Hi,
This chapter is in Portuguese, I am already writing the chapter in English. So stay tuned! This story is based on a true story.
Hola pessoas!
Como vão?
Feliz dia dos namorados a todos vocês!
Bom, eu não devia estar postando isso, pois eu sei que não vou termina-lo, mas eu não pude me conter.
Essa história é baseada em uma história real. Eu a ouviu hoje quando eu estava almoçando e não consegui me conter, eu tinha que escrever algo sobre aquilo.
Se você ver letras aleatórias no texto é apenas meu notebook me odiando, eu as vezes as percebo outras vezes não.
Sinto muito, vocês provavelmente vão odiar!
Riley e Maya eram inseparáveis, desde o dia em que a pequena loira entrara pela janela do quarto da morena que cantarolava alegremente seus destinos estavam entrelaçados. Não havia Riley sem Maya e não havia Maya sem Riley, em ambos destinos as duas estariam juntas para sempre, ou pelo menos por o maior tempo possível.
Riley era a mais romântica entre as duas, ela esperava por um grande príncipe que a tiraria de seus pés e os dois seriam felizes para sempre. Já Maya, mais realista, ficava feliz com apenas alguém de pelo menos a avisasse antes de ir embora, algo que desagradava Riley Matthews.
Em seu segundo ano de ensino médio Riley estavam em um relacionamento de dois anos com Lucas Friar, ela até já estava imaginando como seriam os nomes de seus filhos e qual seria o vestido de Madrinha que Maya usaria em seu casamento e no batizado. Infelizmente as coisas não deram muito certo e eles acabaram rompendo no outono, para a infelicidade de Maya que teve que recolher os caquinhos do coração de Riley.
Na primavera houve um evento na escola sobre nacionalidades. Maya estava contente por poder dormir em sua carteira por uma semana sem ser importunada por professores. Após o almoço Riley levou Maya para a sala em que haveria uma apresentação de um intercambista que Riley ajudara no começo do ano letivo. Maya achou que dormiria pelas próximas horas, mas Riley a obrigou a assistir pelo menos a de seu amigo, enquanto a loira tirava pequenos cochilos e acabava sendo desperta pelos cutucões da morena. A única coisa que Maya se lembrava é que ele falava sobre o Brasil, alguma coisa sobre realeza, independência, algo que o pai dissera para o filho, enfim o garoto disse era em frente da sala:
"Se o Brasil for se separar de Portugal, antes seja para ti, que me hás de respeitar, do que para algum desses aventureiros"
E repetiu a frases em inglês para todos, Maya sentiu a amiga se agitar ao seu lado e a sentiu impaciente por todo o resto da apresentação. Ao final Riley apoiara sua cabeça em seu ombro e elogiara o trabalho do amigo, Maya sabia que havia algo mais então a pediu para parar de enrolar e dizer logo o que queria.
- Eu apenas gostei daquela frase que ele disse: "Se o Brasil for se separar de Portugal, antes seja para ti, que me hás de respeitar, do que para algum desses aventureiros". Você não acha?
- Sim.
Disse ela sem prestar a atenção.
- Sabe, o pai pedindo para que o filho, alguém que ele conhece muito bem, cuidar de algo tão precioso como um país para impedir que outra pessoa que não tem laços tão fortes com a terra e com ele fique com país e o destrua-o. Eu sei estou falando besteira, mas eu meio que gosto dessa ideia.
- Gostou?
- Maya, posso te pedir algo?
Disse ela meio insegura e Maya se voltou a amiga.
- Diga!
- Eu sei, estamos muito novas e isso pode ser uma bobagem, mas eu meio que gostaria de te pedir algo. Eu sei isso soa muito idiota, mas eu adoraria que você aceitasse isso. Eu...
- Pare de enrolar e diga logo!
- Aquela frase mexeu comigo. Eu confio em você Maya, eu confiaria minha vida a você e tudo o que me é mais precioso.
Ela disse segurando a mão da amiga que apoiou sua mão disponível em cima da dela.
- Eu também, Riley! Você é a melhor coisa que aconteceu em minha vida!
