Just Like Us
by Nieryka
Título: Just Like Us
Autora: Nieryka
Fandom: Crossover Supernatural/The Forsaken
Classificação: Slash/R – Pré Wincest
Parzinhos Românticos: Sam/Dean Nick/Sean
Sumário: Crossover Supernatural/The Forsaken – Slash Dean e Sam encontram dois caçadores...e descobrem ter muito mais coisas em comum com eles do que podiam imaginar.
Esta fic é um Crossover entre Supernatural (Sobrenatural) e The Forsaken (Vampiros do Deserto), um filme que gostei muito e que tem dois caçadores de vampiro muito lindinhos: Sean (Kerr Smith, que fez Jack McPhee em Dawson's Creek e atualmente interpreta Tom Nicholson, um advogado de defesa na série Justice, também da Warner...eu recomendo!) e Nick (Brendan Fehr, que estrelou a série Roswel, embora eu não saiba exatamente em qual papel...não assisti essa série, sabem...--'), e que tem muitas coisas em comum com Supernatural.
A estória se passa na época da Primeira Temporada, só pra avisar.
Obs: Quem já assistiu ao filme Vampiros do Deserto conhece o carro dos vampiros, certo? Eu fiquei tremendamente surpresa um dia desses, ao assistir novamente o Pilot de Supernatural em DVD, e ver um carro exatamente igual estacionado do lado de fora do quarto de motel em que Dean e Sam estavam. Ele aparece quando Dean está saindo do motel, pouco antes dos policiais o prenderem. Parece que Nick e Sean já andavam por perto dos colegas caçadores bem antes de eu imaginar um crossover!!
Espero que gostem da fic!
- Bem, pode ser e pode não ser, Sammy. – disse Dean, fechando o jornal local e deixando-o de lado na mesa assim que a garçonete trouxe a comida.
Sam agradeceu á jovem e encarou Dean enquanto tomava um gole de cerveja. Estavam em mais uma cidadezinha no meio do nada, atraídos por uma estranha onda de massacres pela região que, pelo que tinha saído nos jornais, eram atribuídos á uma gangue ainda desconhecida. O detalhe que acabara lhes chamando atenção fora dois dos cadáveres terem sido encontrados completamente sem sangue.
- Acho que vale a pena dar uma olhada, Dean...quero dizer...é a única coisa mais parecida com um caso que conseguimos encontrar nessas últimas semanas, então...
- É, eu sei...o tédio também está me matando.
- Não foi isso que eu quis dizer...
- Tanto faz.
- Dean...
Dean ergueu os olhos do prato, com o garfo a meio caminho da boca, quando viu o olhar de Sam. Conhecia aquele olhar e sabia que lá vinha chumbo.
- Hunm?
Sam suspirou e apertou os lábios, então balançou a cabeça e pescou algumas batatas fritas no prato, sem olhar para o irmão. Dean também suspirou.
- Ok, vamos lá. O que foi dessa vez, Sam?
- É que...sei lá, Dean. Às vezes você parece gostar disso, gostar desse tipo de vida...se é que dá pra chamar isso de vida.
- Oh Deus. – Dean deitou o garfo de volta no prato e encarou Sam. – Sam, já tivemos essa conversa antes. Se eu pudesse escolher, se o pai pudesse ter escolhido é claro que não estaríamos nessa, certo? Mas depois de tudo o que aconteceu, depois de tudo o que ele viu...o que nós vimos...acha que dá pra simplesmente esquecer e seguir adiante? Sem fazer nada?
- Outras pessoas talvez preferissem esquecer, Dean. Viver uma vida normal...fingir que nada aconteceu e seguir em frente.
- Isso não funcionou muito com você em Stanford, certo? – no momento mesmo em que as palavras saíram de sua boca Dean se arrependeu delas. Engoliu em seco, embaraçado, ao ver a expressão de dor que passou pela face do irmão. – Sammy, eu não quis dizer...oh merda!
