Disclaimer: Saint Seiya e seus personagens pertencem à Masami Kurumada e as editoras licenciadas.

E como prometido, finalmente temos o gaiden de ALSA! Ailos conhecendo a família da Sheila. Bora ler?

Mas antes...

Notas iniciais que são quase um capítulo, mas de extrema importância para todos entenderem o que se passa na fic!

A Família Tamasauskas, por parte de pai, do mais velho para o mais novo:

Napoleão, já falecido, casado com Teresa, pais de Marcos, Maurício, Marcelo, Márcio e Mariane;

Geny, casada com Vantini, pais de Rogério e Moisés;

Regina, casada com Milton, pais de Ricardo, Cleide, Ronaldo, Rogério e Jonas;

Helena, chamada de Teresinha, casada com Paulo (chamado pelos sobrinhos de Paulette), pais de Fernando;

Lúcia, casada com Valter (já falecido), pais de Alexandre, Luciana e Juliana;

Bruna, solteira, mãe de Danilo;

Jorge, casado com Nilce, pais de Sheila e Amanda;

Luis Carlos, casado com Márcia, pais de Rodrigo e Ana Carolina;

Irene, casada com Edgar, pais de Estela, Estevão e Ícaro;

Reinaldo, casado com Maria, pais de Adriano, Felipe e Lilian. Ele já foi casado com Cida, que tem uma filha de um casamento anterior chamada Andréia, que foi adotada por Reinaldo oficialmente. Cida está solteira e tem um outro filho, Lucas;

Os avós Jurgis e Branislava morreram antes do casamento de Jorge e Nilce. Como ele ainda era criança quando isso aconteceu, foi criado pela irmã Helena/Teresinha.

A Família Goés, por parte de mãe, do mais velho para a caçula:

Oriel, casado com Maria, pais de Rony e Márcia;

Nilva, divorciada, mãe de Lucely, Élcio, Ronaldo e Tiago;

Ismael, divorciado, pai de Michela e Mirela;

Nilce, casada com Jorge, pais de Sheila e Amanda;

Vilma, Joel e Ruth, os três solteiros e sem filhos;

O avô Lindolfo morreu antes do casamento de Nilce e Jorge. A avó Luísa ainda é viva.

Rutinha é o apelido pelo qual a tia Regina chama Sheila desde criança, por ela ser muito parecida fisicamente com a tia caçula por parte de mãe. Amanda é chamada de Jorginho pelo mesmo motivo, já que é a cara do pai.

Blondie Army é como a Sheila, a irmã e os primos se referem às tias (por parte de pai) quando se juntam, ou seja, o "exército de loiras".

Tigrinho é como o time de futebol da cidade de São Bernardo do Campo é chamado pela torcida.

Esta fic se passa um ano após a grande aventura na Grécia. É um fim de semana, começando na sexta à noite e finalizando no domingo fim de tarde.

Capítulop betado pela Krika Haruno.

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Capítulo I – A maior e pior batalha de uma vida inteira como cavaleiro...

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As mãos estavam suadas. Os pés formigavam, assim como praticamente todo seu corpo. Os músculos estavam tensos, a cabeça girava e trabalhava a mil por hora, pensando em todas as possibilidades, palavras, atitudes, passos... De olhos fechados, tentava relaxar, mas o barulho contínuo do motor da máquina que subia não dava trégua e o lembrava que estava cada vez mais próximo de enfrentar a maior e pior batalha de uma vida inteira como cavaleiro.

Enfrentar um grande e poderoso Deus? Para ele isso era fichinha.

Ser nomeado o mais novo Grande Mestre do Santuário? Essa já tinha passado e tinha dado conta.

-Aiolos... – ouviu a voz feminina chamando-o – Quer sair logo desse elevador? Nós já chegamos!

Por Atena, Zeus, Odin, Tupã... Já?! Agora não tinha mais volta mesmo.

Precisava encarar de frente, como um honrado cavaleiro, aquela imensa e poderosa batalha.

Conhecer a família de Sheila. O pai, principalmente.

Ainda zonzo, Aiolos seguiu a namorada até a porta do apartamento, ela a abriu um tanto trêmula, afinal, também estava nervosa. Fazia quase um ano que não voltava para casa. Ao abrir, largou a mala com tudo no chão e se jogou nos braços da mulher que estava á porta da cozinha.

