Fanfic escrita para o projeto Once Upon a Time do fórum Ledo Engano.
Ship: Severus Snape/Lily Evans
Conto/Itens: Cinderela (Carruagem/Sapato de cristal/Fada/Baile)
Não foi betada - UA/RA
Nosso Baile
Joanne Salgado
Lily abriu o livro e começou a ler.
- Era uma vez...
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Richard Evans era um homem respeitado, não era muito rico, mas em sua casa o amor imperava. Sua bela esposa Eliana já havia falecido, mas suas duas filhas, que eram o seu maior tesouro, preenchiam o vazio deixado em seu coração.
Viviam felizes em sua pequena cabana no reino de Lightstone mesmo com os altos impostos cobrados pelo rei.
O rei Tobias Snape, era um tirano. Alguns soldados do castelo diziam que a rainha Eileen sofria humilhações terríveis do marido, mas tentava cuidar para que o jovem príncipe Severus não sofresse do mesmo destino ao qual estava fadada.
Eileen era uma rainha linda e querida pelo povo, quando podia passeava pelo mercado com o príncipe e conversava com os vendedores. Mal sabiam que toda vez que fazia isso a rainha era presa no quarto pelo marido e era proibida de comer até que este achasse que devia.
Severus tentava proteger a mãe, mas esta pedia que não se intrometesse. Uma dia ele seria o rei e cuidaria para que nada disso voltasse a acontecer.
Eileen não sobreviveu muito tempo aos maus tratos do marido e faleceu quando Severus ainda tinha doze anos.
Seis anos depois para a festa de comemoração dos dezoitos anos do herdeiro, seria realizado um grande baile que duraria três dias onde o rei escolheria uma esposa para o filho.
Petúnia e Lily eram jovens e cheias de vida e quando foi anunciado o baile de gala da família real tiveram muita vontade de comparecer, mas os negócios não andavam bem para o sr. Richard e não tinha como comprar um vestido para suas filhas.
Mesmo compreendendo ambas ficaram muito chateadas e foram visitar o tumulo da mãe como faziam quando ficavam tristes e conversavam contando as novidades.
Voltavam para casa mais leves e cuidavam da casa e quando podiam ajudavam o pai.
Quando o dia do baile chegou as garotas esperaram o pai dormir e foram novamente visitar o tumulo da mãe e choraram deixando sua tristeza sair.
Foi então que um brilho logo acima da lápide lhes chamou a atenção. Uma pequena fada sentada na pedra fria olhava-as sorrindo.
- Mas, quem é você? – Petúnia perguntou se colocando na frente da irmã.
- Alana – respondeu simplesmente – e estou aqui para realizar o desejo de vocês.
- Como assim? – Lily perguntou, ainda sendo protegida por Petúnia – Como uma fada madrinha?
- Isso mesmo – a pequena fada sorriu.
Com um movimento da varinha uma luz azul envolveu as jovens e dois vestidos lindos apareceram. As irmãs olhavam uma para a outra impressionadas.
- Mas preciso avisar – a fada falou – às três horas da manhã o feitiço cessará. Vocês devem voltar antes disso e colocar os vestidos neste mesmo lugar.
As irmãs concordaram ainda surpresas, mas muito felizes.
Escutaram o barulho de cavalos e olhando para a entrada do cemitério viram uma linda carruagem branca com detalhes em bronze. Sorriram uma para a outra e agradecendo Alana entraram na carruagem.
Chegaram ao palácio quase meia noite. Petúnia entrou primeiro, seus cabelos negros estavam presos formando uma cascata que adornavam seu pescoço realçando sua pele clara. O vestido branco com detalhes em rosa fazia com que os olhos de todos virassem para ela.
Foi tirada para dançar por um jovem cavalheiro que se encantou por sua beleza.
Em seguida Lily entrou, seus cabelos ruivos estavam soltos com uma tiara de renda branca, ondulavam suavemente fazendo seus olhos verdes chamarem atenção. Seu vestido era branco como o da irmã, mas com detalhes em lilás.
Severus ficou impressionado com a linda desconhecida que apareceu no baile e antes que alguém se aproximasse, tirou a jovem para dançar.
- Quem é você? – o príncipe perguntou.
Lily apenas sorriu. Estava realizando seu sonho de dançar com o príncipe Severus. Ele era alto e bem apessoado. Olhos negros e profundos. Estava radiante por estar em seus braços.
Não viu o tempo passar enquanto dançava e logo Petúnia a chamava. Estavam em cima da hora.
- Desculpe, eu preciso ir! – Lily disse agitada se despedindo de Severus o mais rápido que pode.
- Espere, eu ainda não sei quem você é! – o príncipe falou seguindo-a. – Eu a verei amanhã?