- Tudo bem. De verdade. – Sam se levantou. – Escute, vou dar uma olhada naquele motel do outro lado da rua, ok. Passamos a noite lá e então vamos ver os locais dos crimes de manhã.
- Sam. Saaamm.
Mas ele já tinha saído e Dean deu uma olhada para o prato praticamente intacto do outro lado da mesa, sentindo-se péssimo. Empurrou sua própria refeição pra longe, tirou a carteira e largou algumas notas em cima da mesa antes de sair também.
Atravessou a rua e ao entrar no pátio do estacionamento do motel algo chamou sua atenção. Franziu o cenho.
Sam vinha saindo da recepção e viu o irmão ali parado olhando para o estacionamento.
- Hei. – Sam se aproximou e Dean pareceu despertar de algum tipo de devaneio. – Algo errado?
- Como alguém tem coragem de rodar NISSO?
Sam olhou na direção que o irmão apontou e riu.
Com certeza o acurado gosto de Dean por carros fora afrontado. Estacionado diante de um dos quartos do motel estava um Dodge Charger 68 num estado lastimável. Pintura desbotada, arranhões feios por todo lado, pintas de ferrugem por todo o metal, uns amassados profundos...o carro parecia ter saído de um rally, ou de uma guerra pra ser mais exato.
Com uma intensa expressão de desagrado Dean começou a dar voltas ao redor do carro e o divertimento de Sam crescia cada vez mais ao vê-lo torcer a cara cada vez que achava um novo defeito.
- É...isso está realmente uma droga. – disse uma voz por trás de Sam e ele se virou.
Um rapaz de cabelos negros curtos e olhos azuis estava ali observando também, com uma expressão resignada no rosto de traços irlandeses e suaves. Carregava uma sacola de papel pardo com comida e uma garrafa de suco de laranja.
Sam franziu o cenho e então entendeu.
- Ahn...esse carro é seu...?
- Bem, dá pra se dizer que sim. Sim, é meu. E não se preocupe – disse ele ao ver que Sam começava a querer se explicar. – eu sei que o carro é uma droga, seu amigo tem razão em estar com essa cara.
Dean se juntou a eles.
- Desculpe, cara, é que...bem...sua máquina já viu melhores dias, eu acho.
- Era de um...amigo. – respondeu o rapaz. – Peguei emprestado pra essa viagem e...bem, estou tentando não piorar a coisa mas não tem muito jeito. – ele estendeu a mão e sorriu. – Sean.
- Sou Sam, e esse é meu irmão Dean. É um prazer.
Antes que a conversa continuasse, porém, a porta do quarto em frente se abriu e um outro rapaz, mais alto que Sean, cabelos claros e olhos castanhos, ficou parado no batente. Seu olhar era desconfiado e seu rosto parecia um tanto pálido demais, como se estivesse doente.
- Algum problema, Sean?
- Não, Nick, claro que não. – ele olhou para os dois irmãos e em seguida para o carro, sorrindo de lado. – Só batendo um papo sobre nosso amigo feioso, aqui.
- De verdade, Sean, sinto muito...e Dean também sente, certo Dean? – disse Sam, olhando para o irmão. Dean ergueu uma sobrancelha.
- É, é um pedaço de merda, mas é só o que nós temos no momento, então se não se importam...- Nick fez sinal para Sean entrar.
Foi a vez de Sean parecer constrangido diante da grosseria do amigo. Ele murmurou algumas desculpas e subiu os degraus até o quarto. Sam e Dean puderam ouvir o que ele disse ao entrar.
- Ei, pega leve, ok. Não precisa ser tão antipático...
Nick ainda lançou um último olhar avaliador sobre os irmãos e então bateu a porta.
- Cara legal esse Nick. Deve ter feito curso de etiqueta em algum estábulo. – Dean comentou. – E então, em que quarto nós estamos? Não ao lado do irritadinho, espero.
