Uma fic que eu definitivamente não planejava.
Basicamente, é pro um desafio de fanfics. Tema: blecaute.
No fim acabei me apaixonando por essa fic.
Ela é cheia de muita ação, drama e, em doses menores, porém não menos importantes, romance.
Continuo postando Kristina Frey's Case, não se preocupem. Já terminei a fic, não desisti de uma pra postar outra.
Antes de lerem, assistam ao vídeo promocional
http: / www. youtube . com /watch? v=_CtSEnl9J5k
Favor tirar todos os espaços : )
Cap. I - Blackout
Um dia meramente normal no CBI.
Não havia nada de novo, exceto a câmera nova de Rigsby, de última geração.
Fora isso, Jane estava deitado em seu sofá, enquanto Lisbon conversava com Cho sobre as atualizações do último caso.
Van Pelt obedecia quanto a continuar pesquisando a vida do suspeito que Jane já descartara.
E absolutamente tudo estava normal.
De novo, não era um dia diferente. Em aspecto nenhum. Nada estranho havia acontecido.
Exceto a câmera de Rigsby.
Aliás, isso estava tirando Lisbon do sério.
Havia, pelo menos, cinqüenta fotos de cada um da equipe no cartão de memória de sabe-se lá quantos gigas. Menos de Lisbon, que ameaçara dar-lhe uma suspensão de dois meses por cada foto dela tirada.
- Frederic mencionou um álibi. – disse Cho, mostrando-lhe alguns documentos. – No entanto pesquisamos o passado dele e descobrimos uma identidade falsa.
Lisbon ficou surpresa, mas não muito. Na verdade, ela já esperava por algo assim naquele caso. Só não sabia que estaria tão certa.
Enquanto conversavam, Rigsby passou sorridente e tirou outra foto de Cho. Com exatamente a mesma expressão que todas as outras cinqüenta. A proximidade com Lisbon fez com que ela saísse de relance.
- Risgby, se não parar com isso, vou acabar fazendo algo que não quero. – ela parou pra pensar no que disse – Na verdade quero sim.
- Desculpe.
Logo depois, Hightower esticou o pescoço pra dentro da sala, e deu duas batidas na porta de vidro pra se fazer presente.
Lisbon deu graças, pela primeira vez, simplesmente por se distanciar um pouco dos flashes da super câmera do agente. Foi até ela, depois de pedir a Cho que aguardasse.
- Willian O'Dowell, da narcóticos, está na enfermaria e eles têm um caso importante em andamento. – explicou Hightower – Queria saber se poderia emprestar um agente a eles.
- Sim! – respondeu Lisbon, prontamente – Mando Rigsby em instantes.
- Obrigada.
- Ah… - Hightower já ia embora quando Lisbon lhe chamara de volta – O'Dowell está bem?
- Só uma dor na nuca. Deve ter bebido ontem. – havia censura em sua voz – Nada de mais.
Lisbon concordou com a cabeça e voltou à sua equipe. Não podia negar que estava feliz em mandar Rigsby e sua câmera pra dois andares abaixo.
- Achei o nome da empresa de Frederic. – anunciou Van Pelt.
Jane levantou o tronco do sofá para ouvir.
- Ué, a empresa existe?
- Sim. O álibi também. – ela disse.
- Os dados não batem.
Rigsby se aproximou com a câmera na mão, sentindo que devia ajudar em alguma coisa. Porém deu dois passos pra trás quando Lisbon o encarou com cara de poucos amigos.
- Você vai ajudar na Narcóticos. – ela avisou – Então precisando de gente. Vá assim que terminar de preencher os formulários de interrogatório.
Van Pelt olhou para Rigsby com certo rancor, mas ele sequer percebeu. Na divisão da narcóticos trabalhava uma mulher loira com quem Rigsby já saíra uma vez.
Claro, não estavam mais juntos. Porém ainda havia sentimento de ambas as partes.
- Sim, chefe. Mas antes… - ele deu outro passo pra trás quando ela fez aquela cara de novo – Poderíamos todos tirar uma foto juntos? Todos nós?
- Rigsby, se você tirar mais uma foto, vou gritar.
- É pra recordação. – ele insistiu – Mando uma cópia pra cada um.
Lisbon suspirou, resignada, balançando a cabeça consentindo.
- Mas só depois que terminar os formulários.
- Ok! – Rigsby sorriu imensamente.
- E nenhuma foto a mais nesse intervalo de tempo.
- Ok… - dessa vez não tão animado.
De volta ao caso, Cho voltou a explicar à sua chefe todos os motivos pelos quais Frederic havia sido incriminado injustamente, mas ela continuava descrente. Ou talvez fosse só seu orgulho lhe dizendo pra não concordar com Jane.
- O irmão de Frederic teria motivos de sobra pra incriminá-lo. – intrometeu-se o consultor, tomando chá em seu sofá. – Veja bem, - ele levantou o dedo indicador e pôs se a explicar sua teoria.
Lisbon o encarava, indignada. Tudo fazia sentido demais pra que ela não tivesse percebido antes.
- Além do mais… - consultor continuou, mas se deteve.
Isso porquê, de repente, todas as luzes se apagaram.
Era dia, mas a CBI costumava ser escura e permanecia com lâmpadas acessas durante todo o turno de trabalho.
Isso não seria estranho, se a CBI não tivesse um gerador próprio que devia impedir essas coisas de acontecerem.
Jane se levantou e tentou ligar a televisão, sem sucesso. Queda geral de energia.
Os telefones, que não eram ligados à tomada, começaram a tocar sem parar. Os agentes do prédio todo ficaram confusos e, tropeçando nas mesas e cadeiras, corriam para dar conta de todos os chamados ao mesmo tempo. Hightower devia estar ficando louca em sua sala, à uma hora dessas.
Aliás, por falar na agente sênior, ela logo deu as caras.
- Parece que foi um blecaute na cidade toda. – olhou para Risgby – Mas ainda precisamos de gente na narcóticos. – ela frisou. – Não podemos parar.
Ele encolheu os ombros.
- Sim, claro.
- Não devia ter um gerador por aqui? – perguntou Lisbon.
- Devia. – ela respondeu. – Na verdade, há. Vou pedir pra verificarem por que não está funcionando.
Hightower saiu. Tão logo, Rigsby pegou sua máquina mais uma vez.
- Só a última foto e eu vou pra Narcóticos. – ele pediu.
- Está brincando? Não tem luz! – disse Lisbon.
- Ótimo, assim dá pra testar o flash. – ele sorriu, alegremente. – Vamos, Cho, Jane… - ele correu até eles, apressando-os – Venha, Grace!
Preguiçosamente, os quatro pararam em frente a uma estante, onde Rigsby colocou a máquina. Teve algum trabalho pra ajustar o flash e o timer, pois nunca tinha feito aquilo até então. Apertou alguns botões e calculou que estava correto. Correu pra se juntar ao grupo e deu seu maior sorriso.
A foto nunca aconteceu. Antes disso, os cinco, e todas as pessoas num raio de três quilômetros, simplesmente caíram no chão, desacordadas.
