Naruto e seus personagens não me pertencem mais, perdi no pôquer para Masashi Kishimoto, mas quase posso provar que ele estava roubando. Afinal, se fosse meu, Nagato não pensaria em matar Naruto.
Essa é uma fic YAOI, mesmo assim segue com informações sobre o Manga e Anime. É uma SasuNaru. Quem não gosta, não leia.
Contem Lemon, é by Li Morgan, esperavam o que?
Foi informado, então se seguir, que seja por sua conta e risco!
Legado
A Taki fora enviada em uma missão de recuperação, se é que poderia ser chamado assim, teriam que simplesmente viajar ao país visinho e desenterrar uma parte do dinheiro que Kazuzu tinha adquirido vendendo corpos de shinobis ao mercado negro. Estava tudo calmo, calmo demais, por isso Sasuke aceitara partir, Madara parecia satisfeito com alguma coisa, isso nunca era um bom pressagio.
No espaço de três dias, que foi o tempo levado da partida da Taki e seu retorno, as coisas haviam mudado violentamente. Karin sentiu chakras no esconderijo, chakras desconhecidos e Juugo descobriu com suas aves que eram ninjas de Kumo, e mais, que o próprio Raikage estava entre eles. Esconderam o dinheiro, dispostos a ver o que estava acontecendo, não estavam usando o sobretudo da Akatsuki, estavam com suas vestes normais da Taki, não deviam nada aqueles ninjas.
- O jinchuuriki no Hachibi – Juugo falou baixo, e então as árvores acabaram, assim como as pedras. Onde antes existira barreiras naturais para proteger a entrada do prédio incrustado na montanha, agora havia uma imensa clareira.
- Yo – Kira saudou se colocando entre eles e os ninjas de Kumo que acompanhavam seu irmão – devem ter vindo ver o que aconteceu, não? Mo moral, a do loirinho. O lolito é radical!
- Um ultraje – o Raikage bufou – esse corpo está inutilizável, só conseguimos saber que ele é mais velho que Konoha!
- E ai? – Kira sorriu – vocês deviam ter visto veio, eu estava aqui, meu bro ainda não tinha chego. Eu nem sabia que o bro tava achando que tinham me pegado, tava na boa, viajando, tirando uma onda, e então eu vi o loirinho, mo tesão, pensei. Tava chegando junto quando o loirinho me encarou, direto nos olhos, mo sinistro!
Suigetsu suspirou, aquele modo de falar estava o irritando, mas Sasuke continuava ouvindo impassível. Juugo e Karin o ladeavam, como que prontos para matar que quer que se aproximasse demais.
- Ai deu até mais tesão, uma coisinha pequena, loira e sexy – Kira falou empolgado – foi ai que o meu inquilino gritou! Sinistro mesmo, ele berrou, e ai eu tava de joelhos no chão, completamente entregue aquele loirinho, que sorriu. Cara, que sorriso, eu mataria esse bastardo aqui só para ele sorrir para mim. Que rosto, que olhos, que boca!
- Já basta – o Raikage gritou mais irritado ainda, o irmãozinho havia contado aquela história tantas vezes que já cansara – "Pegue o corpo do Uchiha se quiser", insolência, um simples genin, um jinchuuriki. Konoha me deve, me deve um Uchiha! Não essa carcaça imunda.
- Bro, pega a carcaça e fica na tua – Kira falou – eu não acho que vo pode lutar com o loirinho, ele...
- É um genin! – o Raikage gritou.
- Raikage-sama – um dos ninjas falou – o que o sensei falou tem que ser entendido da maneira certa. O ninja loiro de Konoha, bem, ele é muito forte, pelo que vemos, ele matou Uchiha Madara, conhecido por ter matado o Shodaime Hokage e que recentemente se descobriu ter dominado a Kyuubi e liderado o ataque a Konoha, há dezesseis anos, matando o Yondaime que a selou.
- Mo sinistro – Kira riu – sabia que o Yondaime fodão era o pai do loirinho? Mo legal, né?
O Raikage bufou irritado.
- Raikage-sama – o ninja tornou a falar – devemos lembrar também, que Kyuubi era o Senhor dos Demônios, o mais poderoso e que diziam que poderia comandar todos eles.
- Está selado em um genin! – o Raikage gritou.
- Sim – o ninja continuou – mas o Hachibi também, e quando o sensei o viu, ele fez uma reverencia de prostração. E o sensei disse que o ninja de Konoha não usou o chakra da Kyuubi quando lutou, lutou como shinobi, não jinchuuriki, e é um genin ainda. Não podemos forçar Konoha.
- A vila foi destruída – o Raikage lembrou – vocês mesmo me disseram, está completamente destruída, Pein, Nagato ou seja lá que nome tenha a destruiu.
- E morreu – o ninja falou calmo – pelas mãos do genin de Konoha. Fora que...
- Eles perderam tudo! – o Raikage falou – Konoha está no chão, eles perderam tudo mesmo!
- E isso quer dizer que não tem mais nada a perder – Kira falou olhando seco para o irmão – não vou lutar com o loirinho lindo, Uzumaki Naruto, é esse o nome dele. Eu não o temo, mas eu o respeito, não vou lutar com ele, nem por Kumo, nem por você.
- Vai fazer o que seu irmão e líder mandar – o Raikage avançou para Kira.
- O sensei pode ser forçado a se virar contra nós – o ninja falou calmo – Kyuubi ainda é o senhor dos demônios, e pelo que entendi, Uzumaki Naruto é o senhor dos jinchuurikis.
- Fora isso – a ninja pequena e morena falou movendo as mãos e indicando toda a clareira – jamais vi um chakra tão absurdamente calmo, controlado, justo e doloroso como esse. É o chakra de Uzumaki Naruto, vai permanecer aqui por muito tempo ainda.
- Eu mandei que Konoha me desse o corpo do Uchiha que atacou Kumo e tentou seqüestrar meu irmão! – o Raikage falou irritado, não podia ignorar que sentia o chakra do jinchuuriki no Kyuubi ainda ali.
- Eu disse era esse ai o cara que veio atrás de mim – Kira falou e então olhou para a Taki, piscando discretamente o olho – e o cara de peixe morto ali, com a espada caída tava junto, assim como o repulhodo lá no canto.
- Carcaças imprestáveis – o Raikage bufou.
- Mas Raikage-sama, o senhor pediu o corpo de um Uchiha e ele é um Uchiha – o ninja ponderou mais uma vez – Konoha fez o que você pediu.
- O corpo não tava tão sinistro – Kira falou – mas quando o loirinho foi dar uma olhada no esconderijo, quando achou o menininho, ai foi sinistro. Ai ele usou o chakra da Kyuubi, mesmo com o bastardo morto, ele radicalizou.
- Quantas caudas? – o Raikage perguntou – quantas caudas ele usou?
