Naruto e seus personagens, são propriedade de Masashi Kishimoto-sensei.
Para sempre, time 7. Tradução do título.
Minha primeira tentativa de escrita em primeira pessoa, espero que gostem. =]
... E não me matem Ç_Ç
AOEHOAEIHHOHEHIHOAIEH
Sasuke
Por que amar alguém tem que ser tão complicado?
Podia ser tão mais fácil se todos nos apaixonássemos por quem realmente nos ama... Ou que as pessoas que amamos nos amassem também.
- suspiro -
Ah, perdão, que falta de modos. Me chamo Uchiha Sasuke, moreno, pele alva e olhos negros. No mesmo time que eu: Uzumaki Naruto, loiro, olhos azuis e pele levemente bronzeada; Haruno Sakura, cabelo cor de rosa, pele branca e olhos verdes; Sai, consegue ser mais branco que eu... Tem o cabelo e olhos negros e um sorriso enigmático. Acho que uma breve descrição é o suficiente pelo menos para nos diferenciar pela aparência.
Vocês não imaginam como é doloroso ver a pessoa que mais amamos na vida, ser hostilizada de uma forma tão egoísta. E o que eu posso fazer? Nada.
Em nosso time um triângulo amoroso é formado, que creio eu nunca será quebrado... a menos que eu tome alguma atitude.
Haruno Sakura. Diz-se apaixonada por mim. Vejo realmente que se preocupa comigo... Isso me irrita. Por que? Ela é uma cretina.
Egoísta.
Sofre por gostar de mim, mas não vê o quanto ele sofre por ela. Sabe mais do que ninguém que o Naruto gosta dela... E o que ela faz? Só fala de mim.
Cruel.
E ele?
Idiota.
Sorri e tenta sempre agradá-la. Quando saí da vila, sei que veio atrás de mim... Mas eu tinha certeza que era por ela. Que ridículo... Deve ter feito mais uma daquelas promessas idiotas só para vê-la feliz.
Sabe... Acho que amar alguém é querer sempre seu bem. Mesmo que não seja com você. Mas essa raposa é muito imbecil. E essa testuda muito cruel. Ela nunca vai entender como o Naruto é forte ao sorrir para ela até sentir na pele o quanto pode machucar, ouvir da boca da pessoa que você ama, que ela gosta de outra.
Sou frio sim. Não tenho porque ser gentil com quem não quero. Não a destrato, mas também não sou gentil. Por quê? Não acho justo, por mais que eu queira ver o loiro feliz... (?)... Ela não merece. Aliás... Sei muito bem o que ela merece.
Íamos nos reunir hoje para comemorar alguma coisa que nem me lembro direito o que era. Na verdade não prestei a menor atenção. Eu estava decidido, por mais que ele viesse a me odiar mais tarde. Eu não aguento mais! Que irritante.
Para variar eu cheguei antes de todos e como sempre, não demorou muito para ela aparecer.
– Oi, Sasuke-kun. - chegou dengosa e feliz ao me ver.
Argh.
– Que bom que veio. Preciso te confessar uma coisa que guardo há muito tempo.
– Pra mim? - indagou surpresa e aparentemente esperançosa.
Well... Sou vingativo. E ela tem que pagar por tudo que me faz sofrer.
– Sim. - era a primeira vez que falaria de meus verdadeiros sentimentos. Misteriosamente, meu coração que estava à mil abrandou-se.
Ela ajeitou o cabelo e ficou a me olhar... Céus... Esses olhos brilhantes realmente me dão calafrios. Acho que eu até poderia gostar dela... Se eu já não gostasse de alguém... E principalmente se não tivesse presenciado todo esse egoísmo dela. Eu sabia que o que eu diria, acabaria com tudo entre nós três. Mas eu não aguentava mais!
– Eu gosto do Naruto. - direto.
Ela piscou algumas vezes tentando assimilar o que eu acabara de dizer e logo sorriu, creio eu, achando que era alguma brincadeira, contudo antes que dissesse algo intervi.
– Eu o amo. E não aguento mais vê-lo sofrer por sua causa. - pela sua expressão, acho que finalmente entendeu.
Ela estava com os olhos arregalados e sua boca, depois de um longo tempo aberta, começou a gesticular vagarosamente, sem emitir um único ruído.
– Não ia falar nada por que não queria que ele sofresse mais, ao te ver de coração partido... Mas EU não aguento mais. Não suporto mais ver aquele sorriso forçado que ele dá para que você não veja o quanto suas palavras o machucam. Não suporto mais vê-lo se esforçando tanto por você, para sua felicidade... Pra quê? Se nem como amigo você o vê? Um amigo não fica jogando na cara dele, que gosta de outro, quanto menos, o faz ajudar à ficar com quem gosta, mesmo sabendo de seus sentimentos por você.
Parecia que eu estava sozinho e falando com meus pensamentos. Ela não fazia absolutamente nada além de respirar.
