Em meio a poções e masmorrasestá situado no 5° ano da época dos Marotos /Marauders.

Essa é uma fanfic slash/ yaoi, portanto em alguns capítulos terá lemon.

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Em meio a poções e masmorras

Escrito por Nevilla F.

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Capítulo I – Caçador & Caça

"Perfeito, Sirius! Mais uma poção perfeita! E também foi o primeiro a terminar na sala. Parabéns!", elogiava o professor Slughorn maravilhado com o desempenho do mais recente melhor aluno da sala. Ainda sorrindo satisfeito, Horace se afastou da bancada de Black para analisar outros caldeirões.

"Perfeito, Sirius!", debochou Potter rindo. "Uma poção perfeita!", repetiu novamente as falas do professor com ironia. "Poções é uma matéria idiota, Padfoot. Para que está se esforçando tanto com essa bobagem? Slughorn nem sequer deu pontos para nossa casa como recompensa."

Black sorriu. Ele tinha um lindo sorriso com dentes bem branquinhos.

"Veja e aprenda, James", falou para o amigo e depois se virou para frente, em direção ao professor. "Ei, professor..."

Horace se virou para o aluno.

"Sim, Sirius?"

"Gryffindor não merece uns pontos por meu bom desempenho?"

"Tem razão. Vinte pontos para Gryffindor", disse e se virou para vistoriar o caldeirão de Evans.

Potter riu abertamente.

"Qual é a graça, Prongs?", questionou Black.

"Quem diria que você um dia daria pontos para Gryffindor. Justo você que junto comigo, de acordo com McGonagall, somos os que mais perdem pontos para a casa."

"Em compensação, por sua causa Gryffindor sempre ganha a Taça de Quadribol. McGonagall não tem do que reclamar, ao contrário de Slughorn." Black abriu um sorriso orgulhoso e continuou: "Slytherin não ganha nada desde que entramos em Hogwarts."

"É verdade", disse vaidoso.

Os dois amigos estavam na última bancada da sala, enquanto Lupin e Pettigrew estavam lá na frente. Essa distribuição foi feita pelo próprio professor a fim de conseguir menos tumulto na sala de aula.

Black olhou para a esquerda. Viu o motivo de seu empenho em Poções, que por sinal estava extremamente mal humorado. Aparentemente Severus não estava gostando nadinha de perder o posto de melhor aluno na sala.

"Prongs..."

"Sim?", respondeu sem olhar para o colega. Fitava uma certa aluna de cabelos vermelhos.

"Distraia o Slughorn um pouco. Quero me gabar para o Seboso."

James se virou em direção amigo.

"Melhor aluno da sala, se gabar para Snape... O que está acontecendo com você, Sirius?"

Acho que estou me apaixonando pelo Ranhoso, pensou Black. Mas respondeu:

"Não é nada. E Poções é legal."

Potter fez uma careta, mostrando a língua.

"Poções é legal para esses nojentos Slytherins. Matéria de Gryffindors é Defesa Contra as Artes das Trevas, onde aprendemos a nos defender dessas cobras", comentou alto fazendo alguns colegas rirem enquanto os alunos da casa de Salazar lançavam a ele olhares raivosos.

Rindo do comentário do amigo Sirius disse:

"Agora vai lá. Distraia o Slug durante um tempo."

"Vou tentar, Padfoot, vou tentar... Você sabe que ele não gosta de mim por eu já ter destruído duas vezes o caldeirão do Ranhoso."

Ainda rindo Black colocou a mão nas costas de James o empurrando.

"Vai."

Potter foi até o professor. Perguntava para Horace se existiam poções contra venenos de cobras e qual era o mais efetivo para determinadas espécies.

Enquanto isso Sirius foi até a bancada onde Severus estava sozinho com seu caldeirão. O Slytherin olhava decepcionado para o próprio caldeirão. Parecia concentrando, pensando onde poderia ter errado. Tamanha era sua concentração que não notou Black se aproximar. O Gryffindor se posicionou atrás de Snape e com um movimento rápido encoxou Severus. Ao mesmo tempo passou os braços pelos lados do Slytherin, o imprensando contra a bancada. Por ser mais alto do que Snape, Sirius conseguia ver a poção borbulhante do Slytherin no caldeirão.

"Ih...", comentou debochado. "Essa tua poção não deu muito certo, hein Snape?"

Severus estava chocado. Havia sim sentindo a aproximação do outro aluno por causa do forte perfume que Sirius usava. E foi por culpa do mesmo Gryffindor que a sua poção desandou. Snape se distraiu enquanto fitava o outro de longe. Mas ainda assim o Slytherin sentia confusão. O que Black estava fazendo? E o que era aquilo roçando em seu traseiro?

"Pare com isso, Black!"