- Nenhuma – Kira falou olhando feio para o irmão – mas eu pude assistir, e mais uma vez senti que tinha que me ajoelhar, colar minha cabeça no chão e esperar que ele me reconhecesse e desse permissão até para respirar. O chakra dele, uma força azul como luz pura, o da Kyuubi, vermelho como fogo, os dois entorno dele e...cara! O chão tremia a cada passo dele, as pedras subiam, o vento curvava as árvores. O cara de peixe ali, ele ainda tava agonizando, tentou proteger o corpo do Uchiha com a espada. Naruto... Naruto-san, ele simplesmente fez o cara voar, pedaços da espada para todo lado e então ele chutou o corpo. Cara, juro que ele teria o pulverizado se não fosse a garota sair com o menininho e pedir chakra para curar o pequeno. Cara, ele tava tão puto, mas tão puto, que dava pra sentir meu coração palpitando, eu senti o ódio dele correndo por mim, eu fiquei com ódio, mas eu não podia sair de onde estava sem que ele me deixasse e ele acalmou, para a garota poder usar o chakra dele.
- O sensei não é facilmente influenciável – o ninja ponderou – claro que é imprudente, mas não influenciável. Eu realmente acredito que se declararmos guerra a Konoha, Kumo ficara tão mal ou pior do que ela. Eu não acho prudente...
- Farão o que eu mandar! – o Raikage gritou irritado.
- Bro, abaixa a bola – Kira rosnou – ou eu baixo pra você. Kumo não vai ir contra Konoha, pois se for, se mais um ninja for mandado para lá, eu mesmo os mato! Entendeu?
O Raikage arregalou os olhos, era a primeira vez que o irmãozinho o enfrentava. Kira sempre o idolatrara, fora inteligente em sempre fingir que o amava, sempre fingir que o protegia do ódio e desprezo dos demais. Se esforçara para ser único naquele coração, para ser deus aos olhos do irmão. Percebeu então que isso mudara, havia um novo deus, Kira começava a perceber mais as coisas, desde que enganara os membros da Akatsuki, desde que provara o gosto da liberdade que sempre lhe negara, mentindo que era pelo bem dele, estava mais confiante, não seria fácil enganá-lo novamente.
- Quem era o menino? – Sasuke rompeu o silêncio da Taki – e para onde o levaram.
- Tai – Kira sorriu – era o filho do outro Uchiha na Akatsuki, do espião de Konoha, Uchiha Itachi. O pequeno deve ter uns quatro anos, tava largado pra morrer em uma cela lá embaixo, um lugarzinho fedido e frio, cheio de umidade. Foi com eles, nos braços do loirinho sexy.
- E vocês, quem são? – a Raikage perguntou então, olhando os quatro com cuidado, sabia que o irmão podia estar mentindo, e sabia também que nenhum dos ninjas que realmente tinham visto os membros da Akatsuki trairia seu irmão.
- Taki – Sasuke falou frio.
- Você é Uchiha Sasuke, não? – o ninja que mostrara as desvantagens para o Raikage olhou demoradamente para Sasuke e então para Kira antes de suspirar – matou o Sannin Orochimaru, também derrotou Uchiha Itachi, o matador de seu clã.
- Sim – Sasuke concordou impassível – e fiquei na cola de Madara, esperando o momento de eliminá-lo. Parece que isso me foi tirado.
- Então o menino era seu sobrinho – o ninja ponderou – deve estar em Konoha agora.
- Mas a vila não foi destruída? – Karin perguntou aflita.
- O sensei fez essa mesma pergunta a Naruto-san – o ninja ponderou.
A ninja peituda ao seu lado arrumou os cabelos e sorriu.
- Ele respondeu que estavam acostumados a reconstruir – a ninja disse – que não é a primeira vez que ele faz isso, mas que vai garantir que seja a última.
Sasuke apenas concordou com a cabeça e então se virou para seus colegas de equipe. Olhou então Kira nos olhos e inclinou a cabeça em agradecimento e despedida. A Taki então se colocou em movimento mais uma vez, alerta para não ser seguida pelos ninjas de Kumo.
Demorou dois meses para que Sasuke decidisse o que fazer. Por um lado tinha o medo de voltar para Konoha e morrer pelas mãos do Conselho, por outro tinha o sobrinho, uma criança inocente, que poderia estar pagando por seus crimes.
Itachi tinha tido um filho, Sasuke pensava sentindo no peito que precisava encontrar essa criança, que precisava protegê-la pelo resto de sua vida para pagar pelo que o irmão fizera por ele. Era estranho pensar que uma criança que ele nem sabia o nome carregava o futuro dos Uchiha, uma criança que fora salvo pelos amigos que traíra, que fora levada por eles, nos braços de seu melhor amigo da pessoa que mais traíra, seu único rival que finalmente havia superado-o.
Karin e Suigetsu não desejavam ir com ele a Konoha, Suigetsu estava desejando retornar a Nevoa e tentar a sorte lá, principalmente depois que se descobriu que Uchiha Madara era o Mizukage, e que com sua morte, as coisas haviam mudado na vila e país. Chuva também estava calma agora, sem Nagato como deus vivo deles, a guerra civil terminara e a vila se reconstruía e unificava novamente. Parecia que todas as vilas ocultas e país haviam lucrado com o fim da Akatsuki, e todas rendiam homenagens a Konoha, que os livrara daquela praga.
Sasuke então dividira o dinheiro da Akatsuki em quatro partes e entregara a Suigetsu a sua, Karin resolvera seguir com Suigetsu, ainda mais com dinheiro suficiente para poder partir se desejasse. Juugo seguiria com Sasuke, como havia jurado quando o libertara de sua cela quando ainda estava formando a Hebi.
As despedidas não foram longas, nenhum deles estava disposto a perder tempo com lamentações ou sentimentalismos. Claro que Karin havia entendido finalmente que Sasuke jamais seria dela, que jamais a olharia. Suigetsu era uma boa pedida, mesmo que fosse cheio de defeitos, não era indiferente a ela. Não foi com pesar que viu Sasuke partindo com Juugo e a parte deles do dinheiro. Aprendera quando em Oto que jamais poderia desejar o impossível, que deveria aprender a se contentar com o que tinha e poderia ter.
Sasuke e Juugo chegaram às portas de Konoha com o manto da noite sobre eles. Não ofereceram qualquer resistência quando quatro Anbus mascarados os cercaram e os conduziram para dentro dos portões, para verem uma vila em acelerado processo de reconstrução, mesmo assim Juugo e Sasuke podiam imaginar a destruição que ocorrera ali, e apenas imaginar o poder da pessoa que o gerou com um único jutsu. Nagato, o mais poderoso marionete de Madara era o herdeiro do Eremita dos Seis Caminhos, aquele que diziam possuir poder sobre todos os elementos, que criara o mundo shinobi, isso se mostrava por sua Kekei Genkai, o Rin'negan, O Olho Supremo, mas nem mesmo isso o fizera vender do Ninja das Distrações e Sennin de Konoha.
Foram levados a presença da Hokage, que estava despachando em uma das casas novas, a prioridade eram as moradias e comércios de Konoha, depois viriam os prédios administrativos. Abrira uma exceção somente para a Academia, pois sabia que as crianças precisavam ficar em algum lugar enquanto os pais trabalhavam na reconstrução. Seus ninjas estavam todos espalhados, cumprindo todas as missões quase com desespero, mas nenhum deles reclamava. Entendia também que muitos faziam isso para poderem manter Naruto na vila, dada as novas circunstancias, a paz se manteria enquanto Naruto ficasse em Konoha e até então o loiro fora entretido com a reconstrução, já que era impossível que Uzumaki Naruto ficasse parado esperando.
