Cem
Mil Tsurus
by Iihs
LUNA
SEA / SugizoxOC
"E
ela fez todos eles só para uma pessoa."
Essa
fic é dedicada a uma amiga muito especial pra mim, a
Mayumi.
Espero
que você goste, Mayuyu! (hein, que apelido é
esse?)
Algum dia você terá o Sugizo enjaulado só
pra você, mano. Guetovanni tem as técnicas de
seqüestrá-lo e tal, morou truta?
Mil desculpas por
estar curta, mas eu não tenho os dons pra escrever rápido
que nem você!
8D
xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxDesde aquela primeira música...
"Rakuen
ni kizameta ai no uta wa
Kakikesareta tokai no zattou no
naka
Sekai wa ai wa kieyou to shiteru no toki wa tomaranai"
Foi com seus seis ou sete anos que a garotinha viu, na
televisão, aquela singular banda de rock japonês... Foi
uma descoberta tocante, pois as canções não
tinham como não serem cativantes – principalmente aquela
–, além do que os integrantes eram todos muito bonitos –
principalmente aquele.
Seus
olhos pousaram sobre a figura de pouco mais de vinte e sete anos,
trajando roupas um tanto incomuns para a casualidade. Seus cabelos
eram coloridos de rosa – diziam as pessoas que era por causa de
algum outro artista que havia morrido – e sua presença no
palco era impossível de passar despercebida.
Nessa hora, o
mundo simplesmente parou – como ele era perfeito!
Faria qualquer fangirl derreter, mas a garotinha, por ser inocente,
simplesmente continuou observando-o, hipnotizada, sem mais perceber a
melodia que chegava aos seus ouvidos... O seu mundo transformou-se,
por instantes, em apenas
Sugizo.
Não
muito mais, voltou a prestar atenção na música,
que mais tarde descobriu chamar-se Loveless,
da tão repercutida banda Luna Sea.
"Kimi
ga ima saigo no megami ni mieru mamoritai
Kimi yo anata yo ai no
michita hohoemi de kono sekai wo sukutte"Obviamente,
como a banda chamou-lhe a atenção, passou a ouvir
outras músicas: decorando algumas, apenas apreciando outras...
Mas Loveless não sairia de sua cabeça – foi a
primeira, e mais importante, a que deixou a marca mais
profunda.
Ainda no mesmo ano de 1998, descobriu que seu cabelo
rosa era a conseqüência da morte de Hideto Matsumoto,
grande amigo seu.
Mesmo nessa época, a garotinha conseguiu
associar morte à dor, ao sofrimento... E, sem dúvidas,
Sugizo estaria muito mal pelos fatos ocorridos alguns meses
atrás...
E foi assim que decidiu desejar, como uma pessoa
próxima a ele, a melhor sorte do mundo.
Tsurus.
Eles
traziam sorte.
Mas apenas os mil da lenda seriam suficientes?
A
dor da perda é uma das mais horríveis, e demora a ser
curada. Por que então apenas
mil?
Esse número era tão pequeno, esse número... Não
daria conta.
"Loveless
lovemaking
Byouyomi no naka taisetsuna mono wo kimi yo
hanasanaide"
Crianças
não sabem o quanto infinito
pode ser um número grande e, exatamente por isso, a garotinha
decidiu fazer ao seu ídolo cem
mil
dos pássaros de origami.
Cem
mil
era um número consideravelmente impossível de ser
realizado, mas ela foi em frente.
Ela foi em frente porque sabia
da necessidade
de sorte e força emocional para Sugizo livrar-se de sua
tristeza.
Ela foi em frente porque, de fato, o amava muito.
Como
deveria ser chata e anti-social uma vida em que a pessoa ficasse
apenas quieta num canto, dobrando papéis.
Mas foi assim
que a pequena garotinha seguiu, por anos, cada vez aumentando o
número de pássaros de origami. Tudo
por ele,
para ele se sentir melhor e ter toda a sorte do mundo.
Por aquele
guitarrista que a desconhecia, a criança faria qualquer
coisa.
