No dia de seu aniversário

One Shot

By Green Angel

"Essa uma pequena história trágica sobre a vida de um certo garotinho, inocente, quando ele era apenas uma criança de 6 aninhos. Ainda nem conhecia a pessoa pela qual se apaixonaria no futuro, que não passava de um feliz garoto mais velho..."

Shuichi era um menino rico que morava na maior mansão do Japão. Morava com toda sua família (Pais, irmãos, irmãs, tios, tias, enfin, toda a família).

Shuichi era pequeno, portanto sua aparência era idêntica a aparência que ele tem no anime, cabelo rosa, olhos enormes, só que nessa época ele era mais rechonchudo e "fofinho".

Shu-Chan podia ser rico, mas não era aquele tipo de garoto mimado, metido, arrogante, e que faz birra para ter tudo aquilo que queria. Ele era... "normal", era como um garoto que não era rico.

Shuichi tinha uma prima inglesa chamada Jane (Djei-nn :P) e que estava pra chegar em três dias. Não era a primeira vez que vinha ao Japão, vinha quase sempre.

Todo contente em saber da notícia, correu para o seu quarto, pegou o seu "Kit de artes plásticas", tirou tudo o que precisava pra fazer "o que tinha que fazer" e se pôs ao trabalho.

Ele queria lhe fazer uma caixa de papelão de tamanho médio que pudesse ser pendurada no teto. Uma caixa de papelão, mas resistente para ela guardar jóias ou seja lá o quê.

Depois de separar o material necessário, Shu-Chan não sabia se começava, em primeiro a fazer os desenhos na caixa e pintá-los, ou, se construía a caixa em primeiro.

Durante seu grande momento de concentração, Shuichi foi interrompido por batidas fracas, mas altas em sua porta marrom de madeira, com pôsteres de seu grupo preferido.

Em vez de abrir a boca e emitir o som que faz "Entra!", Shuichi, todo fofinho, se deu o trabalho de se levantar, ser cavalheiro e abir a porta de madeira.

"Shuu-Chaaan! Já faz um tempo que a gente ta te chamando pra comer e nem resposta tem!" disse sua irmã mais nova.

Shuichi sorriu inocentemente, fez uma reverência, se desculpou e acompanhou sua irmã até o salão, onde todos já estavam sentados esperando Shuichi para jantarem todos juntos.

Depois da janta, Shuichi não perdeu tempo, foi tomar seu banho rapidinho, depois, subiu a enorme escadaria de sua casa que levava ao seu quarto, abriu a porta de madeira e continuou o que tinha começado.

Três dias depois...

"Pai! Mãe! Não me deixem! Não vão embora! Não me deixem nesse vasto e grande mundo!" Gritava Shuichi enquanto corria atrás daquele avião que levava seus pais... Sorridentes...

Gritava isso sem parar, chorando, chorava como nunca tinha chorado na vida, aquelas lágrimas que se transformavam num mar que o afogava, estava sufocando-o...

"Pipipipi... Pipipipi... Pipipipi"

Shuichi deu um salto na cama, as lágrimas em seu rosto e seu despertador tocando aquele som ("Pipipipi... Pipipipi... Pipipipi"). Chorava por causa daquele pesadelo...

Enxugando as lágrimas, Shu-Chan olhou para o lado e viu seu despertador marcando: nove horas e trinta e um minutos. Logo depois, olhou um pouco mais adiante e viu o presente que tinha feito para Jane que chegaria nesse exato dia.

Estava muito orgulhoso do presente completamente original que daria à ela. Em cada "face" da caixa havia desenhado um animalzinho (não muito "selvagem") diferente.

Na face da frente, um gato, na face de trás, um cachorro. Na face direita havia um pássaro e na face esquerda, um peixinho. Na tampa, ele tinha escrito "I Love You Jane!!!" e tinha desenhado ele abraçando-a.

E, finalmente, em baixo, ele tinha escrito: "Nunca esquecerei de você, você é muito legal, lembre-se de mim sempre que ver essa caixa, você está sempre na minha mente! Ass: Shu".

Shuichi não era apaixonado por Jane, mas era a prima preferida dele por que era ela que o divertia mais.

Apesar de ter 28 anos, Jane sempre sabia como divertir Shuichi e guardava com muito carinho tudo o que ele dava a ela sempre que ela vinha visitá-los no Japão é claro.

Quando Shu foi tomar o seu delicioso e chique café da manhã, a casa estava vazia, não havia ninguém além dos mordomos e empregados que cuidavam de Shuichi na ausência da família.

Shu-Chan tomou seu café da manhã sozinho, escovou os dentes, tomou um banho, voltou para o seu quarto, escreveu um cartãozinho para sua prima, colocou dentro do embrulho, olhou seu relógio de pulso e desceu a escadaria.

Eram nove e cinqüenta e cinco, o vôo de Jane chegava às oito e seu pai prometera chegar por volta das dez horas, dez e quinze da manhã no máximo e ele sempre cumpria suas promessas.

Dez horas. Centenas de limusines entraram na mansão e de uma delas saiu sua prima. Shuichi não se segurou, correu até a sua prima, lhe abraçou forte e lhe entregou o presente.

Ela abriu com cuidado para não rasgar o meigo embrulho de Shuichi. Abriu a caixa que continha o presente, pegou-o com cuidado, analisou com interesse, um grande sorriso no rosto e exclamou:

"It's beautiful! Thank you so much, Shu-Chan!" ("É lindo! Muito obrigado, Shu-Chan!")

Shuichi só soube responder com um sorriso enorme em seu rosto. Um sorriso tão grande que poderia rasgar o seu rosto. Era um sorriso contente, era bom tê-la por perto.

