NOTAS INICIAIS: Maid-sama! e seus personagens não me pertencem, e sim à hilária Fujiwara Hiro.

Yo, pessoas! Sou Liesel Memminger (sim, peguei "emprestado" o nome da protagonista de A Menina Que Roubava Livros). Esta é a minha primeira fic publicada na internet, ainda que não seja meu primeiro texto. Bem, nos vemos ao final!

[AVISO: Esta é uma fanfic PWP (Plot? What Plot?), ou seja, apesar de existir um enredo leve, o foco é o sexo. Mesmo assim, mantive os personagens dentro de suas personalidades - Usui continua um alien pervertido e provocador, Misaki ainda é a Tsundere que não suporta perder.]


GAROTAS TAMBÉM SÃO PERVERTIDAS

Capítulo I - Revolta


Ele iria pagar pelo que fez. Uma linda vingança, pensou ela.

Misaki se esforçava para manter-se atenta aos clientes do Maid Latte, e agradeceu ao fato de que era um dia de pouco movimento. Os três patetas seguiram-na com os olhos enquanto ela lhes levava um prato especial.

― O que desejam que eu lhes escreva, mestres? ― disse enquanto sorria ternamente, um tanto distraída.

― "Com amor, Misa-chan!" - falaram em uníssono.

Ainda que levemente consciente do que fazia, a morena se permitiu dar a eles um pequeno sorriso de advertência. Ela estava namorando ― fato desconhecido pela maioria dos clientes, com exceção de seus colegas do Seika que sabiam de seu segredo. Eles assentiram às palavras não-ditas por Misaki: sabiam que a frase escrita com chocolate não tinha um significado profundo. Satisfeita, ela lhes recompensou com um sorriso discreto, mas feliz.

A morena dirigiu-se à cozinha, onde um perverso alien pervertido e provocador preparava os pedidos dos clientes. Quando ele a avistou, um lento e malicioso sorriso cobriu seus lábios. Apesar da vermelhidão que cobria suas faces, a morena não se deixou intimidar e o encarou com o rosto erguido.

― Mais uma omelete - disse, disfarçando seu nervosismo com um tom monocórdio. Usui deixou escapar uma risada. Há algumas horas atrás provocara-lhe, sussurrando em seu ouvido que a roupa de maid que ela vestia deixava-o excitado, e roubou-lhe um beijo enquanto ela ruborizava em choque. Desde então, ela não se dirigiu à ele diretamente ― que se divertia com sua reação. Ela era tão fofa.

Antes de partir, porém, a maid gentilmente pôs a bandeja na bancada e aproximou-se do cozinheiro; suas bochechas ainda estavam levemente rosadas, e ela parecia presa a um dilema interno.

― Quer falar algo comigo, Misa-chan? ― incitou o loiro, travesso. A indignação fez com que a garota corasse com violência; porém surtiram efeito, e ela finalmente disse:

― E-ei, Usui. Hoje quero dormir na sua casa. ― Apesar de gaguejar inicialmente, seu pedido continha certa petulância que lhe deu um caráter de ordem. Sua voz era firme, apesar da vergonha.

― Hmm... Claro ― respondeu o rapaz, surpreso. Era a primeira vez que ela tomava a iniciativa para que ficassem juntos. ― Por que o pedido repentino? ― perguntou, sério desta vez.

Aproveitando-se do pequeno lapso no qual Takumi não estava lhe provocando, Misaki reuniu coragem para lhe responder:

― Hoje à noite você vai se arrepender por ter me provocado o dia inteiro ― ela sussurrou as palavras lentamente, muito próxima do ouvido dele, assim como o cozinheiro fizera antes. Num gesto rápido, apanhou a bandeja sobre o balcão e deixou a cozinha.

A maid manteve-se ocupada no salão durante muito tempo, anotando pedidos dos clientes e comentando trivialidades com alguns deles. O nervosismo e a raiva haviam desaparecido: mostrara à Usui que dois podiam jogar este jogo. A simples memória do rapaz sem reação ao ouvi-la já fora o suficiente para mantê-la satisfeita. Deveria voltar à cozinha para pedir que o loiro preparasse os pratos. Mal podia esperar.

― Misa-chan ― chamou-lhe Satsuki enquanto encaminhava-se para os fundos.

― Algum problema, gerente?

― Não se preocupe,Misa-chan ― esclareceu Satsuki, com um sorriso. Prosseguiu, aos sussurros: - Sabe se há algo errado com Usui-kun? Ele parece distraído lá na cozinha; nem levanta a cabeça.