Tsunade entendia que os ninjas iam tranqüilos sabendo que Naruto estava na vila, assim poderiam manter apenas um pequeno grupo para monitoração e proteção, os aldeões também ficavam mais tranqüilos. Não fora Uzumaki Naruto quem derrotara Pein e Nagato? Não fora ele que dominara a própria Kyuubi que se manifestara quando a herdeira Hyuuga quase fora morta diante dele? Não era ele o legado, o filho do Yondaime, o discípulo de Jiraya-sama?
Uzumaki Naruto tinha finalmente o reconhecimento de toda Konoha, até mesmo a de seus inimigos, que não esconderam tardaram em tentar denegri-lo e aprisioná-lo, isso se mostrara um erro, o último deles. Tsunade então sorriu ao reconhecer o ninja que era levado até ela. Finalmente o rapaz tivera coragem de retornar, mas já estava preparada para ele, assim como Naruto e Konoha.
- Uchiha Sasuke – Tsunade falou desdenhosa – e você, quem seria?
- Juugo – Juugo falou desviando os olhos da bela mulher de seios grandes e pronunciado decote, o cheiro de sake e tinta dominavam a sala.
- Juugo – Tsunade falou sorrindo então – e então, o que deseja em Konoha, Uchiha Sasuke? Clemência? Reintegração? Sabe que foi acusado de traição e declarado pelo Conselho um nuke-nin, não sabe?
- Sim, eu sei – Sasuke falou calmo – não poderia ser diferente. Eu fugi da vila para me unir a Orochimaru, lutei contra Naruto, um dos ninjas enviados para me resgatar.
- Mais de uma vez – Tsunade falou – e mais de uma vez tentou matá-lo.
Sasuke concordou e então baixou os olhos, não por causa da intensidade dos olhos da Hokage, ou por respeito a sua autoridade, mas por que realmente pensara, mesmo que por alguns segundos, que deveria e poderia matar Naruto.
- Assim como é de nosso conhecimento de que nessas duas vezes, você mesmo tendo a oportunidade, não o fez – Tsunade falou sorrindo e vendo o moreno a olhar espantado – quanto a Orochimaru, você o eliminou, se não completamente, pelo menos o mais satisfatoriamente possível diante de suas limitações. Isso abranda a acusação de traição, ainda mais por que o ninja cuja a vida você tratou como capricho se recusa a prestar uma queixa contra você e o testemunho dele é mais uma defesa do que uma acusação.
- Naruto – Sasuke falou baixo, por que não se espantava com isso? Aquele tolo teimoso e determinado, Sasuke pensou quase sorrindo.
- Sim – Tsunade sorriu e sua voz e olhos ficaram mais macios, Juugo observou os olhos, Sasuke a voz – Uzumaki Naruto é um teimoso determinado, fiel e leal até o fim. Sempre colocando os outros acima de sua vontade e sonhos. Um tolo, muitos diriam, mas um tolo poderoso, que fez aliados importantes e que desperta a mesma lealdade que entrega.
Sasuke concordou, tinha visto a ponte com o nome de Naruto, tinha ouvido muito sobre ele e seus feitos enquanto esperava para ter certeza do que faria.
- Quanto a sua nomeação como nuke-nin feita pelo Conselho – Tsunade falou – jamais foi assinada por mim, e perdeu sua validade quando o novo Conselho assumiu.
Sasuke ergueu os olhos, o espanto estava claro em seus olhos e rosto e Tsunade riu.
- Sim, os velhos idiotas cometeram seu último erro – Tsunade sentia orgulho e revanche agora – acharam que com a destruição da vila teriam a cortina de fumaça certa para decretar que Naruto era perigoso e o aprisionar por toda sua vida, porem sem prédios, sem barreiras, o povo não estava muito disposto a concordar, os shinobis menos ainda. Danzou tentou então tomar o poder, coisa que desejava a muito, e forçar assim o aprisionamento de Naruto, quem sabe conseguir sua morte. Foi morto por sua Re, julgado por ela indigno e então toda sua podridão revelada. Danzou estava morto e o Conselho desmascarado, a população de Konoha exigia um novo Conselho. Quem melhor do que os lideres dos clãs mais prósperos?
Sasuke não respondeu, estava chocado demais com o que ouvia. Haviam pensado em aprisionar Naruto? Como podia cogitar a idéia de que Naruto era perigoso, ele não provara que daria sua vida mil vezes por Konoha?
- Aburame Shibi, Nara Shikaku e Hyuuga Hiashi foram os escolhidos e aceitaram a honra oferecida – Tsunade continuou – quando o time Kakashi retornou, depois de ter destruído a Akatsuki e resolvido nosso probleminha com o Raikage, Naruto foi elevado ao posto de jounin, o que recusou, ficando como chunnin, pelo menos até seu filho adotivo, Uchiha Hirosuke, estar menos fragilizado.
- Hirosuke – Sasuke falou baixo, agora a criança tinha um nome, mas não uma face ainda – meu sobrinho.
- Sim – Tsunade sorriu – os testes foram feitos, Uchiha Itachi era realmente o pai de Hiro, como o chamamos. Alguns foram contra Naruto adotar Hiro, principalmente por ele ter apenas dezessete anos, recém completos, mas ninguém poderia separar os dois sem grandes danos.
- Como? – Sasuke perguntou.
- Parece que Hiro não quer se separar de Naruto – Tsunade falou de forma que Sasuke soube que ela não entraria em detalhes – e Naruto queria o menino. Havia um vínculo entre eles, um elo. Hiro só confia em Naruto, ou naqueles em que Naruto confia, mas se mostra muito incomodado ainda quando Naruto não está por perto. É uma criança de quatro anos, muito maduro e inteligente para sua idade, ele é realmente precoce, até se o compararmos ao pai dele. Não só já despertou o Sharingan, como já domina a segunda fase.
- Com quatro anos – Sasuke falou bestificado.
- Exato – Tsunade falou – felizmente Naruto parece igualmente apaixonado pelo menino. O Conselho e eu não vimos por que não acatar a vontade dos dois, por isso ele foi adotado por Naruto e isso não vai mudar, nem mesmo com o seu retorno. Ainda mais porque embora precoce como Uchiha, Hiro ainda se mostra uma criança indefesa e vulnerável em alguns aspectos. Ele não deixa que qualquer um o toque, sua possessividade e timidez tem que ser contornada, mas tudo isso é de conhecimento de Naruto, que fará todo o possível, quem sabe até o impossível para que Uchiha Hirosuke cresça saudável e forte, sabendo o que é certo.
- Entendo – Sasuke falou calmo.
- Não vamos negar seus direitos como tio, se você não negar os direitos de Naruto como pai – Tsunade falou – vai ser reintegrado, porem você e Juugo passarão por dois meses de vigilância, presos aos portões de Konoha. Espero que não se incomodem em ajudar na reconstrução, todos os nossos ninjas que não estão de missão podem ser vistos nos campos de obras.
- Não me importo – Sasuke falou, pensando que tinha sido fácil demais, leve demais a punição de Konoha.
- Não me importo também – Juugo falou rápido – e quanto à chakra? Poderemos usar?
- De modo não hostil – Tsunade sorriu – muitos de nossos shinobis modificaram seus jutsus ou os utilizam de modo a auxiliar e acelerar o trabalho. Konoha é uma vila oculta, nada mais natural do que usar chakra para reerguê-la.
