Sinopse: Trabalhar como "Baby-Sister" estava fora de cogitação para Isabella Swan. Mas quando sua mãe precisa urgentemente de uma cirurgia, sua única opção era aceitar o emprego de babá na casa de Edward Cullen, um jovem e renomado médico de Chicago.
O que ela não contava, era que cuidar de cinco crianças insuportavelmente mimadas – e órfãos de mãe – se tornaria sua vida. E que estar em apuros, nunca fora tão gostoso.

"A chuva está caindo no vidro da minha janela
Mas nós estamos nos escondendo em um lugar seguro
Debaixo das cobertas, ficando secos e quentes
Você me dá sentimentos que eu adoro."

Capitulo Um

POV. Bella

- Preciso de um emprego Alice. – murmurei, bebericando o café. Alice – minha amiga – beliscou um pedaço de seu pão doce, me encarou.

- Hum... um amigo de Jasper esta precisando de uma babá. Posso ver se a vaga ainda esta disponível. – eu ri, me controlando quando percebi que as pessoas que estavam na cafeteria olharam em direção a nossa mesa.

- Olha para mim, Alice. Tenho 22 anos, acha mesmo que daria conta de crianças? – ela deu nos ombros.

- Só estava tentando ajudar. – bufei.

- Agradeço pela ajuda, mas vou continuar procurando. – encarei o relógio em meus pulso, constatando que logo seriam 17:30 e eu precisava ir para casa dar o remédio para minha mãe. Ela era teimosa o bastante para me enrolar e não tomar o remédio, por isso eu fazia marcação cerrada.

Levantei da cadeira, dei dois beijos em Alice que permaneceu ali, comendo os pães. Antes de sair, a chamei.

- O que?

- Tenho certeza que você esta grávida, se não, não estaria comendo tanto. – ela arregalou os olhos.

- Estou comendo muito? – ri.

- Não... Só o suficiente para o meu afilhado ou afilhado. – ela me disse algum palavrão que não pude ouvir. Rindo, sai do café e atravessei a rua.

...

- Mãe, eu já disse, ou você toma esse remédio ou...

- Ou o que, Isabella? Você não pode me obrigar a fazer o que eu não quero. – suspirei, sentando junto dela no sofá.

- Mãe, eu sei que você não gosta, mas para de agir como uma criança, ok? Eu que e fazia isso. – ela riu, eu deitei a cabeça em seu colo, fechando os olhos quando suas mãos se apossaram de meu cabelo.

- Você ainda faz isso, querida. – fiz uma careta. – Tudo bem, me de esse remédio. – apenas levantei as mãos, alcançando para ela o comprimido e o copo com água, sem ao menos me dar ao trabalho para levantar.

- Odeio isso. – a ouvi murmurar, ri.

- Eu também. Mãe... – chamei.

- O que?

- Não sabe de alguém que precise de gente para trabalhar? Não acho emprego em lugar algum.

- Bells, já disse que é para parar de ficar procurando emprego como uma louca.

- Mas logo vamos precisar desse dinheiro.

- Eu sei, o que seu pai nos deixou ainda dura algum tempo. Você ta terminando a faculdade e eu não quero que pare. Não seria justo.

- Seus remédios vão aumentar. Quanto mais rápido fizermos essa cirurgia melhor. – minha mãe tinha câncer, eu era compatível com ela, mas esperar para fazer uma consulta num hospital publico demoraria muito e poderia ser prejudicial para ela. Por isso fui ver preços em hospitais particulares, era uma droga de tão caro, mas era a minha única solução, eu tinha algum dinheiro, mas não suficiente, arrumando um trabalho, eu poderia pagar. Seus dedos enrolaram algumas mexas do meu cabelo.

- Eu sei querida. Mas vamos com calma, ok? Você tem que conseguir alguma coisa que não prejudique seus estudos.

- Posso fazer faculdade a noite, sem problemas.

- Bella, eu não quero você estudando de noite, já tivemos essa conversa antes, e não quero a ter de novo agora. Podemos ir levando com os remédios, seu irmão tem ajudado muito.

- Não importa. Emm esta prestes a casar, vai gastar tanto dinheiro com os preparativos do casamento, é quase como se você fosse responsabilidade minha, só minha. – minha mãe riu, daquele jeito carinhoso que só mães tinham com seus filhos. Eu sempre ficava mais calma quando ela ria daquela forma, fazia eu me lembrar do meu pai que falecera a pouco.

- Hum... esta ficando possessiva depois de velha?

- Hei, não estou velha, nem possessiva, apenas estou assumindo minhas responsabilidades.