– Sei que ele vai me odiar por isso, mas eu não posso mais. Você nunca vai entender o que ele sente, a menos que passe por isso também. Eu ainda serei gentil e só te direi o suficiente. Eu o amo. Não serei tão cruel quanto você à ponto de pedir para que você me ajude com ele. Sei que ele só tem olhos para você... - suspirei e por fim terminei, não dando a mínima importância para as lágrimas que caiam de seus olhos enquanto eu falava.
Na verdade... Isso me incomodou um pouco... Não pelo fato dela estar chorando, mas sim porque com certeza, ele viria tirar satisfações mais tarde. Afinal, ela choraria suas pitangas para ele... Vaca.
Ela levou as mãos ao rosto cobrindo-o e desesperando-se em silêncio, mas logo partiu deixando-me sozinho.
Não queria machucá-la assim... Mas eu realmente não aguento mais. Não consigo entender como aquele idiota suporta! Se bem que como eu não fazia nada... Ela não sofria... Não como ele...
Fui embora. Minha missão já havia sido cumprida. Não precisava ficar lá para fazer sei lá o que. E nesse mesmo dia, a noite - como previsto - minha campainha tocou impaciente e irritantemente incansável.
Respirei fundo e lentamente caminhei até a porta... Não queria abrí-la, mas se não a abrisse com certeza, ela viria à baixo.
Estava frio. O inverno já começara e para melhorar minha situação, chovia. Como num filme, assim que abro a porta deparo-me com aquele par de esferas azuis fitando-me indignado enquanto um relâmpago iluminava o horizonte em meio à tempestade.
Fui arremessado para dentro e a porta fechada num estrondo.
– O que disse à ela? - vociferou encarando-me caído ao chão.
Encarei-o inexpressível. Por mais que me doesse, não podia dizer-lhe o que disse à ela. Ele nunca entenderia...
– O QUE DISSE À ELA? - indagou irritado pela minha inexpressividade, voando sobre mim.
Ele estava com o braço em meu pescoço e sufocava-me com fúria.
Bem... Se for ele... Não me importo que me mate... Só... Só não queria que fosse com tanto ódio...
Meus olhos marejaram e ele espantou-se... Até eu, espantei-me comigo mesmo! Isso não acontecia desde... Sei lá... Desde o incidente com minha família?
Levantei-me irritado e o joguei para longe. Meio atordoado, ele mesmo caído, indagou novamente o que eu disse à ela, mas mais calmo que das vezes anteriores.
– Que diferença faz, você saber ou não? - gritei.
Mais uma vez ele espantou-se. Eu não perco o controle assim. Sempre sou indiferente... Entretanto, com ele... AHH! Que raiva!
– E-eu... Eu só queria saber o que disse para deixá-la naquele estado...! - parecia meio apreensivo, mas nem por isso minha irritação diminuiu.
Revirei os olhos e pesadamente suspirei de olhos fechados tentando fazer meu autocontrole voltar. Assim que ele deu sinal, abri lentamente meus olhos encontrando mais um vez aqueles orbes azuis me encarando.
– Só disse a verdade. - seco.
Ele estreitou os olhos enquanto levantava e aproximou-se de mim.
Ah, cara... Será que ele é tão burro assim que não percebe o quanto isso me desordena?... Que pergunta idiota, claro que é!
– Que verdade...? - indagou baixo e desconfiado.
– Nada que lhe diga respeito. - bufei e me virei, indo – rapidamente – até meu guardarroupa, despreocupado com o loiro enfurecido que me seguia. E antes que ele começasse a falar novamente, joguei-lhe uma toalha em seu rosto. Claro que com força. - Vai ficar resfriado!
Achei estranho não ouvir mais um monte de ofensas. Olhei em sua direção curioso e me espantei com a cena que vi.
Ele estava com a toalha cobrindo-lhe do rosto à nuca por cima da cabeça... Contudo como estava de perfil para mim, pude ver suas finas lágrimas escorrendo. Fiquei sem reação. Droga, eu não queria tê-lo machucado tanto assim, mas... Droga! Ela não o merece! Eu quero que ele seja feliz! Que fique com quem ama e tal, mas... Ela não o merece!
Ele sentou-se no chão lentamente com as pernas meio abertas e dobradas, apoiando seus braços ali e depositando sua cabeça no vão escuro que se formou entre ele e seu peito.
– Droga... Sasuke... - sussurrou em meio as lágrimas enquanto suas mãos cobriam sua cabeça, forçando-a mais para baixo.
Eu tinha que resistir... Deveria resistir... Todavia, não consegui... Sentei-me ao seu lado e o envolvi num abraço quente e carinhoso. Por mais frio que eu fosse, nesse momento eu não consegui evitar. Eu tremia levemente, nunca havia feito isso com ele em minha vida. Não que eu não quisesse... Só não podia.
– Desculpe... Naruto... - sussurrei em seu ouvido apertando mais o abraço. - ... Eu ... Eu não aguentava mais isso... - minha voz saiu trêmula e falha.
