Noturnos


Disclaimer: Supernatural, assim como seus personagens, não me pertencem. Sou apenas uma fã. Essa história não possui fins lucrativos.

Sinopse: Sam e Dean acordam numa manhã e tem a impressão de que algo muito estranho aconteceu na noite anterior, eles só não conseguem lembrar o que. WINCEST

Beta: Não possuo. (T.T) Todos os erros são meus, com registro em cartório. XD


Avisos: 1. Atenção, essa fic é slash, ou seja, relação homossexual masculina, além disso, é wincest (incesto). Se você não gosta, não leia. Se gosta, sinta-se a vontade para ler e comentar.

2. contém lemon, isto é, relação sexual entre homens, se vc é menor de 18 anos, é aconselhável que não leia, mas isso quem decide é você.


Capítulo 1: Sem lembranças.


Era de manhã, não muito cedo, quando Sam abriu os olhos lentamente e sentiu-se um pouco incomodado pela claridade. Encarou o teto e reconheceu o quarto de hotel. Lembrou-se de terem parado ali ontem à noite, depois de resolverem mais um caso. Coisa meio complicada, uma espécie de feiticeira muito antiga que encantava as pessoas e as fazia agir de forma inesperada, por impulso. Não se lembrava de terem enfrentado algo assim antes. Mas no fim deu tudo certo, e a "bruxa" acabou morta. Mas, com certeza, também estavam exaustos. Pararam, como sempre, no primeiro hotel que avistaram, sem ao menos se importarem em ter de ficar numa suíte, pois era o último quarto vago do lugar. O local era até bem movimentado.

Lembrou-se de que dividia uma cama de casal com Dean. Não que isso importasse, pelo menos não por uma noite e eles estando tão cansados como estavam. Podia sentir o calor do corpo do irmão próximo ao seu. Próximo até demais, Sam diria.

Olhou para o lado e percebeu Dean ainda dormindo. Tudo bem. Mas desde quando Dean dormia sem camisa? Desde quando ele dormia sem camisa? Porque Sam percebeu que estava nu da cintura para cima. Passou a mão na barriga e desceu mais um pouco, chegando à estranha conclusão de que estava completamente nu. Sim, completamente. Tentou puxar pela memória e lembrar o que tinha acontecido ontem à noite. Não conseguia. Será que eles haviam bebido? Não, não cansados como estavam, só lembrava-se de entrar no quarto e ir direto para o chuveiro e... Nada mais. Não se lembrava de mais nada. Nem de como viera parar na cama e muito menos de como acabou dormindo pelado ao lado do irmão.

"Dean? Espera aí..." Pensou o moreno. Virou-se um pouco, ficando com o peito quase colado nas costas nuas do mais velho, que ainda dormia profundamente ao seu lado. Levantou um pouco o lençol e pôde constatar que seu irmão também não vestia nada. Nada mesmo, nem uma cueca. O que diabos está acontecendo afinal? Por que ele e Dean haviam dormido nus na mesma cama? E por que ele não conseguia se lembrar de nada que aconteceu ontem à noite?

Levantou-se meio de súbito e seu movimento fez Dean se mexer na cama. Sam ficou de pé ao mesmo tempo em que Dean despertava, tão atordoado quanto o mais novo.

Dean abriu os olhos melhor e a primeira visão que teve foi a do traseiro pelado do seu irmão, que se abaixava rápido para pegar uma boxer jogada perto da cama, que ele inclusive tinha a leve impressão de que era dele. Já ia perguntar o que Sam estava fazendo quando notou que o outro não era o único totalmente despido ali. Dean imediatamente puxou o lençol um pouco mais para cima, e quando voltou a olhar o irmão, Sam o encarava com uma expressão de pura confusão e desespero.

"Não fala nada, Dean." Disse o mais novo e se encaminhou para o banheiro. Com passos mais lentos do que de costume, mas Dean não notou isso. O loiro abriu a boca para falar alguma coisa, mas a fechou na mesma hora, vendo que sequer sabia o que dizer.

Dentro do banheiro, Sam apoiou as mãos na pia e olhou-se no espelho.

