Esta fic é dedicada a alguém que eu considero muito especial. É também para a comemoração de uma data importante.

Lorian espero que goste, pois fiz com muito amor.

Capítulo 1 – " Varlett"

Depois do estrondoso ataque a Organização, muitas coisas mudaram, talvez para pior, mas que com certeza teriam de acontecer algum dia.

Alucard estava entediado.

Sir Integra estava bem, mas, depois do tempo presa ela estava "cansada".

A mansão estava em reformas. Os exércitos, substituídos, recrutados novamente.

- Onde está Alucard, Walter?

- Senhor Alucard está em seus aposentos. Deseja algo sir Integra?

- Não. Tenho de falar com ele. Avise-o.

- Sim, senhora.

Porque sir Integra está tão estranha? O que será que ela tem a falar para Alucard?

Ela encontrava-se em seu escritório resolvendo coisas da Hellsing, coisas que nem quero saber o que é. Sentiu que Alucard a observava. De fato, ele o fazia.

- Minha mestra. Soube que desejava falar comigo. Resolveu aceitar meu pedido?

- Não diga asneiras Alucard. Chamei-o para mostrar-lhe uma coisa. Olhe:

Uma carta. Nela escritas coisas á mão. Uma anotação simples.

- Era de Celas. Estava nas coisas dela. Direcionada a você. Que tipo de relacionamento você tinha com ela? Diga-me!

Sorriso sarcástico. Típico.

- Nada que precise saber. Deseja ler a carta?

Ela tomou de sua mão. Leu.

Mestre,

Esperei para dizer-te há tempos o que eu havia estudado. Custei a crer, mas temo que posso estar certa.

Sabei o sentimento que está em meu coração. Agradeço pelos ensinamentos que me passaste, foram preciosos. Sinto por dizer-te que ao ler esta carta saberás que não os soube honrar. Sinto muito.

Estudei por mim mesma a razão da criação dos falsos vampiros. Comecei por curiosidade, mas era mais do que eu podia imaginar e por isso cheguei mais longe do que podia.

Mestre, quero que sigas meus passos e termine o que eu não consegui terminar.

Não sei se o fará e não estarei por perto para pedir-lhe. Apenas faça isso, pois eu sei que uma palavra vai fazer-te se interessar por todo o tempo que gastei.

"Varlett".

- Porque ela se intitulou Varlett? Que carta vazia é essa? Qual palavra ela se referia?

- Perguntas...

- Responda-as Alucard! Sua mestra manda! Por acaso o nome dela era Varlett?

- Não, não era.

Sozinha. Integra enfureceu-se por ser deixada sozinha novamente por Alucard. Então, ela mesma foi descobrir isso.

- Quero que pesquisem! Tragam-me tudo que atende pelo nome Varlett! Agora!

Sentou-se. Estava cansada, mas sabe? Não sei porque ela estava tão curiosa com relação a esse assunto. Nem ela deve saber. Deve ser porque envolve Alucard...

- Então ele está aqui... – Riu – Já imaginava. Alucard caminhou até sumir na escuridão.

- O QUÊ? Mandei vocês pesquisarem e tudo que me trazem é ISSO? – Bateu com força ma mesa – Uma maldita marca de relógio!

Bom, acho que não era exatamente o que ela procurava.

Integra agora se preparava para dormir. Jogou-se na cama, talvez pensando no que faria com tantos problemas. Alucard fez-lhe uma visita.

- Integra, minha mestra. Por que está curiosa?

- Eu quero saber o que significa aquela carta de Victoria para você! E vou descobrir a qualquer custo!

- Mulheres... Seus ciúmes... Nunca mudam nem com tantos séculos.

- Saia Alucard! Quero ficar sozinha! – Alucard saiu. – "O que ele quer dizer com mulheres não mudam nunca? Quer dizer que ele já teve uma mulher?".

A esses pensamentos, Integra dormiu.

Amanheceu.

Integra levantou-se. Parou, pensou. O que faria hoje? Tentaria resolver mais uma parte desse mistério?

