Ameixa

Ameixa começa doce e termina amarga, pensou. Assim como ela. Doce no começo, mas com o tempo vai ficando amarga, difícil de engolir.

Doce quando casaram, doce quando entraram na bela e gigantesca mansão que os pais dele deram de presente aos dois. Doce quando engravidou. Doce quando seu pequeno loirinho nasceu, como ela gostava de chamar o bebê.

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Então, o mal entrou em casa. O Lord das trevas, a corrupção. Ela tinha medo. A doçura foi sumindo, conforme Lucius tentava comprá – La com jóias e roupas. E logo, sumiu.

A ameixa que um dia foi doce se tornou amarga. Amarga como ela. Sua flor. Sua Narcissa.

"Está brava comigo?" perguntou, certo dia.

"Não."

''Não? O que eu faço pra sorrir?"

Ela deu um de seus sorrisos falsos. Os sorrisos verdadeiros não existiam mais. Sua ameixa tinha ficado amarga. Enfim.

"Eu vi um belo colar numa loja no Beco Diagonal."

Ele sorriu.

"É sua. Minha ameixa."


n/a: Olha só que gracinha, a minha primeira Narcissa/ Lucius.