As palavras dela o afetaram a este ponto? Ela não conseguiu disfarçar o sorriso de divertimento que teimou a cobrir-lhe os lábios.

― Eu ganhei dele, gerente ― comemorou a morena. ― Fiquei em primeiro lugar no colégio ― mentiu, logo em seguida.

Apesar de dirigir à garota um olhar complacente, a gerente realmente se surpreendia com seu entusiasmo. Afastou-se, para atender à um dos "patrões"; Misaki caminhou na direção oposta. Notou, ao chegar à cozinha, que era a única no ambiente, além de Takumi. Poderia aproveitar-se da situação para rir de sua reação; provar que não suportaria provocações sem pagar na mesma moeda.

O rapaz estava de costas para ela, absorto na culinária, aparentemente. Como ele não pareceu perceber sua entrada, a maid quebrou o silêncio ela mesma:

― Usui, dois parfaits, dois pudins de chocolate e um de doce de leite. ― Seu tom era insolente, desafiador.

Após poucos segundos, o loiro largou os instrumentos que segurava e voltou seu corpo na direção de Misaki. Ao ver os olhos verdes, a morena entendeu porque ele não os levantava da bancada e do fogão. Estavam escurecidos, tomados pelo desejo lascivo e primitivo. A respiração dela ficou presa em sua garganta, e a vermelhidão dilatou-se por suas bochechas num breve instante. Takumi queria tomá-la ali, naquele momento; se isto ocorresse, ela não teria controle de si mesma para dizer 'não'.

― Qual é a do casal? ― resmungou Aoi, ao entrar no cômodo. Usui voltou a olhar para a bancada, e Misaki concentrou-se no menino à sua frente. Ele estava vestido como garoto, em seu sóbrio uniforme escolar. ― Ei, Misaki-chi, minha tia está no salão ou no depósito?

― E-ela está servindo aos clientes, Aoi-chan ― respondeu a morena, nervosamente. Olhou, por instinto, para o relógio. Faltavam vinte minutos para o fim do expediente. Mais tarde, pensava, para logo em seguida censurar os próprios pensamentos "pervertidos".

Aoi sentou-se no assento mais próximo, resignado, enquanto que a maid fitava o chão, corada. Rompendo o silêncio, as mãos hábeis do cozinheiro preparavam os pedidos dos quais Misaki era responsável.

― Aqui estão, Ayuzawa ― disse enfim, num tom sério que fez com que os pelos da nuca da morena se eriçassem. Assim como quando conseguiu provocá-lo, Misaki rapidamente saiu com as sobremesas ― desta vez num estado de completo rubor.

― Ela ainda age desta maneira com você, mesmo sendo sua namorada? ― perguntou Aoi, cético, depois que a maid partiu. ― Não melhorou nada ― lamentou, enfim.

Novamente, o loiro deixou escapar uma risada abafada. Seu tom, porém, era completamente distinto. Respondeu, quase que para si mesmo, num tom rouco e levemente dissimulado:

― Ela melhorou bastante, sim.

Aoi corou ao imaginar o motivo pelo qual a maid estava tão envergonhada. Olhou para o rapaz loiro à sua frente, antes de ser interrompido por sua tia:

― Aoi-chan está tão fofo! ― comentou, satisfeita por vê-lo sem as espalhafatosas roupas femininas que geralmente vestia. O moreno, ainda envergonhado, voltou os olhos para sua tia, e lembrou-se enfim do assunto que pretendia tratar com ela. Takumi sorriu, satisfeito consigo mesmo. Estava ansioso para saber como sua presidente pretendia puni-lo.

Misaki estava igualmente ansiosa enquanto atendia seus "mestres", muito embora o fizesse de outra maneira. Era ela quem deveria ser sedutora hoje, e aquele bastardo loiro estragou tudo. Como ela poderia imaginar que ele ficaria excitado com suas palavras, para logo em seguida excitá-la com aquele olhar quente? O arrependimento se expandiu por sua mente ao prever o que Usui lhe faria hoje à noite. Desviou estes pensamentos rapidamente: se aquele alien pervertido iria brincar, ela não se deixaria vencer - iria entrar no jogo também.


NOTAS FINAIS: E aí? Ficou bom para um primeiro capítulo? Gostaram? Mereço reviews? xD

Só para esclarecer: estou escrevendo estes avisos com muito atraso, porque notei que quase ninguém comenta T.T Espero que sirva de incentivo ^^