Olá povo! Como vão? Espero que gostem dessa fic! Eu não sei quando que vou conseguir terminar ela, mas o início está aí! É um romance que envolve alguns cavaleiros de ouro, só não vou dizer quais porque senão quebro o clima de mistério do inicio... hehehe. Mas espero que gostem! Queimei muitos neurônios para escrever! Boa leitura!

Essa fic possui yaoi e lemon... Se esses tipos de leituras não te agradam, peço que não venha brigar comigo dizendo que não avisei.

OBS: Saint Seiya não me pertence. Escrevo esse texto sem objetivos lucrativos.

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Um conto para três

Parte 1 – O que ama

Estava em sua Casa Zodiacal, sozinho. Algumas Casas acima, estava ele. Ele. Não sabia se estava sozinho também. Talvez estivesse. A vontade de ir até lá apenas para averiguar se suas suposições eram verdadeiras eram imensas. Mas não podia fazer isso. Já era muito tarde, todos tiveram um dia de treino muito exaustivo, ele deveria estar descansando.

Ou talvez devesse estar pensando em alguém. "Em mim, tomara."-pensou. Olhou para cima e focalizou as estrelas. Estavam muito lindas naquela noite, mas havia uma constelação que estava apagada, fraca, hesitante...

- Triste. Assim como eu. – E levantou-se da escadaria, indo ao interior de sua Casa.

Foi tentar dormir. Mas os olhos nem ao menos conseguiam ficar fechados. Estavam inchados, intumescidos de tanto chorar. Estava quente; lá fora não, mas o quarto sim, ah, se estava. Quente de sonhos, de esperança de trazer aquele ser tão belo, com beleza tão divina até ali, em sua cama, para provar-lhe o quanto o ama, o quanto o quer por perto, para sempre, para nunca mais, para hoje, melhor, para ontem. Suspiro. É, o sono não virá tão cedo quanto queria.

Senta no meio da enorme cama de casal, virado para a janela, por onde entrava um vento frio. E começa a lembrar-se de cenas, tantas elas, que o deixaram confuso. Seu amado presente em todas, obviamente. Eram tantas que somente conseguia prestar atenção em algumas, como aquele dia, depois de um treino no qual Milo havia jogado todos na lama, estavam tomando banho no vestiário do "Coliseu". Tão belo, desfilou de toalha (dobrada ao meio, deixando boa parte de suas coxas à mostra) por entre os cavaleiros, acenando, brincando. Rebolou para Kamus, que ficou totalmente sem graça. Piscou para Aioria, que mandou um beijo em resposta. Lambeu os lábios quando viu Máscara da Morte. E quando o viu... Sorriu.

Aquele sorriso doce, os olhos hipnotizantes. Que tortura, que tortura era olhar para aquele ser tão tentador e não poder ir até ele e abraçá-lo. Mas abraçá-lo com todo o amor que alguém poderia oferecer, com toda a dedicação que está disposto a dedicar-lhe.

- Ah! Vem pra mim Afrodite... – Solta num murmúrio sincero e solitário.

Parou por um instante e perguntou-se desde quando está tão apaixonado deste modo? Sempre fora reconhecido como grande conquistador, juntamente a Saga e Aioria. Possuía legiões de mulheres à sua espera, na esperança de receberem um olhar seu que seja. E, súbito encontrava-se deprimido e chorando.

Levantou-se e acendeu a luz do quarto. Foi até o banheiro e mirou-se no espelho. O que o androginamente lindo Cavaleiro de Ouro de Peixes acharia daquele corpo refletido? Não era tão feio. Como sempre fora a favor das lutas corporais e do uso da força, e não somente da técnica, sempre cultivou seus músculos com grande dedicação.

Olhou para seu braço, no qual se encontrava a Excalibur. E se, em algum momento, machucasse sem querer seu amor? E se seu braço indesejadamente cortasse aquela pele branca, macia, cuidada, perfumada, única? Não, não teria como acontecer. Amava tanto, mesmo que a distância, aquele homem que em momento nenhum o machucaria.

E vestido daquele modo mesmo, usando apenas uma túnica verde clara, saiu do quarto, caminhou pelos pilares de sua casa, saiu. Mas não pela entrada. Mas pela saída, que levava à Casa de Aquário. Olhou para cima, a constelação de Capricórnio estava tão obscurecida quanto antes.

Olhou em direção à Casa de Peixes. Viu uma pessoa saindo de lá. Ficou curioso. Para não ser visto, Shura escondeu-se em uma sombra, ao lado da grande porta. Ficou observando.

Mil pensamentos vieram a sua cabeça naquele instante. Seria um amante de pisciano? Mas, era tão tarde! Será que estariam... Se divertindo... Até aquele horário? Mais lágrimas vieram aos seus olhos.

Viu o vulto entrar em Aquário. Logo estaria passando pela sua. Ou não? Seria, aquele, Kamus? Seria o Cavaleiro de Gelo quem compartilha das noites com Afrodite? A aflição e a ansiedade tomavam conta de seu ser. E a pessoa não saía.

Até que ouviu passos. E cada segundo tornava-se mais alto o som produzido por aqueles sapatos. Sentia que o outro (poderia ser outra?) se aproximava, e não conseguia nem respirar. O coração acelerou.

Instintivamente o braço da espada enrijeceu-se e preparou-se para atacar. Atacar? Olhou para o braço. Seria capaz? Afrodite não era seu para intrometer-se em sua vida.

O vulto negro já podia ser visto. Tinha uma capa escura cobrindo sua cabeça. Estava devagar. Shura afastava-se cada vez mais da porta para não ser percebido pela pessoa que vinha.

Foi aí que o outro desceu as escadas que dividem Aquário e Capricórnio. Este sentiu a presença do capricorniano e disse:

- Shura? O que faz aqui fora uma hora dessas?

Mas o Cavaleiro da 10ª Casa não conseguia responder. Sua boca não se movia. Seus olhos viam, mas a cabeça e o coração não conseguiam acreditar. Até que, enfim, saiu algo:

- Boa noite, Máscara da Morte.

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Bom... Esse é o primeiro capítulo... Está curto, eu sei, mas é preciso, vocês vão entender porque tive de parar neste momento, mas só mais pra frente. Mas para vocês verem que não sou tão ruim, estou postando o segundo capítulo também! Leiam ele e depois me mandem reviews! Ou me mandem um e-mail! kyra – chan (arroba) bol . com . br