Dirty SecretsVersão Harry Potter

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Casal: Draco x Hermione

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Autora: Yuuki no Hana

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Disclaimer: Harry Potter não me pertence, e sim a J. K. Rowling, pois se me pertencesse eu teria matado o Rony e o Percy e não meu Fred!!! Maldita ¬¬


Amores!!! Ola sou nova aqui em Harry Potter, só postei até hoje em Bleach e em Naruto e é a primeira vez que me arrisco por aqui! Primeira coisa, essa fic é UA, ou seja, nada de magia, ou guerra, ou Voldemort...

Segundo aviso, essa fic eu fiz a principio em versão de Naruto que irei postar dia 11/03 de presente de aniversário para minha vacuda de belém, minha Joelma morena amante de calipso Bright Reven! Então, provavelmente, quase com certeza, os personagens estarão OCC, mas garanto, eles ainda estarão bons =D

É isso! Chega de falar e bom divertimento amores! Espero que gostem!


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Capítulo I: Reencontro

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Draco Malfoy chegara à América. Sua empresa acabara de abrir uma filial da Malfoy's Corporation lá. Havia cinco anos que não vinha a América. Dizia que era por que não tinha necessidade, não tinha nenhum atrativo turístico que o interessasse, mas o real motivo era porque ali ele se lembrava de sua ex-esposa. Sua americana, que o confrontara e exigira o divórcio e ele nunca mais a vira desde então.

Ele não era o homem mais santo do mundo admitia, na verdade essa palavra nunca deveria ser atribuída a ele. Santo era algo que ele não era e nunca tivera pretensão de ser. Porém, confessara que nos primeiros anos de seu casamento prematuro com a americana que ele conhecera num intercâmbio na Inglaterra, ele fora o mais carinhoso, afetuoso e amoroso marido possível para ela.

Sempre lhe deu tudo de bom e do melhor. Nunca lhe negou nada, fizera-lhe todos os caprichos, achava lindo os seus olhos quando brilhavam de felicidade quando ela conseguia o que queria. Aquela garota, porque sim, na época era apenas uma menina, conseguira lhe atrair muito mais do que uma mulher mais madura e feita, que estaria pronta para ele assim que ele estalasse os dedos.

Draco a conheceu quando ela visitava a Tower Bridge com uma amiga. Ficou intrigado quando ouviu uma gargalhada estridente vinda do ambiente, aonde ele sempre ia para relaxar e fugir dos compromissos que aquela cidade que nunca parava lhe dava. Avistou a cabeleira castanha no mar de loiros, ruivos e outras tonalidades mais claras, e viu que era ela a dona da voz que chamara a atenção de muitos que não estavam acostumados a isso.

A visão da minina-mulher castanha, de sorriso radiante e olhos âmbares o deixaram completamente encantado e ele precisava conhecer aquela mulher. Não foi difícil conseguir o telefone dela. Bastou apenas se aproximar, simpaticamente ele puxou assunto e convidou as duas para um café.

Descobriu que ela se chamava Hermione, que era americana e que estava fazendo um intercâmbio de seis meses na Inglaterra para comemorar o fim dos estudos escolares. Era maior de idade, bastou saber disso para ele não desistir dela. No final do dia conseguira o telefone dela.

Saíram várias vezes. Ela ficava deslumbrada com tudo e ele se sentia fascinado. Mesmo quando a chamava para fazer compras, não era mesma coisa quando ele fazia isso com as outras amantes. Com as outras ele fazia porque já era de praxe. Elas o mimavam e ele lhes dava o que elas queriam. Logo tudo ficava entediante. Com Hermione ele a levava por livre e espontânea vontade para as lojas de grifes e por mais que visse o brilho fútil feminino de desejo por aquelas roupas e sapatos ela sempre ficava verdadeiramente feliz e agradecida quando ele lhe dava o que ela queria, ele via em seus olhos aquilo.

Até para levar para cama foi diferente. Ele nunca demorara tanto para ter êxito numa conquista, mas quando o teve logo percebeu o por que. Fora o seu primeiro. Ficou envaidecido por ter sido ele a desvirginar aquele corpo, até então, puro. Mas logo percebeu que aquilo não era nada estranho, afinal ela ainda era jovem em comparação a ele, um homem mais velho, já herdeiro das empresas Malfoy.

