A Verdadeira Face

Olá! Eu sei, eu sei... eu prometi que não iria escrever nenhum fic antes de terminar de escrever "Vidas que se cruzam" e "Quando o futuro e o presente se encontram", mas eu não resisti!!!! :) Espero sinceramente que gostem. Aqui está a minha criação. Mas tenho que deixar bem claro, quem está aqui apenas para ler "ai, Syaoran, eu te amo, não vivo sem você" ou "Sakura, você é a luz da minha vida" e beijo pra cá e pra lá, sem nenhum fundamento, está perdendo seu tempo! Fiz essa história pensando justamente nas pessoas que estão cansadas de sempre o mesmo "fanfic de sempre". Espero poder corresponder as minhas e as expectativas de todaos. Aproveitem :)


Disclaimer: Card Captor Sakura não me pertence, sou uma humilde aspirante a escritora, e apenas esta estória me pertence. O resto é tudo da CLAMP.

OBS.: A captura das cartas não aconteceu como no anime nem como no mangá. Syaoran nunca foi para o Japão. A pessoa que capturou as cartas fez isso sozinha. Universo Alternativo, digo, não leve em consideração os fatos históricos nas determinadas datas.

Mais uma coisa:

" " – pensamento

( ) – atos

' ' – fala


Capítulo1: O treinamento

Século 20, ano de 1.917.

Nas poderosas montanhas da cordilheira Taihangshan, um ponto se movia com certa dificuldade. Era um rapaz, cabelos castanhos rebeldes, um tanto quanto forte para sua idade, aparentava uns 16 anos. A montanha estava lisa devido à chuva, na verdade à tempestade, que castigava seu corpo, mas ele não parecia querer desistir.

Jovem: "Falta pouco".

Depois de mais ou menos uma hora finalmente parou, era um local plano, uma depressão na montanha. Respirava com certa dificuldade, seu corpo estava cheio de arranhões e sangue seco estava grudado em suas roupas.

Jovem (com raiva): 'Droga... Achei que chegar lá seria mais fácil'.

Mal parou e já voltou a escalar, procurava um local para por sua mão quando a pedra onde estava seu pé direito se quebrou. Agora estava pendurado apenas por uma mão, olhou para baixo, mais de 500 metros de queda livre, voltou a olhar para cima e encontrou apoio para sua outra mão, mas seus pés ainda balançavam. O vento fazia pressão sobre a montanha e o rapaz era jogado contra ela com certa força, outros machucados surgiram por seu corpo. Com determinação e um pouco de sorte encontrou local para colocar seu pé, suspirou aliviado e continuou a subida.


O local era calmo, arejado e um tanto quanto vazio. Um homem de idade avançada estava sentado em posição de Buda em frente a um lago na extremidade norte do templo que se encontrava ali. Tinha cabelos negros compridos, preso na nuca, em uma trança e vestia um kimono velho, mantinha os olhos fechados. Nesse mesmo instante um rapaz chegava ao lugar com alguma dificuldade, mancava um pouco.

Jovem: 'Velho, este é o templo Hong Kung?'

Velho: '...'

Jovem (impaciente): 'Velho, eu tô falando com você!'

Velho (sem abrir os olhos): 'Sim, jovem senhor. Este é o templo Hong Kung. O que fazes aqui?'

Jovem (com desdém): 'Não interessa.'

O rapaz caminhou até o templo e mal chegou já foi gritando por alguém.

Jovem: 'Ei! Tem alguém aqui?! Eu quero falar com o mestre deste templo!'

Silêncio.

Voz: 'Não faça tanto barulho rapaz, este é um lugar sagrado, não há mais ninguém aqui.'

O senhor que estava a meditar se aproximou calmamente do rapaz. Este, ao ver que não havia outras pessoas no local, finalmente sentiu a ficha cair e suas faces ficaram coradas, abaixou a cabeça.

Jovem: 'Perdoe-me, senhor. Não sabia que eras o mestre deste templo.'

