Sem paciência para disclaimers, mas nada me pertence.
Até não haver mais volta
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"Ele sempre soube, mas ainda assim ele confiou."
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Poderia parecer presunção, egocentrismo, orgulho, ou o que as pessoas preferissem usar como definição, mas Charles não poderia ser enganado, uma das consequências de ser um telepata.
Ele não era um tipo de deus, não conhecia por experiência própria aquilo que chamavam de onisciência, mas conhecia bem aqueles que estavam ao seu redor e aqueles que de algum modo entravam em sua vida, de modo que, sim, ele sempre soube o suficiente para não ter muitas surpresas no caminho.
De modo que, naquele dia, na praia, quando Erik se foi, ele não estava realmente surpreso.
Doeu, como toda separação deve ser - e não apenas pelo ferimento que lhe fora causado. E o fato de ele saber, com antecedência, que um dia isso iria acontecer não diminuía nada do que ele estava sentindo naquele instante.
Olhando para Erik naquele momento, ele pôde se lembrar de tudo o que passaram juntos. As memórias surgiam em sua mente à medida que ele via tudo acontecer ao seu redor, memórias que iam desde o primeiro encontro - "você não está sozinho" - a momentos como aquele em que o ajudara a utilizar melhor seu poder - "raiva e serenidade" - e aquilo o fazia se sentir pior.
Porque ele sempre soube, e ainda assim não fez nada para impedir. Ele achou que poderia ficar tudo bem se ele apenas confiasse e o deixasse exercitar seu livre-arbítrio. Ele achou que ele se sentiria melhor se não o forçasse a nada, se não fosse tão egoísta.
Mas era apenas um caminho sem volta que ele não quis evitar.
Era isso que confiança nos amigos significava.
N/A.: Que dizer? Que eu tinha que eventualmente escrever isso. E que, como eu tava querendo escrever uma fic pequena hoje, saiu isso. Só não sei se está digna. Mas tá aí :3 [e o fim sucks, mas... pior é que eu acho que gostei o.o]
