – se ergueu e caminhou até o lago.
Retirou
rapidamente as roupas e entrou vagarosamente na água,
ignorando o tom vermelho que ia aparecendo à medida que
entrava. Chegou à metade do lago tentando ignorar os próprios
pensamentos, ignorava tanta coisa que acreditava que explodiria.
Mergulhou fundo tentando não pensar em como sentira esperanças
de que o jovem viesse a nutrir algum sentimento por si, tentava não
lembrar em como o corpo dele era quente de encontro ao seu, e
agradecia ao lago ser tão frio. Quando o ar foi uma
necessidade irrompeu do fundo vendo o jovem parado diante da
entrada.
-Esqueceu a toalha e a roupa limpa – disse
simplesmente.
-Não precisava trazer, Potter... O QUE DIABOS
ESTÁ FAZENDO? – gritou ao ver o rapaz retirar as próprias
roupas e se dirigir ao lago. Nadou até o mais longe possível
daquele maluco.
-Tomando banho, dando motivos para Draco
falar.
-Está maluco, garoto? Saia daqui agora!
-Não
– e se aproximou mais, não sabia nadar, e isso logo ficou
claro para Snape.
-Pare aí, Potter. Ou vai se afogar –
avisou, mas o garoto continuou avançando, até que
Severus não viu alternativa a não ser pegar o rapaz. –
Seu maluco, tanta gente morrendo por você e faz uma besteira
dessa?
-Você também morreria por mim? – perguntou
docemente.
-Sim, seu babaca, mas se continuar agindo assim não
gastarei meu tempo. Quer vir para o fundo, venha – e o levou até
sentá-lo numa estalagmite chata que se pronunciava na região.
Sentado ali ele ficava com a água na altura da barriga. –
Feliz?
-Sim – riu e jogou água no ex-professor. – O
senhor nada bem.
-Tanto tempo tentando fazê-lo me chamar de
senhor e quando o faz é jogando água em minha face –
sorriu. – Mas terá volta, senhor Potter. Menos trezentos
pontos da Grifinória – e gargalhou.
Harry parou o que
fazia. Era a primeira vez que Snape ria assim, já o vira rindo
no dia anterior, mas nada assim. Esperou pacientemente até ele
parar com as gargalhadas.
-Eu sempre quis tirar tantos pontos da
Grifinória, mas se tirasse mais de cinqüenta por dia por
aluno brigavam comigo – e riu mais.
-Desculpa – falou sincero
e Severus ergueu uma sobrancelha. – Não queria que você
pensasse aquilo. Eu gosto do senhor, só que eu não acho
que seja a esse ponto.
-Tudo bem, Potter, foi apenas drama.
-Não
acredito que tenha sido apenas drama. O senhor realmente parecia
acreditar que não devesse ser amado. Isso é tão
triste.
-E o são Potter virá correndo me
salvar?
-Talvez, mas às vezes eu também gostaria de
ser salvo – e saiu da pedra caindo na parte funda sendo acolhido
pelos braços de Snape. – Me ensina a nadar, Severus –
sorriu suavemente.
Mais tarde Harry havia saído para
procurar algum livro sobre como criar a chave de portal. Severus se
aproximou do jovem loiro que tingia todas as roupas novas de preto ou
verde escuro.
-Ele não tem amor pela própria vida,
nem ele, nem a Granger e nem o Lupin – resmungou. – Não
tem como acreditar naquela histórias de os dois não
odiarem ninguém... Desde quando magenta combina comigo?
-O
que você disse para ele?
-Só um sermão e abri
um tanto os olhos dele – suspirou. – Ele é tão
óbvio, tem certeza que quer estar com ele? Às vezes é
tão idiota – e riu.
-Você também é
idiota às vezes, Draco.
-Mas eu faço de propósito
– o olhou com um ar arrogante, voltando em seguida a ficar sério.
– Não seja tão rígido. Ele é só
um rapaz, provavelmente vai fazer mais burradas que você possa
contar, não o expulse cada vez que fizer uma babaquice, é
o Potter afinal.
Severus suspirou.
-Você fala como se ele
quisesse me namorar.
