Gente essa fic a UA e tem o nome inspirado na musida Neopolitan Dreams de Lisa Mitchell e em outras musicas dela também, e tem uma inspiração de Junjou Romântica mas isso não significa que vai ser igual, so vai ter algumas coisas parecidas. As idades NÃO ESTAO ERRADAS, sim Draco é mais velho que Harry e Severus não é tão velho assim ele tem uns 38 anos. Futuramente contarei melhor a historia dos dois irmãos e outras coisas Casais: Severus/ Lucas; Harry/Draco ; Blaise/ Ron e outros. Espero que gostem bjs.

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A sala se encontrava silenciosa. Os moveis elegantes, caros e masculinos faziam jus ao dono. O tapete persa em tons de verde e prata no meio da sala, o vaso de cristal sob a mesinha de centro com um sofá de veludo negro e duas poltronas, as pequenas esculturas espalhadas pela estante cheia de livros. Em uma parede havia um belíssimo quadro pintado no século XVIII, na parede ao lado da estante haviam inúmeros diplomas e prêmios renomados. A mesa de madeira escura e a cadeira elegante de espaldar alto davam um ar de poder ao ambiente, logo atrás da mesa a gigantesca janela, que fazia o papel de parede, dava uma visão privilegiada de toda a cidade.

O silencio da sala só era interrompido pelo barulho das teclas do laptop sendo tocadas quase ininterruptamente. O belo homem sentado na cadeira tinha os olhos fixos na tela e a testa franzida em concentração volta e meio consultava o moço de folhas ao lado e anotava alguma coisa com a caneta de tinta prateada e negra onde havia uma gravação : Draco Lucius Malfoy.

Draco estava ficando irritado, o contrato não estava saindo do jeito que ele queria, se continuasse daquele jeito teria que convocar outra reunião chata, com homens chatos, por horas chatas para chegar a nada. Estava a horas fazendo aquilo, precisava de ajuda.

Apertou o botão do telefone

- Lacrof. Boa Tarde - uma voz feminina soou do outro lado.

- Frances ligue para Severus e peça para ele vi aqui o mais rápido possível, por favor.

- Sim senhor Malfoy só um minuto por favor.

- Obrigado

Draco se recostou na cadeira e esfregou os olhos cansado. Aqueles últimos meses estavam sendo difíceis, cheio de reuniões, assembléias, contratos e ações valiosas, era um momento importante para a empresa Malfoy que, dali a alguns meses, completaria cinqüenta anos de existência. Ocasião que seria comemorada devidamente em uma festa em um dos melhores hotéis da cidade.

Tudo estaria bem se por um descuido de um dos funcionários, um importante contrato foi redigido incorretamente causando uma serie de confusões, podendo abalar a imagem da empresa, principalmente num momento como aquele onde os investimentos estavam nas alturas.

A porta se abriu revelando um homem alto, cabelos negros e lisos batendo abaixo da orelha, os olhos negros e a expressão fria. Vestia um elegante terno negro, assim como a gravata e a camisa, o porte elegante e confiante e seu andar exalavam arrogância.

- Severus, boa tarde - cumprimentou o padrinho - preciso da sua ajuda para redigir esse contrato.

- Ainda com problemas na clausula sobre os lucros? – disse enquanto se sentava em uma das cadeiras em frente a mesa e se inclinando sobre ela para ver melhor a tela do pequeno computador que havia sido virado de modo que ambos pudessem ver.

Severus Snape, o Homem das Ações. Seus investimento e apostas certeiros o fizeram um homem poderoso dentro do mercado. Eram constantes suas entrevistas para revistas e jornais, havia ganhado recentemente uma coluna na conceituada revista financeira a The Economical World. Muitas pessoas o consultavam e o admiravam. Ocupava um dos cargos mais altos dentro da Empresas Malfoy, participando de seus sucessos e lucros se tornando um dos homens mais ricos do país.

- Vamos ver logo esse contrato maldito que já esta nos dando dor de cabeça a semanas.

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Severus saiu do elevador se despedindo de Draco e entrando no apartamento, colocou a correspondência no móvel ao lado da porta e seguiu para o banheiro de seu quarto, tomando um longo banho e vestindo apenas a calça do pijama. Foi à cozinha e comeu um sanduíche de queijo, se serviu de uma taça de vinho e pegou as correspondência se dirigindo para seu escritório.