Velho (sem emoção): 'O que queres aqui?'

Jovem (cabeça ainda baixa): 'Vim em busca de aperfeiçoamento.'

Velho (disse se retirando): 'Não ensino mais. Vá embora.'

Jovem (correndo até o velho): 'Ei, senhor! Espere!'

Velho: 'Já não disse para ires embora?'

Jovem (um pouco irritado): 'Eu não vou até o senhor me ensinar o que sabes.'

Velho (com desdém): 'Faça o que quiser.'

E o homem ia se retirando, o rapaz seguiu ele. O jovem não o deixou em paz durante todo o dia, o velho ia se lavar, o rapaz estava atrás, ele ia meditar, o rapaz estava junto, mas já estava perdendo a paciência com o ancião. Tentava puxar assunto, mas o velho mal respondia. Retornaram para o templo, já era tarde da noite e o rapaz estava cansado, não comia desde a manhã, quando seus mantimentos acabaram. Sentou-se ao pé do templo, usava as mesmas roupas de quando chegou no começo da manhã, o sangue e os machucados já não o incomodavam mais.

O velho saiu do quarto onde estava para a varanda, trazia uma bandeja com chá e bolinhos, colocou de um lado, próximo ao garoto e sentou-se do outro. O rapaz olhou interrogativo e o senhor mexeu a cabeça em direção a bandeja em sinal que era para ele, o jovem começou a comer, o velho ficou em silêncio. Logo eram os dois calados.

Jovem (repentinamente): 'Por que o senhor não quer me ensinar?'

Velho: 'Aposentei-me.'

Jovem: 'Por quê?'

Velho: 'Não interessa.'

Jovem: 'Posso pelo menos saber seu nome?'

Velho: 'Não.'

Jovem: 'Por quê?'

Velho: 'Não interessa.'

O jovem sentiu as faces esquentarem em raiva, tudo bem que o velho era um sábio, mas isso não tinha cabimento. Parou de encarar o ancião e indagou internamente se fez bem em ir até ali. Sua mãe havia-lhe dito que, se queria aprender realmente, deveria ir atrás do melhor, mas imaginara se ela não se enganara. O velho não parecia estar muito atento com o que acontecia a sua volta, não era magro, mas não parecia ser forte e estava quase dormindo. O jovem resolveu puxar assunto, não era seu costume, mas encontrara alguém páreo para a posição de calado.

Jovem: 'Meu nome é Xiao Lang e serei seu futuro aprendiz.'

O velho que estava emburrado até agora começou a rir de olhos ainda fechados. Xiao Lang ficou sem entender e piscou os olhos várias vezes sem se pronunciar, o velho abriu os olhos e voltou-se para o rapaz confuso.

Velho (rindo um pouco): 'E o que o faz pensar que irei ensinar alguma coisa para qualquer um?'

Xiao Lang: 'Não sei, só sei que subi estas montanhas em busca de aperfeiçoamento e não pretendo ir embora enquanto não o tiver.'

Velho (parando de rir): 'Destemido, mas precipitado, isso é um problema para um guerreiro, rapaz.'

Xiao Lang: '...'

Velho (sorrindo de lado): 'Está melhorando.'

Xiao Lang (mais calmo): 'Por que o senhor não quer me ensinar?'

Velho: 'Porque não sei se tu mereces saber o que tenho a ensinar.'

Xiao Lang: 'Se não tentar não vai saber.' O velho sorriu.

Velho: 'Muito bom, jovem Xiao Lang. Por que queres aprender?'

Xiao Lang: '...'

Velho (olhando para o jovem): 'Não sabes por quê? Surpreende-me, rapaz.'

Xiao Lang: 'Os anciões da minha família querem que, por ser o futuro patriarca da família, eu seja forte. Mas...' ficou em silêncio meditando um pouco 'Eu sinto que... Eu tenho um propósito maior.' O ancião sorriu de novo.