- E você é a melhor que aconteceu a minha. – Ela sorriu carinhosamente para Maya – Por isso eu gostaria que você cuidasse das coisas mais preciosas da minha vida quando eu não estiver mais aqui.
Maya a olhou confusa ao ouvir as palavras da amiga.
- O que você está dizendo, Riles?
- Tipo, daqui a uns bons anos quando eu morrer, eu gostaria que você cuidasse dos meus filhos e do meu marido como se fossem seus.
Maya riu da amiga e Riley deixou um riso sem graça escapar.
- Você está bêbada?
- Não, pare de rir. Estou falando sério, Maya! Se algo acontecer comigo, eu quero que você Maya Penélope Hart Hunter se case com o meu marido e seja a mãe que os meus filhos não poderão ter.
- Certo, você está louca!
- Por favor, Maya! Você me conhece muito bem, sabe quais são os meus valores e as qualidades que eu mais admiro e eu a conheço. Eu sei que você seria uma mãe e uma esposa incrível e sei que você é uma ótima pessoa. Prefiro que você fique com eles do que uma outra mulher quem nem suporte meus filhos e que possa magoar meu futuro marido. Não quero que meus filhos vejam mulheres indo e vindo na vida do pai deles. Eu quero que seja alguém de confiança e que eles já conheçam e estejam confortáveis; alguém que os amem como eu os amarei, então nada melhor do que a madrinha deles.
- Então você quer que eu fique com o seu marido e filhos só porque eu sou conhecida e sou a melhor opção em relação a outras mulheres. Você sabe que isso é loucura? E se eu estiver casada? E se eu estiver morta?
- Se você estiver casada, me prometa que pelo menos vai cuidar bem deles. Caso você morra primeiro, eu farei o mesmo, cuidarei de sua família como se fosse minha e a tonarei minha.
- E se eu me casar com o seu tio?
- Eca! Você não vai casar com o Josh!
Disse a morena com desgosto ao pensar na proposta que estava fazendo a amiga.
- Mas e se eu casar?
- Não me casarei com Josh, mas cuidarei dos seus filhos como se fossem meus.
- Você sabe que está me dizendo bobagens, né?
- Por favor, Maya! Me prometa que se casará com ele e cuidará dos meus filhos e eu farei o mesmo por você?
- Riley e se eu não gostar dele? Se você não gostar do meu?
- Meu amor por você é e será o suficiente. Me prometa?
- Ok, tudo o que você quiser!
Riley a abraçou quase esmagando seus ossos alegre pela decisão de sua amiga. Maya riu sobre a bobagem que a amiga a fez prometer.
- Obrigada, Maya!
- Trate de não morrer cedo. Quero você em meu funeral!
- Eu não quero estar em seu funeral!
Disse a morena triste, quando a possibilidade de perder a amiga passou por sua cabeça.
- Nem eu no seu!
- Então teremos que recorrer ao método de Romeu.
- Já chega por hoje!
Disse Maya calando a amiga que descansou sua cabeça em seu ombro confortavelmente.
Aquela conversa da primavera fora esquecida por Maya, pois ela não a achava importante, era apenas um dos devaneios da amiga.
Os anos se passaram elas se formaram no ensino médio, foram para a faculdade e nunca mais falaram sobre isso. Riley voltara com Lucas em seu último ano de faculdade e dois anos depois estavam casados, vivendo tudo aquilo que ela sonhara. Já Maya estava em um relacionamento Ioiô com Josh, algo que entristecia Riley pois ela queria que a amiga fosse feliz algo que não estava acontecendo. Riley e Maya até brigaram algumas vezes por causa desse tópico, pois Riley queria que Maya deixasse Josh no passado, mas Maya ainda não estava pronta para isso.
Infelizmente o sonho de morarem perto uma da outra não se realizou, Lucas e Riley se mudaram para a Califórnia devido a uma proposta de emprego de Riley. A distância não as atrapalhou apenas fortaleceu ainda mais a amizade das duas; sempre que podia Maya dava um pulinho na Califórnia e Riley em Nova York. Um ano após a mudança Maya foi surpreendida por um pedido de Lucas e Riley, ele a pediu para ser a madrinha de seu primeiro filho e Maya chorara muito por não poder estar ao lado de Riley naquele momento importante da vida da amiga.
