"Bulma, eu pensei muito enquanto estive fora e- bem, o mundo pode estar acabando e a gente pode não ter outra chance- não, não foi isso o que eu quis dizer, na verdade- "
"Yamcha " Ela o cortou. E a seriedade em seu olhar bastou para mantê-lo calado. O lutador de artes marciais estava uma pilha de nervos, sua respiração era descompassada, seus olhos piscavam de um jeito irritante – e isso tudo só servia para agravar a sua própria ansiedade, mesmo que ela se devesse a outro motivo:
"Eu 'tô grávida. "
"M-mas... " Ele começou, embasbacado. "Mas... Bulma isso é- " Seu rosto se iluminou com um sorriso de orelha a orelha, e ela sabia que precisaria ser mais específica dessa vez. A cientista suspirou, cansada; Yamcha poderia ser muito lento às vezes.
"O filho é do Vegeta. " Ela revelou, sem mais rodeios, e não desviou o olhar ao fazê-lo.
Ele sentiu o coração falhar no peito.
"O que...? "
Se o mundo acabasse ou não com a chegada dos androides, não importava – ele já havia acabado ali, para Yamcha. Todos os esforços e sonhos de uma vida inteira se esmigalharam diante dessa notícia.
"Como você pôde...? " O semblante do ex-bandido se fechou, de raiva e amargura.
"Não está sendo nada fácil pra mim também, 'tá legal? " Ela massageou a têmpora, aborrecida.
Ele deixou um riso escapar, sem nenhum humor.
"Ah mas eu aposto que não deve ter sido nada fácil pra você- "
"Não se atreva a terminar isso! " Bulma avisou, em seu limite. " Já chega, Yamcha. Vá embora."
E, com o coração aos pedaços, ele foi.