Velho: 'Muito bem, Xiao Lang, acho que és digno de aprender. Serei seu novo mestre, chame-me Mestre Lan.' E ficou silencioso novamente, Xiao Lang não se pronunciou com medo do senhor falar de um "porém". 'És apenas aprendiz de guerreiro?'

Xiao Lang: 'Não. De feiticeiro também.' O senhor pareceu se surpreender um pouco, mas não demonstrou, e Xiao Lang não reparou. Ficou em silêncio por alguns instantes.

Velho: 'Venha, irei começar seu treinamento.' Xiao Lang se surpreendeu, já era tarde, mas o velho não pareceu se importar com isso. Xiao Lang olhou-o melhor e percebeu que tirara conclusões precipitadas, realmente. O velho que estava ao seu lado até poucos minutos se revelava um grande guerreiro, apenas estava a ocultar seu poder.


Fazia uma semana que Xiao Lang estava naquele lugar. Estava praticando alguns golpes antes de seu mestre vir ensiná-lo. Ao lembrar disso, o rapaz percebia que o treino estava sendo mais difícil do que imaginara.

# # #FLASHBACK# # #

Mestre Lan: 'Não está fazendo direito, Xiao Lang! Mantenha o bastão alto, pernas curvadas, tronco ereto... Está errado!' E bateu com uma grande vara de bambu na cabeça do rapaz que quase caiu dos tocos de madeira onde estava se equilibrando. Sua cabeça começou a latejar devido a pancada. 'Não irá descansar enquanto não fazer corretamente.'

Xiao Lang (irritado): 'Sim, senhor.' E tentava novamente.

Duas horas depois Xiao Lang voltava para o templo, com a cabeça sangrando e a perna machucada, pois caíra depois de uma batida mais forte na cabeça. O senhor não demonstrava pena nenhuma.

# # #FIM DO FLASHBACK# # #

Apesar de demonstrar ser um mestre rígido, Xiao Lang sabia que ele não era um "monstro terrível". Do mesmo modo que o velho brigava com ele, vezes eram as que Xiao Lang explodia e gritava com ele também. Começava uma verdadeira guerra oral entre eles, normalmente Xiao Lang saía perdendo, o velho tinha uma língua bem afiada. E pensando nisso, não notou quando seu mestre chegou. Mas, subitamente, sentiu suas costas batendo com tudo no chão duro, seu mestre acabava de lhe passar uma rasteira com um bambu.

Mestre Lan: 'Não se distraia, o inimigo não o fará.'

Xiao Lang (massageando as costas): 'Sim, senhor.'

Xiao Lang não percebeu um vulto que se encontrava ao lado de seu mestre e depois de se levantar e limpar suas calças sujas de areia olhou para trás, encontrando um rosto diferente daquele que vira nos últimos dias.

Mestre Lan: 'Li Xiao Lang, este será seu companheiro de treinos'. Fez-se uma pausa. 'Tsukishiro Yukito.'

Xiao Lang sentiu suas faces queimarem e não entendeu o porquê, além de sentir magia vinda do jovem de pele alva à sua frente.

Yukito (sorrindo): 'Muito prazer, Li-san.'

"Japonês" – pensou Xiao Lang quando finalmente pareceu despertar ao ouvir a voz do rapaz. Xiao Lang abaixou a cabeça em cumprimento assim como Yukito e não falou mais nada.

Mestre Lan: 'Xiao Lang, agora que Yukito chegou, poderás começar a treinar com magia.' Xiao Lang olhou-o interrogativo. 'Não se faça de tolo, já sei que perceberes que Yukito possui magia... A sua frente está o mestre das Cartas Clow.' Xiao Lang arregalou os olhos.


Era um campo normalmente calmo, mas sempre há exceções. Neste momento ouvia-se barulhos do que parecia ser uma luta naquele lugar infestado de plantas silvestres e pequenos pássaros. Do lado de uma grande árvore podia-se ver dois jovens, aparentando ter mesma idade, lutando.

