Capitulo 1

"Desculpe-me"

Essa foi a ultima coisa que eu lembro dizer ante de sofrer um acidente de caminhão, não, eu não bati o caminhão, eu fui atropelado por uma carreta de caminhão enquanto andava na calçada perto de uma casa velha, no começo pensei que iria morrer, mas, aqui estou!

O problema é que não sei quem sou eu, apenas meu nome eu sei. Não sei onde estou, apenas consigo pensar... Pensar no que eu não sei. Isso é errado ou é certo? Um menino de 15 conseguir aguentar a uma carretada de caminhão. Não quero saber. Isso não me interessa mais.

Hã... Que estão fazendo em mim, colocando essas faixas em mim, isso coça de mais. Não quero estar aqui, quero ir pra casa, pra minha casa... Se eu tiver uma casa!

*QUEBRA NO TEMPO*

Ao meu redor eu conseguia ouvir algumas vozes, vozes de duas pessoas, uma era grave e a outra era fina e roca.

Doctor: Sim, ele me parece bem melhor agora!

?: Que bom!

Doctor: Só ha um problema, ele não se lembrará de muitas coisas.

?: Sério?! Tipo o que?

Doctor: Ele não conseguirá lembrar alguns nomes, algumas memórias e não vai sentir uns sentimentos. Mais com o tempo ele vai começar a lembra-los de volta.

? : Mais, será que ele se lembrará de mim?

Eu: Ah, qu... Quem está ai?

Doctor: Apenas eu e uma mulher. Não se preocupe.

Eu: Quem é ela?

?: Sou eu Gustavo! Você sabe quem eu sou, né? Me diga.

Eu: Desculpe-me, eu não sei quem é você.

Aquela mulher começou a ficar pálida e a cambalear pelo quarto do hospital.

?: Como assim não se lembra de mim? Como é possível? Deve ter algo errado.

Doctor: Senhora acalme-se.

?: NÃO, EU NÃO VOU ME ACALMAR!

Eu: O que está acontecendo?

?: Gustavo... Eu sou sua mãe... Como você pode esquecer-se de sua mãe? Que filho esquece de sua própria mãe!

Eu: E... E... Eu nã...

Doctor: Segurança segure essa mulher.

Os seguranças vieram rápidos e armados até os dentes, a mulher que esta se agitando pegou um bisturi e apontou para o Doctor,

?: Ou vocês cuidam disso ou eu MATO ELE!

Ela começa a alterar a sua voz contra os guardas, sem mais nem menos, ela pega aquele bisturi e lança em um dos guardas, atingindo seu ombro.

Doctor então pega um de seus instrumentos de médico e nocauteia-a com uma pancada na cabeça. A cabeça da moça começa a sangrar. Os seguranças levam ela para fora dá sala.

Eu: O que vão fazer com ela?

Doctor: Vamos mantê-la longe.

Eu: Longe de quem?

Doctor: Longe da sociedade.

Eu: E eu?

Doctor: Você vai para uma escola especial para seu tipo de caso. A famosa e que quase ninguém conhece, Colégio Petros Esperance. Você irá a passar a viver lá, dormir, estudar, fazer amigos, começar um nova vida e tentar melhorar-se dessa sua doença.

Daqui a alguns dias, começarei a morar na escola cujo Doctor falou, isso pode ser ruim para mim, já que não sei me virar no mundo. Bem, por enquanto, o Doctor disse que eu ia passar um tempo no hospital, já que as aulas começam em breve. Mal posso esperar para ver oque de chato me espera nessa escola, que posso chamar de cidade temporária.

Capitulo 2

São 7:10 da manhã, o ar está fraco, mais frio, isso me deixa confuso. Estou indo para a escola que o Doctor me recomendou, ele havia falado que era um lugar diferente do comum, tipo, com mais pessoas que têm o mesmo problema que eu. Isso me parece interessante, vendo pelo lado que todos lá já tiveram ou tem perda de memória.

Cheguei próximo ao portão da escola, onde havia um monte de pessoas desconhecidas conversando assuntos que não me importo muito. Quase entrando uma pessoa pula em minhas costas e me abraça por trás, com uma voz meiga diz:

?: Olá, posso te abraçar?

Eu: Não!

?: Por que?

