Pessoas da Terra ou de outros lugares que estiverem lendo isso: Muito Obrigado. Essa é minha primeira fic, e eu gostaria que lessem com carinho. Eu agradeço muito a Koinu-chan (HikariKuroiinu) por ter me ajudado e motivado a escrever fics. Os devidos créditos a ela estarão no final.
Disclaimer: Eu não sou o dono nem possuo qualquer direito sobre o anime, o mangá, filmes ou qualquer coisa relacionada a Naruto. Eu apenas escrevo para me divertir e tentar proporcionar uma boa leitura a qualquer um que queira ler essa fic. Eu não escrevo para fins lucrativos.
—Pare, por favor! – choramingou um garoto moreno de olhos negros. Um homem o segurava pela sua camisa, que estava suja e rasgada, como o resto de suas vestes.
Isso dói...
— Você é uma abominação! Você e seu clã não são bem vindos aqui! – o homem bradou, jogando-o em uma poça. A lama e a água suja faziam os machucados arderem mais. O homem começou a rir friamente, e foi seguido pelas outras três pessoas que ali estavam. Os risos ecoavam por parte da trilha, que ficava logo na saída da Vila da Grama.
Eu não fiz nada...
Eu não fiz nada para merecer isso...
O garoto sentia as lagrimas de dor e desespero rolarem pelo seu rosto. A dor era quase insuportável, seu peito ardia com um medo sem nome.
Droga... Por que eu? Não bastou o que fizeram com minha mãe? Se eu pudesse, não teria nascido deste clã, mas eu não tive escolha!– o garoto pensava, tentando aguentar a dor, sem muito sucesso, enquanto era espancado. O tempo escorria, assim como a chuva que caia nele. Passaram-se por volta de duas horas até que eles pararam e começaram a conversar, vigiando o menino para que ele não saísse da poça. Seus machucados queimavam em contato com a água e sujeira, mas ele fez de tudo para manter a boca calada. Não daria a eles o gostinho de saber que realmente estava doendo. Travou os dentes, para evitar o grito que subia crescentemente por sua garganta.
Eu queria que morressem...
A única mulher do grupo se virou para o menino, com uma cara sádica. — Vamos fazer algo diferente, algo novo... – o tom da voz dela fez o garoto estremecer. — Kai, tire esses trapos – mandou, com um olhar tenebroso.
O garoto levantou da poça, ficando de joelhos, soluçando e tremendo. Seu olhar era apavorado, mas nem a dor nem o medo da criança comoveram a mulher que continuava com o olhar sádico.
Por que...
—N-não! Eu não vou! –apenas conseguindo choramingar por causa da falta de força.
Por que vocês...
—Anda logo! – ordenou, dando um soco na cara do garoto, que caiu novamente. Um pouco se sangue saiu pela boca do garoto, manchando ainda mais suas roupas. E o garoto teve que colocar as mãos no chão para não cair.
POR QUE VOCÊS NÃO MORREM?
—Eu.. eu… - choramingou —eu não vou! – gritou. Logo em seguida, viu-se um clarão no horizonte, seguindo por um bufo de ar quente e rápido que veio de trás dele, jogando coisas e pessoas ao ar. Ele só não foi arremessado ao ar porque estava deitado na lama, o que não impediu que sua pele ardesse e sua camisa começasse a esquentar como se estivesse em um forno.
Kai continuou deitado no chão por um tempo, até a dor passar. Quando teve coragem de abrir os olhos, viu os seus agressores espalhados pela estrada, inertes. Confuso, olhou em volta, e viu árvores queimando e algumas casas em chamas. Quando percebeu que o perigo foi embora ele suspirou, aliviado.
Ele voltou para dentro da vila, tomando cuidado com os pedaços de madeira flamejantes que caiam aqui e ali. Isso era fácil para ele, era como se soubesse aonde cairia cada pedaço. Assim ele seguia, meio que sem rumo, por entre pessoas desesperadas que corriam para todos os lados.
Foi quando ele viu a única garota que não falava mal dele, Hasu, sentada em um banco, tossindo.
—Hasu-chan! – ele gritou quando percebeu que uma decoração havia se soltado acima dela. Ele pulou e a derrubou, tirando-a de baixo do enfeite, que caiu e destruiu completamente o banco.