Sam ainda fitava a porta, intrigado. A palidez e as leves olheiras no outro rapaz tinham lhe causado uma forte impressão.
- Sam?
- Hunm? Oh...quarto 7.
- Ah, que ótimo. – Dean deu um sorriso torcido - BEM ao lado. Vou buscar o carro.
Sam foi para o quarto mas uma sensação estranha ainda persistia. Tinha alguma coisa ali, alguma coisa sobre esses dois que o intrigava.
Sean colocou as compras na mesa ao lado da porta em silêncio. Nick pegou a garrafa de suco de laranja e fez uma careta.
- Eu pedi cerveja, Sean. Eu não sou um adolescente em fase de crescimento pra tomar isso.
- Você precisa de vitaminas, Nick. – disse Sean pegando a garrafa das mãos do amigo e colocando-a de volta na mesa. Começou a desempacotar o resto, o cenho franzido. – Não precisa ser antipático com todo mundo que encontramos no caminho, Nick, isso não vai ajudar.
- E daí? Ser simpático e sociável também não vai fazer nenhuma diferença. Nós estamos sozinhos nessa e eu não quero ninguém xeretando por perto.
- Eles não estavam...- Sean fez uma pausa e respirou fundo. Sabia que não adiantava discutir com Nick. A paranóia estava ficando mais grave à medida que o tempo passava e Sean tinha certeza de que era por causa do vírus. E também por causa do cansaço. Eles estavam na estrada, juntos, há mais de um mês desde que Sean tinha achado Nick novamente, após três meses do rapaz tê-lo abandonado no hospital, mas Nick já estava nessa vida há mais de um ano. E a saúde de Nick vinha piorando a olhos vistos, o que contribuía, e muito, para o mau-humor. Sorriu ao vê-lo olhar para a embalagem plástica do sanduíche vegetariano com repugnância. – Esse é meu. Se eu nunca mais tiver que encarar um bife mal-passado pela frente vou ficar feliz. Aqui – tirou da sacola um prato embalado de onde saia um vaporzinho convidativo. – Carne com molho de cogumelos...tudo que você gosta, afinal, bem mal-passado...mas...peloamordedeus tente comer os legumes, está bem?
Nick pegou o prato e sorriu.
- Obrigado, cara. – então hesitou por um instante, olhando direto nos olhos de Sean e quando este baixou os olhos e pigarreou, ruborizado, Nick largou o prato na mesa e levou a mão até a nuca do rapaz, puxando-o suavemente. – Mas eu queria a cerveja.
- Nick...- Sean ia abrir a boca para dizer novamente o quanto ele precisava de vitaminas e uma dieta mais balanceada mas Nick o calou pressionando os lábios contra os dele num beijo suave, que foi ficando mais e mais forte à medida que ele também correspondia. Sean ofegou contra os lábios do rapaz mais alto e seus dedos se fecharam na frente da jaqueta de Nick. – Espere...Nick...- Sean tentou se afastar, meio sem fôlego. – Temos que falar...sobre os ataques...Nick!!
As mãos de Nick já estavam se livrando da camisa de Sean e se dirigiam agora para os jeans dele. Quando Sean tentou se livrar do abraço novamente Nick espalmou as duas mãos no traseiro dele e o puxou com força de volta.
- Ok. – disse Nick beijando o pescoço do rapaz, mordiscando de leve a pele fina. – Pode falar se quiser, Sean...mas eu tenho coisa melhor pra fazer...
- Deus...- Sean fechou os olhos quando as sensações começaram a atingi-lo. Era sempre assim com ele e Nick. Não importava quando ou onde, sempre que o rapaz o tocava ele não conseguia mais se concentrar em nada. Mas dessa vez não podia se deixar levar. Nick estava evitando aquela conversa desde que tinham chegado na cidade e Sean sabia que se não insistisse acabariam fazendo algo errado. E errar seria fatal. Por mais que seu corpo protestasse sua mente o forçou a empurrar Nick com firmeza. O rapaz o encarou com uma expressão aborrecida mas ele sacudiu a cabeça. – Nick, nós temos mesmo que ter essa conversa.