Sirius tirou um dos braços que prendiam o outro bruxo. Com a mão livre colocou uma mecha do cabelo preto e oleoso de Severus atrás da orelha. Voltou com o braço a posição original e em seguida se aproximou da orelha exposta e sussurrou:

"Parar com o que?", questionou, depois moveu o quadril em direção a bunda de Snape, simulando o ato sexual. "Isso? É para eu parar com isso?", perguntou novamente e começou a mover a virilha em direção ao corpo do outro.

Severus estava escarlate. A coisa nojenta que Black estava fazendo estava... Gostoso? Além do fato de que o perfume forte e amadeirado de Sirius parecia nublar os seus sentidos. Ele sacudiu a cabeça. Ah, não... Isso não vai continuar... O Slytherin buscou a varinha nas vestes. Quando a encontrou a mão de Black rapidamente tomou a varinha dele, o deixando desarmado.

"Varinha..." A voz rouca de Sirius voltou a sussurrar. "Sabe que eu estava pensando a mesma coisa. Quer que eu coloque a minha varinha agora, Snape?"

Severus ficou mais vermelho ainda, se é que era possível. A voz de Black era tão maliciosa que o fazia estremecer. Desesperado por estar gostando das investidas do inimigoSnape clamou por ajuda:

"Professor..."

Slughorn se virou em direção ao aluno, mas James o segurou pelo braço, forçando o adulto a ficar de frente para ele.

"Eu estou assustado, professor! Por favor me escute. Fui mordido por um Slytherin. Que poção antiofídica eu devo usar?"

Novamente os Gryffindors riram.

"Potter pare de brincadeiras. Está desrespeitando a mim e seus colegas Slytherins. Por sua brincadeira de mal gosto vou descontar dez pontos de Gryffindor."

"Professor...", chamou de novo a voz urgente de Severus. Em nenhum momento o corpo do pálido Slytherin deixou de ser alvo das estocadas firmes de Black.

Ao ver Horace caminhando até eles, Sirius deu uma última estocada contra a bunda do outro bruxo e desfez o bloqueio contra ele, o libertando. Em seguida se posicionou ao seu lado.

"Sua poção está uma droga, Snape. Acho que precisa de aulas particulares. Quer um tutor?"

Severus lançou um olhar de desdém em direção ao outro. Como Sirius era pretensioso! Snape é que podia dar aulas particulares para ele.

Black sorriu ao notar que o Slytherin mesmo irritado, continuava ruborizado.

"Pois não, Severus?", falou o professor.

Sirius respondeu pelo colega:

"Estávamos nos questionando o que aconteceu para a poção de Snape dar errado. Eu particularmente acho que ele colocou raiz de Alcachofra demais. E o senhor, professor? O que acha?"

Slughorn se aproximou do caldeirão. Pegou a concha e mexeu a poção algumas vezes, depois levou a concha cheia até o nariz e aspirou os vapores. Após uma pequena reflexão o professor disse:

"Concordo com você, Sirius. Severus colocou muita raiz de Alcachofra." Em seguida o adulto se virou para Snape. "Uma pena, Severus. Sempre foi tão hábil no preparo de poções. Seu desempenho está decaindo."

"Se precisar de ajuda, eu me disponibilizo. É sempre um prazer ajudar os mais necessitados", brincou Sirius sorrindo.

Severus o ignorou. Aproveitando a presença de Slughorn, Snape mandou:

"Devolva a minha varinha."

"Professor...", chamou Peter. Uma grossa nuvem de vapor amarela saía de seu caldeirão. Horace se afastou dos dois, indo atender o chamado de Pettigrew.

"Peça por favor", zombou Sirius.

"Black me dê a droga da varinha ou..."

A ameaça de Snape morreu em sua boca. Sirius acabara de beijar a varinha dele. Depois estendeu o braço e a entregou ao seu dono. Deu um sorriso perfeito e se afastou de Severus.

Espantado com a ação do Gryffindor, Snape pegou a varinha e a limpou na calça, depois a guardou no bolso. Virou a cabeça para ver Black.

Sirius e James sorriam enquanto voltavam a conversar. Então Potter viu Snape os olhando e disse alguma coisa para Black. Padfoot virou a cabeça em direção a Severus. Deu um belo sorriso para o Slytherin e piscou para ele, depois voltou a conversar com Prongs.

Snape se sentia um verdadeiro estúpido por ter se excitado um pouco com aquilo. Um pouco apenas, repetiu mentalmente. É claro que a intenção de Black era sacanear ele, pensou. Fazer Severus ser motivo de piada. Detestável Gryffindor!

Por outro lado, Sirius estava satisfeitíssimo. Havia conseguido roçar bastante em Snape. O bruxo Slytherin, como desconfiava Black, tinha um cheiro único. Gostoso. E ainda que os cabelos de Severus fossem oleosos, Sirius adorou tê-los pego, mas Black queria poder ter tocado mais no outro bruxo. Se eu fiquei animado por termos feito só isso imagina quando chegarmos aos finalmente, pensou Padfoot. Porque ele chegaria aos finalmente com Severus, mesmo que fosse a força.

Continua... : )

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