Ele não lhe dissera o quão importante era. Ela não parecia interessada em saber e ele também não fez questão de contar. Os seis meses passaram rápido. Mais rápido do que Draco queria e não havia se enjoado, ou saciado dela. Pelo contrário, ele a queria mais e mais, como nunca havia querido outra.

Talvez ele tenha agido precipitadamente quando a pediu em casamento, ele pensou algum tempo depois, mas não se arrependera de nada, porque cada dia que via o seu sorriso ele se lembrava porque a tinha escolhido para ser a Senhora Malfoy.

Ficaram seis meses juntos e se casaram. Foram anos deliciosos, ele admitia. Ela pusera vida e alegria na mansão e mesmo que em três anos de casamento ela não conseguisse ter engravidado ele não tinha pressa, porém via que aquilo a angustiava, pois sabia que ser mãe era o sonho da maioria das mulheres.

Draco sabia que não era santo, e só Hermione conseguira tirar dele um lado mais amável e carinhoso. A Malfoy's Corporation era uma das maiores empresas da Inglaterra, e os Malfoys eram também uma das famílias mais antigas e distintas conhecidas. Somente Mione e as pessoas "normais" não sabiam que os Malfoys tinham ligação com a máfia inglesa.

Sim, ele era um mafioso, jogava sujo nos negócios, tudo que fosse para o interesse dos Malfoy e das empresas ele fazia, mas não era tão radical. Não se envolvera com a parte criminal da máfia.

Às vezes ficava estressado, assoberbado, e foi numa dessas situações que ela apareceu. Pansy, a secretária. Ela o rodeou, rodeou até que ele cedeu. Em três anos de casamento sendo fiel, ele cedeu.

O pior foi que ele gostou. Ele gostou do sexo com a maldita secretária sexy. Não se continha quando ela vinha rebolativa até sua mesa deixar os relatórios e fazia-lhe massagens até que ele a pegasse brusco e a possuísse bruto em cima daquela mesa de escritório.

Ficou meses com aquela vida dupla. Sua esposa perfeita que o satisfazia e completava a noite, e a secretária amante de dia, que o aliviava nas oras de tensão. Estava tudo perfeito, até que a maldita amante quis ser mais do que ele poderia lhe oferecer.

"- Quando falará para sua esposa sobre nós? – a mulher de cabelos negros perguntou."

"- Nunca. – o loiro respondeu displicente."

"- Duvido que a americanazinha de conta do recado Sr. Malfoy! – Pansy continuou languida em seu ouvido depois de mais uma sessão de sexo despudorado no escritório. – Senão você não me procuraria todas às vezes... – ela sorriu."

Ele não respondera a ela, não havia o que dizer. Hermione o completava, ele simplesmente não sabia o porquê de procurar a outra. Na verdade ele sabia, ele procurava porque ele queria, ele podia, porque ele não era um puritano!

Naquele fatídico dia ele sabia que algo estava errado. Sua secretária não fora ao escritório, não deixara nenhum aviso para justificar a causa da falta e o celular estava desligado. Quando chegou em casa, ele viu que nada seria como antes.

Na sala de estar estava uma Hermione pálida, que ele podia ver estava à beira de um colapso nervoso, e a maldita secretária, que o olhou com um olhar que ele poderia ver não estavam verdadeiramente tristes como suas lágrimas demonstravam.

"- Que bom que chegou Senhor Malfoy. – a castanha se levantou do sofá respirando fundo, tentando se controlar por alguns segundos. – Agora já pode fazer sala para sua amante... Acho que vocês têm muito que conversar. – ela andou para fora da sala de estar, ignorando os dois ali, já tinha tomado a sua decisão."

"- Hermione! – ele foi até ela, estava em choque, mesmo não aparentando, ela nunca o chamara de Senhor Malfoy, e sua segunda afirmação demonstrava que não havia mais uma farsa, ela descobrira tudo. – Pare. – segurou ela pelos braços."

"- Pare Draco! Nem tente se explicar. Eu já sei de tudo! Que você é um bandido! Que você dorme com a sua secretária... Que você engravidou a sua secretária! – não conseguiu mais conter as lágrimas depois de expor aquele fato que a machucara mais que tudo. Ele não conseguira engravidá-la, mas fizera um filho na amante! – Nem para se proteger Draco! – ela começou a socar-lhe o peito."

