Hey Mister...
Rikku Albhed saía da escola, seu último dia de seu último ano do ensino médio. Enquanto dava adeus aos seus poucos colegas, nenhum amigo, ela só conseguia pensar na grande viagem que seu pai prometera-lhe: os dois iriam para a Europa visitar o túmulo de sua mãe.
Desde a morte da mãe, quando tinha oito anos, Rikku passara menos e menos tempo com o pai, que desde o acidente, não parara de trabalhar: o trabalho era sua forma de distrair-se e esquecer a esposa.
Apesar de tudo, Rikku não odiava o pai, pois ela entendia seu sofrimento silencioso; ao contrário, ela o amava. E agora, o amaria mais ainda, quando juntos partissem para "encontrar" a mãe e abandonassem casa, problemas, trabalho.
E a jovem de 17 anos entrou na rica mansão, vazia, escura, fria e viu: o corpo de seu pai.
- Paaaaai!
Rikku correu e ajoelhou-se ao lado do pai. Aos prantos tentou acordá-lo. Pegou o telefone e discou para a ambulância. Nada... O telefone não tinha linha. Tentou seu celular em vão... Não havia sinal.
Foi quando ouviu barulhos de vidro partindo.
- Ajuda! Socor...
Mas antes que pudesse terminar de gritar, alguém a puxou e tapou sua boca. Rikku não pôde ver quem era, mas sentia a mão grossa de um homem atrás de si. Ele a levou para atrás das cortinas. Ela tentou gemer:
- Faça silêncio se quiser continuar viva...
Rikku obedeceu a voz misteriosa. Dois homens vestidos de preto chegaram perto do cadáver.
- Estranho... Juro que ouvi a voz da garota.
- Provavelmente foi algum gato... Gente rica sempre tem animais que ficam vagando pela casa sem que ninguém saiba. Só têm por ter...
- Que seja. Mas assim que vermos a menina, teremos que matá-la antes que ela possa pensar, ou nosso plano irá entrar pelo ralo...
Ao ouvir aquilo, Rikku parou de respirar e de se debater. Os homens saíram do local e aos poucos, o "salvador", se é que ele era isso mesmo, foi soltando a garota. Em meia a escuridão do recinto, Rikku não pôde visualizar a face do sujeito, mas sua voz era grossa e tranquila.
- Senhorita Albhed, fui contratado para protegê-la. Agora não temos tempo para explicações, mas apenas saiba que a senhorita corre grande perigo. Acredita em mim?
Rikku apenas consentiu com a cabeça. Se ele quisesse matá-la, já o teria feito. E mesmo que ele ainda quisesse fazer isso horas depois, a garota teria brechas para escapar.
- Ótimo. Temos que sair daqui.
O homem puxou Rikku pelo braço até a frente da casa. Só então a garota pôde reparar na presença de uma van preta no jardim. O sujeito atravessou o gramado até a rua. Rikku concluiu que a facilidade da fuga se devia aos "assassinos" estarem nos fundos da propriedade.
Rikku entrou em uma rummer preta, colocou o cinto trêmula e o sujeito saiu derrapando pelo bairro afora.
O veículo percorreu alguns minutos e só então, já mais calma Rikku falou:
- Agora será que poderia me explicar o que está acontecendo? – agora, na luz no sol, Rikku já podia ver as características de seu "herói": um homem moreno, já com algumas mechas grisalhas no cabelo preto, e corpo extremamente forte. Após algum tempo escolhendo as palavras certas, o homem respondeu.
- Senhorita Albhed, sou Auron Masamune. Sou um agente contratado por seu pai para protegê-la. Nos últimos anos seu pai andou trabalhando em um projeto para o governo, extremamente secreto e que impunha diversas organizações em maus lençóis. Por isso mesmo, próxima a finalização do projeto, ele já tinha certeza que não viveria por muito mais tempo. Foi então que ele me contratou e foi combinado, que neste exato dia, sua morte seria "sentenciada" e eu deveria agir o mais rápido possível para salvar a senhorita.
- E que projeto é esse?
Auron olhou assustado para a garota: com tantas perguntas a serem feitas, a jovem só estava preocupada com a natureza do acontecido.
- Bom, eu não tenho certeza. Mas segundo seu pai, a senhorita é a única que pode dar continuidade.
- Hein? Mas como?
- É isso que vamos descobrir.
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Aqui está, o 1º capítulo. Ele é curtinho porque não quero revelar muita coisa sobre como será o enredo, mas os próximos serão bem mais elaborados (eu sempre falo isso).
Enfim, espero que você tenha gostado! E até o próximo capítulo...
Cah xx
