Disclaimer: O de sempre, né gente! Saint Seya não me pertence e sim ao mestre Masami Kurumada e às editoras licenciadas.
Bom, aqui vai mais uma fic! E muito especial, embora esteja atrasada... Presente para minha linda e poderosa gata de rua Pure Petit! Muitas felicidades, moça bonita que mora no meu coração de melão!!!
Boa leitura a todos!
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Candy
Capítulo único
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It's a raining afternoom
In 1990
The big city
Geez, it's been 20 years
É uma tarde chuvosa
Em 1990
A grande cidade
Puxa, já fazem 20 anos
-Por que insiste em velar pela existência de um ser amaldiçoado como ele?
-Porque... - um longo suspiro – Ele tem uma alma...
Candy
You were so fine
Beautiful, beautiful
Girl from the north
You burned my heart
With a flickering torch
I had a dream
That no one else could see
You gave me love for free
Docinho
Você era tão legal
Linda, linda
Garota do norte
Você incendiou meu coração
Com uma tocha flamejante
Eu tive um sonho
Que mais ninguém pudesse ver
Você me amou sem interesse
-O que está fazendo aqui? - gritou, estava visivelmente nervoso.
-Desculpe, não era minha intenção deixá-lo assim... Eu... Eu vou embora...
Candy, candy, candy
I can't let you go
All my life you're haunting me
I loved you so
Docinho, docinho, docinho
Eu não posso deixar você partir
Por toda minha vida você me perseguiu
Eu te amei tanto
Ah, sim, já fazia 20 anos. Vinte anos que vivia, ou melhor, vegetava. Vinte anos sem ela. Sem sua pequena Lindsay. Um amor de verdade, que parecia ser forte o suficiente para transpor qualquer barreira que se colocasse no caminho de ambos. Apenas parecia.
Ela não resistira à sua condição maldita. Ao ataque dos que se diziam seus. E ele, por amar tanto aquela criatura, a deixara partir. Não a condenara a também ter sua existência amaldiçoada. E agora... Bem, agora estava sozinho. E, estranhamente, a lembrança de Lindsay se tornava cada vez mais distante.
Tudo por conta de um certo alguém, que entrara e sumira tão rápido de sua vida que sequer sabia seu nome. E já fazia 20 anos...
Candy, candy, candy
I can't let you go
Life is crazy
Candy baby
Docinho, docinho, docinho
Eu não posso deixar você partir
A vida é uma loucura
minha doce criança
Apenas uma semana havia se passado. Uma semana sem ela. A primeira de uma vida que poderia ser eterna, a não ser que desse cabo à idéia de se entregar aos caçadores e deixar que o matassem. Talvez assim tivesse alguma chance de paz. Mas que paz se não possuía alma?
De cabeça baixa, os longos fios loiros presos em um rabo de cavalo baixo, adentrou o cemitério central. Sem olhar para os lados, dirigia-se ao túmulo da única razão que um dia tivera para sorrir e querer viver. A sua Lindsay. Uma jovem mortal que o amara sem reservas, mesmo sabendo o que ele era de verdade.
Ao chegar próximo ao jazigo, ergueu os olhos azuis turquesa e viu, em frente ao túmulo, uma jovem que não conhecia. Tinha os cabelos em um corte meio chanel, castanhos escuros. Usava um vestido preto com uma faixa branca na cintura e botas de cano longo também pretas. Tinha uma rosa vermelha nas mãos, que depositou sobre a lápide.
Não sabia quem era ela. E sentiu raiva por ver que alguém que não fazia parte do círculo de amizades de Lindsay estivesse ali. Será que era alguma espiã, alguém amando do mestre?
-O que está fazendo aqui? - gritou, visivelmente nervoso.
Yeah, well it hurt me real bad when you left
I'm glad you got out
But I miss you
Sim, me magoou muito quando você partiu
Embora eu tenha me conformado com a sua partida
Mas eu sinto a sua falta
Ouviu-a dizer algo sobre não ter intenção, mas não estava nem aí para o que quer que fosse. Com passos duros, foi até ela, parando á sua frente, segurando-a pelo braço. E a encarou, pronto a despejar uma série de palavrões e xingamentos.
Que não vieram.
Quando fitou os olhos castanhos e puxados, não conseguiu dizer uma única palavra. Era como se mirasse um espelho, tamanha dor e tristeza que via neles. A sua dor. A sua tristeza. Como podia ser possível? Soltou a jovem e recuou um passo, sentindo-se estranho. Quem poderia ser aquela jovem?
-Acalme-se, vai ficar tudo bem... Eu cuidarei de você, Shaka...
Ela dissera seu nome. Quis perguntar de onde ela o conhecia, mas não conseguiu. Sentia-se meio tonto ao mirá-la, ao ouvir aquela voz. Fechou os olhos para respirar melhor e se concentrar. E, quando os abriu, ela não estava mais ali.
I've had a hole in my soul for so long
I've learned to fake it and just smile along
Down on the street
Those men are all the same
I need a love
Not games, not games
Eu tive um buraco por muito tempo em meu coração
Eu aprendi a disfarças e continuar sorrindo
Pelas ruas
Aqueles homens são sempre iguais
Eu preciso de um amor
Não de jogos, não de jogos
-Uma alma? Impossível... Demônios como ele não possuem uma alma!
-Mas ele é diferente... - respondeu, observando-o, sentada sobre o parapeito do prédio em frente ao que ele estava.
Era assim todas as noites, a cerca de 20 anos. Por volta das dez, ela se sentava ali, observando-o até sair ou dormir, quando o fazia, claro. E, nestas raras vezes, de mansinho ela levantava vôo com suas longas asas brancas e adentrava o quarto dele. E se sentava no beiral da janela, velando seu sono. E quando raiava o dia, ela tinha o cuidado de fechar bem as grossas cortinas, para que nenhuma luz entrasse pelo quarto.
E lá estava ela, sentada no beiral. Mais um pouco e o sol iria despontar no horizonte. Abrindo as longas asas, ela se apoiou no madeiro e já ia alçar vôo quando ouviu a voz atrás de si, em um sussurro.
-Qual o seu nome? - olhos azuis a fitavam, brilhantes.
-Mein Liebe, Shaka...
E saiu, alcançando as nuvens rapidamente. E ele ficou, apenas observando-a. Como fazia todos os dias, a cerca de 20 anos.
Candy, candy, candy
I can't let you go
All my life you're haunting me
I loved you so
Docinho, docinho, docinho
Eu não posso deixar você partir
Por toda minha vida você me perseguiu
Eu te amei tanto
-x-x-x-x-x-
Gostou, Pure? Não sei se ficou confuso, mas foi assim que a fic surgiu para mim... Ah, o nome da personagem é "Meu amor" em alemão... Adooooro!!!
Felicidades, minha paixão! E fui porque estou atrasadérrima!
