Trailler: M.e.d.o.
As vezes a melhor opção... Não é mais indicada;
-Eu não sei... Mas se você quiser, Amor.. Tudo bem. -ele sorriu, e tocou o queixo dela levemente.
-Eu acho que morar na antiga casa de seus pais seria uma ótima idéia! -ela também sorriu. Não sabia que brevemente engoliria o sorriso, goela a baixo.
As vezes, não se sabe o que acontece; Apenas se sente.
-O que está acontecendo aqui? -sua voz estava fraca, não existia esperança nela.
Ela deu alguns passos para trás encostando na parede. Como que automaticamente seu corpo foi escorregando ao chão. Ela se encolheu mais. Só queria que aquilo parasse.
Como atingir, o que não se pode ver, deter ou parar?
-A-amor, você está aí? -ela empurrou a porta do banheiro, conseguindo ter uma imagem clara do local. Shikamaru estava parado de costas para ela, gotas de sangue escorrendo das mãos e sujando o piso. Ele olhava fixamente para o espelho. Ela deu um passo a frente.
-Amor, o que foi que acont...
Foi quando uma mão em seu ombro a fez parar, quase que paralisada. Ela reconheceria o toque de Shikamaru, até no inferno.
-Sakura, o que você está olhando? -a voz preocupada a fez tremer.
Ela se virou desesperada, encarando seu marido. Sua cabeça voltou para a pia. Não havia nada lá a não ser manchas vermelhas no piso.
Como escapar, se não se tem para onde fugir?
Ela corria desesperada escadas abaixo. Atrás de sí podia ouvir os pequenos passos, um de cada vez, com uma lentidão que a assustava. Que a fazia tremer. Ela levou a mão ao trinco da porta. Mas aporta estava trancada. Se virando pode ver que a criança descia lentamente os degraus. Ela a mirava com seu rosto sem olhos, e no segundo seguinte Sakura não viu mais nada. Ela havia desmaiado.
Mas tem horas que se você fugir... Você morre.
Ela se levantou da cama, os olhos fixos na porta. o relógio ao seu lado marcou 3h da manhã, e ela continuou encarando a porta aberta, dando vista para o corredor vazio. E por alguns segundos essa foi a única coisa que viu, até que no fundo do corredor ela pode distinguir aquele pequeno corpinho, que avançava lentamente para sua cama. A pequena criança estava molhada, e sujava o corredor de água enquanto se aproximava lentamente. Sakura fechou os olhos.
-Isso não é real. Isso não real. -repetia como se fosse uma mantra.
Então ela abriu os olhos. Não tinha nada ali, nem no corredor. ela respirou aliviada e se levantou para fechar a porta do quarto. Foi quando uma mãozinha pequena e gélida, agarrou seu tornozelo. Ela parou estática.
E se você ficar... Morre do mesmo jeito.
Sentindo o corpo congelar, Sakura se encaminhou ao banheiro. Shikamaru dormia ao seu lado, e não havia mais ninguém naquela casa. Mas seu chuveiro poderia simplesmente estar com defeito, e por isso ele tinha ligado sozinho. Mas se era simplesmente um defeito no chuveiro... porque ela tremia tanto?
Abriu a porta do banheiro, e respirou fundo. Foi quando escutou; alguém, mais precisamente uma criança pequena, cantarolava uma músiquinha daquelas que se aprende em creches. A voz infantil e gutural invadia o local. Ela avançou mais um passo em direção ao mesmo, seu coração quase saía pela boca. E quando ela estava a três passos dele, a músiquinha simplesmente parou. O chuveiro desligou. E, fazendo o coração dela parar, a cortina do chuveiro, foi simplesmente se abrindo. E uma garotinha de cerca de sete anos, saiu lentamente do box, pingando uma mistura de água e sangue pelo chão. Ela não tinha olhos, e era branca como neve. Era branca demais para uma pessoa normal. Seu cabelo era curto e negro, e ela estava molhada, a camisola branca de mangas compridas grudada no corpinho pequeno. Encarava Sakura com seu rosto sem olhos, e sorria de um modo assustador.
-Hora de dormir... Mamãe.
Sakura não tinha filhos. Shikamaru acordou, com o grito vindo do banheiro.
Então, tenha M.e.d.o; Porque a morte é iminente.
.-.
Rewies, onegai.
