Essa é uma coisa que eu vi em um outro fandom, com outro shipp resolvi fazer Navery (ultimamente eu tenho feito muito isso, consequência de ler muitas fics xD ) Serão cinco capítulos, e cada capítulo representa uma das cinco vezes.
Além disso, esse primeiro capítulo é um presente para minha amiga - flower - Jany17 que está esperando isso a muito tempo, e prometi publicar no dia de seu aniversário.
Feliz Cumpleaños, Flower! Espero que você goste do presente! ;)
1 - Porque foi a primeira vez que você sentiu vontade de fazer isso, e isso te assustou como o inferno.
A primeira coisa que Nelson havia notado a respeito de Avery era que ela o deixava intrigado.
Aquela mulher havia entrado em sua vida e colocado tudo de cabeça para baixo. De repente, sem que ele percebesse como, ela tinha o controle de sua vida. Ela ditava o que ele podia ou não fazer, que lugares podia ou não estar, quais pessoas ele podia ou não ver. Aquilo era frustrante, principalmente por ela sempre manter aquele ar de superioridade que o irritava muito.
Mas ele não demorou a perceber que na verdade, Avery estava tentando salvá-lo. Ela acreditava nele, e queria mantê-lo longe de qualquer coisa que pudesse tentá-lo a voltar aos maus caminhos. Isso o fazia sentir-se lisonjeado, como se ele fosse especial de alguma forma. É claro que não era verdade - ela já havia feito exatamente o mesmo com outros hackers antes dele - mas ainda era bom. No entanto, quando sua fase de rebeldia inicial passou e ele deixou de ter raiva dela, as coisas não exatamente mudaram. Ele ainda se sentia incomodado em sua presença, como se perdesse a capacidade de formar frases coerentes quando aqueles olhos verdes e penetrantes estavam fixos em seu rosto.
A princípio ele tentou racionalizar e pensou que era apenas a aura de poder que emanava dela. Não que ele fosse machista - de jeito nenhum - mas ver aquele grau de confiança e genialidade em uma mulher era algo que o fascinava. Ele flagrava a si mesmo o tempo todo querendo impressioná-la, chamar a atenção dela, provar que era digno de sua confiança, e acima de tudo, não decepcioná-la.
Mas não era essa a verdadeira explicação, e o dia em que a verdade finalmente ficou clara, ele pensou que estava ficando louco.
Era um dia tenso, um caso aparentemente simples que havia se transformado em bola de neve onde todas as pistas levavam a lugar nenhum. Avery entrou pela porta do laboratório em que ele trabalhava, e ele sentiu imediatamente os músculos de seu corpo ficarem tensos.
Ela parecia cansada e frustrada, e ele não podia esperar para lhe dar uma boa notícia.
- Nelson, por favor diga que já temos algo.
Ele sorriu para ela.
- Na verdade, temos sim. - ele virou o laptop na direção de Avery - Veja esse código. O que você vê de estranho?
Avery franziu o cenho, os olhos percorrendo a tela.
- Há letras e números em diversas cores, mas o azul se destaca por ser em menor quantidade.
- Touché - ele exclamou, animado - Os caracteres em azul são todas letras e estão em colunas espalhadas. Mas se seguirmos as linhas verticalmente, o que podemos ler?
Seus olhos se apertaram em concentração.
- Squad... Justice Squad... Esquadrão da Justiça?
- Exatamente... E veja, durante todo o todo o tempo em que fui um black hat, vi pouquíssimos códigos com esse tipo de assinatura. É detalhista demais. Apegar-se a detalhes assim é… como eu diria? Uma coisa de mulher.
- Mulher... E todas as vítimas assassinadas eram homens. Um esquadrão sugere um grupo. Talvez seja um crime de vingança. Encontraremos a ligação entre todos aqueles homens se encontrarmos ao menos uma dessas mulheres.
Nelson assentiu.
- Krummy está rastreando o IP do dispositivo de origem, e se ele tiver sorte, em meia hora teremos um endereço.
Então, os lábios dela se esticaram em um sorriso satisfeito.
- Bom trabalho, Brody Nelson.
Mas ele não respondeu, porque ainda estava olhando para os lábios dela, e de repente, se perguntou que sabor teriam.
Assim que o pensamento passou por sua mente, Nelson congelou. O que diabos ele havia acabado de pensar?
Então tudo fez sentido. As coisas estranhas que ele sentia na presença dela, a forma como ele estava nervoso apenas por falar com ela. A curiosidade, o fascínio, não era apenas por ela ser uma mulher que poderosa.
Ele havia pensado em beijá-la.
- Nelson... Está tudo bem? - só então ele percebe que está totalmente inexpressivo, e que sua boca está semiaberta. Avery está olhando para ele com uma expressão confusa, e imediatamente, ele trata de se recompor.
- Sim, está tudo bem. - ele responde rapidamente - Muito bem.
- Okay...
Ela lhe lança um olhar desconfiado e deixa a sala.