-Mãe!

-Calma, assim você me sufoca! – ela disse, tentando se desfazer do laço humano no pescoço – Estava com saudades!

-Eu também! Olha, esse é o Aiolos!

A mulher abriu um largo sorriso ao ver o cavaleiro. E agora, o que faria? Um aperto de mão, um abraço, um beijo no rosto?

-Seja bem vindo, Aiolos! É um prazer conhecê-lo. – ela disse, o abraçando. Tinha sido fácil.

-O prazer é meu, sra. Nilce.

-Cadê a Amanda? E o pai? – perguntava Sheila, vendo que nenhum dos dois estava na sala. Foi então que ouviu alguns acordes, vindos do quarto dos pais. Quando reconheceu a música...

-Não, espera! – ela gritou, assustando Aiolos, correndo para o quarto – Não podem começar sem mim!

Abriu com tudo a porta, o pai e a irmã estavam de pé na frente da TV, com a mão no peito. Na tela, 25 homens em pé, em um vasto gramado verde. E era de lá que vinha a música.

-Quando surge o alviverde imponente, no gramado em que e a luta o aguarda...

Aiolos parecia confuso, o que estava acontecendo?

-O Palmeiras vai jogar... – disse D. Nilce, calmamente – E esses três não perdem um único jogo.

-Ah, é verdade... A Sheila assiste na TV a cabo internacional. Eu já a vi cantando o hino do time...

- E socando o sofá, xingando o juiz e o técnico, dando ordens aos jogadores, chorando pelas defesas do Prass... Quer uma água, um suco?

Deixando as malas na sala do apartamento, Aiolos foi até a cozinha com a sogra. Estava tomando um suco de laranja quando Sheila apareceu, pegando-o pela mão.

-Vem cá que meu pai quer te conhecer!

Aiolos travou. Que Atena o ajudasse, era agora! Calma, respira, sorria, não trema, seja educado...

Quando entrou no quarto, Amanda, a irmã de Sheila, deu-lhe um abraço e um beijo. Já o pai... Por um breve instante, Seu Jorge desviou o olhar da TV, medindo Aiolos de cima a baixo. Sem dizer uma palavra, estendeu a mão, que o cavaleiro apertou. Sheila, ao seu lado, estava morrendo de vontade de rir.

-É – é um prazer, conhecer o senhor, Sr. Jorge – ele disse, sem soltar a mão do sogro.

Ainda medindo o cavaleiro, S. Jorge soltou a mão e então, com um aceno de cabeça, indicou a TV para o cavaleiro. Nesse momento, Sheila segurou a mão dele, apreensiva. Sabia o que estava por vir, e tentara de todas as maneiras saber qual seria a resposta do namorado, mas ele, confiante tinha dito que seria impossível errar em sua escolha. Tomara que estivesse certo.

-Está vendo este jogo? Um dos times é o maior campeão do Brasil... Todos nós torcemos por ele e honramos sua história de glórias e conquistas. E você, Aiolos, torce para que time?

-Eu... Eu torço para um time, inglês, S. Jorge.

-Ah, o campeonato inglês, o berço do futebol moderno... Que time, rapaz?

-Para os diabos vermelhos, S. Jorge: o Manchester United!

E ficou esperando um sorriso, ou comentário amigável. Mas tudo o que aconteceu foi sentir Sheila soltar sua mão com tudo, levando-a a própria testa. O rosto antes impassível do pai dela começou a ficar vermelho e os olhos, antes verdes claros, mudavam gradativamente de cor. O que estava acontecendo?

A resposta, quase inaudível, foi dada pela Amanda, tentando abafar um pequeno riso.

-Se fodeu...

Sheila puxou Aiolos para fora do quarto, com cara de poucos amigos. E no corredor, deu um tapa no braço do namorado.

-Porra, Aiolos! Eu não disse para me contar antes que time tinha escolhido!

-Mas o que eu fiz de errado?

-O que você fez? – ela estava muito nervosa – Seu besta, você escolheu o time que ganhou a final do Mundial de Clubes de 1999, jogando contra o Palmeiras!

