Aviso Legal
Alguns dos personagens encontrados na história e / ou universo não pertencem, mas são de propriedade intelectual de seus respectivos autores. Os eventuais personagens originais desta história são de minha propriedade intelectual. História sem fins lucrativos criada de fã e sem compromisso para uma obra original.
CAPÍTULO 1. Capítulo único
Minha saudade não te prenda, alma livre.
Fênix que das cinzas faz seu berço de esplendoroso renascimento.
Segue tranquilo a tua senda, e guarda em teu coração meu cantarolar.
Que minha saudade não te prenda, e segue tranquila em tua missão, alma liberta.
Não te retenha o meu olhar.
O meu amor seguirá para sempre contigo.
Será a ti fiel e amigo, e nunca desejará prender-te a um só lugar.
Amor...
Ah! Magnífica substância criadora e mantenedora do Universo.
Essência divina!
Tesouro que, quanto mais se divide, mais se multiplica.
Se enriquece à medida que se reparte.
Se agiganta, na razão que mais se doa.
Fixa-se com mais poder, quanto mais se irradia.
Nunca perece, porque não se entibia nem se enfraquece,
pois que sua força reside no ato mesmo de doar-se, de tornar-se vida.
Assim como o ar é indispensável para a existência física,
o amor é o oxigênio para a alma.
Sem amor, o espírito se enfraquece e perde o sentido de viver.
O amor é imbatível, porque sempre triunfa sobre todas as vicissitudes do existir.
E o meu por ti dulcifica-me profundamente.
Peço à nossa querida deusa que me perdoe por sentir amor tanto por ti.
Athena reencarna a sabedoria.
Há de compreender o que sinto aqui, dentro do peito.
Mesmo que se modifiquem os quadros da existência,
meu amor segue contigo, e permanece confiante e indestrutível.
Expande-se como um perfume que impregna,
agradável, suavemente, nem embriagador ou apaixonado…
Não me apegarei, não sofrerei a falta, mas fruirei sempre,
porque seu escuro olhar como o profundo oceano,
viverá eternamente no íntimo do meu ser.
Guarde este sentimento em seu coração, meu amado irmão.
O amor deve ser sempre o ponto de partida de todas as aspirações
e a etapa final de todos os anelos humanos.
Fênix de alma livre.
Tento tocar tua face, a dolorida fisionomia.
A cicatriz de seu rosto parece saltar ante o rosto retesado.
Gostaria de ainda mais uma vez tocar-te.
Sei que a solidão não mais te visitará,
agora tens os amigos em retorno a te apoiar.
Ainda me lembro de nossa infância naquela Igreja
onde o padre nos dizia que ninguém some,
apenas parte antes de nós.
Me lembro do orfanato,
quando me defendias e enxugava minhas lágrimas.
Nossa infância doada para nos sagrarmos cavaleiros da paz e da esperança.
Doação que levou-te a voar muito longe de mim.
Meu coração sempre esteve e estará contigo.
Ainda me lembro de uma noite estrelada,
daquelas em que a lua resplandece sem ofuscar os demais astros celestes.
Estávamos acomodados na areia, à beira-mar.
A brisa da noite esvoaçada teus cabelos curtos,
enquanto eu fitava o reflexo em teu olhar.
O luar sempre encantou-te como a mim,
e agora entendo o porquê.
Conhecerias, sob o luar, aquela que seria a fonte eterna de calor
para tua alma inflamada em fogo,
na ilha mortal para a qual fostes
e onde enterrara parte de teu espírito.
Ainda me lembro daquela noite em que me dizias
que tínhamos a capacidade de mudar nossos destinos.
E nosso destino nos trouxe até aqui.
Até o Santuário.
Até esta casa que abriga um leito de morte.
Confie. Tenha fé na amizade de nossos companheiros.
A paz que sentirás no futuro será tão profunda e infinita,
tudo será convite para reviver do pó e alçar a maior altitude.
Alma querida, fraterna fênix de alma livre.
Leva contigo o meu amor,
leva à Athena minha devoção.
Agora que soou, enfim a minha hora,
que mergulhemos no sem fim,
no eterno agora,
e possa tudo, um dia, renascer.
Adeus.