"Meu Deus, o que está acontecendo?" disse num sussurro, encarando o próprio reflexo.

Suas pernas estavam fraquejando, sentia como se fosse desabar a qualquer minuto. Não fazia ideia do que tinha acontecido entre ele e Dean, mas também não podia parar de pensar que eles talvez... Talvez tivessem feito coisas que dois irmãos não deveriam fazer. Não um com o outro. Não sabia de onde vinham esses pensamento (além do fato de os dois terem acordado pelados na mesma cama), mas ninguém o convenceria do contrário agora.

Lavou o rosto, respirou fundo, tentou por seus pensamentos em ordem. Tinha que sair daquele banheiro e Dean provavelmente estaria esperando do lado de fora. Não fazia ideia do que dizer. Não fazia ideia do que tinha acontecido. Será que Dean lembrava? Só tinha um jeito de descobrir. Enrolou uma toalha na cintura e saiu.

Sam abriu a porta do banheiro e deu de cara com Dean, vestindo somente suas calças, sentado na cama com o rosto apoiado entre as mãos. Quando o loiro ouviu a porta do banheiro sendo aberta, levantou os olhos para encarar o irmão. Sua expressão era indecifrável.

"Dean, olha, eu... Nós..." Definitivamente não sabia o que dizer. Mas também não importava, já que foi bruscamente cortado pelo irmão.

"Sam, por favor. Pelo amor de Deus, me diz por que o meu traseiro está doendo?" O mais velho disse bem devagar, palavra por palavra. Não queria repetir aquilo novamente jamais.

Sam engoliu seco. Aproximou-se e sentou na cama, ao lado de Dean. Ficaram calados por mais alguns segundos, até que Sam quebrou o silêncio.

"Você se lembra de alguma coisa?" Não olhou o irmão nos olhos.

"Não, Sam, eu não me lembro de nada. E você?" Perguntou, virando-se para o mais novo.

"Também não." Mais alguns segundos de silêncio.

"O que você acha que..." Tentou perguntar Dean.

"Eu não sei."

Silêncio quase constrangedor.

"Você acha que nós..." Disse o loiro.

"Eu. Não. Sei." Interrompeu Sam, falando pausadamente.

Sam então virou o corpo totalmente para o irmão.

"Olha, isso está muito esquisito, Dean. Nós simplesmente acordamos nus na cama sem nos lembrarmos de nada de ontem à noite. Tem alguma coisa errada ai." Disse Sam, tentando parecer o mais decidido possível. "Alguma coisa muito errada. E nós temos que descobrir o que é."

Mas Dean não respondeu, Dean sequer olhou Sam nós olhos. O loiro tinha a cabeça baixa, encarando o chão. Sam ia começar a discutir com o irmão quando entendeu o que estava acontecendo.

"Dean." Chamou, sem obter resposta.

"Dean!" Cutucou o mais velho que teve que olhar para ele de volta. "O meu traseiro também está doendo, se é isso que você quer saber. Eu quase não consegui chegar até o banheiro."

Dean então soltou um suspiro aliviado, jogando a cabeça um pouco para trás.

"Graças a todos os deuses, Sammy!"

-S&D-

Depois de se vestirem e decidirem esperar mais um pouco e ver se mais alguma coisa estranha aconteceria com eles para buscarem por alguma explicação sobrenatural, Sam e Dean saíram do quarto em direção à recepção do hotel. Queriam deixar logo aquela cidade. Queriam esquecer o que tinha acontecido. Aliás, esquecido eles já tinham, queriam mesmo era não lembrar, ignorar isso, fingir que nunca havia acontecido.

No caminho até a recepção, deram de cara com um casal que também estava hospedado no hotel. No quarto ao lado do deles, mais exatamente. Sabiam disso porque o casal pegou o penúltimo quarto vago, eles haviam chegado apenas um pouco antes dos irmãos e os quatro haviam se encontrado na recepção.

Eles deram sorrisos largos para Sam e Dean, embora a mulher tenha corado um pouco. Os irmãos foram simpáticos também, sem notar o real motivo dos sorrisos dos outros dois.

