Varinha de Sabugueiro, Azar o Ano Inteiro.
Prólogo – Querido Diário e blábláblá.
26 de Agosto, 15:20 horas.
Casa dos Shepperd, Meu quarto.
Hogwarts: Cinco dias e contando.
Geralmente quando meninas começam diários elas escrevem um pouco sobre sua vida. Eu acho. Vamos começar, então:
Mary Alice Shepperd, 15 anos. Bruxa filha de pais trouxas. Herdou seus poderes de seu avô paterno, o único bruxo da família. Começando a cursar o quinto ano da Escola de Magia e Bruxaria de Hogwarts. Pertence á Grifinória. Dois amigos, Elaine Harrison e James Potter . Uma gata, Kitty. Olhos castanhos, cabelos ruivos amarronzados e pele branca como mármore. Baixinha e de peso variável, depende se está de TPM e o quanto de chocolate tem a sua volta. Impopular e vai mal em quase todas as matérias, incluindo Defesa Contra as Artes das Trevas (nunca mencione os acontecimentos do terceiro ano perto do professor, ou ele vai começar á chorar. É sério.)
Elaine é minha melhor amiga desde o primeiro ano. Ela me ajudou nas compras de material quando nos conhecemos no Beco Diagonal. Seus cabelos pretos vão até a metade de suas costas e seus olhos azuis fazem contraste com sua pele bronzeada.
No nosso primeiro ano, todos queriam ser amigos de James Potter, o menino alto de cabelos e olhos castanhos e de pele bronzeada que era filho do auror mais famoso do Reino Unido e da ex-jogadora de quadribol. E nós ficamos amigas dele depois de salva-lo de um livro peludo com dentes na Sessão Misteriosa da Floreios & Borrões.
Minhas aulas começam dia 1º de Setembro, e mal vejo á hora de dizer adeus novamente para os meus pais super-protetores e minha irmãzinha psicopata. Mas claro, mal posso esperar para começar a conversar por cartas com o meu avô. Esse é o nosso ritual de Hogwarts, ele me conta suas experiências lá e eu tento tirar proveito disso (não que funcione, geralmente eu me dou mal. Mas é legal ter essa conexão com ele.
Falando no meu avô, ele foi o único que me deu um presente de volta as aulas. Se é que eu posso chamar isso de presente. A idéia dele de presente é, digamos, bem ruim. Quem quer um livro em branco de presente? Pelo jeito, eu. Mas o que fazer com ele? Anotar feitiços ou ingredientes de poções? Nã-ão. Eu tenho que começar a reclamar da minha vida. Eu não deveria ter aberto esse livro, eu sabia que ia ter vontade de escrever reclamações.
Meu apelido na escola antiga era Mary, a Rancorosa. Digo, até eu começar a inflar os menininhos que diziam isso na minha frente. Mas eu juro que era sem querer!
Por que eu jurei isso para um diário?
Minha gata está morrendo de fome porque ela se recusa a comer a ração que minha mãe comprou. Bem, que morra, eu só vou ao Beco Diagonal depois de amanhã.
Kitty ronronou para mim enquanto eu escrevia essas palavras. Eu retiro o que disse.