Mais tapas no namorado, D. Nilce olhando da porta da cozinha incrédula, Amanda rindo na porta do quarto. E Aiolos, coitado, sem saber o que dizer. Até que desabafou!

-Mas também, com eu ia saber Sheila? Poxa, eu estava morto em 1999!

Silêncio. Podia-se ouvir os grilos imaginários cantando no ar. Os tapas cessaram e Sheila engoliu em seco. Do jeito que a irmã era esperta, tinha pegado aquela informação e a estava processando internamente.

-Que tal guardar essas malas no quarto de vocês, Sheila? A janta está quase pronta!

Salvos por D. Nilce...

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Durante o restante da noite, nem sinal do s. Jorge. Aiolos considerou que ele deveria estar muito bravo e nem queria olhar na sua cara. Grande! Tinha perdido todo e qualquer ponto com o sogro, se é que tinha algum. E agora lá estava ele, imaginando como seria no dia seguinte, quando fosse conhecer o restante da família de Sheila.

Ah, sim, porque ela o tinha convencido a ir para o Brasil bem na época das famosas festas juninas. E a família Tamasauskas sempre se reunia nessa época para comemorar, beber, comer e dar muitas risadas. Como seria conhecer o batalhão de tias, tios e primos da namorada?

-Não precisa ter medo, Aiolos. – Amanda disse, ao vê-lo pensativo, sentado no colchão onde iria dormir – A nossa família é meio doida, mas também muito unida.

-É, eu sei... A Sheila já me falou sobre isso.

-E a sua família?

-Como?

-Eu sei que você é órfão e tem um irmão, mas e seus tios? Primos? Não tem nenhum?

Aiolos voltou a ficar pensativo. Não sabia responder aquela pergunta, não sabia se possuía outros parentes vivos além de Aiolia. Sua família era o Santuário, Atena, os cavaleiros, as meninas... Mas obviamente não podia dizer nada daquilo para a cunhada.

-Você tem quantos anos mesmo, Aiolos?

-27. Por quê?

-Nada não... É que ainda não me acostumei com a ideia de que a Sheila se tornou uma papa anjo.

Aiolos sorriu. Nesse momento, Sheila entrou no quarto. Dando boa noite, apagou a luz e foi para sua cama. Claro que não se deitou antes de dar uma bela topada na quina da cabeceira...

-Merda! Isso dói...

-Se não fizesse isso, não era você, Sheila.

-Não creio! Até o Aiolos já percebeu isso...

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O dia seguinte tinha sido estranho. S. Jorge tinha trocado poucas palavras com Aiolos, embora quando estava com Sheila não parava de rir e falar. E de abraçar também. Sheila não estava brincando ou exagerando quando dizia que era muito grudada no pai.

Já com a sogra e a cunhada, as coisas fluíam mais fáceis e leves. Principalmente com Amanda, ela tinhas as mesmas tiradas que Sheila, mas com um toque de humor negro que tinha certeza que Máscara da Morte e Afrodite iriam adorar.

E, naquele instante, lá estava Aiolos dentro do Fox da família, sentado no banco de trás com a Sheila e o pai, Amanda à frente e D. Nilce dirigindo. Estavam a caminho da festa junina da família Tamasauskas, na casa onde S. Jorge tinha nascido e que pertencia à família a cerca de 70 anos. Era fim de tarde.

Ao chegar na rua e estacionar em frente à casa, já podia ouvir as risadas e gritos, que vinham do quintal dos fundos. Os pais de Sheila foram na frente, junto com a Amanda.

-Preparado? – perguntou Sheila ao namorado, antes de descerem às escadas que os levariam ao quintal dos fundos.

-Tenho que estar né? Não dá para fugir de volta para o Santuário agora.

De mãos dadas à Sheila, Aiolos desceu as escadas. E quando chegou ao último degrau, ficou paralisado. Começou a suar frio novamente e a tremer, como no elevador. Não estava preparado para o que via à sua frente.

Eram cerca de sessenta pessoas. Todas olhando para ele naquele momento...

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E aqui foi o primeiro capítulo! Deixei a festa para o próximo para não ter que cortar as emoções, por assim dizer... O que será que acontecerá com Aiolos na festa junina dos Tamasauskas?