Nem que fosse esse número absurdo
de dobraduras.
"Loveless
lovemanking
Byouyomi no naka taisetsuna mono wo futari wa
kawaranai"Quantos
anos
haviam passado desde que a já crescida garotinha começara
os tsurus?
Dez? Onze? Talvez doze?
Mas, finalmente,
ela havia conseguido fazê-los. Um por um, em todo esse tempo,
sempre pensando em Sugizo.
O Luna Sea já havia acabado,
infelizmente... Isso deixou-a, por algum tempo, impossibilitada de
fazer os origamis, pensando que nunca poderia entregá-los
àquele que roubou
seu coração,
de uma maneira ou outra.
Todavia, os pássaros deviam
espantar a dor e o azar dele! Ou seja, era exatamente
agora
que ela não podia parar... Porque perder uma banda também
devia ser traumatizante.
Continuou, até o dia em que
dobrou o último.
Cem
mil, contados.
"Loveless
lovemaking
Kieteyuku no kokoro kayowazu kimi to boku wa byouyomi
no naka"
E
agora... Apesar de tomar muito tempo de seu dia fazendo-os, com
capricho, conseguira estudar e arranjar dinheiro num trabalho de meio
período, apenas com o intuito de encontrá-lo.
De
entregar aqueles tsurus para seu guitarrista preferido, tão
venerado.
E, quem sabe, revelar seus mais puros sentimentos.
Um
monte de gente já devia ter feito isso... Ela podia ser só
mais uma,
de cem
mil
ou mais, entretanto era necessário, pois não podia
deixar faltar uma
palavra, uma declaração para aquele homem tão
perfeito.
Fez suas malas – apenas com algumas trocas de roupa e
os pássaros de papel – e rumou para o Japão, sabendo
de uma seção de autógrafos de uma das bandas
atuais que Sugizo estava, a tal nomeada S.K.I.N., composta de mais
pessoas famosas no cenário do rock japonês.
"Any love does not exist between then"
Chegou...
E o viu.
De
perto.
Era ele,
em carne e osso... Muitos anos mais velho que ela mesma – idade
para ser seu pai, talvez – mas mesmo assim Mayumi não se
importava, porque ele era sua
inspiração, sua razão para viver.
E
ela tinha cem
mil tsurus
para entregar à ele.
A garotinha finalmente poderia
desejar toda a sorte e felicidade do mundo àquele que a fez
ter motivos para envolver-se tanto nos papéis
dobrados.
Esperava na fila ansiosamente, com uma grande mala,
cheia dos tsurus.
Ela não estava tão concentrada em
receber autógrafos... Mas sim em entregar-lhe todo aquele
pedido de sorte eterna.
- Próximo, por favor. – o segurança disse.
E a próxima pessoa... Era
ela.
Aproximou-se de Sugizo, sem saber exatamente o que dizer.
Com muito esforço, conseguiu fazer com que palavras saíssem
de sua boca:
- Sugizo-sama... – ela começou - ...Eu não vim exatamente para te pedir... Um autógrafo.
O guitarrista olhou para ela, indagador.
- Essa maleta... – e
colocou-a na mesa – Tem cem mil tsurus.
- Cem mil? – ele
perguntou, observando as ações da garotinha.
- Eu os
faço para você desde que conheci o Luna Sea... Quando
seu cabelo ainda era rosa. Pensei que você precisasse de sorte,
e acabei passando muito tempo dobrando-os. São cem mil.
Contados.
-
Hmm... Qual é seu nome? – Sugizo estava com um papel
escrevendo algo para ela. Inicialmente, a garotinha pensou que fosse
um autógrafo.
- Mayumi.
- Que nome bonito, Mayumi-chan.
– e entregou-lhe o papel – Leve a maleta consigo... Aqui não
é o local apropriado para presentes.
Decepcionada,
apenas concordou com a cabeça e pegou o papel, acenando rápido
e dando espaço aos outros fãs.