- Oferecemos isso – Juugo falou entregando a Tsunade sua parte do dinheiro, ele e Sasuke tinham concordado em dar metade do dinheiro sujo da Akatsuki a Konoha caso fossem integrados a vila e a pena não fosse muito dura – para o fundo de reconstrução.
Tsunade olhou o dinheiro, uma boa quantidade, vinda em uma boa hora. Assim não precisaria cortar os pagamentos aos ninjas e nem apelar para ajuda exterior.
- Aceito – Tsunade falou puxando a bolsa – o bairro Uchiha também foi afetado pelo jutsu de destruição de Nagato, resolvemos não afastar ou segregar mais nossos clãs, por isso receberão uma casa naquela área. Claro que irei devolver com o tempo o dinheiro arrecadado com o loteamento daquela terra, que será dividido entre você e Naruto, já que ele é o responsável pelos interesses e herança de Hiro.
- Não vejo nenhum problema – Sasuke falou.
- Ótimo – Tsunade sorriu – Sakura, pode entrar agora.
Haruno Sakura entrou, parecendo bem cansada, mesmo assim sorriu para Sasuke e Juugo, um sorriso de boas-vindas.
- Seu turno no hospital acabou, bem como o trabalho que desejou aqui – Tsunade falou – está na hora de ir se recolher, pois amanhã é outro dia.
- Hai, Tsunade-sama – Sakura falou tentando usar seu tom enérgico.
- Vá para o acampamento – Tsunade falou branda – leve Uchiha Sasuke e Juugo com você, sabe onde eles poderão ficar, mas avise Tenzou que deve procurá-los amanhã pela manhã, eles serão subordinados dele.
- Hai – Sakura concordou e então sorriu – amanhã virei direto aqui, há ainda algumas coisas que eu devo fazer, só depois vou para o hospital.
- Sim, eu gostaria disso – Tsunade falou – mas não se esforce demais, Sakura. Sei que sempre sentiremos falta de Shizune e ninguém espera que você trabalhe por duas.
- Eu espero – Sakura falou determinada – é meu jeito de honrar minha sempai.
- Vocês do time Kakashi – Tsunade suspirou – não posso vencer a teimosia de vocês, nem quero!
- Todos estão se esforçando – Sakura falou – até mesmo Sai, que está cumprindo sua parte e a de Kakashi, para...
A voz de Sakura foi definhando, ainda doía pensar nos que perdera, nos sorrisos que jamais tornaria a ver, nas vozes que haviam sumido para sempre.
- O nome deles já está na Pedra, Sakura – Tsunade falou bondosa – e tenho certeza de que Shizune e Kakashi estão muito orgulhosos de vocês, assim como Jiraya.
- Hai – Sakura falou – mais um motivo para nos esforçarmos.
- Teimosos – Tsunade sorriu balançando a cabeça – mas não se matem, por favor, ninguém gostaria de algo assim.
- Venham – Sakura falou saindo da casa e andando pelas ruas escuras, passando pelas casas novas e pelas que ainda eram erguidas – estamos dando prioridade aos aldeões e shinobis com família, por isso muitos de nós estão acampados fora dos campos de obras. Há acampamentos mistos, com funcionários de fora que foram contratados e shinobis, e o que estamos vivendo, que é só de shinobis.
- Sakura, Kakashi-sensei...
- Sim – Sakura falou, seu sorriso apagou um pouco – ele e Shizune descobriram pistas que nos ajudaram a derrotar Nagato, morreram como Heróis de Konoha. Suas perdas estão sendo pranteadas por todos, principalmente para nós, o time Kakashi. Sai é o único de nós que está cumprindo missões externas, Tenzou é nosso jounin responsável por enquanto, já que Naruto recusou o posto de jounin. Eu e Naruto estamos trabalhando dentro da vila, eu por causa do hospital, que ainda está cheio de feridos, fora meu trabalho como pessoa de confiança da Hokage. Naruto por que a vila se sente mais protegida com ele aqui e Hiro-kun precisa dele.
Depois de andarem um bom tempo por terra devastada, algumas vezes eles podiam ver ao longe estruturas brilhando ao luar com grupos de pessoas entorno de uma fogueira. O barulho os saldava, mesmo que baixo, eram sons de alegria, não de lamento.
Quando eles finalmente se aproximaram do lugar onde Sakura os guiava, Sasuke notou que eram algumas casas, Sasuke estava meio desorientado, mas reconheceu a casa, era parte do composto Uchiha, a casa mais afastada, a casa em que sua mãe nascera e crescera, onde morara até se casar com seu pai e ir morar na casa principal. Ele e Itachi cresceram brincando naquela casa, depois dela ficava a parte de floresta em que Itachi treinava.
A luz da casa estava acesa, ela era como um farol aos viajantes noturnos e quando se aproximaram mais, Sasuke pode ver o menino sentado na varanda ampla da casa. A estrutura era tradicional japonesa, das portas de correr eles podiam ver a sala simples e parte da cozinha pequena e aconchegante.
Sasuke pode contemplar o menino então, anexar um rosto ao sentimento que crescia em seu peito, um rosto ao nome que acabara de conhecer. Era o rosto que ele tivera quando criança, apenas os cabelos negros eram mais lisos, caindo curtos pela cabeça e deixando o rosto pálido mais suave e infantil. O menino olhava diretamente para frente, como que perdido em pensamentos, parecendo tão pequeno e vulnerável que Sasuke sentiu a estranha necessidade de abraçá-lo, claro que controlou aquilo, era um desconhecido para o menino e Uchiha jamais gostaram de ser tocados por estranhos. E para Uchiha, todos os que não eram parte do íntimo círculo de intimidade, eram estranhos.
- Hiro-chan – Sakura saudou animada, quase saltitando até o menino, era tão difícil encontrá-lo sem Naruto por perto, talvez ele já estivesse mais sociável – estava esperando por mim?
Os olhos negros do menino foram para Sakura, numa olhada que misturava o fogo do desprezo e a frieza da indiferença. O rosto pequeno e delicado permanecia sem qualquer emoção.
- Testa – a voz feminina veio de dentro da casa – deixe o menino em paz.
- Porca – Sakura deixou o som sair por entre os dentes – onde...
Hiro então se moveu, saindo da posição em que estava, abraçado as pernas e se sentou sobre elas, estendendo uma das toalhas que tinha consigo com uma expressão solene.
- Obrigado – Hyuuga Neji falou ao pegar a toalha, encostou então a mão nos cabelos negros – Ino, você foi chamada também, quanto tempo para se preparar?
Ino suspirou saindo da cozinha com duas tigelas cheias de um caldo grosso, bebendo de uma delas antes de deixar a outra com Neji.
- Dois minutos – Ino suspirou – minhas coisas estão prontas, Naruto disse que eu deveria deixar tudo limpo e preparado. Só sei que vou aproveitar e muito quando isso tudo acalmar.
- Todos nós vamos – Neji falou – meu treino foi interrompido quando estava na melhor parte.
- Uma pena – Ino sorriu e então tocou nos cabelos de Hiro – o que...
- Chichiue – Hiro falou sorrindo então ao estender a outra toalha que tinha.
Naruto aterrissou na frente do menino, com um imenso sorriso, uma das mãos ainda segurava as kunais com que treinara, por isso não chegara junto de Neji, por estar recolhendo seu equipamento.