"- Pare Mione! – ele segurou os pulsos dela. – Acalme-se amor e vamos conversar. – a puxou calmamente para seu peito."

"- Não há o que conversar Draco! – Hermione o empurrou se afastando. – Acabou! Eu quero o divórcio! Hoje mesmo vou para um hotel! Não fico mais perto de você um segundo sequer! – dizendo isso correu escada a cima indo arrumar suas coisas."

"- Mione! Volte aqui! – fez menção de ir atrás, mas uma mão pequena e quente o rodeou os ombros fazendo-o se lembrar da outra presença feminina na casa. A causadora de seus problemas! Mas ela não deveria ter brincado com fogo!"

"- Pansy... – ele se virou. – O que veio fazer aqui? – deu um tapa nela a fazendo cair no chão. – Eu deixei bem claro que não era para se meter com minha família não deixei?! – a sacudiu pelos ombros."

"- Draco! Seu ogro! – a morena encostou no lábio cortado devido ao tapa, visivelmente assustada pela reação intempestiva do moreno. – Você é um animal! Bater numa mulher? Numa mulher grávida, esperando um filho seu!? – ela esbravejou.

"- Não me interessa vadia! – ele a pegou pelo braço e a arrastou até o escritório. – O que você achou que ia acontecer vindo até minha casa e falando com minha esposa? – ele disse sério, indo até o bar e servindo-se de uísque, depois de tê-la soltado de qualquer jeito num sofá ali."

"- Eu estou grávida meu amor. Nosso filho... – ela disse falsamente melodiosa. Era uma víbora que se achava esperta demais."

"- Não há nosso filho. – ele disse indiferente."

"- Claro que há querido. Olhe. – ela foi até ele e mostrou o exame de sangue que comprovava a gravidez."

"- Não importa. – ele mal olhou o papel. – Quanto você quer pra sumir? Tirar essa criança e sumir para que eu nunca mais tenha que olhar para sua cara?"

"- Ohhh não querido! Como pode estar sendo tão mau assim comigo? Comigo e com seu filho? – olhou a quantia exorbitante do cheque que ele lhe estendia, seus olhos faiscaram, mas ela manteve a posição, conseguiria mais se conseguisse o casamento."

"- Escute-me Pansy, porque só direi uma vez. Você só tem uma opção, e ela será feita por bem ou por mal. Você escolhe. – seu olhar estava penetrante e ameaçador nela. Odiava-a mais do que a qualquer outra pessoa no mundo naquele momento e não pensaria duas vezes em matá-la, por ter tentado enganá-lo, engravidando de propósito e destruído seu mundo perfeito."

"- Você não teria coragem, Draco! – ela retorquiu trêmula, visivelmente assustada. Quando ela o viu levantando uma sobrancelha numa pergunta muda de "Quer pagar pra ver?", ela pegou o cheque e sem mais palavras saiu dali."

"- Minha assistente a acompanhará até a clínica para se certificar que você realmente fará o serviço. – ele disse antes que ela saísse pela porta do escritório."

Depois de beber dois copos de uísque e se acalmar, ele saiu do escritório na esperança de ainda conseguir conversar com Hermione e de se acertarem. Ele a amava e não estava preparado para deixá-la ir.

Porém ela fora mais rápida, o segurança lhe informou que ela tinha pedido para o motorista que a levasse para um hotel. Draco poderia descobrir o nome do lugar quando Crabble, o motorista, retornasse.

E ele descobriu, mas preferiu não procurá-la naquela noite, daria o espaço que ela precisava para se acalmar. Nos dias que se sucederam ele tentou procurá-la, mas ela não queria vê-lo, tentou usar de sua influência, mas ela começou a pular de hotel em hotel e não usar mais os cartões de crédito.

A última vez que a viu foi no dia de assinar o divórcio, tinha a esperança de encontrá-la pacificamente, por isso não pôs seguranças ou detetives atrás dela para achá-la. Se a obrigasse a voltar para casa, ela com certeza o odiaria mais.

Em todo o processo de separação, ele só falara com ela através do advogado, tentou resistir, dizer que não daria o divórcio, mas ela ameaçou tornar pública sua traição e imoralidades.

Resignado ele assinou a separação e olhando uma última vez naqueles olhos ele a viu dar-lhe as costas e sair pela porta do escritório. Por cinco anos não teve mais notícias dela, a quantia exorbitante que ela ganhara com o divórcio, continuava intacta no banco. Ela não tocara em um centavo do dinheiro, não deixando assim, ele saber onde ela poderia estar.

