O Segredo dos Malfoy

por Lucius Malfoy

Eu nunca pensei que isto me pudesse acontecer a mim. Eu, um homem respeitado pela sociedade, um bom pai, um bom marido. De repente, a verdade atingira-me como um raio. Era uma vergonha. Eu não podia deixar que isto se descobrisse. Faria tudo o que pudesse para passar despercebido, para não ser desmascarado, pois seria humilhado até ao final da minha vida, e a minha família ficaria devastada. Eu tomara uma decisão. Iria esforçar-me por superar isto, e jamais tornaria isto algo público. De qualquer das maneiras, o divórcio não existe entre feiticeiros…

Fui jantar. Estava muito calado, é verdade, mas o que poderia eu fazer? Qualquer coisa me desmascararia.

- Pai, pode passar-me a água, por favor?

- Não, Draco. Ao jantar não se bebem bebidas alcoólicas, já devias saber isso.

- O quê? Eu pedi-lhe a água, pai.

- Oh, desculpa, filho.

- Lucius, está tudo bem? – perguntou-me Narcissa. A sua beleza nunca deixaria de me espantar, embora agora a visse de uma forma diferente.

- Sim, Cissy, está tudo bem. Estou só um pouco cansado. Hoje foi um dia complicado, no trabalho.

- Pai…

- Sim, Draco?

- Hoje é sábado… - Draco olhou-me com um ar preocupado. Bolas!

- Oh… perdoem-me, não sei o que me deu hoje, mas sinto-me um pouco estranho. Vou-me deitar agora. – e com, isto, levantei-me e dirigi-me para o quarto.

Não podia acreditar. Tinha deitado tudo por água abaixo graças a este teatro terrível! No entanto, fui-me deitar, como lhes tinha dito, e tentei adormecer. Era impossível! Uma palavra, e uma palavra apenas destruiria tudo aquilo que eu tinha feito até hoje. Eu sentia-me envergonhado, com nojo de mim mesmo… Tenho de pôr um termo a esta coisa que me ameaça a mim e à minha família. Mas como? Era impensável consultar alguém, embora fosse necessário. Que opção iria tomar?

Enquanto pensava nisto, mergulhei em sonhos profundos.

- Que cores tão bonitas, não é? – disse uma voz. Eu não via nada, mas mesmo assim respondi, com um sorriso.

- Deveras, embora consiga apenas ver cor-de-rosa. Essa cor é tão pacífica, tão… tão…

- Tão afeminada? – tentou completar a voz. Eu continuava a sorrir.

- Sim, também. Possui todas as minhas características, e eu não tenho vergonha nenhuma em dizer que sou Gay!

- AHHHHHHHHHHHHHH! – gritei, com todas as minhas forças. Não, eu não posso ter assumido isto, não posso! Foi apenas um sonho? Terá sido? Por Merlin, se alguém descobre isto…


N/A: Uma maneira engraçada, penso eu, de mostrar que toda a gente é preconceituosa, até mesmo os feiticeiros! ^.^

Todo este tempo a perguntarem-se que segredo terrível era este, quando afinal era apenas Lucius que era "rosinha"… xD

Fiquem bem!

E não se esqueçam… reviews fazem qualquer escritor de fanfics feliz! :)