- Vou treinar como usar o fio ninja amanhã – Naruto falou e então notou Sakura, Sasuke e Juugo.
- Treine, quando retornar, vamos terminar aquilo, do ponto em que paramos – Neji falou terminando o caldo e vendo que Hiro estendia as mãos, para pegar a tigela, sorriu para o menino e olhou Ino, que voltava com a mochila que deixara preparada, sorria para Hiro, deixando com ele a tigela que terminava de beber e então beijou os cabelos de Hiro antes de puxar Naruto e o beijar a bochecha antes de sair com Neji.
Hiro os olhou partir com um sorriso pequeno nos lábios, Sakura então resolveu tocar o menino, que se afastou, rosnando como um gato.
- Neko-chan – Naruto falou repressor, então olhou Sakura – ele não gosta que o toquem.
- Mas Neji e Ino...
- Ele confia em Neji e Ino – Naruto cortou pegando o menino no colo quando esse veio se agarrar em sua perna – Sakura, ele não é e nunca vai ser o filho que você sonhou que teria. É por isso que ele não gosta de você.
- Mas eu...
- Fez o seu trabalho – Naruto falou – cumpriu sua promessa iryou, mas não tem o direito de jogar sobre os outros os seus sentimentos e ilusões. Avise Tenzou que eu os abrigarei, essa casa é de Sasuke também.
- Não vai...
- Não – Naruto falou calmo – não vou convidá-la para jantar, acho que há assuntos demais a serem tratados em família.
- Mas o Sasuke-kun não...
- O fato é que eu sou o pai do sobrinho dele – Naruto cortou mais uma vez – o que me faz presumir que ao menos esse laço nós teremos. Agora tenho que ir tomar um banho e arrumar os quartos para Sasuke e...qual o seu nome?
- Juugo – mais uma vez naquela noite Juugo se apresentou.
- Uzumaki Naruto – Naruto falou sorrindo e Hiro tirou o rosto de seu esconderijo no pescoço de Naruto, uma mão segurava o menino, a outra foi oferecida – e esse é meu filho, Uchiha Hirosuke, pode chamá-lo de Hiro, é como nós o chamamos.
- Hai – Juugo sentiu a mão quente de Naruto, menor do que a sua, igualmente calosa, apertar firme sua mão, aquilo pareceu à melhor boas-vindas que poderia imaginar.
- Então eu vou indo – Sakura amuou, mesmo assim ninguém pareceu se compadecer dela.
Mais uma vez Sakura teve que encarar as mudanças realizadas em Naruto desde que Jiraya morrera. Pein, Hinata, Nagato, e finalmente a Akatsuki e Hiro, tudo isso criara um abismo entre ela e Naruto, um abismo que ela mesma construíra com anos de descaso e agressão. Naruto poderia aceitar tudo calado, sabia que ele aceitaria, mas então Hiro acontecera e Naruto não aceitaria nada que pudesse magoar seu filho. Tudo estaria igual se não fosse à presença de Hiro, fora o menino que fizera Naruto olhar Sakura por uma nova ótica e sabia que por mais que tivesse a amizade e respeito de todos, ninguém a ajudaria a transpor esse abismo. Tsunade mesmo havia falado que ela fizera isso sozinha, somente quando entendesse que suas ilusões e sonhos tolos jamais se concretizariam por magia é que conseguiria entender como construir uma ponte entre ela e Naruto, mas que se não fizesse isso logo, o aviso só ficaria maior e mais profundo.
- Venham – Naruto falou fazendo um bunshin, que pegou as kunais deixadas por Naruto no chão e então foi para a cozinha cuidar do jantar – já tomou banho? Comeu?
Hiro negou com a cabeça, e Naruto o colocou no chão.
- Bem – Naruto suspirou e então olhou para Sasuke e Juugo – vocês também estão parecendo cansados e sujos. Somos todos homens, podemos tomar banho juntos, o jantar está quase pronto.
Sasuke e Juugo concordaram, surpresos demais para negar, fora que a idéia de um banho quente ser por demais tentadora.
- Cuide da comida e se puder, arrume o quarto principal e o adjacente – Naruto pediu ao bunshin, que sorriu concordando – venham. Neko-chan, você lava minhas costas?
- Hai, chichiue – Hiro falou sorrindo – estava esperando você.
Naruto sorriu empurrando o menino para dentro de um dos quartos, Sasuke notou que como o resto da casa, aquele lugar tinha sido limpo ao extremo e parecia ainda mais luminoso do que fora no passado. A mãe fora a luz dentro da casa principal, seu calor sempre contrastando com a frieza estrema do pai, como uma chama tentando amenizar o frio.
Naruto logo começou a tirar as roupas negras que usava, Hiro fazia o mesmo e Juugo achou que deveria imitar, por isso tirou as roupas. Naruto então se virou para eles, olhando-os longamente antes de concordar com a cabeça, Sasuke não corou pelo controle extremo que tinha sobre si mesmo, Juugo não teve a mesma sorte.
- Felizmente há yukatas limpas e grandes aqui – Naruto falou suspirando e indo abrir um dos armários, tirando dali duas yukatas escuras, dobradas e acomodadas em uma pilha na última prateleira, da de cima pegou duas claras, uma era bem menor do que as outras – cuido das roupas depois do jantar, assim estarão limpas amanhã.
- Eu posso cuidar disso – Juugo falou rápido – tenho mais roupas para lavar também.
- Tudo bem – Naruto sorriu pegando um dos três baldes de madeira que estavam ali e encheu com a água quente da banheira – eu o acompanho depois então, e mostro onde esta tudo. Tenho roupas minhas e de Hiro para lavar.
Hiro já estava com o baldinho contendo sabonete e xampu esperando perto de um dos banquinhos. Naruto jogou a água diretamente sobre a cabeça do menino, que riu baixinho. Naruto refez o processo e jogou então água sobre si mesmo, indo depois sentar no banquinho.
- Quando as obras acabarem, vou reformar o banheiro – Naruto falou pegando o xampu e colocando um pouco na mão de Hiro e um pouco na sua, o menino e Naruto começaram então a lavar os cabelos um do outro – fazer um encanamento mais moderno, colocar uma ducha, mas até lá, é assim que vai ser.
- Pelo menos a água é quente – Juugo falou sentando em um dos banquinhos e começando a se lavar – como?
- Pela parte de fora, embaixo da banheira, lá há lugar para colocar lenha e fazer uma fogueira. Isso mantém a água quente – Naruto falou calmo, começando a ensaboar o menino, cuidando de cada pequena parte do corpinho de Hiro enquanto ele se divertia espalhando espuma em Naruto, mais preocupado em se divertir do que em limpar.
Sasuke se lavou em silêncio, não tinha nada contra as reformas, sabia que deveriam ser feitas se a casa fosse ser habitada, e Naruto parecia bem inclinado em criar seu sobrinho ali. A mãe gostaria disso, pensou ternamente, assim como Itachi. O grito feliz de criança lhe tirou de seus pensamentos, Hiro gritava feliz ao ter seu corpo puxado por Naruto e acomodando no colo do loiro, então as risadas do menino encheram o ambiente, Naruto estava lavando os pés do menino, entre os dedinhos principalmente e era claro que Hiro tinha cócegas.