- E desde quando você tem responsabilidades, moça? Parece que foi ontem que eu tive que ir no seu banheiro pegar suas calcinhas para lavar. – ela riu. – Ahh... droga, foi ontem mesmo.

- MÃE. – ri.

- O que foi? Falei alguma mentira?

- Não mas...

- Viu? Trate de estudar, garota. Agora levante esse traseiro do sofá e tomar um banho que eu vou preparar alguma coisa para a gente comer.

- Filme? – perguntei.

- Claro. – respondeu.

Eu e minha mãe sempre gostamos de assistir filme enquanto comíamos ou depois do jantar. Meu pai nos chamava de maníacas obsessivas por filmes, principalmente de terror.

O que escolhemos naquela noite não tinha nada de assustador, o nome do filme era Juntos pelo Acaso. De uma mulher e um homem que tiveram de aprender a conviver juntos por conta de sua afilhada que ficara órfã e a guarda dela fora para o casal. Assistindo aquele filme fique pensando no que Alice me dissera. Quando o filme acabou, dei boa noite para a minha mãe e subi para o meu quarto. Peguei meu celular apertando o numero dois na discagem rápida, no segundo toque Alice atendeu.

- Oi. – falou, já sabendo que era eu.

- Alice, Jasper pode ver para mim se aquele emprego como babá ainda está de pé? – ela riu no celular. – Sério, não vou poder esperar até que um emprego caia do céu para mim.

- Entendo, vou falar com Jasper, ele liga para esse amigo dele e eu te ligo de volta, ta bom?

- Ta, obrigada. – desliguei o aparelho e fui direto para o banheiro, liguei o chuveiro e deixei o celular ali perto, consegui terminar meu banho, meu enrolar em uma toalha até Alice voltar a ligar.

- O que deu? – perguntei ao atender.

- Calma, oi para você também. Tem papel e caneta por perto?

- Para que?

- Para anotar o endereço e o horário para ir lá falar com Edward, né.

- Edward?

- É, Edward Cullen, o pai das crianças. – varri meu quarto com os olhos atrás de algo onde pudesse anotar, na minha escrivaninha encontrei um caderno e um lápis, sequei a mão na toalha e disse a Alice que podia falar. Anotei o endereço e o horário, agradecendo a ela e a Jasper por me ajudarem.

(...)

A casa – mansão – estava silenciosa, eram três da tarde e uma das empregadas havia pedido para eu esperar na sala que o Dr. Cullen logo me atenderia. Não podia negar que era uma casa bonita, luxuosa, mas em certo porto simples. Tinha dois andares enormes e claros, as paredes eram pintadas de branco, mas havia uma parte atrás – que eu não podia ver direito – que era de vidro. Fiquei sentada no sofá por uns vinte minutos, a grande televisão a minha frente bem que podia estar ligada, né. Mas como não tava, me distrai olhando algumas fotográficas que estavam espalhadas pela sala. Várias delas eram meninas, pela semelhança, julguei ser a mesma, outras era de um menino, ele tinha os cabelos um pouco mais escuros que os da menina – que era loira – e ambos tinham olhos verdes incríveis, pelo tamanho, julguei que tivessem mais ou menos a mesma idade, uns nove ou dez anos.

- Srt. Swan. – chamaram, virei para trás e vi a mesma senhora que me atendeu quando cheguei. – O Sr. Cullen vai atendê-la agora. – assenti, levantando para segui-la.

Ela me levou para um longo corredor, no fim dele havia uma grande porta de madeira marrom, ela tinha alguns detalhes bem bonitos, a senhora bateu na porta e uma voz alta e rouca mandou que entrássemos, ela me desejou boa sorte e saiu. A sala era enorme – e vazia –, tinha apenas um sofá de couro branco na parede perto da porta, uma mesa de vidro e uma cadeira de couro preto atrás, onde um homem estava sentada, ele mantinha a cabeça baixa, escrevendo em alguns papeis.

- Olá. – murmurei, sem saber o que fazer ou falar.

- Sente-se. – falou simplesmente, sentei na cadeira a frente dele. – Preciso ser rápido, tenho uma cirurgia daqui a algum tempo. – ele sequer levantava a cabeça para me encarar.

- Tudo bem. – sua cabeça continuou baixa. Eu ia chutar esse cara.

- Quantos anos tem?

- 22. – posso mostrar minha identidade se quiser, queria falar, mas fiquei quieta.

- Faz alguma coisa da vida?

- Estudo, faço faculdade de publicidade.

- Tem carteira de motorista?

- Sim. – respondi de má vontade, mais algumas perguntas e ele levantou, sem me dizer uma palavra, quando estava perto, virou-se para mim, finalmente me encarando.

- Você começa agora.

Ah... ótimo.