Eu: Eu nem te conheço.

?: Então deixe eu me apresentar. Eu sou Melissa Scowth, a mais eu do mundo.

Eu: Como assim?

Melissa: Eu sou eu, e ninguém é mais eu que eu.

Eu: Ata

Melissa: Agora posso lhe abraçar?

Eu: Não me importo.

Ela me enrola com os seus braços macios e quentinho, sem eu perceber ela estava com sua boca perto de meu ouvido sussurrando:

Melissa: Te deixei excitado?

Eu fico vermelho em um piscar de olhos enquanto ela estava olhando para meu rosto com um sorriso meio fraco e esbelto.

Melissa: Brincadeira! Você caiu nessa né.

Eu fico chocado, sem palavras, apenas tentando entender o que aconteceu. Ela avança um pouco a frente de mim, se vira e me olha com uma cara de quem quer um pedaço de mim.

Melissa: Agora somos amigos né~

Ela pisca seu olho esquerdo e se vira em direção a escola. Eu fui atrás dela por motivos de não saber onde é a sala e querer ver qual era sua sala. O problema é que nem ela se lembrava onde era sua própria sala, dificultando nosso começo nessa escola nova.

Uma pessoa de cabelos grande e encaracolado, com uma tonalidade meio loira e meio castanha, pele macia e um pouco bronzeada, um corpinho violão que poderia deixar qualquer homem excitado.

Do nada conseguimos ouvir uma voz alta e aguda:

?: "Olá pessoal, eu sou o diretor, quero agradecer a todos que se inscreveram e que estão presentes aqui na escola nesse maravilhoso dia. Caso não saibam, a lugares onde vocês podem ver em qual classe vocês estão a partir de seus nomes. E…. Oq eu estou fazendo aqui mesmo? "

Após essa transmissão do diretor eu e Melissa fomos até um desses lugares e acabamos descobrindo que estamos na mesma classe, ela pula nas minhas costas e sussurrou novamente em meu ouvido:

Melissa: Estaremos mais tempo juntos agora.

Eu olho para ela e indico sim com a cabeça. Fomos eu e ela para nossa classe, era a turma 1-B, apenas pelo motivo de que cada turma tem um tipo de que amnésia, a minha é uma das mais normais mas chega a ser perigoso, por isso estou na classe 1-B, onde todos temos o mesmo problema, só muda o que perdeu e o que ocorreu para a perda.

Espero que essa escola possa ser boa.

1° Aula

A 1° Aula foi de matemática, e pelo visto, nem o professor entendia o conteúdo… Quase acabando o período, entrou uma professora em nossa sala, nem muito grande e nem muito pequena, ela olha para todos e fala que havia se esquecido que hoje começava as aulas.

2° Aula

Esse período foi estranho, foi de história, o professor tinha umas olheiras de monstro de filme de terror, e ele andava como se acabasse de sair dum caixote, ele nos falou que a história era algo importante, que ninguém gostaria de estudar. Incrível.

3° Aula

Foi anulado devido ao professor que passou mal, e não conseguiu vir a escola, e já que é uma escola grande não pode ter aula.

Então tínhamos um período e pouco para almoçar. Isso me deixa tranquilo o bastante para conseguir conversar com pessoas que tiveram ou têm o mesmo problema que eu. Eu estava indo falar com algumas garotas da minha sala que estavam socializando, mas a Melissa tinha que aparecer nesse momento.

Melissa: Hehe, agora podemos conhecer tudo um do outro.

As meninas olham para mim como se eu fosse um pervertido descarado, isso me perturbou um pouco, o que mais me perturba é essa menina que fica toda vez pulando nas minhas costas.

Eu: Por que você faz isso?

Melissa: Por motivos apenas meus.

Eu: Mais se eu estou envolvido, também sou meus.

Melissa: Bem… Eu não sei muito bem, mais algum dia eu te conto. Está bem?

Eu: Que seja.

Após isso tivemos mais 2 aulas, não preciso falar muito delas porque nem prestei atenção, fui até um lugar onde era conhecido como "Dormitório", não gostei muito dele, havia 2 camas e uma vista para o pátio da escola. Isso me incomoda um pouco.

Pensei em dormir, mas minha porta bateu, fui abri la e fiquei surpreso.