Sua primeira afilhada recebeu o nome de Charlotte, ela puxara os olhos e os cabelos da mãe, Maya até brincava sobre o fato da garota não ter nada parecido com Lucas. Dois anos depois chegara o segundo filho do casal, um menino que recebeu o nome de Matheo, ele que tinha os mesmos olhos verdes profundos do pai. Várias mensagens, skypes, facetimes entre outras formas de contatos foram trocados entre os amigos. Riley a contava sobre suas frustrações, desesperos, medos e Lucas também o fazia o que as vezes fazia Maya sentir como se ela soubesse mais da vida deles do que ela deveria.
Tudo era perfeito, tudo ia a mil maravilhas até que chegara um determinado inverno. Maya iria abandonar seus pais para passar o começo do ano com sua amiga na Califórnia, ela estava ansiosa contando os dias até a segunda semana de janeiro. Porém, naquela noite quando sua mãe chegara sem avisar em sua casa ela sabia que algo estava errado. Na verdade, ela havia sentido a poucas horas atrás que algo havia acontecido, a dor em seu peito e a angustia só cresceram ao ver sua mãe em sua porta, Riley havia a deixado.
Riley havia morrido em um grande acidente perto de São Francisco no meio da tarde. Seu carro fora completamente destruído por um caminhão que tombara na rodovia, mais de dez carros haviam se envolvido no acidente, quatro pessoas haviam falecido no local e ela era uma delas. Riley Matthews fora só mais uma na estatística de mortes no transito, mais uma vida que ninguém vai se lembrar assim que os noticiários pararem de comentar sobre a irresponsabilidade de um motorista alcoolizado que decidira que estava na hora de ir para casa e que ninguém se importara em evitar que ele chegasse perto do volante, pois era apenas um copo e como a polícia não estava lá no momento, ele não sofreria punição. A vida de uma jovem mulher cheia de planos, com uma família maravilhosa, que estava prestes a se formar em um curso de pós-graduação focado no trabalho com crianças portadoras de necessidades especiais acabara as quatro horas e vinte cinco minutos daquela tarde entre Daly City e San Francisco.
Os dias após aquele momento se passaram como borrões, Maya nunca sentira tamanha dor em sua vida. Ela se lembrava de ter pego um avião junto aos pais de Riley até a São Francisco, um amigo de Lucas e Riley os buscara no aeroporto e após alguns minutos de estrada eles chegaram a bela casa de sua amiga. Lucas estava devastado em seu quarto e as crianças brincavam em outro quarto junto a mulher do cara que os havia buscado no aeroporto. Charlotte a reconheceu assim que viu Maya e a abraçou, seus belos cabelos castanhos caiam livres por seus ombros enquanto ela beijava alegremente a madrinha.
- Você chegou cedo! Mamãe disse que você só vinha semana que vem. Mamãe vai ficar tão feliz quando chegar!
Maya lutou contra as lagrimas e tentou ao máximo sorrir para a garotinha que ainda não sabia que sua mãe nunca iria voltar. Charlotte trouxe seu irmãozinho pela mão e o apresentou a Maya:
- Matheo, essa é a tia Maya! Você não lembra dela pois você era muito pequeno quando ela veio aqui!
Maya envolveu o bebê de quase dois anos em seus braços e depositou um beijo em sua testa, uma lagrima rolou por seu rosto quando ela começou a perceber que sua amiga nunca veria seus filhos crescer e eles nunca teriam a oportunidade de crescer com a incrível pessoa que Riley foi.
A mulher se aproximou de Maya e das crianças.
- Vamos deixar a madrinha descansar um pouco ela deve estar muito cansada da viagem. Que tal assistirmos um filme?
Charlotte pulou animada com a ideia.
- Eu escolho!
- Tudo bem, meu anjo. Vai lá!
Ela pegou o bebê dos braços de Maya e a abraçou desejando os pêsames, se afastando com as crianças em seguida.
