Ele entrou na boate e esperou que os olhos se acostumassem as luzes do lugar, foi ao balcão e pediu um drink ao barman. Enquanto esperava o que o drink ficasse pronto sentiu olhares vindo em sua direção. Sorriu, afinal, de qualquer jeito aquilo alimentava o seu ego.

...

Estava sentada em uma mesa afastada do balcão e da multidão que dançava freneticamente na pista, atraia olhares de inveja das mulheres e de cobiça dos homens mas não ligava pra eles, afinal, não havia um que a atraísse em especial. Então ela viu um loiro entrando na boate; porte atlético, rosto aristocrático, usava roupas pretas. Permitiu-se observar um pouco até que em um relance de memória o reconheceu.

-Malfoy- sussurrou pra si mesma. Sorriu, ia se divertir muito essa noite.

...

Fazia cerca de cinco minutos que estava sentado no balcão, tinha o drink em mãos e notava o sorriso de várias mulheres em sua direção, mas não as correspondia, afinal, aquelas mulheres eram até atraentes, mas não o suficiente para um Malfoy. Então ELA apareceu, o vermelho estava presente em toda ela: nos cabelos ondulados, nos lábios, o batom cor sangue, no vestido tubinho tomara que caia que ia até a metade das coxas, no salto escarlate... Tudo contrastando com a pele branca salpicada de sardas. Nunca o vermelho lhe parecera tão quente como naquele momento. Ela sentou-se ao seu lado, mas agiu como se ele não estivesse ali.

-Rick, um fogo ardente pra mim...

O barman sorriu.

-Claro, ruivinha!

Enquanto ela esperava a bebida sentiu os olhos de Malfoy percorrer todo o seu corpo, corou e isso foi notado pelo loiro.

O drink chegou, ela o levou aos lábios de um modo que sabia que Malfoy iria comentar.

...

Ele continuou a observá-la, não sabia por que, mas aquele rosto lhe era estranhamente familiar... Não... Ele jamais esqueceria uma mulher como ela. Quando a viu levar o drink escarlate aos lábios ele parou de respirar por alguns segundos, desejando ser a taça nos lábios dela.

-Parece gostar de vermelho.

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Ela pousou o drink no balcão e sorriu esse não é bem o tipo de cantada que uma mulher espera levar, pra falar a verdade nem cantada era. Mas o jeito displicente de quem comenta o tempo que ele usou deu até um certo charme a frase. Algo lhe dizia que ele era um ótimo jogador, e pelo esforço ela resolveu responder.

-Houve um tempo em que eu detestava.

-Não devia- retrucou o loiro – Ela lhe cai muito bem.

Ela levou o restante do drink aos lábios.

-prazer, sou Draco...

-... Malfoy –completou ela- conheço você

Ele a olhou surpreso.

-Você também me conhece – continuou ela – mais ou menos – completou, quando relances das brigas do colégio vieram a sua mente.

-Talvez se você me falar seu nome eu refresque a minha memória...

-Meu nome não importa, se eu me chamasse Lucia continuaria sendo eu, se eu me chamasse Roberta continuaria sendo eu...

- Então, mulher misteriosa, que tal dançar uma musica?

Ela sorriu, se levantou e foi junto ao loiro pra pista de dança, começaram a dançar ao ritmo da musica, corpos levemente colados, aquilo estava o deixando louco, o cheiro dela, o jeito que ela dançava e o olhava. Tudo! Percebeu que ela aproximou o rosto, fechou os olhos, já imaginando onde aparataria com ela durante o beijo.

...

A ruiva sorriu ao ver Malfoy tão entregue, mas não foram os lábios o seu objetivo, mas sim o ouvido.

-Pensei que quando falou ao seu amiguinho Zabini que nunca beijaria uma Weasley você estava falando sério...

Ao ouvir essa frase Malfoy abriu os olhos rapidamente, mas a única coisa que viu foi uma cascata de cabelos ruivos sumir no meio da multidão. Passou algum tempo parado no meio da pista processando o que acabara de acontecer. Quase beijara a Weasley fêmea, e o pior, já imaginava o que faria com ela quando a levasse para o seu quarto. Saiu da boate irritado, jurando nunca mais olhar qualquer ruiva a sua frente, mas de algum modo uma pequena parte sua queria entrar naquela maldita boate, achar a ruiva e a levar para seu quarto nem que fosse a força.

Gina chegou no seu apartamento e se jogo no sofá, estava certa, se divertira e muito a custa do Malfoy, mas de algum modo ficou imaginando como teria sido se o beijo tivesse acontecido.