- Pronto – Naruto falou finalmente libertando o menino, então o colocou se pé a sua frente e então se lavou rápido, logo um balde caia sobre Hiro, que agitou com as mãos os cabelos para que saísse toda a espuma – vá para a banheira.
Hiro concordou e caminhou até a banheira de pedra, mas não entrou, ficou olhando Naruto, que se enxaguou antes de pegar uma das toalhas brancas que tirara de um dos armários.
- Não vai entrar na banheira, chichiue? – Hiro perguntou vendo Juugo e Sasuke entrando.
- Não – Naruto sorriu – se relaxar agora, vou dormir. Fora que o bunshin me avisou que Hinata-chan chegou para comer conosco.
- Ah – Hiro falou correndo para Naruto, que entendeu que o menino não ficaria.
- Hiro, aquele é Uchiha Sasuke, ele era o ototo de seu oto-san – Naruto falou apontando Sasuke – isso faz dele seu tio. Não quer ficar e conversar um pouco com ele?
- Não – Hiro falou rápido, depois de um longo olhar a Sasuke – não sem meu chichiue.
Naruto suspirou e então começou a secar o menino antes de pegar a menor das yukatas, colocando-a no menino antes de terminar de se secar. Quando Juugo fez menção a sair da banheira, Naruto o deteve com um olhar e sorriso.
- Fiquem – Naruto falou – as yukatas estão ali, acho que são do tamanho de vocês, a sua é essa Juugo, vai ficar um pouco curta, mas pelo menos está limpa e vai estar confortável. O jantar sai em mais ou menos quinze minutos.
- Hai – Juugo voltou a sentar na água quente da banheira, relaxando.
Naruto e Hiro saíram então, e logo à voz de Naruto foi ouvida pela casa, se unindo a feminina de Hyuuga Hinata.
Sasuke e Juugo ficaram mais uns dez minutos antes de saírem a se secar. As yukatas negras, com o emblema do clã bordado nas costas, estavam realmente limpas, e ficaram realmente confortáveis. Quando Sasuke abriu a porta de correr do banho, viu os dois chinelos de casa postos ali, em tamanhos satisfatórios para ele e Juugo, que deu um pequeno sorriso pelo detalhe.
Se uniram então a Naruto e Hinata, que estavam na cozinha, a morena estava dispondo a comida sobre a mesa, Hiro não estava em parte alguma e então Naruto apareceu vindo de dentro da casa, com Hiro em seus calcanhares.
- Os quartos estão prontos – Naruto falou chegando – obrigado.
O bunshin sorriu e desapareceu.
- Então você acabou de chegar de uma missão difícil – Naruto sorriu para Hinata, que ao contrário do que fora no passado, não corou completamente, apenas uma insinuação de cor apareceu na pele de porcelana – Sasuke você já conhece, o loiro com ele é Juugo.
- Prazer – Hinata reverenciou então – sou Hyuuga Hinata.
- Os olhos...
- Sim, são da mesma cor que os de Neji – Naruto sorriu – Neji estava treinando comigo no escuro quando foi convocado, ele e Ino partiram e menos de meia hora. Os Hyuuga são conhecidos por seus olhos perolados, possuem uma Kekei Genkai ocular como a dos Uchiha, só que diferente. Enquanto o Sharingan pode copiar jutsus, o Byakugan pode ver o sistema circulatório de chakra.
- Naruto-kun – Hinata repreendeu – assim parece que acha o Byakugan melhor que o Sharingan.
- Tenho muito respeito por ambos – Naruto falou colocando a mão nos cabelos de Hiro e sorrindo – mas em batalha, se não fosse um jinchuuriki, temeria muito mais um Hyuuga como adversário do que um Uchiha.
- Chichiue, eu vou ser mais forte que ela? – Hiro perguntou confuso.
- Talvez – Naruto falou sentando perto da mesa baixa – sua Kekei Genkai é fantástica, Hiro, assim como a de Hinata-chan, dificilmente elas poderiam ser comparadas, são diferentes demais. Agora, você ainda é uma criança, e se crescer da forma certa, poderá ser mais forte até do que eu.
- Que o chichiue? – Hiro perguntou sorrindo – como fico mais forte que o chichiue?
- A verdadeira força shinobi, meu neko – Naruto falou acariciando os cabelos ainda úmidos de Hiro – ela só se mostra quando se protege alguma coisa.
Sasuke se lembrou de quando usara seu poder contra o jinchuuriki no Hachibi, quando entendera que por mais que não julgasse os membros da Taki como seus amigos, os julgava companheiros importantes e mostrara uma força impressionante, uma que não mostrava desde que o selo maldito de Orochimaru fora destruído.
- O que? O que eu tenho que proteger? – Hiro perguntou rápido, pegando a mão de Naruto e a levando ao rosto.
- É diferente para cada um – Naruto sorriu acariciando o rosto pálido e perfeito da criança – para alguns é uma vila, e por Konoha eles mostram uma força impressionante, para outros é apenas uma pessoa, ou muitas.
- Hai – Hinata sorriu – seu chichiue aprendeu isso com Haku-san, um adversário que ele derrotou há muitos anos.
- Hai – Naruto sorriu saudoso – Haku era uma linda pessoa.
- Ele é algo importante? – Hiro perguntou confuso – ele é sua pessoa importante?
- Ele está morto, meu filho – Naruto suspirou – mas sim, ele foi importante para mim. Mas não por ele que eu luto, eu luto pelas pessoas que eu amo, as pessoas que são importantes para mim. Às vezes a gente perde essas pessoas para a vida, às vezes para a morte, mas as pessoas que um dia se tornarem importantes para você, Hiro, elas sempre estarão dentro de você.
- Eu sou...
- Você não é uma das minhas pessoas preciosas, Hiro – Naruto falou vendo o rostinho ficar apático – você é a minha pessoa mais preciosa, e isso nunca vai mudar. Mesmo que um dia eu me apaixone por alguém e case com essa pessoa, mesmo que eu tenho outros filhos, você sempre será importante, não mais único e exclusivo, mas igualmente amado, entendeu?
- Hai – Hiro falou abraçando Naruto e escondendo o rosto em sua yukata.
- Agora, Hinata-chan – Naruto falou provocador – me diga sobre um certo jounin estóico com Byakugan lhe levando flores, é verdade o que eu ouvi?
- Naruto-kun – Hinata falou ofegante, escondendo o rosto completamente corado com as mãos – por favor. Neji-kun...Neji-kun somente...
Naruto riu e então olhou Juugo e Sasuke, ainda em pé.
- Se sentem – Naruto falou – vamos comer enquanto está quente.
Hiro soltou Naruto, mas não se afastou muito, começando a comer com os olhos postos sobre a comida.
- O oto-san de Hiro era seu irmão, Sasuke – Naruto começou enquanto todos comiam – e Itachi tentou, o máximo possível, manter Hiro longe da Akatsuki, o problema é que o outro pai de Hiro...
- Outro pai? – Sasuke perguntou confuso.
- Deidara era o outro – Naruto falou calmo – o to-chan, como Hiro o chamava. Juntos eles haviam feito um kinjutsu, Deidara gestou e deu nascimento a Hiro, eles o mantiveram em um esconderijo e iam visitá-lo quando possível, juntos ou separados.
- Mas Deidara...eu e ele...ele parecia odiar...