—O-obrigado Ka.. – ela agradecia, quando ouviu sua mãe chamar:
—Hasu baka! Não fique falando com animais! – O tom de desprezo em sua voz era arrasador. Ele rasgava a pequena alegria que Kai teve sem nenhuma dó ou piedade.
—Ha.. Hai – a garota assentiu tristemente e foi correndo para sua mãe.
"Eu já sabia que isso ia acontecer. Sempre vai. Mesmo quando eu faço algo de bom, eles me desprezam." pensou, pessimista como sempre, olhando para os rostos que o odiavam por simplesmente ser melhor que as outras crianças.
—É melhor eu sair daqui antes que me machuquem – disse, e saiu caminhando normalmente por entre os escombros ardentes.
Enquanto isso, uma árdua batalha consumia vidas em um local distante dali.
—Naruto! Você tem certeza que vai impedir seus amigos de morrerem? – gritou um homem cuja aparência era lembrava a de Kai, mas com metade da face similar a de um idoso. Ele estava em cima de um monstro gigantesco, que tinha a aparência de um homem magrelo com 10 caudas, todo preto igual a noite. Ele tinha apenas uma orelha e uma boca, e um olho vermelho cheio de círculos e vírgulas, tudo simetricamente disposto em sua cabeça. Havia outro homem lá, com uma armadura de samurai e longos cabelos negros.
—Maldito… - disse um jovem loiro, com três riscos em cada bochecha, aparentemente exausto.
—Tenten-chan! – Uma garota pálida de cabelos longos e olhos roxo-azulados gritou desesperada, olhando para uma jovem que caia ao chão, onde jaziam dezenas de corpos. Seu nome é Hinata.
—Vamos ver o que você fará agora. – o homem meio jovem meio idoso falou, em um tom baixo – Juubi! Acabe com eles! – A criatura demoníaca se encobriu com suas caudas e começou a juntar chakra na frente de sua boca, em uma quantidade incomensurável.
—Não faça isso Obito! – Um homem de cabelos brancos com um pano tampando sua boca suplicou. Ele estava apoiado em um cara de roupa verde e grandes sobrancelhas, com cabelos muito lisos e lustrosos. O apelo de Kakashi não teve efeito, e logo a criatura lançou uma versão menor de seu ataque devastador, podia aniquilar toda uma vila com uma grande explosão.
Todos os shinobis ali presentes que dominavam o doton (elemento terra) tentaram criar uma barreira, mas o ataque explodiu em temperaturas exorbitantes. Kakashi usou Kamui, uma técnica ocular que permitia a ele sugar quase qualquer coisa para uma dimensão paralela, para tentar proteger Naruto. Houve mais um clarão, e então vários ninjas foram jogados para longe devido a massa de ar quente formada pela explosão.
—Kakashi-sensei! – Naruto gritou quando viu Kakashi desaparecer junto a Gai no meio das chamas. Ele começou a chorar, e tentou apertar o ar aonde a mão de Hinata estava.
—Hinata-chan? Hinata? – perguntou, olhando para o lado. Horrorizado, percebeu que ela estava caída em cima de uma rocha, sangrando muito. Ele logo pulou lá, e segurou sua amada nas mãos.
—Na.. ruto.. kun – foram suas últimas palavras. Naruto chorou silenciosamente enquanto sentia a vida de Hinata se esvaindo de seu corpo.
Obito riu. — Três de uma vez, Naruto?
O ódio que ali surgia era o maior que o mundo tinha visto. Pelo menos até aquele momento.
Espero que tenham gostado. Por favor façam reviews, eu gostaria muito de saber o que acharam da fic ^^
Acessem o perfil da Koinu-chan (HikariKuroiinu). Ela escreve muito bem, e suas histórias cheias de emoção e suspense me motivaram a escrever, para tentar chegar ao nível dela. Recomendo ^^
Falando nisso, Koinu-chan me ajudou a organizar as ideias dessa fic e serviu de beta para mim. Além disso, ela escreveu trechos para completar a história, que eu adorei. Se este site desse essa opção, ela seria co-autora desta fic. ^^
Mata neio!
