Título: Ironia do Destino
Autora: Mary Spn
Beta: Euzinha! Os erros são todos meus.
Gênero: Wincest / AU
Sinopse: Quando resolveu atender ao pedido do seu pai e ir à procura do seu meio-irmão, Dean não podia imaginar o que o destino lhe reservara...
Avisos: Trata-se de Universo Alternativo, Sam e Dean não são caçadores. É Wincest, portanto, contém cenas de relações sexuais entre dois irmãos.
Ironia do Destino
Capítulo 1
Dean seguiu de táxi de volta para o hotel onde estava hospedado em Chicago. Estava a uma semana na cidade e já havia corrido atrás de pelo menos duas pistas falsas.
Assim que entrou no quarto de hotel, se deitou preguiçosamente na cama, tentando relaxar um pouco.
A missão que o seu pai havia lhe incumbido estava sendo fatigante demais. Ninguém na cidade conhecia esse tal Samuel Padalecki, um completo desconhecido que do dia para a noite tinha virado o seu suposto irmão caçula. Ou o seu meio-irmão caçula.
Dean tinha percebido há dias que o seu pai andava um tanto... Estranho. E de repente John tinha vindo com uma conversa no mínimo esquisita, de que havia descoberto que tinha mais um filho, fruto de uma antiga aventura extraconjugal.
Por sorte, sua mãe havia morrido sem saber do ocorrido, porque isso com certeza partiria o seu coração - Dean pensou com tristeza.
Seu pai era um homem estranho. Um bom pai, mas ainda assim, estranho. Muitas vezes era gentil, atencioso, mas em outras conseguia ser frio e duro como gelo.
Dean jamais conseguiu entender porquê.
Remexeu-se na cama, sentindo todo o seu corpo doer. Toda a tensão dos últimos dias não estavam lhe fazendo bem. Estava precisando de um banho quente, quem sabe uma massagem relaxante, ou melhor ainda, de uma boa noite de sexo.
Tirou suas roupas e se dirigiu ao banheiro, parando diante do espelho. Apesar de ter emagrecido um pouco, seu corpo ainda era desejável. Tentou se lembrar da última vez que fora tocado por alguém. Já fazia muito tempo, tempo demais...
Sua vida amorosa sempre fora um desastre. Garotas que se aproximavam por interesse, garotos com quem se relacionava às escondidas, tomando todo o cuidado para que o seu pai não descobrisse.
Apesar de John ser um homem moderno, tinha certas coisas que era melhor ele não ficar sabendo. Seu interesse por homens era uma delas. Não conseguia sequer imaginar a reação do seu pai.
John sempre tivera planos para o filho, queria que ele algum dia assumisse a presidência da empresa, que desse continuidade a ela. Dean vinha sendo preparado para isso desde a adolescência e não seria agora, aos vinte e seis anos, que enfrentaria o seu pai.
Já dentro da banheira, com a água quente relaxando os seus músculos, Dean não conseguiu evitar pensar no seu meio-irmão. Não tinha nenhuma foto, nenhuma referência a não ser um nome e alguns endereços. Sabia também que tinha vinte e dois anos.
Sentia muita curiosidade em saber como ele era. Seria bonito? Feio? Inteligente? Estúpido? Mulherengo? Pensar em ter um irmão lhe trazia um turbilhão de emoções. Ao mesmo tempo em que era bom pensar que teria alguém com quem dividir a responsabilidade pela empresa, a ideia também o assustava.
Lá no fundo, não conseguia deixar de vê-lo como uma ameaça, um concorrente. E se ele fosse do tipo machão de quem seu pai teria orgulho? Não, era melhor afastar este tipo de pensamento, antes que passasse a odiar Samuel sem nem mesmo de conhecê-lo.
Dean terminou seu banho, tomou seus remédios e foi para a cama. Sem massagem, sem sexo. Seu corpo estava cansado e aproveitaria a noite de sono. Não sabia como seria o dia de amanhã.
Quando Dean acordou já passava das nove horas. Xingou a si mesmo mentalmente, pois queria ter acordado cedo para retomar a sua busca. Quanto mais cedo acabasse com esta tortura, melhor.
Tomou uma ducha rápida para espantar o sono, vestiu-se e foi até o carro que havia alugado, notando que estava com o pneu furado.
Parecia mesmo que o universo estava conspirando contra ele. Dean chutou a lataria do carro e ligou para a seguradora, que levou quase uma hora até mandar alguém para fazer a troca.
