Autor: Fla Cane

Título: Silhouette

Sinopse: Tom era a silhueta, a sombra, e o molde.

Ship: Tom/Ginny

Classificação: T

Gênero: Angst

Spoilers: Não

Item: Silhueta

N.A.: Mais uma TG sem sentido. Feita para o Projeto Pandora, qual amo de paixão.

Agradecimentos ao meu chefe e ao atraso dos clientes, pois se eles tivessem entrado no escritório naquele dia, eu simplesmente não teria escrito essa fic. Valeu, galera.

Jeeh, vc é a melhor beta... amo-te.

Lucas, a capa nem está pronta, mas já amo. Valeu mesmo.

Para quem gosta, espero que comente.

Para quem não gosta pode apertar o X ou o botão VOLTAR.

Se vai se arriscar, valeu mesmo.


Silhouette

por Fla Cane

O molde perfeito para a morte. Quem já vira Tom parado com a capa rodando entorno de si, a luz batendo em seu corpo, sumindo como se ele fosse um enorme buraco negro, sugando tudo ao redor, sabia bem de que nada adiantaria fugir. Ginny era uma garota de quinze anos que era engolida aos poucos por Tom. Corpo, alma, vida. Era o molde que ela fugira alguns anos atrás, a perfeita silhueta da armadilha, um plano sinistro de sugá-la para dentro de seu buraco negro.

Ginny encostou as costas na parede fria de um dos corredores, estava escuro, a luz vinha da lua que entrava pela janela. A sombra mortal das grades que contavam os piores segredos, os segredos sujos e mortais. Silhuetas desenhavam-se ao lado dela, formas disformes e amaldiçoadas que se emparelhavam na parede. Os fios cobre caiam pelo seu rosto, alguns colando-se em sua testa molhada de suor. E o que provocava o suor, não só em sua face, – mas em todo seu corpo, escorrendo por suas costas, deixando suas mãos e pés frios – era a ansiedade. O desejo escondido e obscuro de ver a luz da lua se deformar e a silhueta se formar.

Aquela silhueta tão conhecida de Tom, o homem sem luz própria. E Ginny o beijava, oferecia seus lábios e sua língua, oferecia seu corpo e sua mente. O suor era salgado quando alcançava sua boca, mas o que importava era o modo como a corrompia. A forma poderosa e cruel da qual a usava e a beijava, como se forçava contra ela. Tudo se resumia aos cuidados que Ginny dava a própria visão de que a luz era sugada por Tom. Uma forma disforme de uma silhueta mortal e escura. Era o beijo, o suor e a falta de calor que faziam dos beijos a bela sucção para o buraco negro.

Tom era a forma da morte, a forma do beijo, da dor, do desespero. Ginny abriu os olhos e espalmou as mãos contra o ar. Era a silhueta da morte que a fitava do corredor. Ginny apenas olhava e esperava a mente criar a forma de Tom, e todos os seus aspectos. Inclusive o da morte.

Fim.


Comentem, sim?

Projeto Pandora, amando cada segundo.

Kiss