Agora nos EUA, depois de cinco anos sem vê-la, ficara tenso ao desembarcar com o pensamento da remota possibilidade de encontrá-la ali, em sua terra natal. Porém, depois de tanto tempo sem vê-la, e sem se deixar envolver do mesmo jeito por qualquer outra, ele parou de sonhar com ela, pensar nela, desejar senti-la todas as noites. Ele voltou a ser o Draco de antes de conhecê-la.


Cinco anos já se passaram desde que ela voltara para seu país, não havia motivos para ficar na Inglaterra. Não tinha parentes lá, nem emprego. Martirizava-se todo o dia por ter deixado de estudar mesmo quando casada. Achava que seu conto de fadas duraria para sempre.

O casamento perfeito, com o homem dos seus sonhos, que a amava e cuidava não precisando trabalhar, pois ele era um milionário, era uma farsa. Ele era um bandido, um mafioso, um adúltero, um mentiroso! E ainda engravidara a amante... Isso foi o que lhe magoou mais.

Ele não conseguira engravidá-la, mas engravidou a amante. Deveria estar desesperado por um herdeiro. A castanha sorriu sarcasticamente ao lembrar pela milésima vez destes fatos, enquanto velava o sono do menino de cinco anos que dormia em sua cama.

Joshua, seu filho, seu tesouro, sua vida. A criança que ela tanto ansiou por ter e dar a Draco. A criança que ela só descobriu que esperava quando já estava separada e na América. Lembrou-se que ficara radiante e que a primeira coisa que veio a sua mente fora Draco, que ele ficaria feliz, mas logo se lembrou que estavam separados, que ele provavelmente estaria casado e feliz com seu filho legítimo e a amante morena.

Lembrava-se perfeitamente do dia em que a governanta, e sua secretária particular, Luna, viera lhe chamar dizendo que ela tinha uma visita, uma mulher que se chamava Pansy Parkinson e que dizia ser a secretária de Draco.

Ela achou estranho a secretária de Draco vir falar com ela, mas aceitou falar com ela. Talvez fosse algo importante. E realmente era. Ela chegou abatida, com os olhos inchados, parecia ter chorado. Ela ficou preocupada e foi até ela a amparando e guiando até o sofá.

Pediu para que Luna trouxesse chá para as duas. Perguntou então porque ela queria conversar com ela. Quando ela começou Hermione desejou que ela nunca tivesse o feito.

"- Sra. Malfoy – a morena começou. – Desculpe-me vir até a senhora, espero que me perdoe, mas não posso mais continuar com essa situação..."

"- Por favor, não me chame de Sra. Malfoy, faz eu me sentir uma velha. Chame-me de Hermione. – a castanha retrucou ao primeiro comentário com um sorriso simpático nos lábios tentando espairecer o ambiente. Porém ficou tensa com a continuação. – Por favor, se abra comigo Stra. Parkinson... – ela pediu cuidadosa e mansa."

"- Hermione... – ela já estava com lágrimas nos olhos. – Espero que algum dia possa me compreender e me perdoar..."

"- Por favor, me fale logo! Estou ficando aflita! – a castanha já estava ficando incomoda com aquilo, uma pontada no seu coração lhe dizia que ela não queria escutar o que viria, mas sua curiosidade e orgulho lhe instigavam a pressioná-la."

"- Hermione. Sou secretária do Sr. Malfoy, e não suporto mais guardar esse segredo. O Sr. Malfoy não é a pessoa que você acha que é. – Pansy disse por fim. – Ele é um mafioso, a corporação Uchiha está ligada a máfia e eu... – ela pausou nesse momento como se estivesse tomando força. – Eu estou grávida do Sr. Malfoy, Hermione... – a morena abaixou a cabeça perante a castanha que parecia estática e em choque a sua frente, sem derramar uma lágrima sequer."

"- Você está me dizendo que meu marido é um mafioso e que ele tem um caso com você e que você está grávida? – a castanha comprimiu todas as informações naquela frase e as repetiu como se precisasse disso para assimilar em sua mente."