Todos os dias que Jane estava lá eram dias simplesmente inesquecíveis. Shuichi, Jane e Maiko (irmã de Shuichi) iam todos os dias (praticamente) para parques diferentes e se divertiam muito.

Até que chegou o dia do aniversário de Shu-Chan. Mal tinha aberto os olhos e escutou a família toda cantando "Parabéns pra você...". Fazia sete anos.

Shuichi pulou de susto e demorou um tempo pra cair a ficha, mas ele ficou muito feliz e sorridente quando a ficha caiu. Todos levantaram Shu-Chan no ar e levaram-no pra tomar café da manhã.

Depois do almoço, quando estavam andando na rua, Shuichi viu pela primeira vez uma livraria (era a primeira vez que saía pra ir à rua) e logo quis entrar.

Todo empolgado, Shuichi entrou correndo na livraria à procura de livros de arte e de mangás. Como estava correndo meio que sem ver aonde ia, é claro, esbarrou em alguém.

Era um menino que aparentava ser três anos mais velho que Shu-Chan, mas era bem alto. Era um loiro de olhos amarelos que atraíam muito a atenção de Shuichi.

O garoto olhou para Shuichi com um olhar um pouco frio e com uma expressão no rosto de "Que foi?" ou "Por que está me olhando assim?" pois Shuichi o olhava maravilhado.

Encararam-se durante um longo tempo até que uma voz feminina, mas séria, gritou:

"Eiri! Eiri! Vamos, temos que ir!" Disse a menina "chegando" e puchando Eiri pelo braço.

O loiro se virou enquanto andava de costas par Shuichi, o olhava com um olhar, dessa vez, um pouco triste, e seus olhos diziam: "Até que poderia ter sido legal te conhecer..."

Shuichi voltou a si a tempo de gritar: "Gomen!" ("Desculpa!") e aqueles olhos amarelos como o cabelo, aqueles olhos sedutores lhes disseram uma palavra triste: "Adeus..."

Shuichi não encontrou nada que lhe interessasse naquela loja que chamavam de livraria, saiu de lá e passou um ótimo resto de dia pensando naquele garoto loiro.

Às onze horas da noite estava voltando pra casa com a família. Quando saiu da limusine, ele olhou para o céu, o céu escuro repleto de estrelas e um aviãozinho esquisito passando por lá.

Shuichi começou a andar devagarzinho até sua casa, olhando o céu e uma coisa que parecia que ia cair em sua casa. Sua irmã, estudiosa, chegou e perguntou:

"O que você tanto observa nas estrelas? Elas estão bem brilhantes hoje, né, aniversariante?"

Shuichi olhou pra ela e apontou aquele objeto que parecia cada vez mais perto e disse:

"Lá! O que é aquilo, gênia?"

Ela olhou com atenção e quando o objeto quase tocou sua casa ela se pôs na frente de seu irmão mais velho de costas para o lugar onde morava e gritou:

"SHU-CHAN, CUIDADO!!!!"

A bomba atingiu a casa e explodiu toda a mansão, Maiko, desesperada, depois da explosão, muitas lágrimas caindo, viu a casa destruída e saiu correndo em direção a ela gritando:

"PAPAI!!! MAMÃE!!!"

Havia outra bomba caindo do céu, daquele avião, em direção à mansão de novo. Shuichi, chocado pelo que havia acontecido, não conseguindo se mexer, viu a outra bomba chegando e gritou:

"IMOUTO!!! CUIDA..."

BUM!!! Tarde demais. A bomba atingiu a tudo e a todos. A bomba havia destruído tudo a casa de Shuichi, seu lar, onde tinha nascido, e o mais importante e chocante, havia destruído sua família.

Levantou-se bruscamente, correu para o meio do terreno chorando. Parando de corpo em corpo de sua família, empregados e mordomos, sacudia-os para tentar acordá-los. Simplesmente não queria acreditar.

Não conseguia parar de chorar. Sempre, a cada corpo, se agachava, ajoelhado, tocava a pessoa com sua mãozinha tão pequenininha, chacoalhava de leve a pessoa e pedia para acordar.

Chorava e chorava, não conseguia parar. Chegou no meio do terreno, que era seu quarto. Já havia passado todos os cadáveres, já tinha visto todos mortos, seu pai, sua mãe, Maiko... Jane...

No meio do terreno, só encontrou os restos, os restos de uma coisa que tinha feito com muito carinho, de uma coisa colorida que um dia foi cheia de "vida": o presente que tinha feito a Jane.

O presente, o presente dela, todo destruído e seu cartãozinho ao lado, um pouco queimado na ponta baixa direita, mas as palavras ainda estavam um pouco legíveis.

Ainda chorando muito, Shuichi abraçou o cartão e os restos dos presentes, e, finalmente, olhou para o céu, aquele céu escuro repleto de estrelas brilhantes onde no meio delas se encontrava o último balão, amarelo, de seu aniversário.

A polícia e os bombeiros chegaram. Foram buscar Shu-Chan no meio do terreno. Levando-o para fora dali, ele olhou para trás, para cima, e viu aquele balão amarelo.

No balão, ele viu, como se estivesse estampado desde que tinha comprado, o rosto de alguém que havia conhecido naquele dia, que poderia ser aluem importante pra ele no futuro: "o loiro", Eiri.

Fim.

N.A.: Affeee.... Escrevendo o final da fic eu fiquei com vontade de chorar e estou quase chorando agora... Que coisa, me comovo com o que escrevo

-.- Bom, enfim, se vocês gostaram e querem uma continuação,eu faço, só que vai ser outra fanfic, pq eu qro q essa seja absolutamente one shot, blz? Até a próxima!!

Green Angel