Maya foi para a sala e encontrou Topanga aos prantos, ela escondia seu rosto no peito do marido que tentava ser forte e dar alguma estabilidade a esposa. Auggie ficara em Nova York para receber seus avós para o funeral. Topanga havia insistido que o corpo de sua filha fosse levado para Nova York pois era lá que sua família estava, então eles vieram para acertar os papeis do traslado do corpo. Eles se voltaram para Maya assim que ela se aproximou.
- Onde está Lucas?
- No quarto.
Disse o homem que mais tarde Maya soubera se chamar Joe.
- Vocês já viram ele?
Disse Maya para o casal.
Topanga se afastou um pouco do peito do marido.
- Não, eu ainda não estou pronta, eu não...
Ela parou no meio da frase quando uma nova onda de choro a atingiu. Maya se levantou e subiu as escadas até os quartos superiores, seus passos pelo chão soaram exageradamente altos para ela. A parte de cima da casa estava quieta, ela conseguia sentir o perfume de flores que Riley adorava pelo ar e isso tentava destruir a aquela barreira que ela havia construído assim que soubera da morte da amiga. Ela tinha que ser forte por eles, eles precisavam dela.
Ela parou em frente a porta do quarto de casal, ela levantou sua mão para bater na porta, mas ela se impediu, pois assim que ela abrisse isso se tornaria real de mais e ela não sabia se estava pronta para isso ainda. Maya tomou uma respiração profunda, não era hora para seus sentimentos, era hora para tentar ajudar, conforta-los.
O quarto estava escuro e bagunçado. Maya localizou Lucas rapidamente, ele estava sentado ao lado do closet com as roupas de Riley em suas mãos, ele parecia não estar ali e nem percebeu sua entrada no cômodo. Maya se ajoelhou ao seu lado e colocou uma mão sobre seu ombro, foi só isso que o avisara de sua chegada. Lucas voltou sua cabeça para a sua direção e ele a observou por alguns segundos, ambos em silencio sem saber o que dizer.
- Oi!
Foi a única coisa que saiu de sua boca, então Lucas a puxou para si e a abraçou entrando em mais uma crise de choro e Maya não conseguiu mais segurar o seu se juntando a ele. Eles ficaram assim por um bom tempo, Maya havia perdido a noção de tempo, ela não sabia se era dia ou noite a única coisa que ela tinha ciência era do calor de Lucas sobre ela, ele já havia parado de chorar a alguns minutos e eles olhavam para os vestidos no closet.
- Me desculpe?
Maya se voltou para ele sem entender.
- Te desculpar? Por que eu tenho que te desculpar?
- Eu disse para ela não ir. Eu disse que nós podíamos ir naquela estupida loja para comprar aquele estupido colchão amanhã...
Maya o interrompeu, a dor em sua voz a destruía ainda mais:
- Não foi sua culpa, Lucas!
- Foi, se eu não tivesse concertado aquele estupido carro de manhã, ela não teria o pego e ainda estaria aqui conosco.
Novas lagrimas rolaram em seu rosto e Maya as enxugou.
- Lucas, foi um acidente. Você não tem culpa de nada!
- O que eu vou fazer, Maya? -Disse ele perdido - Como vou dizer a Charlotte e Matheo que a mãe deles não vai voltar? O que eu vou fazer sem ela?
- Você não está sozinho. Você tem seus pais, Cory, Topanga, Auggie, Farkle e sua família e a mim e minha família. Vou estar sempre disponível para você, pode contar comigo para tudo! Ok?
Ele se voltou para ela e a abraçou, após alguns minutos Maya deu um leve tapinha em suas costas.
- Você já comeu algo?
-Não estou com fome!
Disse ele com seu rosto escondido na curva do pescoço dela.
- Você tem que comer algo.
- Mas eu não consigo.
- Tente, pelo menos pelos seus filhos. Eles precisam de você.
Ela se afastou e secou as lagrimas que rolavam pelo rosto dele.
- Eles vão a levar? Não vão?
Maya acenou positivamente.
- É o melhor, pois suas famílias estão lá.
Lucas acenou concordando.
- Vou buscar algo para você. Ok?
Ela depositou um beijo em sua bochecha e deslizou sua mão em suas costas o confortando antes de deixar o quarto.
Obrigada por sua paciência!
Tchau!