-Vê como ele demora? Provavelmente está
contando tudo para a Granger e para o Lupin, pedindo conselhos. E
tomar banho junto de você? Isso é uma grande prova de
que ele quer algo, mas não tem coragem. Grifinórios,
tão previsíveis – e riu. – Notou como dessa vez não
saiu correndo e chorando do lago? Ele faz bem para você. Mais
do que eu nunca farei.
-Não fale assim, Draco. Quantas
vezes tenho que repetir que é como um filho para mim. Não
sei se devo tentar algo com ele, já estraguei a vida dele
demais para me meter novamente – Draco ficou confuso. – A
profecia, Draco, a profecia.
-Não foi sua culpa, ele sequer
era nascido, podia ser qualquer um, até eu. Não se
culpe. A culpa é do Dark Lord.
-Draco tem razão –
Harry entrou suavemente. – Minha vida foi desgraçada por
Voldemort, você só me infernizou um pouco na
escola.
-Mas e Black?
-Burrice minha. Você o provocava,
era algo natural entre vocês, e Sirius não era santo.
Mas eu fui o idiota de não te procurar quando tive o sonho, de
correr atrás de uma pista falsa. E quem o matou foi Bellatrix
e não você. Fora que se eu tive o sonho, pra começo
de conversa, foi porque não obedeci você.
-Não
é tão idiota como pensei – e andou até o rapaz
tomando o livro de sua mão e vendo qual era o melhor jeito de
criar esse portal.
Os dois jovens sentaram juntos e começaram
a conversar sob a supervisão de Snape. Eles se davam tão
bem juntos que se Draco não fosse hétero ele morreria
de ciúme. "Completamente infundado, o rapaz não é
nada seu" resmungou para si mesmo. Achou um feitiço e
começou a estudar sua fórmula. Ficou feliz quando se
ergueu e pôde atrapalhar a conversa animada de quadribol.
Sentou do outro lado de Harry e estendeu o livro.
-Podemos tentar
este – disse, arrependendo-se logo depois, sentiu-se extremamente
egoísta, mas não podia deixar de pensar assim. Draco
ergueu o pescoço para olhar.
-Não já tentamos
esse?
-Já, mas eu não tinha minha varinha e
estávamos fazendo errado. Vamos tentar de novo, é o que
menos gasta energias. O faremos amanhã. Vamos jantar e dormir.
Draco, lembre de conjurar a cama dele – e saiu para preparar a
comida.
Jantaram e foram cada um para sua cama. Somente Draco
realmente dormiu, os outros ficaram se revirando. Estava tudo
silencioso, a única coisa que se ouvia eram os pingos na
galeria do lago e a respiração calma do loiro, até
que um grito rompeu o silêncio. Severus correu até a
cama de Harry e passou os braços ao redor do garoto.
-O que
houve, Potter?
-Vold... – outro grito. – Está invadindo
minha mente.
-Droga – enfiou a mão na testa do garoto
esperando que isso o acalmasse, aos poucos ele foi se tranqüilizando.
Mas ainda tremia nos braços do homem. Draco estava sentado na
ponta da cama olhando para os dois.
-Ele não nos viu.
Parece que aconteceu algo e ele teve que parar. Vai tentar depois,
provavelmente. Temos que terminar logo essa chave de portal –
tremia suavemente e se agarrou ao ex-professor. – Me deixa dormir
com você – pediu baixinho.
Severus assentiu e o levou para
a própria cama.
Draco voltou a sua. Ninguém dormiu o
resto da noite. Severus fez o feitiço com a varinha de Harry e
levantou. O rapaz dormira levemente pouco antes. Tomou um rápido
banho e preparou o café. Acordou os jovens que comeram em
seguida, tomaram um rápido banho cada um e se dedicaram ao
feitiço. Severus por ser o único sem varinha arrumava
manualmente todas as malas, surrupiando uma roupa de Harry para
si.
-Está pronto – anunciou Draco, rompendo o silêncio
que se formara entre eles naquela manhã. – Almoçamos
então partimos. Harry fica aqui na Inglaterra, e com suas
coisas, elas devem ser mais úteis para você que para
qualquer um de nós.