Resolveram tudo na recepção e foram em direção ao Impala. Sam parou encostado à porta do carro enquanto Dean guardava as coisas no porta-malas. O casal voltou a passar por eles e sorrir, mas dessa vez o homem fez um comentário.

"Noite animada, ein? Nós quase não conseguimos dormir." E sorriu insinuante para os irmãos. Sam corou, Dean teve vontade de socar o homem até arrancar aquele sorrisinho da cara dele. Mas os dois somente entraram no carro e seguiram adiante, sem saber ao certo para onde, como sempre faziam. Só queriam voltar à normalidade. Embora os padrões de normalidade dos Winchester nunca tenham sido, de fato, normais.

Dirigiram por um longo tempo até pararem numa cidadezinha e se hospedarem em mais um hotel.

Dean ligou para Bobby e, é claro, não comentou nada sobre o ocorrido com o homem. Só queria saber se Bobby tinha algum caso novo para eles. O homem disse que ainda não sabia de nada, mas que avisaria assim que alguma coisa acontecesse.

Bobby também disse que os irmãos deveriam aproveitar o tempo livre para descansarem. Tinham tido dias muito estressantes, precisavam de uma folga. "Você nem imagina o quanto" pensou Dean, mas apenas concordou com Bobby.

Voltou para o hotel onde eles já haviam se acomodado e onde, graças aos deuses, havia duas camas, e tentou relaxar um pouco. Mas a tensão entre ele e Sam era muito forte, o clima entre os irmãos estava bastante estranho.

Cumpriram a rotina de sempre, tomar um banho, comer alguma coisa e tentar relaxar. Embora tudo fosse bem mais silencioso agora. Evitaram ao máximo se encararem, e decerto nenhum dos dois saberia explicar exatamente aquela situação, mas as coisas que possivelmente aconteceram entre eles ainda estavam ali, vivas, e por mais que eles não tivessem nenhuma lembrança do que de fato eles haviam feito naquela noite, a sensação era de que aquilo definitivamente não havia acabado.

Depois de um tempo, Dean resolveu que não adiantava nada ficar remoendo o passado, que ele nem sabia ao certo qual era, e decidiu ir dormir.

"Eu já vou me deitar, Sammy." Disse para o irmão.

"Eu vou ficar aqui um pouco mais." Sam abriu o laptop. "Boa noite, Dean." Disse ainda sem encarar o mais velho.

"Boa noite, Sammy."

-S&D-

No dia seguinte, Sam despertou e a primeira coisa que notou foi que estava em sua cama. Vestido. Olhou para o lado e viu que Dean ainda dormia na própria cama. Também estava com suas roupas. Um alívio profundo tomou conta do rapaz. Talvez tudo não tenha passado de um sonho, afinal. Mas Dean teria tido o mesmo sonho? Melhor parar de pensar nisso.

Levantou-se e seguiu para o banheiro. Dean nem se mexeu na cama. Tomou seu banho, se vestiu e quando saiu encontrou Dean já de pé, procurando alguma coisa dentro da mochila.

Os dois se encararam por alguns segundos, sem dizer nada. Sam foi o primeiro a baixar os olhos.

"Bom dia." Disse o homem mais novo.

"Bom dia. Tudo normal hoje, não?" Respondeu Dean, ainda encarando o irmão.

Sam apenas deu um sorriso amarelo. Ficaram sérios novamente.

"Eu vou buscar alguma coisa pra gente comer enquanto você toma banho." Disse o moreno por fim, e Dean apenas concordou com a cabeça. Sam saiu do quarto e o irmão entrou no banheiro.

O dia se passou normalmente. Os dois não tinham praticamente nada para fazer, sem nenhum caso em vista ainda. Mas estavam longe de reclamar disso. Pelo menos por enquanto.

De tardinha eles saíram, resolveram jantar mais cedo, tinha um "restaurante" próximo ao hotel. A comida não era nenhum manjar dos deuses, mas também não era de todo mal. Voltaram para o hotel assim que terminaram.