Xiao Lang (sorrindo de lado): 'Vamos, Tsukishiro-san! Sei que pode fazer melhor.' Neste mesmo momento, Xiao Lang desviava de um soco que Yukito tentava desferir em sua face. Depois atacou com sua perna direita em direção ao peito do jovem, que amparou o golpe com seu braço esquerdo, mas o impacto foi forte e ele deu um passo para trás.

Yukito (sorrindo de lado): 'É melhor do que pensava, Li-san.' Xiao Lang saltou para trás e, ao apoiar seu pé direito no chão, deu impulso para ir de encontro ao seu oponente. Esticou o braço esquerdo em um soco na face de Yukito, este girou o tronco 180 graus desviando do golpe, enquanto que socou com a mão esquerda as costelas de Xiao Lang, que deu dois passos para o lado colocando a mão onde fora acertado, com o tronco um pouco curvado. Mas devido a sua posição desvantajosa o golpe do japonês não foi forte e logo Xiao Lang já estava em posição de luta novamente.

Xiao Lang (sorrindo ironicamente): 'Você também não é nada mal, Tsukishiro-san.' Os dois partiram no mesmo momento para nova troca de golpes. Xiao Lang estava se demonstrando mais rápido e em um chute mais forte e Yukito se viu obrigado a saltar. Deu impulso forte com as pernas para poder passar por cima de Xiao Lang, assim poderia pegá-lo desprevenido por trás. Doce engano, pois mal colocou uma de suas pernas no chão e sentiu seu estômago ser contraído com força, Xiao Lang havia virado de lado e o chutado lateralmente com sua perna esquerda, voou longe com o impacto e caiu de bunda no chão.

Xiao Lang se aproximou lentamente do jovem, respirando com certa dificuldade, mas com um sorriso maroto de vitória no rosto. Yukito estava com os olhos fechados e com a mão massageando o primeiro lugar onde sentiu o chão.

Xiao Lang (com olhar superior): 'Foi por pouco, Tsukishiro-san. Mas o fator surpresa só funciona bem quando bem aplicado. Você foi lento demais para mim.' Yukito olhou-o com um sorriso no rosto e a testa contraída, em divertida raiva. Xiao Lang estendeu a mão para ajudar o companheiro que aceitou de bom grado. Quando o rapaz foi ajudar Yukito a levantar este o puxou com tudo para o chão, Xiao Lang sentiu terra na boca.

Yukito (rindo muito): 'Não se distraia, o inimigo não o fará.' Xiao Lang olhou-o com raiva, mas logo eram os dois a rir.

Nascia ali uma nova amizade.


Era Domingo, dia em que Yukito e Xiao Lang deviam ir caçar, aquele que não conseguisse nada não jantaria. Enquanto os dois estavam na floresta, cada um em uma determinada região, Mestre Lan estava em um de seus aposentos e, ao aroma de incenso e o som de grilos, meditava. Nenhum outro som além do da natureza era ouvido e Mestre Lan pareceu não notar um vulto que se aproximava.

Mestre Lan (de olhos fechados): 'Demoraste'. Apenas "pareceu".

Voz feminina: 'Desculpe-me.' Seu corpo era oculto pelas sombras na entrada do quarto.

Mestre Lan (sorrindo, mas com os olhos ainda fechados): 'Não se encabule, pequena.'

Voz feminina: 'Obrigada, mestre.'

Mestre Lan: 'Agora quero saber como estás.'

Voz feminina: 'Ah, sem nenhum problema.'

Mestre Lan: 'Podes partir, então.' E o vulto feminino se retirou tão silenciosamente quanto entrou. "Ela está melhorando".


