Inuyasha e Cia. Não me pertencem.
Amo-te daquele outro jeito.
Kagome estava sentada na calçada olhando para o asfalto, quando Inuyasha – seu vizinho desde sempre, mas agora isso estava prestes a mudar – se agachou ao seu lado, ambos tinham dez anos, mas ele faria onze dois meses antes dela.
_Então você vai mesmo embora? – perguntou.
Kagome assentiu.
_Amanhã.
_E pra onde vai?
Sem erguer o olhar ela respondeu.
_Mamãe disse que agora nós vamos morar com vovô. – suspirou – Ele mora num templo, é o monge chefe de lá.
Os pais dela tinham se separado, e como não conseguiram decidir o que fazer com a casa eles estavam vendendo-a, e o dinheiro seria repartido entre eles, Kagome e o irmão ficariam com a mãe, e talvez nunca mais vissem o pai, porque ele iria morar no exterior, inacreditável que estivesse se separando agora depois de todas as vezes que ela os tinha escutado dizendo "eu te amo" um ao outro, e pareciam tão felizes, mas talvez não se amassem de verdade. Adultos eram mesmo estranhos.
_Deve ser chato. – Inuyasha opinou.
_E também cheirar a mofo. – ela completou.
_Vou sentir sua falta.
_Eu também.
Ficaram em silêncio por um tempo. Até que, alguns minutos depois, ele disse:
_Talvez eu pudesse ir te visitar, ás vezes.
_O templo é longe.
_Vou de bicicleta.
_Ficaria cansado.
_Não importa.
Ela o olhou.
_Por que não importa?
_Porque... – ele estava ficando vermelho – Porque acho que te amo.
_Eu também te amo. – afirmou sorrindo.
Mas Inuyasha balançou a cabeça.
_Não desse jeito. – falou – Do outro.
Confusa ela inclinou-se para trás apoiando-se nas mãos, e deitou a cabeça de lado.
_Do outro? – repetiu – Ah!
Compreendeu de repente.
E depois disso ficaram os dois calados, ela ajeitou-se em seu lugar, um pouco envergonhada.
_Vai mesmo me visitar no templo?
_Vou.
Kagome abraçou os joelhos e olhou para o alto.
_Então seria melhor se você fosse de metrô, eu acho que de metrô não é tão longe.
_Pode ser.
_Mas não vá sozinho, pode ser perigoso, e eu ficaria muito triste se alguma coisa te acontecesse.
Inuyasha remoeu aquilo por um tempo.
_Por quê?
Ela inclinou-se para o lado, e depositou um beijo em sua bochecha.
_Porque também te amo daquele outro jeito.
Afirmou sorrindo, e logo depois saiu correndo, mas ele a chamou antes que ela pudesse entrar em casa.
_Você quer dizer como os adultos? – perguntou, com a mão posta sobre a bochecha beijada.
Nunca antes uma garota – fora a sua mãe, mas isso não contava – o havia beijado.
Ela riu e balançou a cabeça.
_Não seu bobo, eu quero dizer de verdade!
Fim.
Oneshort curtinha só pra descontrair.
Review's?