-Certo – concordaram os dois outros,
embora o mais jovem estivesse meio receoso.
O almoço que se
seguiu fora rápido. Logo Potter abraçava os dois em
despedida e os via sumindo.
-Logo estarei com vocês – e
sorriu quando sumiram.
Draco e Severus apareceram em algum ponto
próximo ao aeroporto de New York, pegaram os documentos
trouxas que possuíam e foram direto ao banco abrir uma conta.
Depositaram tudo que tinha numa conta conjunta. Eram praticamente
bilionários, e isso apenas com a parte de Draco na fortuna da
família. O que aconteceria quando herdasse todo o dinheiro?
Compraram uma casa mobiliada, não era grande, não
queriam muito (Severus não queria, mas convenceu Draco a não
querer também). No fim do dia estavam estabelecidos e ninguém
falava deles. Não se passara um mês e a casa já
estava praticamente lotada de bichos que Draco trazia para casa toda
vez que saía para arranjar emprego, três gatos persas,
um siamês e dois cachorros golden retrevier, Bob e Rex. Severus
que nomeara os gatos então estes tinham nomes de plantas,
Beladona, Narciso, Asfódelo e Lily. Draco surtara quando soube
que seu precioso persa preto se chamava Asfódelo. "Ele dorme
demais" fora tudo que recebera de Severus. Este fingia ignorar o
fato que neste mês que vivia nos Estados Unidos Harry não
mandara uma única notícia. Dormia abraçado com a
roupa do garoto que surrupiara.
No terceiro mês Draco
chegara pulando dizendo que tinha uma novidade. Snape procurou pelo
sétimo bichinho que ele provavelmente comprara. Então
viu a linda e branca coruja que ele carregava. E na perna dela um
exemplar do Profeta Semanal.
-Imaginei que assinar o Profeta
Diário ia desgastar Diana, então assinei o semanal. Ah,
gostou da nossa coruja? – lançou um olhar insinuante, tinha
certeza que Severus lembrava de Hedwig.
-Seu maluco – suspirou
resignado. – Se ela comer um dos meus gatos ponho todos os seus
bichos para fora. Quase mato Rex ontem por correr atrás do
Asfódelo – Draco rangeu os dentes.
-Eu pensando em dar um
nome forte para o gatinho preto e lindo, algo como Slytherin, ou
Prince... mas Asfódelo? Severus, você destruiu todos os
meus sonhos!
-Você não tem trabalho?
-Sim, sim,
papai. Estou indo para a escola – e saiu para cumprir seus deveres
de bom cidadão. Não que ele fosse um, claro.
Na
última semana do mês Diana trouxera o jornal bruxo
londrino. A notícia de capa fez Severus tremer.
O luto
do mundo bruxo
Uma imagem de Harry sorrindo ao lado dos
amigos, extremamente feliz tomava quase a página toda.
A
edição da semana contava toda a vida do rapaz. Muito
floreado e cheio de invencionices para chamar atenção
do público, mas uma notinha na última página
falava tudo que ele estava interessado.
O fatídico dia
de 09 de setembro de 1999 ficará eternamente gravado em nossas
memórias. A grande derrota do hediondo Dark Lord,
Você-Sabe-Quem, que fora seguido pelo sacrifício do
menino-que-sobreviveu. Uma morte sem testemunhas, ninguém sabe
o que houve, só se achou o corpo sem vida do rapaz. Este está
sendo velado na Escola de Magia e Bruxaria de Hogwarts. Seu enterro
será em uma semana e ele será enterrado diante dos
portões da escola que irá reabrir para o próximo
ano letivo.
Esta edição falou sobre a vida do
Herói a próxima falará do seu trágico
fim.