Dois meses haviam se passado desde que Yukito se tornara companheiro de Xiao Lang. Já estavam familiarizados, mas Xiao Lang ainda não entendia porque sentia suas faces corarem quando estavam juntos. Também achava estranho sempre ter a impressão que seu amigo estava usando magia. Seres mágicos sentiam o poder um do outro, mas a intensidade do poder emanado pelo amigo demonstrava, quase claramente, que ele estava constantemente usando magia, pelo menos enquanto estavam juntos. Percebia que quando não via o rapaz não sentia este poder.

Voz: 'Xiao Lang'. O rapaz ouviu a voz do seu mestre e se virou, assim que o fez sentiu a vara de bambu quase lhe cortando a cabeça. 'Moleque! Não se distraia –'

Xiao Lang (interrompendo-o entediado): 'O inimigo não o fará'. Mestre Lan passou a observá-lo e Xiao Lang o olhou, com a mão ainda na cabeça.

Mestre Lan: 'Venha.'

Xiao Lang (se levantando): 'Aonde vamos?'

Mestre Lan (calmamente): 'Começar o seu treinamento.'

Xiao Lang (surpreso): 'Já não começamos?!' Mestre Lan riu ironicamente de seu aprendiz.

Andaram por quase meia hora e logo se aproximaram de seu destino final. Tratava-se de um grande campo. Podia ser considerado o "término" de cada paisagem daquele lugar. De um lado a floresta, do outro, onde estavam, um campo silvestre e do outro, neve. Esta escorria de uma montanha e devido ao calor constante havia formado um pequeno lago, de águas tão frias a ponto de cortar a pele.

Mestre Lan: 'Ah! Já chegou!'. Ao ser tirado de sua "contemplação" Xiao Lang se virou e viu Yukito.

Xiao Lang: 'Achei que fosse um treino individual'.

Mestre Lan (sorrindo debochado): 'Está com medo de perder?' Xiao Lang o encarou com o canto dos olhos. Mestre Lan ria comicamente. Xiao Lang concluiu que, com certeza, seu mestre era um cara excêntrico, rígido e ao mesmo tempo um comediante nato. Enquanto pensava nisso, Xiao Lang sentiu a vara de bambu na sua cabeça.

Xiao Lang (bravo com a mão na cabeça): 'Ei! Quer parar com isso?!'

Mestre Lan: 'Não seja carrancudo! Além de cabeça dura, quase quebra minha vara!'. Mestre Lan começou a alisar sua vara como se fosse algo precioso. 'E eu já te falei pra ficar atento!'

Xiao Lang (vapor saindo por suas têmporas): 'Por que você nunca bate nele?!'. E apontou para Yukito.

Yukito (sorrindo constrangido e com uma gota): 'Você é quem pensa...' E apontou para um enorme galo na cabeça. Xiao Lan não soube como revidar e Mestre Lan começou a rir de novo.

Xiao Lang (ainda bravo): 'Eu achei que viemos aqui para treinar.' Mestre Lan parou de rir imediatamente, fechou os olhos e juntou suas mãos atrás de suas costas, tronco ereto.

Silêncio, folhas voaram com o vento.

Mestre Lan (constrangido e colocando uma de suas mão na cabeça): 'O que eu ia falar mesmo?'. Xiao Lang e Yukito caíram no chão.

Yukito (se levantando com uma gota na cabeça): 'Acho que alguma coisa sobre "um novo ensinamento".

Mestre Lan: 'Ah, é....' Mestre Lan voltou a sua posição de "sério". 'Muito bem, Xiao Lang, Yukito, ireis desenvolver seus poderes mágicos.

Xiao Lang (animado, mas ainda carrancudo): 'Ah! Finalmente!' Desde que chegara, Xiao Lang ainda não tinha treinado magia, estava ansioso por isso. 'E o que o senhor vai nos ensinar?

Mestre Lan (sério): 'E quem disse que irei ensinar algo para vós?' Estava sério, mas estava é tentando segurar o riso diante da face interrogativa de Xiao Lang, por sinal, muito engraçada. 'Hoje ireis lutar entre si.'

Xiao Lang: '...'

Yukito: '...'