"- Sim, Sra. Hermione... – a mulher de cabelos negros maneou com a cabeça ainda com ela abaixada. – Tenho provas aqui... – da bolsa ela tirou algumas pastas que comprovavam as bandidagens de Draco e depois um pequeno envelope, que ela fez questão de estender diretamente a Hermione. A castanha o pegou e em silencio o abriu."

"- Há quanto tempo estão juntos? – Hermione perguntou depois de ler o "positivo" escrito no papel em suas mãos. A morena não teve tempo de responder, pois ouviram o barulho de alguém entrando na sala e ela sabia que era ele. O olhou, estava destroçada e ao vê-lo ali, indiferente a tudo, ela não agüentaria. Se levantou, disse o que precisava dizer e saiu dali sem olhar para trás."

A castanha espantou os pensamentos melancólicos e olhou no relógio, vendo que já era hora de se arrumar para o trabalho. Gina já o estava fazendo no quarto ao lado, ela sabia. Acordou o pequeno Josh que cochilava tão serenamente.

- Docinho... – Ino chamou carinhosamente o menino que estremecia abrindo os olhos lentamente para a castanha.

- Mama... Já está na hora? – o pequeno garotinho loiro esfregou os olhinhos e mirou as duas safiras nos olhos âmbares da mãe.

- Sim docinho... – a mãe dava um beijo terno na testa do filho que terminava de acordar.

- Não me chame de docinho mãe... Já sou um garoto crescido! – o menino levantou emburrado da cama.

- Sim, eu sei. – ela sorriu para o menino que estava com o rosto emburrado, ficara tão bonitinho. – Mas é o meu menino crescido! – ela avançou fazendo cócegas no menino.

Os dois ficaram ali se curtindo por um tempo, enquanto Ino o ajudava a se vestir. Ela o levou até a vizinha. Uma senhora bondosa, que se prontificara, por uma pequena quantia a cuidar do pequeno Joshua enquanto Hermione trabalhava.

Voltou para seu apartamento depois de dar um beijo de despedida em seu filho e começou a se arrumar. Estava atrasada.

- Vai chegar atrasada, Hermione! – Gina, sua companheira de trabalho e colega de apartamento a alertou antes de sair para ir para lá.

- Segura as pontas pra mim Gina! Só dessa vez! Josh estava meio cansado hoje! – a castanha gritou de dentro do apartamento já tirando a roupa e deixando-a pelo caminho enquanto se encaminhava para o banho. O filho realmente estava meio sonolento aquele dia.

- Ok! Mas não demore muito! Charllote pode perceber! – Gina gritou saindo do apartamento.

Hermione se arrumou o mais rápido que conseguiu, colocou uma calça de couro preta, que parecia quase uma segunda pele, de tão colada que ficava, e um corpete preto que trançava na frente. Maquiou-se rápido e escovou os cabelos. Pegando o sobretudo e a bolsa saiu correndo pelo apartamento, ouvindo o som que seu salto fazia no assoalho.

Amarrando rápido o sobretudo na cintura enquanto descia as escadas. Andou rápido pela rua escura ignorando as palavras chulas e vulgares que eram ditas por homens e garotos boêmios mal educados que estavam pela rua àquelas horas da noite.

Andou até o ponto de ônibus e ficou um tempo o esperando. Murphy deveria estar querendo sacanear com a cara dela aquela noite, Hermione pensou. O ônibus que sempre chegava rápido todos os dias estava demorando deveras aquela noite.

Depois de quase uma hora esperando o ônibus e rezando para não ser abordada por nenhum indivíduo o ônibus finalmente chegou. Ela o pegou e em poucos minutos já estava na área nobre da cidade de Nova Iorque.

Desceu do ônibus e virando a primeira esquina logo avistou a entrada do pub em que trabalhava. Estava lotada.

- Merda! – disse para si mesma. – Charllote vai me matar!

Deu um volta e resolveu entrar pelos fundos a fim de evitar a multidão. Encontrando o beco que dava para a saída da cozinha ela entrou de supetão, assustando o cozinheiro, Hagrid, e indo direto até o bar.

- Sorry Hagrid! Já estou indo ocupar o meu lugar! – ela saiu correndo já desamarrando o sobretudo e abrindo a porta para o salão barulhento e lotado.

- Está atrasada Mione! – Gina passou por ela afoita, com duas garrafas de bebida na mão e estressada indo servir um marmanjo no outro canto do balcão.

