Capítulo Um: Tão Longe

Ginny acordou com suores frios por toda a testa. Alguma coisa estava errada, ela conseguia senti-lo. Olhou em volta. As suas colegas de quarto dormiam pacificamente. Levantou-se e olhou pela janela. O céu estava nublado e a qualquer momento ia começar a chover. Ginny viu os cinco guardas andando pelo acampamento. Voltou para a cama mas não conseguia dormir.

Fitou o tecto, pensando em como tudo tinha mudado desde que ela deixara Hogwarts há cinco anos. Ela tinha decidido ser uma curandeira Não tenho a certeza se é assim que se diz em português, se não for por favor avisem e agora estava trabalhando num acapamento. A guerra estava matando cada vez mais pessoas. No dia anterior ela tinha visto o seu amigo Colin Creevy morrer mesmo à sua frente. O seu irmão Percy havia morrido faziam dois anos. Ela recebia frequentemente cartas do Ron e da Hermione. O Ron estava na Escócia numa missão secreta do Ministério. A Hermione era a Chefe do Departamento de Cumprimento da Lei Mágica e o Harry ninguém sabia onde estava. Ele escrevia algumas vezes mas não tão frequentemente como a Hermione e o Ron. Ninguém sabia o que ele estava fazendo mas ele já destruira os Horcruxes e estava preparando a Última Batalha. Nas suas cartas ele prometia que tudo acabaria depressa e que depois de tudo isso eles finalmente ficariam juntos. Ginny estava vivendo para esse momento, o momento em que aquele pesadelo acabaria e ela poderia finalmente ficar com o homem que amava.

Ela estava quase adormecendo quando uma explosão fê-la levantar-se. As outras raparigas acordaram também. Ginny olhou pela janela. Estavam sendo atacados por Devoradores da Morte. Eles estavam por todo o acampamento.

-Meu Deus! Que vamos fazer?- perguntou Padma Patil.

-Temos que nos manter calmas. Se nos enervamos irá ser...- as palavras de Ginny foram interrompidas por seis Devoradores da Morte que abriram as portas violentamente. As raparigas começaram a correr. Ginny tentou escapar mas um par de mãos frias agarraram-ne pela cintura.

-Vejam só o que temos aqui, uma ruivinha linda para ser minha prisioneira!- a voz do Devorador da Morte soou noa seus ouvidos e algo na sua cabeça disse-lhe que aquela vos não lhe era desconhecida mas não sabia de a quem pertencia auela voz forte mas gelada.

Ele arrastou-a para o exterior. Ginny gritava e tentava pontapeá-lo, arranhá-lo mas ele era demasiado forte e domava-a facilmente.

-Morsmordre!- o Devorador da Morte disse levantando a varinha. Uma grande caveira verde apareceu no céu escuro da noite. E logo de seguida Ginny sentiu aquele pressão e sensação estonteante de se Desmaterializar. Quando ela abriu os olhos já não estava no acampamento. Encontrava-se num quarto húmido e escuro. Olhou em volta e apercebeu-se que estava numa masmorra.

O Devorador da Morte colocou-a no chão e ela afastou-se dele o mais que pôde. Não havia porta, apenas uma janela no alto deixava uma brisa entrar.

-Assustada pequena doninha?- o Devorador da Morte disse tirando a máscara. Mesmo que ele não o tivesse feito ela sabia quem ele era. Tinha reconhecido a sua voz de desdém. Ali, á sua frente estava nem mais nem menos que Draco Malfoy- Há muito tempo que não nos vêmos doninha!

Ginny não se atreveu a falar. Ela queria gritar-lhe. Não o via desde o seu quinto ano, desde o dia em que Dumbledore tinha morrido, o dia em que ele tinha feito com que o Bill se transforma-se num Meio-Lobisomem, desde o dia que ele tinha feito a vida do Harry miserável. Se ela tivesse uma varinha naquele momento ela mata-lo-ia mas antes queimava-no e arrancava-lhe os olhos para depois dar-lhos para comer. Ela odiava-o mais do que ninguém. Ela nem tinha a certeza quem odiava mais se Draco Malfoy se Lord Voldemort.

-O Potter mordeu-te a língua? Ou o facto de ele te ter deixado traumatizou-te ao ponto de deixares de falar?

-Cala-te Malfoy!

-Então consegues falar! Mas devias ter mais cuidado em como falas. És minha prisioneira. A tua vida está nas minhas mãos!

Ela olhou-o nos olhos. Ele estava diferente. O pequeno furão tinha crescido. Já não era aquele rapaz magro e pálido que se escondia atrás do Professor Snape e do seu pai. Os seus olhos cinzentos estavam mais frios e maquiavélicos, o seu corpo estava forte e ele tinha uma cicatriz no pescoço.

Draco olhou também para a rapariga que estava á sua frente. Desde o momento que a tinha visto no acampamento que a tinha reconhecido como a amada do Potter. O isco perfeito para o rapaz-que-sobreviveu. Draco ainda não esquecera a noite em que o Cabeça de Cicatriz quase o matara. Ele julgava que era impossível odiar mais Harry Potter mas depois dessa noite o ódio tinha crescido tanto que a única coisa que o mantinha vivo era a sede de vingança.

-Então mata-me! Eu prefiro estar morta a depender de ti!- Ginny disse olhando-o firmemente nos olhos.

-Eu sei, é por isso que não te vou matar. Quero ver-te sofrer, quero ouvir-te gritar, ver-te tourturares-te a ti mesma com solidão e fome. Vou por-te em tanta mágoa que estarás implorando para que te mate e mesmo assim não te matarei. Queres saber porquê?- Draco disse soando petrificantemente calmo. Ginny não respondeu pois sabia que ele não esperava a sua resposta.- Vou fazer-te sentir pior do que alguma vez sentiste para que assim o Potter se sinta ainda pior que tu!

Ele deu-lhe um sorriso escarninho. Nos seus olhos ela encontrou uma maldade e um ódio que a fez perceber que ele iria magoar o Harry o quanto pudesse e que nada o podia parar.

-Acho que é tudo por agora! Boa noite, sonhos cor-de-rosa!- ele disse dando uma gargalhada sarcástica. Uma gargalhada que fê-la lembrar-se do Tom Riddle.

Draco desmaterializou-se deixando-a sozinha na masmorra escura. Ela sentou-se no chão e encostou-se á parede. Fechou os olhos e ouviu o som do oceano. Ela devia estar tão longe de tudo, tão longe de casa, tão longe do acampamento, tão longe do Harry. Ela nem sabia se ainda estava em Inglaterra. As lágrimas começaram a correr-lhe pela face. Apetecia-lhe gritar, bater com a cabeça na parede, simplesmente fazer qualquer coisa e não ficar ali á espera de ser torturada.

A sua mente voou até ao passado. As memórias de Hogwarts eram tão doces. O Harry, o seu amor, os seus amigos. Mas depois veio aquela noite horrível, depois o funeral do Professor Dumbledore, o rompimento da sua relação, a distância entre ela e o Harry. Depois de ele ter partido, ela prometeu que o esperaria até que a guerra acabasse. Sabia que ele ainda a amava o quanto ela o amava a ele. Nos últimos sete anos só o tinha visto no casamento do Bill com a Fleur e no funeral do Percy mas as cartas que ele lhe enviava enchiam-na de esperança.

Ginny respirou fundo e olhou pela janela muito acima da sua cabeça. Os primeiros raios do dia entravam por ela.

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(¸.•´ (¸. Oiiii

Bem isto é a tradução da minha fanfic em ingles "The Dragon Whisperer".

Espero que gostem.

Beijinhos