Já faziam três dias que eu comprara essa geringonça e ainda não fazia a menos idéia de como seria um jogo tão complicado. Era necessária aquela mesa de feltro verde, inúmeros tacos, mas não como os bastões tão conhecidos de quadribol, finos e longos, 18 bolas coloridas, umas listradas e outras lisas, e eu ainda não fazia idéia de como era o tal jogo de sinuca.

Essas horas eu sentia muita falta do meu irmão. Ele parecia adivinhar como essas coisas trouxas funcionavam.. Ele sabia andar pela Londres trouxa bem melhor do que eu. Garanto que a essa hora estaríamos rindo dessa mesa ao invés dela rir de mim.

Foi interrompendo esse pensamento que ela chegou. Com um sorriso nos lábios e o aquele roçar de lábios era carregado de paixão e saudade. Nossas bocas fluíram uma para a outra, enquanto nossos corpos se colavam e iam se moldando fazendo com que qualquer outro pensamento perde-se a prioridade.

E estávamos ali, ao lado daquele objeto incompreensível e foi automático como tudo foi pro chão pra dar lugar aquele corpo moreno que eu me devoto. Fui descendo sem pressa por seu pescoço exposto e dando leves mordidas deixei que meus dentes arranhassem aquela pele quente e salgada dela. Era fantástico ouvi-la arfar de leve com minhas investidas. Enquanto ela própria me ajudou a retirar sua camisa o calor da sua pele já me fez sentir apertado por dentro da calça.

Ela teve compaixão de mim e buscando o botão da minha calça jeans aliviou a pressão, enquanto eu me deliciava com beijos por toda a extensão do colo e tomando vorazmente de assalto um de seus seios. Sua surpresa foi tão grande que eu senti suas unhas marcarem minhas costas e seu corpo arqueou como se fosse impossível retesar aquela torrente de sentimentos. Tudo foi se multiplicando quando corri minhas mãos gulosas sob o sua saia e investindo com volúpia em suas coxas, roçando de leve sobre sua lingerie.

Ela não se conteve e invertendo as posições se livrou da tiara que prendia seus cabelos e lentamente foi retirando minha calça onde foi beijando cuidadosamente toda a área das coxas e virilha.

Nesse momento por demais prazeroso, eu vi algo que havia me esquecido completamente durante todo o tempo. Bem no canto da mesa meio jogado dentro da mochila estava um livro sobre esse maldito jogo trouxa! Eu passei dias quebrando a cabeça tentando entendê-lo e bastava ter folheado o livro.

Ela tava toda animada se preparando pra provar o sorvete, quando rapidamente ele vai perdendo a consistência e retornando a seu estado de espera. Ela olha pra mim, e diz:

- George Weasley, eu se fosse você não olharia esse livro agora se pretende continuar tendo a possibilidade de ter filhos. E trate de se concentrar em mim. – ela estava possessa, parecia que ia me fazer em pedaços. O que normalmente funcionaria, mas parece que não hoje. Não agora.

Angelina voltou a me beijar com intensidade e era inebriante o cheiro do seu corpo que ficava em mim assim como seu calor era pra estar me queimando por dentro, mas não parecia que meu soldado queria cooperar. Ele resolvera dormir em serviço.

Como se isso ainda fosse possível, ela me olhou mais feio. Se levantou do meu colo e puxou os meus braços pra trás num movimento bruto. Eu tentei me desvencilhar, mas já era tarde. Eu estava preso aquela cadeira.

- Você não vai a lugar nenhum enquanto não estiver mais...pra cima! – ela disse quase aos risos enquanto ia acariciando ele com cuidado. E o milagre se fez presente mais uma vez. O colosso resolveu voltar ao ares.

- Mas o que você está fazendo? Onde você pensa que vai? – eu já falava pras costas dela indo em direção a escada.