Colou um cd de Mozart para tocar e começou a abrir as cartas usando uma bela lamina de prata com uma serpente talhada. Pegou uma carta estava um pouco amassada, o papel parecia ser velho olhou o remetendo e arregalou os olhos, rapidamente abriu o envelope.

" Severus,

Quando você receber esta carta, provavelmente não vou mais esta no mundo dos vivos, terei finalmente me juntado a meu amado.

Sei que não fomos os melhores amigos do mundo, mas o nosso passado não nega, que vivemos muita coisa juntos. Quando você não estava no caminho certo, eu fui lá e lhe dei uma bela bofetada e lhe contei umas verdades e juntos conseguimos muita coisa e quando eu mais precisei, você apareceu e me ajudou, confesso que gostaria de me despedir, mas já não tenho mais forças e a enfermeira ira colocar esta carta no correio. Tenho uma coisa muito importante para lhe pedir velho amigo.

Creio que se lembra de Lilian e James Potter. Seus filhos Harry e Lucas apos sua morte foram morar com seus tios. Eu e Sirius tentamos de tudo para tirá-los deles porem foi impossível, Sirius preso e eu um pobre homem. Tire-os de lá, por favor. Eles são o pior tipo de gente, obrigam os meninos, desde pequenos, a trabalhar como escravos domésticos dormiam num armário debaixo da escada, porem eu e Sirius os convencemos a os colocarem num quartinho, são castigados por qualquer coisa, vestem vestes velhas do filho deles e as vezes ficam sem comida.

Apos Sirius sair da prisão, conseguimos firmas um acordo para que os meninos passassem o verão com a gente e assim que Lucas completasse 18 anos eles iriam morar conosco. Porem o destino nos foi muito cruel e como você bem sabe Sirius morreu e eu estou indo pelo mesmo caminho.

Sim, sei que nunca de contei sobre isso, mas eu não podia pois sei que você faria alguma coisa e tinha medo da ira daquela gente ruim, mas agora eu lhe rogo tire-os de lá, eles precisam de um família de afeto e amor, sei que você é um homem solitário e eles são crianças maravilhosas e trarão alegria para a sua vida.

Por Favor, Seveus os salve você é o único que pode fazer isso.

Obrigado por tudo. Seja feliz.

Adeus,

Remus J. Lupin"

Severus leu a carta algumas vezes antes de pegar uma foto e outro bilhete dentro do envelope. Os dois rapazes não deixavam duvida que eram filhos de Lily e James, no outro pedaço de papel havia o endereço e o nome completo deles.

Fitou aqueles pares de olhos verdes, brilhantes na foto antes de pegar seu laptop e o telefone. Tinha coisas importantes a fazer.

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Apos preparar o café lavou a louça e passou as duas camisas, varreu a cozinha e arrumou os sapatos, saiu e pegou as correspondências e o jornal os deixando na mesa do café. Subiu e entrou no quartinho minúsculo e sorriu com ternura para o corpo ainda adormecido na cama. Com cuidado começou a separar as roupas para o colégio.

- Vamos acorde seu dorminhoco ou vamos chegar atrasados - disse enquanto sacudia o corpo levemente.

- Tá tá...to indo - murmurou o garoto na cama mal humorado.

Harry sorriu para o irmão casula, ficaram até tarde estudando para a prova de matemática dele na manha seguinte. Começaram a se arruma lentamente, Lucas com a mente ainda nublada pelo sono. Tomaram café rapidamente e saíram antes que os outros acordassem.

Harry Potter era um garoto de 17 anos, baixo e magro demais para a sua idade era dono de belos olhos verdes e cabelos negros rebeldes, a pele clara e cremosa, sem barba o faziam parecer mais novo ainda e sua cicatriz em forma de raio lhe dava certo charme. Lucas Potter mais parecia um boneco do que um garoto de 15 anos, seu corpo franzinho o faziam parecer ter 12, seus olhos tão verdes como o do irmão eram gentis e amorosos, seus cabelos negros não eram tão rebeldes quanto os de Harry, a pele leitosa e bem clara lhe davam um ar frágil e doce que combinava perfeitamente sua personalidade afetuosa, espontânea e divertida.