- Ok. Certo! – Nick o largou e se afastou, irritado. Pegou o prato e começou a desembalá-lo sem olhar para Sean. – O que é agora?
Sean não pode deixar de se sentir ferido com aquela atitude de Nick mas respirou fundo enquanto ajeitava a camiseta e os jeans, lembrando-se de que precisava ter paciência.
- Nós seguimos as pistas até aqui e agora precisamos descobrir onde eles estão, você sabe. – começou Sean. Foi até a mesa, abriu o suco de laranja, despejou um pouco num copo de plástico e estendeu para Nick. O rapaz franziu o cenho mas pegou o copo, murmurando um "Obrigado" quase inaudível. – Acho que seria uma boa idéia procurar lugares abandonados...você acha que pode senti-los se estiverem por perto?
- Provavelmente. – respondeu Nick, enchendo a boca com um pedaço generoso de carne quase crua demais.
Sean ainda sentia náuseas quando lembrava da época em que estivera com aquele mesmo desejo por carne fresca...mas fora por apenas uns dois dias e Nick já estava assim há um ano. Ele se sentou na mesa e pegou o sanduíche.
- Podemos sair para procurá-los amanhã de manhã, que acha?
- Antes temos que achar um lugar sagrado, Sean, já esqueceu? Os filhos da puta só morrem em solo sagrado e eu só quero ver como diabos vamos atrair eles dessa vez...
- Daremos um jeito.
- Quer parar de ser tão otimista? – disse Nick, impaciente. – Da última vez foi pura sorte e só por isso estamos vivos! E tem mais...- ele se levantou e foi jogar o prato vazio e as sobras dos legumes no lixo, mas não concluiu a frase.
- E tem mais o que, Nick? – perguntou Sean, com medo de ouvir a resposta, pois já imaginava qual seria. Como Nick não respondeu ele colocou o sanduíche de lado e foi até o rapaz. Passou os braços pela cintura de Nick e o abraçou apertado, a testa pressionada contra a parte posterior da cabeça dele, sentindo o perfume e a textura de seus cabelos macios, os lábios roçando suavemente em sua nuca. Sentiu-o estremecer de leve e virar a cabeça ligeiramente. – Conseguimos uma vez e vamos conseguir de novo...só temos que continuar acreditando nisso, ok?
- E se esse também não for o certo, como antes? – disse Nick, a voz carregada.
- Vamos continuar procurando, Nick.
Nick se desvencilhou das mãos de Sean e se virou para ele, segurando-o pelos ombros, encarando-o com seriedade e um leve indício de desespero cintilando nos olhos castanhos.
- Continuar procurando por quanto tempo, Sean? Mais um ano?? Eu não sei se vou conseguir agüentar nem por mais um maldito mês!!
- As drogas...
- Não! Preste atenção, Sean! As drogas não estão adiantando, não como antes, eu posso sentir. Não vai demorar muito pra eu me transformar e eu quero...- ele engoliu em seco e segurou os ombros do namorado com mais força porque Sean tentava se soltar, tentava se libertar para não ter que ouvir e encarar o que ele estava prestes a dizer. – Eu quero que você acabe comigo quando isso acontecer, está ouvindo? Você não pode me deixar viver assim, Sean, me prometa!!
- Não.
- Prometa, droga!! Se eu me tornar um vampiro posso acabar matando você...transformando você!!
- NÃO!!
- Você ouviu alguma porra de palavra do que eu disse, Sean??
