Baroque

Fanfiction By Elisa Schiavon
Copyright © 2008

Sinopse: Uma das jóias mais caras do mundo será o prêmio de quem encontrar a desaparecida milionária Saori Kido. Oito caçadores de recompensas farão de tudo para encontrar a garota e de quebra colocar as mãos em uma fortuna estimada em quase um milhão de dólares.

Fandom: Saint Seiya

Disclaimer: O anime pertence a uma porrada de gente, menos a minha pessoa. HAHAHA. (Y)

Gênero:Universo Alternativo.

Avisos: Conteúdo Yaoi.

-X-

Prólogo

(Mansão Kido - Kyoto, 11:35 am.)

'Apostila de Física e Matemática? Hum... ok.

Caderno de Artes? Ok.

Agenda? Confirmado.

Suco e torradas pro intervalo? Ótimo.'

A garota repassava mentalmente as coisas que colocou em sua mochila escolar para não correr o risco de esquecer de algo. Era seu primeiro ano no ensino médio e estava toda empolgada com todas aquelas novidades inclusive a nova escola. Pedira ao seu avô que a colocasse em um colégio mais próximo de casa para que pudesse ficar mais perto de seus amigos. Seu avô não aprovou de imediato alegando que o lugar onde ela estava estudando era cem vezes melhor do que o mais próximo, e com certeza um dos mais conceituados do país. Mas depois de muito insistir, a garota conseguiu o que queria, mas com a condição de que suas notas fossem as melhores da turma. E assim estava sendo durante aqueles três primeiros meses de aula.

Depois de vestir seu uniforme, colocou a mochila nas costas e tratou de sair logo da mansão, pois parecia estar um pouco atrasada pelo fato que acabara de resolver ir a pé, sem que seu avô soubesse, claro.

— Seu avô não vai gostar nem um pouco disso, senhorita...

— Ele nem precisa saber, Tatsumi. – estava tentando convencer o motorista a fazer aquela sua vontade. E por incrível que parecesse não obtinha sucesso.

— Mas é perigoso demais, você sozinha por aí! E caso aconteça alguma coisa com a senhorita, certamente que EU serei o culpado. – sussurrava em um tom desesperado, e a garota achava cada vez mais graça nele.

— Nada mais justo. – o motorista se espantou com a afirmação da garota. – Mas não vai acontecer nada, Tatsu. Eu prometo a você. E caso meu avô pergunte qualquer coisa, diga que eu fiz uma chantagem, ou algo do tipo. – tentou mostrar aquele seu bom e velho sorriso convincente que todos – sem exceção – caiam. – Por favooorr?

— Arrrrgh, tudo bem, você venceu. Mas se apresse antes que perca a primeira aula. – disse derrotado por aquele simples gesto.

— Muito obrigada Tatsumi. Você é um amigo e tanto. – deu-lhe um beijo em sua face, deixando-o um pouco corado e desconcertado.

Enquanto caminhava para o colégio, sorria triunfante por ter conseguido mais uma vez o que queria. Era sempre assim com o Tatsumi, desde que era um bebezinho. Às vezes se perguntava com quem havia aprendido a usar todo esse poder de persuasão, mas não se lembrava. Devia ser assim por natureza.

Pegou-se pensando no seu novo colega de classe, Seiya. Corou um pouco ao se lembrar da conversa que tiveram no intervalo. Quando ele confessou que a achava linda. Na hora ela ficou embasbacada e totalmente sem reação, e ele ficou mais sem graça ainda, quando depois de meia hora ela pode raciocinar e disse que também achava isso dele.

Parou por um instante examinando e calculando um caminho exato para seguir. Buscou o celular do bolso com a intenção de apenas olhar a foto de seu papel de parede. A foto dela e do seu colega de classe, no dia em que tiveram aquela conversa interessante. Assustou-se um pouco com o barulho do próprio aparelho e depois alargou ainda mais o seu sorriso bobo. Era uma coincidência e tanto ele estar ligando para ela enquanto ela pensava nele naquele exato momento. O nome que brilhava na tela do celular era nada mais nada menos do que Seiya.

— Oi.

Saori?

— Seiya... Nossa, a ligação está péssima... Pode falar mais alto?

... não... não estou escutando Saori, é você? Eu preciso falar com ela. É urgen...

A ligação tinha sido perdida, e ela deu de ombros, mais achou estranho o barulho que fazia no fundo da ligação, e também porque diabos o Seiya estaria lhe ligando naquele horário, sendo que se veriam em minutos.

Pegou o celular novamente, mas dessa vez para olhar as horas, e concluiu que se não se apressasse o mais rápido possível não chegaria a tempo de ver o portão aberto. Pensou então em um atalho.

Mais qual exatamente?

-X-

Seis semanas depois...

— Senhor Mitsumasa, um telefonema do distrito policial. – pulou da cadeira ao ouvir a vós da secretária e imediatamente correu até o telefone, totalmente esperançoso.

— Obrigado, Sayu. Já atendi. – disse tampando o bocal do telefone com as mãos e acenando para a moça que estava na porta. – Pronto.

Boa tarde senhor Kido.

— Alguma notícia da Saori? – seu coração palpitava esperançoso, pois fazia dias que não recebia nenhuma noticia dos policiais.

Bom senhor, fizemos o possível para encontrar alguma pista da sua neta desaparecida, mas chegamos a conclusão que esse caso deve ser encaminhado para outro departamento. E nós já providenciamos isso para o senhor.

— Sim... Eu entendo. Então por favor, peça para que o pessoal do outro departamento entre em contato comigo o mais depressa possível.

Obviamente, senhor.

— Até logo. – desligou o telefone com um suspiro cansado. Quer dizer que aqueles policiais tinham desistido de encontrá-la? Era um absurdo aceitar aquilo.

Pensou em contratar um detetive particular, mas demoraria demais. Sabia como eles eram metódicos e lentos. Queria agilidade e pagaria o que fosse preciso para encontrar a sua neta, que há mais de um mês não tinha voltado para casa. Ele nunca tinha perdido as esperanças, pois sentia que Saori ainda vivia.

'Eu preciso dar um jeito nisso. E vai ser da minha maneira.'

Ligou para o ramal da secretaria e a solicitou em sua sala. Precisava tomar uma atitude drástica.

— Senhor Mitsumasa? – avisou a sua chegada batendo na porta entreaberta, tirando o empresário de seus pensamentos.

— Sayu, eu vou colocar o nome de algumas pessoas aqui nesse caderno, e quero que você encontre o endereço delas para mim, sim? – pegou um pequeno caderno em sua gaveta, e começou a escrever os nomes que vieram a sua cabeça.

— Claro. Alguma coisa mais?

— Ah, sim. Aqui eu também escreverei uma carta e quero que as mande para os todos os endereços. E se possível hoje mesmo. E me avise caso tenha dificuldade para localizar algum deles.

— Sim senhor. Providenciarei isso agora mesmo. – estendeu a mão para pegar o que o outro lhe oferecia.

Saindo da sala de seu chefe, sentou-se em sua cadeira e finalmente pôs os olhos no que estava escrito no tal caderno.

Seu rosto empalideceu e olhos cresciam assustadoramente na medida em que lia os nomes daquela lista. Só teve tempo de pensar uma coisa antes de acionar seus contatos: ' Onde será que aquele velho está com a cabeça?'

Continua...