- Eu sei! Me desculpe Gina! Prometo que não vai se repetir mais! – ela pensou em dizer "esse mês", mas preferiu omitir isso. – O ônibus demorou muito a passar.

- Charllote está uma fera! Cuidado! – Gina disse baixo para ela quando se aproximou.

As duas ficaram um tempo ali servindo vários clientes beberrões, enquanto fingiam que bebiam também, segurando uma garrafa de cerveja na outra mão. A outra menina, Angelina, estava a ponto de socar um daqueles abusados, ela era a mais esquentada e realmente não compreendiam porque ela continuava com o serviço se odiava tanto servir bebidas a homens bêbados e receber as cantadas dos mesmos.

"- Preciso da grana! – ela dissera uma vez."

E Hermione tinha que concordar, também estava ali pelo dinheiro. Não conseguiu nada melhor depois que voltara da Inglaterra. Não tinha experiências, e com um filho pequeno para criar, não poderia fazer muitas exigências.

Estava resoluta a não tocar em nenhum centavo que ganhara com o divórcio. Apenas se fosse necessário para a educação de Josh no futuro, e quando ele fosse maior de idade ele resolveria o que fazer com esse dinheiro. Não queria nada que viesse de Draco, nenhum centavo daquele dinheiro sujo.

A luz abaixou e Gina a puxou. Era hora da dança. As duas subiram no balcão e a música agitada e dançante tocou.


Draco havia fechado o contrato com os novos sócios americanos, tarde maçante e estressante. Foi quando recebeu o convite de um dos sócios da nova empresa, Harry Potter, para acompanhá-lo a um pub muito famoso ali em Londres.

O que ele tinha a perder, Draco pensou. Assim os dois foram para o tal lugar. O local estava lotado quando eles chegaram, mas Harry parecia ser cliente vip, pois foi só falar com o segurança, que eles passaram na frente de todos e entraram.

Ficaram sentados por um tempo em uma mesa um pouco afastados do balcão. Uns garçons foram os atender, pediram dois uísques, o loiro ficou meio decepcionado, pois Harry dissera que aquele lugar era um dos mais famosos e comentados pubs de Londres e aquele lugar lhe parecia extremamente comum.

- Não fique com essa cara de decepção homem! O melhor está por vir! – o americano moreno sorriu de canto para o loiro e bebeu um gole de seu uísque 12 anos.

- E o que seria? – o loiro levantou a sobrancelha.

- Isto! – o moreno disse quando as luzes diminuíram e a música aumentou. – Aqui é o único pub de Nova Iorque onde as bar girls dançam no balcão. Você verá porque é tão requisitado! Olhe, elas começaram!

Draco, que estava de costas para o balcão e a multidão em volta dele, se virou para ver as duas jovens que subiram no balcão e começaram a dançar rebolativamente para a multidão.

- Hummm hoje é a Âmbar e a Rubi que dançam. Elas são muito gostosas. Âmbar é minha predileta... Pena que sempre se faz de difícil... – Harry continuou a falar admirando a dança, porém o moreno já não prestava mais atenção nele.

Ele estava vidrado na silhueta da castanha, tinha a impressão que a conhecia, estava fascinado por aquelas curvas, e se não a conhecesse com certeza a conheceria, precisava saber quem era ela. Bebeu o uísque todo de uma vez levantando-se da mesa e indo em direção a multidão.

Draco estava intrigado com a mulher de cabelos castanhos e cachos definidos e volumosos. Aquelas curvas, o jeito que se mexia... Quando ela se virou, ele não pode deixar de sorrir de canto, mesmo estando surpreso ao encontrá-la ali, dançando em cima de um balcão, depois de cinco anos...


Sempre quando Hermione dançava com a Gina tinham já uma coreografia e sincronia. Sempre começavam dançando de costas, deixavam o suspense e depois viravam. Quando ela virou e abriu os olhos, quase perdeu o equilíbrio ao ver aqueles acinzentados penetrantes a encarando.

"O que ele estava fazendo ali?", ela pensou. Engoliu em seco e por um momento parou de dançar. Olhou para o lado e encontrou o olhar interrogativo de Gina, e então se lembrou que devia dançar. Foi o que fez.

Começou a dançar, mas não estava mais concentrada e nem animada como antes. Estava tensa e nervosa. Ele lhe olhava penetrante e enigmático. Ela estava com medo daquele olhar. Precisava sair dali ou ele a engoliria. Era isso que ela sentia, era a sensação que ele lhe passava.