Era tudo. Apenas um suspense para na próxima
edição falarem tudo sobre a morte, como dizia no fim da
nota. Mas não havia mais nada que o Professor pudesse querer
saber. Só sabia que Harry não cumpriria a promessa de
vir morar com eles. Largou o jornal na mesa, acariciou cada um dos
gatos e dos cachorros, alisou a coruja e sumiu pela porta. Chegou ao
primeiro aeroporto que encontrou e pegou o primeiro vôo para
Londres que conseguiu. Não se importou com primeira classe, ou
classe econômica. Não quis saber os melhores planos e
descontos e sequer reservou a passagem de volta. Sabia que fazer o
que faria o levaria a Azkaban ou até pior talvez. Subiu no
avião e esperou a aterrissagem no velho mundo. Pegou um táxi
para King Cross e pegou o Expresso Hogwarts. Desceu na vila vazia e
correu para o castelo. Sua mente inundada de lembranças boas e
ruins. Mas nenhum sentimento era seu, apenas a urgência de
constatar com os próprios olhos o que aquela notícia
dizia. Passou pelas pessoas que olhavam incrédulas para ele,
sem acreditar que o atual inimigo público número um
estava passando por entre elas. Chegou ao jardim diante do lago e viu
três corpos. Granger e Weasley de cada lado de Potter, como
sempre fora quando vivos. Correu até o do meio, finalmente
irrompendo em lágrimas. Fawkes se empoleirara em seu ombro e
começara a cantar uma música a qual Severus dera uma
letra e nunca tivera coragem de cantar. Entoava baixinho a música
que compusera há séculos atrás, quando ainda
estava estudando na escola e escutara pela primeira vez o canto da
fênix.
E ainda cantava enquanto era arrastado pelos aurors e
a cantara enquanto sentia a varinha em sua garganta e o feitiço
ser pronunciado.
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We're walking in the air
(Nós estamos caminhando no
ar)
We're floating in the moonlit sky
(Nós estamos
flutuando no céu iluminado pela lua)
The people far below
are sleeping as we fly
(As pessoas lá embaixo dormem
enquanto voamos)
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I'm holding very tight
(Eu estou me segurando muito forte)
I'm
riding in the midnight blue
(Eu estou cavalgando no
azul-escuro)
I'm finding I can fly so high above with you
(Eu
sei que posso voar tão alto com você)
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Far
across the world
(Atravessando o mundo)
The villages go by like
trees
(As vila passam como árvores)
The rivers and the
hills
(Os rios e as colinas)
The forests and the streams
(as
florestas e os riachos)
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Children gaze open mouth
(Crianças arregalham os olhos e
abrem as bocas)
Taken by surprise
(Pegas de surpresa)
Nobody
down below believes their eyes
(Ninguém lá embaixo
acredita em seus olhos)
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We're surfing in the air
(Nós estamos surfando no ar)
We're
swimming in the frozen sky
(Nós estamos nadando no céu
congelado)
We're drifting over icy
(Nós estamos
deslizando sobre o gelo)
Mountains floating by
(Montanhas
passam flutuando)
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Suddenly swooping low on an ocean deep
(De repente mergulhando num
oceano profundo)
Arousing of a mighty monster from its sleep
(O
despertar de um poderoso monstro de seu sono)
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We're walking in the air
(Nós estamos caminhando no
ar)
We're floating in the midnight sky
(Nós estamos
flutuando no céu da meia-noite)
And everyone who sees us
greets us as we fly
(E todos que nos vêem nos acenam
enquanto voamos)
----
I'm holding very tight
(Eu estou me segurando muito forte)
I'm
riding in the midnight blue
(Eu estou cavalgando no
azul-escuro)
I'm finding I can fly so high above with you
(Eu
sei que posso voar tão alto com você)
.FIM.
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(1) – Tradução literal de Hollywood
(2)
– Eu estava morrendo de sono nessa parte... deu vontade de fazer o
mesmo que eles, e voltar a mimir, mas já é meio dia...
TT
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N/A: AAAAAAAAAAH EU TENHO QUE PARAR COM ESSA MANIA DE TERMINAR FIC COM MORTE DE PERSONAGEM... EU TENHO!!!!!!! Slash bem leve, sem beijos e sem lemons... e extremamente trágico... com uma música extremamente otimista... É o fundo do poço mesmo!
N/A2: Vocês não imaginam o trabalho para postar essa fic... De alguma forma o documento se corrompeu no "Vocês sempre andam com as chaves?" e eu não consegui arrumar até agora! Mas finalmente consegui! Espero que tenham gostado e me mandem uma doce reviewzinha!!