Mestre Lan: 'Quero que usem todos os seus poderes. Não sintam pena do inimigo."

Xiao Lang: 'E qual a utilidade disso?

Mestre Lan (gritando esganiçado): 'Não discuta comigo!!!

Formou-se enormes gotas na cabeça de Xiao Lang e Yukito.


Xiao Lang: 'Droga!' Repetia pela centésima vez em menos de uma hora. 'Como isso foi acontecer?! Quando eu iria pensar que ele pudesse ser tão forte?!' Enquanto praguejava limpava um dos ferimentos que tinha na perna. 'Não posso permitir que exista alguém mais forte que eu.'

# # #FLASHBACK# # #

Voz: 'Alada!' E Yukito desviou de um dos golpes de fogo de Xiao Lang.

Xiao Lang: 'Deus dos ventos, vinde a mim!' E Xiao Lang partiu no encalço do jovem.

Yukito: 'Floresta! Ataque-o' Xiao Lang desviou por pouco do golpe, mas não estava preparado para o golpe seguinte, Yukito voou no encalço do rapaz e com Espada acertou-o na perna, Xiao Lang perdeu o controle e caiu no chão.

Xiao Lang (um pouco irritado): 'Supremo senhor dos trovões, ouça o meu chamado e ataque este ser que me ameaça". Antes de poder lançar seu golpe, Yukito já havia preparado seu golpe e acertou-o com a carta água, "Ele tinha a chance de me dar o golpe final, por que usou Água?" pensou enquanto percebia que Yukito desviou de seu golpe de raios. Yukito pousou e Xiao Lang preparou outra carta. 'Deus do fogo, vinde a mim!'

Yukito: 'Trovão!' E Xiao Lang se tocou do que o amigo estava fazendo. Se na disputa de golpes seu golpe de fogo perdesse para o de trovão ele seria totalmente eletrocutado, pois estava encharcado... Logo, começaram a disputa de forças. No começo equilibrada, mas Yukito finalmente se demonstrou mais poderoso e ultrapassou o golpe de Xiao Lang, este tentou desviar, mas foi em vão, Trovão o acertou em cheio. Contudo, Yukito só manteve o golpe até Xiao Lang cair no chão.

Yukito aproximou-se lentamente do amigo lhe sorrindo e lhe estendeu a mão.

Yukito (sorrindo): 'Foi uma boa luta, meu amigo'. Mas Xiao Lang não se demonstrou amigável e com uma cara séria recusou a mão amiga. Yukito ficou surpreendido. 'Ei! Foi só um treino, não precisa ficar assim.' Mas o rapaz não respondeu e começou a se distanciar.

Mestre Lan (se aproximando de Yukito): 'Não fique assim, ele irá aprender.'

Yukito (magoado): 'Assim espero, mestre. Assim espero.'


(Continua)

21/09/03

Mary Marcato


Obs: O templo Hong Kung realmente existe, dedicado ao deus Kwan Tai, também conhecido por Kwan Kung ou Mo, um erudito e guerreiro que se tornou Deus da Riqueza , da Literatura, da Guerra e dos Penhoristas. Mas é claro que este é outro templo, apenas baseado no verdadeiro, que é muito popular. Achei legal colocar um fato verídico na história. As montanhas da cordilheira Taihangshan tb existem, mas não sei se a cordilheira é realmente "poderosa" hehehe.


Notas da autora: E aí? Gostaram? Não pensem besteiras sobre Yukito e Syaoran, ouviram?! � Onde estará nossa querida Sakurinha? Hein? Huhuhu, isso vai ser divertido e vai ser uma mistura de aventura e romance. Eu sei que ficou meio desconexo este capítulo, mas é difícil escrever em poucas palavras o que aconteceu durante um treinamento inteiro, espero que compreendam.

Agradecimentos: Agora agradeço ao Felippe e à Rô que me ajudaram um pouco neste capítulo e ao Fernando que me ajudou com alguns nomes. Valeu people! :)