Quando entraram no quarto novamente, Dean tentou achar alguma coisa na velha TV que havia no quarto, e Sam entrou no banheiro para tomar um banho.

Sam tirou suas roupas e entrou embaixo d'água. Deixou-a correr por seu corpo, sentindo cada gota escorrendo por seu peito e suas costas. Por mais que tentasse agir como se estivesse tudo normal, como se nada tivesse acontecido, como se nada houvesse mudado, aquela maldita noite não lhe saia da cabeça. E o pior era que nem sabia o que havia acontecido, isso era o mais angustiante, porque sua imaginação trabalhava de um jeito que o deixava até constrangido. Como podia ao menos passar pela sua cabeça que tivesse feito esse tipo de coisas com o próprio irmão? Tudo bem que o fato de terem acordado nus na mesma cama e com uma dor incômoda no traseiro ajudava a chegar a essa conclusão, mas não devia ficar imaginando detalhes.

Do lado de fora do banheiro, Dean passava os canais incessantemente, sem de fato prestar atenção à programação da TV. Seus pensamentos estavam longe, duas noites distantes, mais especificamente. Por que diabos não conseguia lembrar-se daquela noite? Nem em suas piores ressacas ele havia esquecido completamente uma noitada. Sempre restavam pequenos flashes, imagens do que havia feito. Mas não dessa vez. Só o que havia era um branco, um vazio em sua memória. Não fazia ideia do que ele e Sam haviam feito, embora os indícios indicassem para uma direção... Mas não, não podia acreditar que ele e o irmão haviam... não, por Deus.

Nem notaram o tempo passando, e que já anoitecia lá fora. Mas não iriam a lugar algum naquela noite mesmo. Dean olhou o relógio e viu que ele marcava quase 6h30min. Notou também que começava a sentir-se um pouco estranho. Sentia-se sufocado, uma ânsia leve, mas que ia crescendo aos poucos. Onde estava Sam? No banheiro, Dean, ele está no banho, lembrou-se o loiro. Mas isso não era suficiente. Precisava ver Sam, e precisava disso agora. Caminhou lentamente pelo quarto e parou de frente para a porta do banheiro.

Sam continuava embaixo do chuveiro, achando que já tinha esquecido o mistério que rondava aquela noite, quando de repente a imagem do irmão voltou a assaltar-lhe os pensamentos. Sentiu um desejo tão profundo de ver Dean, de estar perto dele, fisicamente perto, que só a certeza de que o irmão estava logo ali, no quarto assistindo à TV, já não era mais suficiente. Fechou o chuveiro e enrolou-se numa toalha rapidamente, saindo apressado de dentro do box. A urgência era tamanha que quase saltou para agarrar a maçaneta da porta, abrindo-a desajeitadamente só para dar de cara com Dean parado em frente ao banheiro, com os punhos em riste, preparando-se para bater na porta.

Encararam-se por uma fração de segundos, ambos com os olhos escurecidos por um desejo repentino e violento, e então Sam já estava dentro do banheiro novamente, prensado entre uma parede e Dean, que atacava a boca do mais novo desesperadamente, sendo correspondido em igual proporção.

-S&D-

Continua...


N/A: Olá, queridos leitores, inicio hoje mais uma fic, wincest, que já planejava escrever há bastante tempo, mas que ainda não tinha conseguido passar pro computador. Mas como os lapsos de inspiração vão e vem sem o menor aviso, pelo menos no meu caso, agora eu finalmente consegui escrever esse primeiro capítulo. E o meu problema realmente é começar, depois disso a inspiração vem mais fácil.

É claro que reviews também ajudam, e muito!!

Um grande beijo a todos que chegaram até aqui e eu preciso saber o que vocês acharam deste primeiro capítulo. Entretanto, só atualizarei a fic em no máximo, duas semanas, pois estou terminando uma Padackles chamada Tempo de Amar, que no momento é minha prioridade. Talvez poste antes, depende de vocês!! ;)

Bjinhos e até o próximo capítulo!!

*___* Reviews, please!

Bjos a todos! :***