Mas Lily não respondeu. Correu para carruagem com sua irmã e pouco antes das três chegaram em casa. Trocaram de roupa rapidamente e correram para o cemitério. Às três horas em ponto os vestidos estavam sobre a lápide de sua mãe. E assim como apareceu, os vestidos e a carruagem se foram.
Na noite seguinte retornaram e lá encontraram novamente a fada Alana que agradeceu por terem cumprido com o acordo e lhes deu novos vestidos. Dessa vez o de Petúnia era branco ornado em ouro e o de Lily em prata. A carruagem era lindamente ornada com ouro e prata com flores.
Voltaram ao castelo e tiveram uma noite maravilhosa novamente. Dessa vez tomaram cuidado para retornar mais cedo e deixaram os vestidos agradecendo muito por tudo.
Na terceira e última noite a fada apareceu e lhes deu dois vestidos divinos. O de Petúnia era branco e rosa com vários diamantes espalhados que ao bater a luz refletiam as cores do vestido, o de Lily era igual, mas em lilás. Nos pés de Petúnia um lindo sapato de diamantes. Nos de Lily delicados sapatos de cristal. Ambas receberam tiaras de diamantes para finalizar. A carruagem era toda revestida de rosas brancas e dentro de cada, um diamante brilhava.
Ao chegarem ao palácio não existia uma pessoa que não virasse para admirá-las.
Severus deixou o pai falando sozinho e foi ao encontro de sua companheira. Petúnia já estava nos braços de seu acompanhante. Dançaram a noite toda, não conversavam apenas se olhavam. Era como se não fossem necessárias palavras.
Quando chegou o horário de irem Severus não queria deixa-la ir. Tentara segurá-la, mas Lily conseguiu se livrar e correu pelas escadas atrás de Petúnia que teve o mesmo problema com seu par. Estava tão preocupada em fugir que só sentiu a falta de um dos sapatinhos quando já estava dentro da carruagem.
Levaram os vestidos e todos os enfeites de volta. Lily largou tudo e pediu desculpas sobre o sapatinho. Suas roupas sumiram e assim como todos os adereços, menos o sapatinho de Lily.
Triste por ter desapontado a fada Lily chorou nos braços de Petúnia que tentava acalmá-la.
Seus dias passaram sem nenhuma novidade desde então, os negócios do pai começaram a melhorar, mas para as irmãs já não importava.
Petúnia encontrou seu lorde enquanto fazia compras. Estava radiante por estar com o homem que amava, mas ao notar a tristeza da irmã sentiu-se condoída.
Descobriu através de Lorde Walter que o príncipe Severus se recusara a casar com qualquer outra que não fosse a linda jovem que conhecera no baile entrando em discórdia com o pai.
Com auxilio do futuro marido, Petúnia foi ao palácio e contou ao príncipe que sabia onde encontrar sua amada. Severus estava radiante, mas o rei não permitiria.
Pela primeira vez o príncipe Severus disse ao pai que tomaria a posse do reino e que esse deveria se retirar, casaria com quem tinha vontade e não deixaria que sua esposa sofresse nas mãos de um tirano.
O rei Tobias não aceitou e chamou os guardas. O que o rei não sabia era que ninguém no palácio gostava dele. O príncipe já havia colocado todos ao seu lado. Quando o rei viu que estava perdido, abdicou do reinado em prol do filho e foi embora naquele mesmo dia para uma de suas casas longe do palácio.
Ao chegar à casa de Lily, seu pajem lhe entregou o sapatinho de cristal que manteve consigo durante todos os dias. A jovem entregou-lhe o outro par e Severus ajoelhou-se calçando-os nos delicados pés de Lily.
Neste momento a fada apareceu, abençoou Petúnia e lhe devolveu todos os vestidos usados no baile. Depois abençoou Lily também devolvendo seus vestidos.
Casaram no mesmo dia com toda pompa e festejaram durante três dias.
E foram felizes para sempre.
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Severus estava encostado na parede ao lado da porta olhando para Lily e riu quando a história terminou.
- Sabe... eu não me lembro da história ser assim. – falou divertido.
Lily virou-se para olhá-lo e sorriu.
- É uma história especial. – ela disse fechando o livro que segurava.
Virou-se para o filho que prestava atenção, levantou-se e lhe deu um beijo na testa.
- Hora de dormir Harry.
- Ah mãe, conta outra. – a criança reclamou.
- Se você se comportar, conto outra amanhã. – ela disse sorrindo para o menino.
Severus aproximou-se e deu um beijo na testa da criança.
- Boa noite pai – o menino disse.
- Boa noite filho. – Severus respondeu.
Lily deu a mão ao marido, apagou a luz do quarto de seu filho e fechou a porta.
FIM