Depois do pneu trocado, Dean seguiu atrás de outra pista, o endereço não ficava muito longe dali. Ao chegar lá não encontrou nada, o que o deixou ainda mais decepcionado. Depois de mais algumas ligações telefônicas e de ficar praticamente a tarde inteira rodando de um lado para o outro sem sucesso, conseguiu uma nova pista do paradeiro de seu irmão.
Dirigiu até o endereço e assustou-se ao parar diante de uma casa de madeira sem pintura, praticamente caindo aos pedaços e constatar que era o número indicado.
Tinha alguns cachorros correndo soltos no quintal, então Dean não ousou atravessar a cerca de arames que o mantinha do lado de fora, e resolveu bater palmas para chamar a atenção dos moradores.
Depois de algum tempo, quando já estava quase desistindo, uma senhora idosa veio atendê-lo. Ela era muito magra e Dean pôde notar que lhe faltavam alguns dentes da frente.
Não é porque morava em um bairro nobre, que não sabia o que era pobreza. Mas o que mais o assustava era pensar que o seu irmão de sangue pudesse viver em um lugar assim, sendo que ele e seu pai viviam com todo o conforto e mordomia.
- Bom dia, senhora!
- Bom dia! – A mulher respondeu, o olhando desconfiada.
- Eu estou procurando por um rapaz, o nome dele é Samuel Padalecki, ele mora aqui?
- Não meu jovem, aqui vivemos apenas eu e meu marido.
- E aqui na redondeza, a senhora não reconhece este nome? Ele tem vinte e dois anos.
- Samuel?
- Sim. Samuel Padalecki.
- Não, nunca ouvi falar. Mas alguns rapazes moravam em uma quitinete que fica no final da rua. Saíram de lá há mais ou menos um mês.
- Ah, ok. Eu vou verificar. Muito obrigado pela informação.
Dean suspirou e seguiu caminhando até o final da rua. As casas a partir dali não tinham numeração. Talvez por isso o endereço continha o número duzentos e trinta, era a última casa numerada da rua.
Conseguiu localizar a quitinete, que mais parecia um local abandonado. Era uma espécie de casa de dois andares, onde dava para ver que havia moradores no andar de baixo, sendo que o andar de cima era dividido ao meio, formando duas pequenas quitinetes.
Dean bateu na porta, sentindo seu coração acelerar. Sentia-se cada vez mais próximo de encontrar seu irmão e isso o deixava extremamente ansioso.
- Pois não? – Um senhor de meia idade o atendeu desta vez.
- Estas quitinetes, estão disponíveis para alugar?
- Elas estão em reforma, inclusive eu precisei pedir que os últimos inquilinos saíssem. Problemas de umidade, mas quem sabe daqui a uns dois meses eu poderei voltar a alugar.
- Os seus últimos inquilinos, por acaso havia um rapaz de mais ou menos vinte e dois anos, chamado Samuel?
- Não, eram dois rapazes que dividiam o quarto, mas eu não me lembro de algum se chamar Samuel.
- O senhor não possui nenhum registro dos seus inquilinos?
- Olha moço, neste bairro aqui, aparece de tudo, entende? E a maioria usa nome falso, então eu já nem me incomodo mais em perguntar. Eu só aceito pagamento em dinheiro e sempre um mês adiantado. Os nomes deles não me interessam, se tiver dinheiro, fica. Caso contrário, vai dormir na rua.
- O sobrenome Padalecki também não é conhecido?
- Não senhor. Agora, quando eu os despejei, indiquei um amigo no outro lado da cidade. Ele também tem quitinetes para alugar. Talvez eles tenham ido para lá.
- O senhor teria o endereço para me informar? Ou telefone?
- Olha, eu não sei... – O homem coçou a cabeça e Dean logo entendeu o recado.
Puxou uma nota de cem dólares do bolso e o entregou.
- Quem sabe agora o senhor se lembre de mais alguma coisa?
- Só um instante, eu vou verificar.
O homem entrou em casa e Dean esperou mais alguns minutos até que ele voltou com um pedaço de papel, onde tinha anotado um endereço.
- Aqui está.
- Eu irei verificar, muito obrigado!
Já estava anoitecendo e como não conhecia o local, Dean acabou decidindo deixar para verificar no dia seguinte. Não seria necessário arriscar a sua vida em um bairro perigoso, sendo que poderia fazer isso à luz do dia.
Mal pisou no seu quarto do hotel e o seu celular tocou, era o seu pai.
- Hey pai!
- Dean! Como você está?
- Bem. E o senhor?
- Eu quis te ligar antes, mas... Está tudo uma loucura aqui sem você. Um milhão de coisas pra resolver, eu não sei por que é que eu pago os funcionários, se tenho que resolver tudo sozinho! – John reclamava, falando rapidamente – Mas e aí? Alguma novidade?
