CAPÍTULO 1 – PRÓLOGO
A PROMESSA
Ao redor dele, a batalha continuava...Mas para Hárin, nada mais importava naquele momento, exceto o príncipe moribundo deitado a seus pés.
O som de metal contra metal diminuiu quando ele se ajoelhou ao lado do corpo, e Frerin agarrou seu braço, puxando-o para perto.
"Você...tem...que ajudá-lo, Hárin" disse o príncipe "Quando chegar a hora, você terá que ajudá-lo".
Hárin respirou profundamente e tentou levantar Frerin, carregá-lo até os curadores.
"Não adianta, amigo" Frerin disse, estranhamente calmo "Apenas... me prometa".
"Como você pode pedir isso de mim? Eu falhei com você, com seu pai!" Hárin perguntou.
Frérin apenas sorriu
"Você não falhou, Hárin, filho de Dárin. Não podemos interromper os planos de Mahal. Agora, prometa-me que irá ajudar meu irmão, quando chegar a hora..."
Frerin estava ficando cada vez mais pálido. Hárin forçou sua voz a sair, um nó se formando em sua garganta:
"Eu prometo, meu lorde... meu amigo. Eu vou ajudá-lo. Eu vou ajudar seu irmão".
Frerin sorriu.
"É...bom...saber isso".
E a luz em seus olhos se apagou.
Hárin estava surdo a todos os ruídos da batalha. Seu melhor amigo estava morto. Ele havia prometido, muitos anos atrás, quando se juntou à Guarda, que protegeria a Linhagem de Durin. Mas agora, a Linhagem parecia cada vez mais perto do fim. Porque ele havia falhado.
Mais tarde, sua esposa contaria como ele foi levado até as tendas dos curadores, exausto e ferido, após defender o cadáver de seu amigo até o fim da batalha.
E no dia seguinte, ele estava lá, quando o corpo do Príncipe Frerin foi cremado.