Os irmãos estudavam na escola publica da cidade, não era tão boa quanto uma particular, onde Duda estudava, mas era competente o suficiente para colocá-los dentro de uma universidade caso se esforçasse.

- E ai como foi a prova? – Harry perguntou quando viu o irmão sair da sala de aula.

- Bem... – Lucas ponderou enquanto ajeitava a mochila no ombro – Acho que fui bem mas acho que não fui bem na questão sobre graficos.

- Sei que foi bem....- Harry fez um cafuné no irmão arrancando um sorriso dele enquanto se dirigiam para o ônibus.

Estavam sentados no ultimo banco do ônibus, Lucas fitava a janela pensativo enquanto Harry tentava concertar o zíper de sua mochila velha.

- Sabe...foi bom enquanto durou – Lucas confessou sem tirar os olhos da janela.

Harry fitou o irmão e depois a janela.

- É foi bom – concordou.

Assim que chegaram em casa subiram rápido para tomar banho e trocar de roupa. Prepararam o almoço e foram para o quarto, passaram a tarde toda estudando e dividiram um barrinha de chocolate que Harry havia conseguido comprar com o resto do troco do pão.

Para ambos não estava sendo fácil. Há um ano a morte de Sirius Black os havia afetado muito. Fora como uma luz quando ele e Remus chegaram e com muito esforço conseguiram convencer os Dursley para que os quatro passassem o verão junto. Foram os melhores momentos da vida de ambos e com a morte do padrinho de Harry as coisas se apagaram um pouco, mas ainda tinha Remus, padrinho de Lucas e ainda tinham esperança de enfim ser uma família. Tolice. Há duas semanas Remus Lupin havia falecido devido a um câncer no pulmão, agora a esperança de enfim ter uma família se fora. Não. Quando Lucas chorou Harry o abraçou e disse que mesmo assim nem tudo estava perdido, eles dois eram a família do outro e enquanto estivessem juntos tudo estaria bem.

Estavam preparando o jantar quando a campainha tocou e Lucas se adiantou para ir atender. Deparou-se com o homem alto de vestes elegantes.

- Boa Noite- cumprimentou o homem o olhando meticulosamente com os olhos negros.

- B-boa Noite – gaguejou- Posso ajudar?

- Sim gostaria de falar com o Sr e a Sra. Dursley.

- Claro entre, por favor – disse dando espaço para homem entrar e o levou até a sala onde Petúnia e Valter assistiram televisão. Imediatamente eles se levantaram para cumprimentar o recém chegado, interessados em seu porte elegante e em seu Rolex no punho esquerdo.

- Muito prazer me chamo Severus Snape – disse cumprimentando Valter com um aperto de mão e beijando a mão de Petúnia que soltou um gritinho excitado.

- Snape? O colunista? – perguntou Valter indicando o sofá para o homem.

- Sim

- Oh – soltou admirado.

- Gostaria de um whisky senhor Snape?- perguntou Petúnia com os olhos brilhando.

- Sim, obrigado – disse educadamente, observando a mulher sair da sala.

- Então Sr. Durley deixe-me falar sobre o que vim fazer aqui.

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- Harry, Lucas tragam dois copos de whisky e um copo de suco e coloquem mais um lugar na mesa para o jantar – disse Petúnia entrando na cozinha e olhando enojada para os garotos – bastardos - murmurou antes de sair.

Harry e Lucas trocaram um olhar intrigado e foram atender o pedido. Quando Harry entrou na sala com a bandeja, observou atento o homem que seu irmão descrevera enquanto preparava as bebidas. Tinha impressão que o já tinha visto em algum lugar.

Meia hora depois, quando Harry entrou na sala para anunciar que o jantar estava pronto se deparou com uma cena interessante, Tio Valter estava vermelho e segurava o copo com força e Tia Petúnia olhava horrorizada para os papeis em cima da mesa de centro, enquanto Snape os olhava tranquilamente, seu copo whisky intocado.

Tio Valter o olhou com raiva e rosnou:

- Arrumem suas coisas, vocês vão embora com ele.