Apenas um
autógrafo... E não havia conseguido nem desejar sorte
ao seu ídolo.
Olhou, desolada, para o papel – não
era apenas
um autógrafo.
Era um bilhete.
"Mayumi-chan,
Fique
aqui depois que a seção acabar.
Sugizo."
Ficar
depois da seção? Soava esquisito, mas decidiu
obedecer.
Meia hora depois, os seguranças quase expulsavam
os outros, alegando o final do evento – Sugizo sussurrou algo com
eles, fazendo a garotinha não ser expulsa.
Os outros
integrantes da tão famosa S.K.I.N. foram para seus aposentos,
visando um bom descanso.
Mayumi percebeu que o guitarrista
aproximava-se dela e corou.
- Desculpe a demora, Mayumi-chan.
O apelido era meigo,
o que deixou-a um pouco sem graça.
Apesar disso, sorriu e
respondeu:
- Não se desculpe... Sugizo-sama, por que
você não aceitou os tsurus?
- Estava complicado
naquela hora... Eu queria vê-los.
Claro, o que mais poderia ser? A garotinha entregou-lhe a maleta, e seu ídolo abriu-a, ficando assustado com a quantidade de pássaros que havia ali.
- São uma infinidade!
– brincou, sorrindo para ela – Obrigado... Como você
conseguiu fazer tantos?
- Talvez seja porque eu realmente te
admiro muito. Digo, sei que todas as fãs falam isso... Mas é
o que eu sinto.
- Nunca vi nenhuma fã tão...
Dedicada.
Sugizo deu-lhe um beijinho na testa, fazendo Mayumi corar violentamente.
- Desde meus sete anos eu os faço pra você, porque eu realmente me apaixonei.
As palavras simplesmente fluíam – a garotinha não se importava de estar sendo, talvez, imprudente ou falando bobagens demais.
-
Você é um amor, Mayumi-chan.
- O-obrigada... Mas eu
não acho.
- Se você fosse uns anos mais velha... –
ponderou, de brincadeira, fazendo-a corar, mas se sentir feliz,
respondendo do mesmo jeito:
- Quem me dera, Sugizo-sama. Mas a
única coisa que posso fazer é desejar-lhe toda a sorte
e felicidade do mundo.
- Pois eu vou ser muito feliz e, sem
dúvidas, sortudo!
O guitarrista sorriu para ela abertamente, recebendo um sorriso tímido como resposta.
-
Espero que sim. – ela terminou. – Você pode nem se lembrar
mais de mim ou talvez nem querer esses tsurus, mas que o objetivo
deles prevaleça.
- É bem difícil esquecer de
cem mil desses aqui.
Alguém chamou Sugizo de longe, pedindo para ele voltar ao camarim também.
- Hm, acho
que tenho que ir. – comentou.
- Até, então... Foi
ótimo ter essa conversa com você. Foi única.
-
Só mais uma coisa. – disse, fazendo sinal de "tempo" com
as mãos.
Seu ídolo abaixou-se um pouco, encarando-a com um sorriso calmo. Estavam perto um do outro, e Sugizo deu-lhe um selinho rápido.
- A gente se vê, Mayumi-chan.
E ele foi, com os cem
mil tsurus,
para longe.
A garotinha estava completamente sem reação,
mas levou uma das mãos aos lábios – nunca iria
esquecer daquilo, mesmo que tenha sido por nada.
Um romance
impossível, claro – mas esse não era seu objetivo...
Foi apenas um bônus.
Afinal,
ela tinha conseguido desejar-lhe toda a sorte e felicidade do
mundo.
xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx Yumiiii!
Fic mais rápida da minha
vida, mas tá aí. Eu gostei dela, nem deu tempo de
betar, mas, er, tá aí.
Que você faça
cem mil tsurus pra ele e ganhe um beijinho, UHUHUHUH. (leva
tijolada)
Pra quem leu, eu poderia pedir review? Sei que é meio fora do contexto que vocês gostariam de ler, mas eu realmente gostei da fic e quis muito postá-la aqui.