Olhou para a foto de seu pai. Se ele estivesse lá com ela agora, não seria tão difícil. Olhou, olhou, como nunca tinha olhado antes. Até que...

- Walter! Abra o quarto de meu pai! – "Esse quarto ainda está como quando ele esteve aqui". – Abriu a gaveta, revirou algumas roupas ainda intactas. Até achar o que procurava.

Um relógio.

- Um relógio! O relógio de meu pai! Como nunca tinha visto isso antes?

Ela analisava esse relógio durante todo o seu tempo livre. Qual seria o objetivo de Integra?

- Pelo que conheço de relógios, esse é muito pesado para um relógio de bolso. É também muito grosso. Não me parece ser tão antigo a ponto de ser grosseiro assim. Suas cores não são condizentes umas com as outras. E olhando bem me parece que ele é frágil... Se cair provavelmente partirá em dois.

- Sir Integral. Permita-me. – Walter tomou o relógio de sua mão gentilmente e... Jogou-o no chão. Assim como Integra previra, ele se partiu em dois.

- Walter! Explique-me porque fez isso!

- Apenas olhe. - Ela o fez. O relógio estava em duas metades finas. Dentro dele saíra algo. Uma chave.

Esta chave era de ouro. Nela estava gravado algo. "Lirium"

- O quarto de minha mãe. Obrigada Walter. Como sabia?

- Eu apenas achei que as duas metades eram encaixadas. Não tinham a mesma cor e o seu peso era demasiado. De relógios, lady, eu entendo.

- Foi de grande ajuda. Agora vou resolver isso por mim mesma.

O quarto da mãe de Integra estava trancado desde que ela morrera. Ninguém sequer o abriu. Apenas pela razão de que o pai de Integra escondera a chave. A chave em seu relógio era a que abria o quarto. Lirium era o apelido de sua mãe quando jovem, por muito ser bela, era comparada a um lírio por sua pureza e delicadeza. Lembrou-se dessas histórias que seu pai lhe contava.

A chave virou lentamente e a porta se abriu. O quarto era revestido de poeira, escuro. Abriu as cortinas. A luz invadiu o local e se espalhou. Integra pôde ver tudo que pertencia a sua mãe. Seu espelho, cama, seus perfumes, uma carta, até mesmo seus vestidos dentro do guarda-roupa com uma porta aberta.

O tinha afinal tudo a ver com a carta de Celas? Nada parecia fazer sentido. Mas ela não queria pensar nisso agora. Apenas aproveitou esse momento. Pegou a carta, abriu-a. Assoprou a poeira. Leu-a.

À minha amada Lirium

Amo-te além de todas as forças desta alma. Apenas desejei vida eterna ao teu lado, assim como não o quisestes ao meu. Estarei aqui quando desejardes voltar. Mas sabei, ainda que a ame mais do que pude imaginar, seria fraco, e não poderia te proteger. Agora que o posso, porque se afastastes de mim? Não esperava que reagisses assim. Espero arduamente até a sua volta e espero assim voltar a ser como éramos antes.

Amada minha, não abomine minha criação. Não abomine quem eu sou. Amor por ti sempre sentirei. Sinto agora as conseqüências de não tê-la comigo.

Não me aflijo, pois sei, nossas almas estarão unidas e assim sempre será.

Amor em ti.

Varlett

- Esta carta não era de meu pai? – Integra assustou-se. – Quem foi esse Varlett? Será que minha mãe foi algo dele?

Sim, Integra... Sua mãe fez coisas que você nunca imaginaria... Nunca...

Acabou o cap!

Espero que tenham gostado do primeiro cap. Mesmo que tenha sido estranho, ruim, etc... Vai melhorar com o tempo. Um mistério só é melhor depois que já se conhece os personagens, não é?

Bom, espero que gostem. Please, deixem críticas .

Beijos.

P.S. Espero que tenha gostado minha filha amada. Lori, quando precisar, estarei aqui.