- Madara – Naruto falou calmo – ele apagou Hiro e o que Itachi e Deidara haviam tido, ficando a par da existência de Hiro e de mais um Uchiha. Itachi então entendeu que precisava de ajuda, muita ajuda. Aceitou lutar com você, me deu parte de seu poder e então entregou a outra parte para você. Isso também é um kinjutsu, somado aos outros que ele já fizera, e que haviam fragilizado sua saúde, acabou por morrer. Assim como você, eu não fui avisado da existência de Hiro, Itachi acreditava que ele ainda estava com as pessoas de confiança com que deixara Hiro, sua intenção é que ele só fosse trazido a Konoha quando atingisse a idade de freqüentar a academia.
- Como você...
- A parte do poder de Itachi em mim – Naruto falou calmo, comendo lentamente – eu isolei o máximo esse poder, mas depois que meu pai apareceu, eu tive que pedir ajuda de tudo e todos. Kyuubi foi um bastardo rancoroso, mas pelo menos eu entendi que era por causa da minha semelhança com ele. O fato é que o selo quase se desfez, estava com oito caudas libertas e quase sem controle da minha mente, mas meu pai tinha pensado nessa possibilidade e deixou parte do chakra dele, um selamento escondido, quando ele terminou de me dizer o que sabia do ataque da Kyuubi, do ninja que via através de todos os movimentos dele e que estava dominando a Kyuubi. Meu pai não sabia mais do que isso, mas refez o selo no meu estomago, e eu pude vencer Pein e Nagato. Itachi então apareceu em minha mente, o selo de meu pai o impedia de aparecer até então, mas com o selo de meu pai desfeito, ele podia então ficar próximo a Kyuubi e a acalmar.
- Acalmar? – Juugo perguntou confuso.
- A maldita parece um filhotinho agora – Naruto suspirou – Itachi sempre foi carismático, mas não achei que ele poderia chegar a tanto. O fato é que ele não me falou de Hiro, mas de Madara. Ele me garantiu que manteria minha mente e a Kyuubi trancados para Madara, então eu teria que me preocupar em somente vencer alguém com séculos de experiência a mais do que eu. Eu venci.
- Como? – Sasuke perguntou – se pode responder.
- Senjutsu – Naruto falou – usando chakra e energia natural. Superei finalmente o meu pai e meu maior sensei, usei tudo o que eu tinha, arrisquei tudo, e venci. Ele queria o meu ódio, a minha ira e revolta, eu lhe dei a minha determinação e resignação. Eu estava disposto a morrer com Kyuubi dentro de mim e acabar para sempre com os planos deles, jamais permitiria que a arma que a Akatsuki queria fazer usando as nove bijuus fosse concluída. Eu morreria, a arma jamais seria concluída, Madara teria que arranjar um novo plano, isso daria mais uns dez anos para Konoha se fortalecer. Konohamaru então estaria maduro, um sennin, talvez mais forte do que eu. Eu confiava em Konoha e no meu discípulo. Madara não esperava isso, acabei o vencendo.
- O jinchuuriki no Hachibi...
- Kira – Naruto corrigiu Juugo – não gosto da palavra jinchuuriki.
Juugo concordou com a cabeça.
- Ele nos disse que você só se descontrolou quando descobriu Hiro – Juugo continuou.
- Sim – Naruto falou – eu ouvi a voz dele me chamando, mesmo que ele estivesse inconsciente de tão fraco. Um menininho, trancado em uma cela fria, úmida e escura. Quando eu o vi...entendi que ele era o filho de Itachi, ele mesmo me contou o que eu precisava saber e eu o levei a Sakura, Sai foi ver se encontrava mais algum prisioneiro, não havia mais ninguém. Não é motivo de orgulho, eu teria destruído o corpo dele. Eu tinha tanto ódio, como alguém podia fazer isso com uma criança? Com alguém de sua própria família? Só não o destruí porque Sakura não tinha mais chakra, ela precisava do meu, Hiro precisava de mim.
- Estava esperando pelo chichiue – Hiro falou, tinha terminado de comer – oto-san e o to-chan falaram para Hiro que um anjo viria salvar Hiro e chichiue chegou.
- Não sabemos o que foi realmente que o fez me chamar de chichiue, mas o fato é que essa foi à primeira palavra de Hiro quando acordou e me viu, desde então não sai de perto de mim. Tsunade especula que por eu ser fisicamente parecido com Deidara.
Sasuke desdenhou.
- Ambos somos loiros de olhos azuis – Naruto falou calmo – e as coisas tendem a explodir quando estamos por perto.
Hinata riu ao ouvir aquilo, concordando.
- As semelhanças são poucas, mas significativas para uma criança – Naruto falou – fora o fato de parte de Itachi estar em mim. Ou por ser o meu chakra que o curou, isso quer dizer que ele se acostumou a minha essência antes de me ver realmente.
- Para alguém com uma Kekei Genkai como as nossas – Hinata falou então – o chakra é muito importante, pois ele define uma pessoa. O chakra de Naruto, o pessoal, azul claro, como luz pura, define ele como pessoa, mostrando suas qualidades e defeitos, se analisarmos o chakra de Naruto, saberemos tudo sobre ele, de onde ele veio e até onde ele pode ir.
- Entendo – Sasuke comentou olhando de Hinata para Naruto.
- O fato é que ficou claro desde o principio que Hiro se sentia confortável somente comigo – Naruto falou tranqüilo – eu sentia um aperto quando pensava em me afastar, ele gritava se eu desse alguns passos para longe. Cada lágrima dele é como uma kunai cravada no meu peito, por isso resolvi que ia adotá-lo. Não sabia quando eu poderia ir atrás de você, Konoha precisava de mim, Hiro precisava de mim, e eu sempre soube que você retornaria, aqui é o seu lar, mesmo que você não o visse assim. E havia Hiro, alguém tinha de estar ao lado dele, dar a ele um lar, uma família. Eu era o único que ele aceitava.
- Você fez o certo – Sasuke falou notando algo nos olhos de Naruto, era como se toda a emoção que um dia fizera Naruto o chamar de irmão tivesse sido transferido para o pequeno. Ele era o centro do mundo de Naruto, de suas ambições, a pessoa mais importante, mais preciosa. Entendeu então que um dia fora ele, mas não era mais. Era um amigo, um companheiro, apenas isso, Naruto não adotara Hiro para formar um laço eterno com ele, o elo é que acontecera por causa de Hiro – a segurança de Hirosuke é o mais importante.
- Sim – Naruto sorriu acariciando os cabelos do menino – acabaram, não querem mais nada?
- Não – Juugo falou baixo, tinha comido até demais, a comida estava ótima.
Hinata e Sasuke negaram com a cabeça e então Hiro puxou a manga da yukata de Naruto.
- Sim, seu leite – Naruto falou – eu vou prepará-lo.
- Ano – Hinata corou levemente, olhando a superfície da mesa, já que Naruto recolhera todas as louças – eu...não tenho missão hoje...só amanhã...e...
- Faço para você também – Naruto sorriu – querem também?
- Naruto tempera o leite – Hinata falou envergonhada – me faz dormir tranquilamente, e é muito saboroso.
- Farei para todos, se não desejarem, é só não beber – Naruto falou se erguendo – Hiro, fique aqui e converse, estarei na cozinha, você poderá me ver e eu lhe ouvir.