Sean parou de se debater e ergueu os olhos para Nick. O rapaz de olhos castanhos viu a expressão determinada, selvagem até, que estava estampada no rosto de Sean e sentiu-se fraquejar por um instante. Sabia que a despeito da aparência suave do rapaz ele possuía uma determinação de ferro.
- Não vou deixar você morrer...e não vou matar você. – murmurou ele entre dentes. – Vou matar o desgraçado que causou tudo isso, Nick...e vou mandar pro inferno quantos vampiros estiverem junto, também!
Nick soltou os ombros do rapaz e deixou as mãos caírem ao longo do corpo. Sean estava tremendo e lutava contra as lágrimas agora, mas continuava a encará-lo. Nick respirou fundo e o abraçou, uma das mãos segurando-o pela cintura enquanto a outra lhe acariciava os cabelos negros e macios com carinho.
No quarto ao lado, no momento em que Sean gritara seu emocionado "NÃO", Sam acabava de arrumar suas coisas na gaveta da cômoda. Ele ouviu o grito e franziu o cenho, preocupado. Encostou o ouvido na parede dizendo a si mesmo que não estava fazendo aquilo por simples curiosidade mórbida...era só que talvez alguém ali precisasse de ajuda então...
- Sammy??
Oh droga.
Sam se virou para o irmão, que acabara de abrir a porta e o encarava ainda com a mão na maçaneta. Tentou não parecer culpado por ter sido flagrado de ouvido colado na parede, mas, pelo sorriso malicioso que se desenhou nos lábios de Dean, viu que tinha falhado horrivelmente.
- Não é o que você está pensando, Dean...eu...
- Oh, não é mesmo? – Dean fechou a porta atrás de si, rindo. – Eu sabia que você não podia ser assim tão santo, Sam. Quem diria, meu irmãozinho é um voyeur...
Sam tombou a cabeça de lado então fechou os olhos e suspirou.
- Dean...pela última vez: voyeur é quem gosta de OLHAR, não quem...
- Ok, ok...- cortou Dean rapidamente, ruborizando de leve. – Não mude de assunto, espertinho, você não está em posição de discutir, aqui!
Antes que Sam pudesse protestar mais (e ele estava com certeza tentando, embora fosse difícil em meio ao seu gaguejar e os olhares acusatórios do irmão) Dean foi até a pequena cozinha e voltou com um copo na mão.
- Se quer fazer isso faça direito, Sam. Isto...- ergueu o copo para o irmão e piscou. -...funciona muito melhor. – disse e, afastando Sam do caminho, colocou o copo na parede e colou o ouvido a ele sem nenhuma cerimônia.
- Dean!
Sam levou a mão à testa e balançou a cabeça sem conseguir acreditar que Dean fora capaz de fazer aquilo...bem, pra falar a verdade, pensando bem no assunto ele conseguia acreditar, sim, que Dean era capaz de fazer isso e muito mais...Então de repente Dean arregalou os olhos e afastou o ouvido do copo abruptamente, olhando para a parede como se ela tivesse criado vida de repente.
- Wow!! Por essa eu não esperava.
- Huhn?? O que é? Aconteceu alguma coisa??
- Éééé...pode-se dizer que sim, Sammy. Sam?? SAM!!
Sam tinha arrancado o copo das mãos do irmão e tomado seu lugar na parede. Após um ou dois segundos tentando entender o que estava ouvindo finalmente a compreensão do que estava acontecendo do outro lado da parede o atingiu. Com força.
- Eu ia avisar, mas você não me deu tempo...
Sam devolveu o copo para o irmão e passou por ele sem erguer a cabeça um milímetro. Dean não fez nenhuma questão de esconder o riso ao ver o irmão mais novo corado feito um menino de colégio.
- Vamos lá, Sam! Você não tem mais idade pra ficar vermelho desse jeito!
- Cale a boca, Dean! Isso é culpa sua...nós não devíamos estar xeretando desse jeito!
Dean ergueu as sobrancelhas com ar divertido enquanto Sam o encarava com o que parecia ser uma careta indignada e virtuosa.