Tentava ser o mais profissional possível. Principalmente depois de olhar o resto da multidão e ouvir os murmúrios vulgares de incentivo, ela então percebeu que transparecia sua tensão em sua dança, não daria esse gostinho a ele.

Olhando para todos os cantos menos para ele voltou a dançar como antes. Remexia os quadris provocativamente, seduzia ondulando-os ao ritmo da música. Era provocativa e sedutora, como só ela sabia improvisar num momento propício como esse.

Ao final da música ela mal esperou pelos aplausos e cantadas que ela sabia que viriam desceu rapidamente do balcão, seguida por Gina que a segurou pelo braço quando ela tencionou lhe dar as costas.

- O que houve com você Mione? – a ruiva perguntou a castanha preocupada.

- Meu ex-marido Gina... Ele está ali na multidão! – Hermione disse aflita a amiga.

- Quem? – Gina perguntou tentando procurar pela multidão.

- O loiro de cabelos curtos, olhos acinzentados, alto, de terno. – Hermione deu as características físicas de Draco, sem olhar para frente. Estava escorada atrás de uma pilastra tentando se recuperar.

- Nossa! Ele é um gato! – a companheira disse brincalhona depois de ter localizado o empresário. – Será que ele não tem um irmão gêmeo não? – ela perguntou marota.

- Pare de brincadeiras! – ela cortou a amiga rindo ligeiramente, Gina conseguia lhe distrair. – O assunto é sério Ginevra! Ele não pode me achar! Segure as pontas pra mim essa noite, por favor! Preciso ir embora!

- Tudo bem! Mas fica me devendo essa hein! Depois quero que me apresente algum amigo dele hein! – ela piscou os olhos zombeteira voltando para o balcão e atendendo os pervertidos bêbados.

A americana revirou os olhos risonha e o mais rápido que pode correu para a porta de onde tinha entrado e correu para a cozinha, pegou o sobretudo e a bolsa que havia deixado por lá e saiu correndo pela porta dos fundos a fora...


Ele ficou satisfeito ao vê-la estagnar ao enxergá-lo, ele tinha que admitir. Estava surpreso ao encontrá-la, principalmente ali, dançarina de boate. "Que decadência Hermione!", ele pensou. Separou-se dele para virar uma qualquer. Ele ria sarcástico da situação, mesmo que todos aqueles uivos e exclamações o deixassem enciumado.

Os anos lhe fizeram bem, estava bem melhor. Seu corpo estava mai maduro, as curvas maiores e as proporções também. Desejou-a ter novamente, nem que fosse só por uma noite apenas. Ela estava terrivelmente gostosa.

Por um momento ele achou que ela fosse desistir, mas estava enganado, ela empinou seu nariz e profissionalmente voltou a dançar, ignorando sua presença. Isso o deixou ainda mais excitado. Não perderia um minuto sequer dessa vez, não seria paciente.

Quando a dança terminou e ela desceu rapidamente do balcão ele ficou mais alguns minutos ali parado, olhando penetrante para lá, captando cada movimento que ela pudesse fazer. Ela conversara com uma companheira, a que deveria ser a rubi, ele pensou, e depois a mesma olhou em sua direção.

Ele sorriu, ela estava falando dele, havia percebido a presença dele também. Isso deixaria tudo mais fácil e prático. Quando a viu correndo para a porta dos fundos ele sabia o que tinha que fazer. Draco deu meia volta e saiu pela porta em que tinha entrado. Ignorou completamente seu companheiro, deixando-o para trás.

Saiu quase correndo dali e foi até seu carro, entrando e dando partida. Saiu dali cantando pneu, não podia perdê-la de vista, não dessa vez...


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Bom... é isso aí amores... Espero que gostem mesmo sendo UA e um pouco OCC...

Postarei o próximo cap só depois deu ma boa dose de reviews DESCENTES nada de "ta legal, continua" ou "ta linda"

Por favor... vamos por essa cachola pra funcionar!!

PS: EU AMO DRAMIONE E ODEIO COM TODAS AS MINHAS FORÇAS RONY & HERMIONE

Então não me venham xingar o casal e defender Rony & Hermione se você gosta...

bom é só isso amores.... Até a próxima!

Bjos

Bebel ^_^V