- Só segui pistas falsas até agora, mas acho que desta vez estou no caminho certo. Amanhã mesmo eu vou verificar outro endereço.
- Eu já estava ficando preocupado. Não pensei que fosse demorar tanto. Tem certeza que você está bem? Eu posso pedir para um detetive fazer isso, se você quiser.
- Se o senhor quisesse isso nas mãos de um detetive, teria o contratado em primeiro lugar. Eu só não sei por que o senhor não está aqui no meu lugar.
- Dean, eu...
- É, eu sei. O senhor é sempre muito ocupado. Não precisa repetir. Assim que eu tiver alguma notícia eu entro em contato, ok?
- Certo. Eu vou esperar por notícias. E, Dean?
- Hmm?
- Cuide-se!
Dean desligou o telefone e suspirou... Era melhor não tentar entender o seu pai.
Olhou pela janela do quarto do hotel e decidiu que naquela noite tentaria se divertir um pouco. Tomou um banho, colocou uma roupa casual e dirigiu até o centro da cidade.
Rodou um pouco com seu carro e acabou optando por uma boate que lhe chamou a atenção.
Ao entrar, sentiu seu corpo vibrar com o ritmo da música eletrônica que tocava em um volume muito alto. Já houve um tempo em que curtia este tipo de badalação, mas já não sabia dizer se realmente sentia falta daquelas noitadas regadas a muita bebida, que geralmente terminavam em sexo sem compromisso e uma maldita ressaca no dia seguinte.
Sua vida tinha mudado drasticamente, mas não podia se lamentar, estava disposto a encarar o que estivesse por vir. Sempre encarara a vida como um desafio, e não seria agora que iria desistir.
Apesar de ser uma quinta-feira, a pista de dança estava lotada. Caminhou até o bar, observando as pessoas ao seu redor. Sem dúvida, havia muita gente bonita ali e Dean percebeu os olhares sobre si enquanto passava.
Uma garota morena parou ao seu lado, puxando conversa, mas logo desistiu, ao ver que Dean não estava interessado.
Depois de recusar algumas cantadas, Dean não resistiu quando um rapaz moreno, alto, com um corpo forte e delicioso o chamou para acompanhá-lo à pista de dança.
De início, sentiu-se um pouco constrangido, afinal, nunca tinha feito isso antes. Sim, já havia saído com homens, mas sempre às escondidas. Nunca ficara com algum assim, dançando em público e isso era estranho e excitante ao mesmo tempo. Mas tinha que aproveitar o fato de que ali, naquela cidade, ninguém o conhecia. E dentro daquela boate parecia que ninguém mesmo se importava com nada, todos só estavam ali para curtir, então por que ele não faria o mesmo?
Arrepiou-se ao sentir as mãos do outro tocando sua pele por dentro da camisa. Os lábios do moreno em seu pescoço, beijando e chupando sua pele, tinha a sensação de que não havia mais ninguém ali...
- Qual é o seu nome? – O moreno sussurrou em seu ouvido.
- Dean – O loiro praticamente gemeu, sentindo o outro sugar o lóbulo da sua orelha.
- Eu sou o Tom. Por que você não me acompanha até o estacionamento, Dean? – Tom perguntou de uma maneira sugestiva.
Só então Dean encarou os olhos azuis à sua frente. De repente as luzes do ambiente passaram a ficar incômodas demais, o barulho parecia irritar tanto seus ouvidos que pensou não conseguir ficar um minuto mais dentro daquele lugar.
Virou-se e simplesmente saiu, deixando Tom parado no meio da pista de dança, sem entender nada. Ao chegar do lado de fora, encostou-se na parede, tentando recuperar o equilíbrio. Respirava fundo, e aos poucos voltou a se sentir melhor.
Pensou em Tom, mas não teve coragem de voltar. Caminhou até o seu carro e ficou alguns minutos sentado, esperando que o mal estar passasse completamente, para então dirigir de volta até o hotel.
Seria mais uma noite vazia e solitária... Como todas as outras.
Continua...
Como é que essa mulherzinha já está escrevendo outra fanfic se ainda não terminou as três que tem em andamento?
A Mary Spn é o quê? Louca? Huahuahuahua
Deixa-me explicar: Quando as ideias surgem na minha cabeça, eu preciso escrevê-las... Quando eu as escrevo, preciso postá-las... Quando eu posto, eu preciso de reviews para conseguir continuar a escrever... E por aí vai... É um ciclo vicioso, eu sei! rsrs
Mas enquanto tiver pelo menos uma pessoa lendo o que eu escrevo, estarei por aqui! Amo vocês!