- Se eu bem me lembro foi você quem começou, irmãozinho. Se você não tivesse ficado...hunm...curioso...
- Dean!
- Ok, ok. – ainda rindo Dean foi até sua mochila e começou a tirar algumas roupas para se trocar após o banho. Olhou para Sam e abriu a boca para falar, mas pareceu pensar melhor e fechou-a novamente.
Sam franziu o cenho.
- Que é? – perguntou, cruzando os braços.
- Hun?
- Você ia falar alguma coisa e parou. O que é? – insistiu Sam, encarando o irmão.
- Nada. – respondeu Dean sem olhar para ele. Pegou as roupas e foi indo para o banheiro. – Esqueça.
- Não mesmo.
Dean suspirou.
- Não é nada, realmente. – deu de ombros – Eu só ia perguntar se você quer trocar de quarto ou algo assim.
- Hun? Por quê?
- Sei lá, Sam...você não vai ficar incomodado com o...ahn...barulho...á noite? – para enfatizar acenou com a cabeça na direção da parede.
- AH...quero dizer...bem...eu não...- Sam realmente não sabia o que responder; aquilo nem tinha lhe ocorrido. E só acabaram ouvindo o...ahn...barulho...porque estavam de ouvido colado na parede, de qualquer forma. Pensou um momento sobre isso e então outra idéia lhe ocorreu. – Você vai? Quero dizer...ficar incomodado? Quer trocar de quarto?
- Meu sono não é tão leve quanto o seu.
- Nós não vamos ouvir nada sem o seu amplificador caseiro, Dean. A não ser que você esteja incomodado com o fato de "saber" o que eles podem estar fazendo ali durante a noite...
- Ei, claro que não! – protestou Dean franzindo o cenho – Eu não sou homofóbico ou coisa assim...por mim eles podem fazer acrobacias com pinos e bolas à vontade, isso não me incomoda!
- Mesmo? – disse Sam com um sorriso zombeteiro que deixou Dean espumando.
- Não é por causa disso que eu...Ah quer saber, Sam, em vez de ficar aí falando por que não vai fazer umas pesquisas no seu computador e me deixa tomar banho sossegado, hun?
- Ok. Se o assunto te incomoda tanto...
- NÃO incomoda, eu já disse...oh, cale a boca!!
Dean bateu a porta do banheiro sob o som de risadas.
Sam ficou olhando para a porta, divertindo-se por ter provocado Dean, mas sabia que o irmão não era desse tipo; mas com certeza devia ter achado que Sam era, por isso a preocupação. Não...a única coisa que incomodava Sam naquele momento era a aparência do companheiro de Sean, Nick...e a razão da discussão que ele infelizmente não pudera acompanhar graças a Dean.
Suspirando o mais jovem dos irmãos resolveu separar suas próprias roupas para tomar banho assim que Dean terminasse. Notou o copo em cima do criado-mudo, onde Dean o esquecera, e ficou olhando pra ele por algum tempo até finalmente pegá-lo e devolvê-lo a pequena cozinha, com um pouco mais de pressa do que gostaria de admitir.
TBC...
Well, espero que até aqui tenha ido tudo bem, pessoal. No próximo capítulo a coisa vai esquentar para o lado dos irmãos...que vão começar a achar muitas coisas em comum entre seu relacionamento e o relacionamento de Nick e Sean.
P.S.: Comecei a escrever esta fic há um BOM tempo atrás, antes da segunda temporada, por isso a referência a Stanford ainda mexe com Sam...e infelizmente a série "Justice" a que me referi foi cancelada recentemente. Para quem conhece e gosta do casal Ron Trott e Tom Nicholson estou escrevendo uma fic slash com eles e postarei o mais brevemente possível...o que não quer dizer muita coisa, pois sou mais lerda que uma lesma pegando carona numa tartaruga...--´´
