N/A: Olá, pessoal o/
Fazem uns bons mil anos que eu não posto nada por aqui. Desde que notei que não conseguia me manter fiel à personalidade das personagens, simplesmente abandonei o mundo das fanfics. D: Contudo, minha paixão por escrever nunca se foi!
Enfim, acabei escrevendo essa fanfic pra um desafio do Andar de Angel Beats no Projeto Senbonzakura, e gostei bastante do resultado - o suficiente pra postá-la aqui! O que não necessariamente quer dizer que voltei a fazer fanfics 8D''
Por fim, espero que a história lhes agrade. :3
Beijinhos,
Shana.
(04/05/2014)
BRAVE GIRL
SongFic; Oneshot.
Música: Brave Song (Aoi Tada)
Eu sempre andei sozinha. Quando olhei pra trás, todos estavam distantes
Mesmo assim, continuei andando. Essa era minha força
"Eu não tenho mais medo de nada", murmurei pra mim mesma
Yuri estava estirada em sua cadeira, os pés jogados sobre a mesa de uma forma consideravelmente deselegante para uma garota de mini-saia. Não que ela realmente se importasse com isso, mas era um pé no saco quando alguém fazia algum apontamento a respeito. De uma forma incomum, a sala estava silenciosa, o que lhe permitiu se perder em pensamentos por algum tempo – e tirar um cochilo também, mas essa parte não era realmente importante. Permaneceu aproveitando da calmaria quando deu-se conta de que sua paz tinha um motivo, e, de súbito, girou o corpo de forma a colocar os pés no chão – façanha que ateria derrubado, se não tivesse segurado nos braços da cadeira.
Onde diabos estavam seus subordinados?!
O burburinho chamou-lhe atenção à janela – já era fim de tarde, e não deveriam haver quaisquer atividades a essa hora, mesmo dos clubes da escola. Sendo assim, como os NPCs sempre seguiam as regras, a bagunça era nada mais, nada menos, do que uma pista do paradeiro daquele bando de incompeten-, quer dizer, subordinados desaparecidos. Yuri sequer se deu ao trabalho de sorrir convencidamente ao notar que estava correta: lá estavam eles, gritando no meio da quadra de esportes. Não pôde deixar de notar que todos aqueles sorrisos e toda aquela exaltação escondiam uma série de histórias de dor e sofrimento, de juventudes perdidas, de vidas que não haviam sido devidamente vividas.
Como a dela, por exemplo.
Todo mundo estará sozinho algum dia, vivendo apenas das memórias
Eu luto para ser capaz de amar e rir apesar da solidão
Eu não mostrarei minhas lágrimas
Lembrou-se dos seus irmãos, dos seus últimos aterrorizantes momentos de vida, do medo e da sensação de incompetência que haviam se apoderado dela durante anos. Sentiu novamente em seus ombros o peso que fazia questão de carregar, mas seu olhar firme permaneceu intacto. O que aconteceu, aconteceu, ficou no passado e não há nada que se possa fazer a respeito. Restava-lhe, apenas, lidar com a culpa que havia se enraizado em seu coração desde então.
Mas sua linha de raciocínio foi cortada quando alguns gritos mais altos lhe chamaram a atenção. Lá estavam eles, um bando de crianças, jovens e cheias de vida, pulando a acenando para ela. Podia ver as garotas do GirlDemo acenando e convidando-lhe a participar da brincadeira, enquanto alguns Hinata já atirava bexigas d'água nos demais. E aquela cena, de alguma forma, a fez sentir um leve calor no peito, como se o Deus com o qual havia se rebelado estivesse lhe estendendo uma segunda chance. Uma chance de viver aquilo que Ele havia tirado dela uma vez.
Yuri apoiou-se na janela e, sem esperar, apenas disse: "Vou pular!"
Todo mundo vai estar sozinho algum dia, vivendo apenas de memórias
Mesmo assim, tudo bem. Eu chamo este sentimento tranqüilo de "meu amigo"
Takamatsu prontamente correu em direção de sua líder, com a intenção de amaciar sua queda – embora Noda o tivesse seguido e tagarelado alguma coisa sobre ser o único que poderia segurar Yurippe. A estúpida discussão arrastou-se o suficiente para que nenhum dos dois estivesse verdadeiramente preparado para o salto da fundadora do SSS, que teve a queda amortecida por ambos. Embora cair em cima deles não fosse exatamente parte do plano.
Eu sempre andei sozinha. Todos estavam esperando
Yuri sorriu – mais pra si mesma do que qualquer outra coisa – e correu até o balde onde ainda restavam algumas das bexigas. Com perfeita pontaria e exímia habilidade, estourou uma série delas em seus parceiros de batalha, molhando alguns e piorando a situação de outros. Zombou da total falta de habilidade de Otonashi e por pouco não foi atingida por Hinata.
E, ainda assim, ela ria. Ria das memórias que construíam juntos e das memórias que não pôde criar quando ainda era viva. Dessa felicidade simples e delicada, como as asas de uma borboleta, que embelezavam sua pós-vida sem sentido. Se sentido?
"Talvez não tão sem sentido assim", pensou, com um sorriso, enquanto olhava o pôr-do-sol – um espetáculo a parte que a natureza exibia.
Algum dia eu estarei vivendo em algum lugar
Com as memórias dos dias que passei com todos que foram deixados pra trás
Aí, então, eu já não serei mais forte
E estarei apenas soluçando como uma fraca garota comum
N/A: Enfim, espero que tenham gostado, pessoal :3
Caso queiram mandar reviews sejam bonzinhos comigo, sim? Hahaha!