O mais estranho, foi ele não dizer ou mesmo fazer nada e receber aquele meu carinho. Não... O mais estranho foi eu ter continuado.
– Eu nunca a maltratei para que você não sofresse mais... Mais do que já sofre... Porque... Eu sei... Sei como dói ver o amor da sua vida sendo desprezado por quem ele gosta... Mas... Eu não suporto mais isso...
Antes lágrimas escorriam, agora rios transbordavam de seus olhos acompanhados de soluços.
Ah, como eu me odiava! Por que eu não podia ter aguentado mais? Eu podia suportar mais um pouco...!
Ora, sejamos sensatos... Não podia.
Não mais.
– Me... Desculpe... - apertei meu abraço aspirando fundo aquele cheiro bom que ele exalava e mesmo não querendo, logo o soltei... Meu peito estava se dilacerando, droga! E... E eu fiz isso com ele... Merda.
Lentamente fui me levantando e pude sentir rapidamente sua mão em meu pulso. Ele me puxou bruscamente fazendo-me desequilibrar. Caí desajeitado no chão e nem tive tempo de pensar em nada. Logo fui atingido sem dó nem piedade pelo seu soco certeiro em meu rosto. E nas mesmas proporções, seus lábios grudaram-se aos meus.
Sim... Ele me beijou. Demorei um pouco a entender. Mas que merda! O que eu estava fazendo? Aliás, por que demorei tanto? Envolvi meus dedos em seus fios loiros com uma mão e com a outra enlacei sua cintura. Ele grudou em meu pescoço apertando e arranhando minha pele. Nossas línguas enroscavam-se desajeitadas e entrosadas ao mesmo tempo. Minhas mãos resvalavam impacientes por toda aquela carne que eu tanto desejei.
Ah, que gosto maravilhoso tinha sua boca. Era muito melhor do que eu havia imaginado. Sua pele macia, seus fios molhados, seu rosto avermelhado pós choro. Céus. Posso morrer feliz.
Nem sei por quanto tempo ficamos assim, rolamos tanto no chão que estávamos quase debaixo da cama. Só paramos ali, porque fomos impedidos pela cama de prosseguir. Fomos nos acalmando e nossos beijos intensos e desejosos deram lugar a um tocar de lábios doce e calmo até enfim, separarmos-nos.
O que foi tudo isso? Será que estou sonhando? Se estiver, por favor não me acordem! Estávamos "meio" sentados, eu com as costas apoiadas na cama e ele deitado em meu peito. Meus dedos deslizavam por seu rosto levemente abatido e inexplicavelmente calmo enquanto minha outra mão acariciava aqueles fios lisos e sedosos.
– Sa... Suke... - ele sussurrou encolhendo-se um pouco.
– Hm? - disse enquanto o colocava sentado à minha frente para olhá-lo.
Ele enrubesceu e eu me derreti. Ah, como ele é lindo.
– Droga! Por quê? Porque não me disse nada antes seu idiota? - gritou levantando seu dorso com as mãos em meu peito.
– Como assim? Você sempre gritou para todos ouvirem que gostava da Sakura. - disse calmamente.
– Claro! Como eu ia imaginar que... Que você... Eu... - gaguejou sem jeito – Ahhh! - virou-se de costas para mim coçando a cabeça nervosamente.
Ele realmente é lindo.
Encaixei-me atrás dele o envolvendo em meus braços depositando assim, um selinho em seu pescoço.
– Acalme-se. - apertei o abraço, não queria soltá-lo nunca mais. Meu coração batia num ritmo forte que com certeza ele sentia em suas costas. - Eu te amo, Uzumaki Naruto. - sussurrei calmo e por via das dúvidas, seu nome completo em seu ouvido. Disse aquilo que guardei durante anos e que achava que jamais chegaria o dia em que seriam proferidas. Senti seus pêlos arrepiarem-se e consequentemente me arrepiarem.
Ele abraçou meus braços e acomodou seu corpo ao meu.
– Eu... Eu sempre te amei, Sasuke... Mas tinha a certeza de que nunca seria correspondido... Achei que seria melhor que você ficasse com a Sakura-chan... Ela te amava e... E... E é uma mulher...
Eu podia sentir pequenas gotas caindo em meus braços.
– Usuratonkati. - disse e senti um pequeno sorriso formar-se em seus lábios.
– É a primeira vez que fico feliz em ouvir isso.
– A primeira de muitas... - sussurrei enquanto o virava de frente para mim novamente.
– Não se acostume quanto à isso! - disse levemente irritado.
– E você, acostume-se à isso. - tomei-lhe os lábios, mas dessa vez... Nem mesmo o fim do mundo nos impediria de prosseguir.
19.01.2010
Espero que tenham curtido e muitíssimo obrigada pela leitura. =]
E claro, espero vê-los no próximo capítulo xD
;3