- Hiro-kun – Hinata chamou e o menino estóico a olhou, Sasuke já notara que ele só mostrava emoção quando estava ao lado de Naruto – estava vendo Naruto-kun e Neji-kun treinando?
- Estava escuro – Hiro falou calmo – e longe. Mas eu sabia onde o chichiue estava, por isso estava esperando.
- E com quem você ficou? – Hinata perguntou.
- Ino-san ficou aqui, ela ia passar a noite – Hiro falou dando um leve sorriso – mas teve que ir em missão. Por que o chichiue não vai em missão?
- Porque ele tem que ficar aqui com você – Hinata falou tranqüila – que precisa dele, e quando ele fica aqui, a Hokage pode mandar quase todos os ninjas fazerem as missões, pois todos sabem que Naruto protegera a vila e todos que vivem nela enquanto estiverem fora.
Hiro concordou com a cabeça e olhou curioso para Juugo, que se levantava e ia para a cozinha, silenciosamente começando a lavar a louça usada no jantar. Juugo achou que era a melhor forma de agradecer pela boa acolhida que recebera. Notou então que Naruto pegava dois ovos na geladeira e os batia com um jutsu que parecia energia pura antes de despejar o conteúdo aerado no leite que esquentava, mel foi despejado sobre o leite logo depois e então o loiro pegou noz-moscada e ralou algumas raspas sobre antes de mexer bem. A louça estava lavada e Juugo a deixou escorrendo para secar naturalmente, Naruto desligou o fogo e fez um bunshin.
- Vá pegar as roupas e lave tudo – Naruto pediu – logo depois pode desaparecer.
- Hai – a cópia sorriu e então pegou as roupas na mochila de Juugo e Sasuke antes de ir para o banheiro, retornando com toalhas e roupas, indo para fora da casa pela porta da cozinha.
- Amanhã nos conversaremos sobre tarefas – Naruto sorriu para Juugo, pegando copos e colocando nas mãos do grandalhão antes de seguir com a leiteira para a sala – hoje vocês descansam.
Juugo concordou e seguiu Naruto, sentando então onde estivera antes, depois que colocou os copos perto de Naruto.
- Não...
- Sem mamadeira – Naruto sorriu para Hiro – você já é um menino grande.
Hiro amuou, mas não reclamou mais. Naruto serviu o copo do menino, que rapidamente o puxou e começou a bebericar. Hinata foi a segunda e a kunoichi sorriu amplamente ao puxar para si, aspirando o aroma morno do leite temperado que Naruto fazia para Hiro todas as noites e manhãs. Sasuke concordou com a cabeça quando Naruto o olhou, puxou o copo quando pertinente e cheirou o leite antes de beber um pequeno gole, o gosto era bom, melhor do que o que sua mãe fazia quando era pequeno. Juugo concordou também e Naruto o serviu e então a si mesmo. Hiro bebeu mais um copo, e então Naruto levou tudo para a pia e lavou tudo.
- Vou indo então – Hinata falou vendo que Hiro já tinha os olhos pequenos e sonolentos – obrigado pela refeição, Naruto-kun.
- Sabe que a porta está sempre aberta e que sempre faço comida a mais esperando por um de vocês – Naruto sorriu indo até Hinata e beijando-lhe a testa – vá para casa e durma, boa sorte com a missão.
- Hai – Hinata sorriu – boa noite a todos.
- A casa dos Hyuuga não foi afetada também – Naruto falou – toda a propriedade foi salva, mas os Hyuuga estão quase todos na grande casa principal, há aldeões vivendo nas demais. A divisão entre as famílias acabou, todos eles tem um selo agora.
- Selo? – Sasuke perguntou confuso.
- Ah, você ainda não tinha chego – Naruto falou fechando as porta e indo se sentar ao lado de Hiro, que subiu em seu colo – todos ficaram sabendo quando eu lutei com Neji naquele Chunnin Shiken. A família principal colocava um selo em todos os membros da família secundária, um selo que destruiria os elos genéticos da Kekei Genkai e que os submeteriam as ordens do patriarca do clã. Era contra isso que Neji lutava, eu prometi mudar os Hyuuga, mas eles mudaram sozinhos.
- Mas você disse que ainda há um selo – Sasuke apontou.
- Um selo em todos, não há mais secundária e principal, há apenas Hyuuga. O selo agora é usado por todos, até mesmo o patriarca, Hyuuga Hiashi, esse selo destrói o Byakugan quando seu possuidor morre, mas não existem mais a submissão.
- Isso é bom, né chichiue? – Hiro perguntou sonolento – é bom, assim todos podem ser felizes, não?
- Hai, Hiro-chan – Naruto falou beijando os cabelos negros e sorrindo quando o menino bocejou – vamos dormir?
- Hai chichiue – Hiro falou – com você?
- Um dia vai ter que se acostumar a dormir em seu quarto – Naruto falou.
- Amanhã – Hiro disse sonolento enquanto Naruto o acomodava em seu peito e se erguia – amanhã Hiro tenta.
- Ouvi isso ontem – Naruto falou baixo – venham.
Naruto desligou a luz, mesmo assim havia uma lamparina lá fora, como se a casa fosse mesmo um farol. Naruto notou a forma como Sasuke e Juugo olharam a lamparina e sorriu.
- Há seis quartos nessa casa – Naruto falou – ou assim arrumamos para ser. Um é o meu, ao lado do de Hiro. Então temos o principal e o adjacente. Os dois quartos da frente quase sempre são ocupados por amigos meus que chegam à noite, eles quase sempre comem o que estiver na geladeira e vão dormir. Há sempre água quente na banheira, se desejarem tomar um banho, há muitas yukatas destinadas para eles, assim como toalhas. Antigamente aqueles quartos eram salas, mas por enquanto vamos mantê-los como quartos.
- Você dorme aqui Juugo – Naruto falou tranqüilo – esse será seu quarto. O de Sasuke é aqui.
Os dois quartos tinham portas de correr. Fechadas elas pareciam uma porta dupla, mas abertas mostravam os dois quartos amplos e ricamente mobiliados.
- Não sei como será, se vão se mudar para a casa que a oba-chan fará para Sasuke ou se preferirão ficar aqui, mas os quartos são seus, sem limite de tempo – Naruto falou calmo e então apontou as duas outras portas – eu durmo ali, qualquer coisa, é só entrarem e me acordarem, tenho sono pesado. Boa noite, espero que tenha tudo que precisam. Conversamos mais amanhã.
Dito isso, Naruto seguiu pelo corredor e abriu a porta de seu quarto, indo colocar Hiro no futon branco e macio que estava no meio do quarto, depois andou até a porta novamente e sorriu aos dois antes de fechar a porta.
Nota da Li:
Senti vontade de fazer essa fic, embora não tenha trabalhado nunca com filhos desde o início de um fic, mas o desafio de criar um personagem novo e convincente já estava rondando minha cabeça há um tempo, apensar de nenhuma idéia realmente se mostrar convincente o suficiente, até que Legado e Hiro-chan aparecerem em minha mente.
Espero que tenham gostado, mais uma vez aviso que essa não será um fic longa, bloqueio antigo, embora não possa determinar qual será o número de capítulos que Legado terá.
Bem, sem mais delongas, obrigado por terem prestigiado e,
Beijos da Li.
