Prólogo
Fingir sentimentos, demonstrar alegria mesmo que se queira chorar. Agradecer presentes mesmo quando detestamos o que ganhamos, receber visitas e dizer que está cedo quando o que mais se quer é que elas vão embora. É isso que o mundo nos ensina, é isso que nossos pais nos ensinaram e é o que vamos ensinar aos nossos filhos. As pessoas não estão acostumadas com sinceridade, mesmo as que se dizem mais sinceras. Por mais que alguém seja forte, existe um dia em que todos os sonhos desse alguém começam a desmoronar, como um castelo de areia ao sentir uma onda forte, mas nos ensinaram a fingir tão bem durante todo esse tempo, desde que nascemos que às vezes estamos com o coração em pedaços e preferimos contar piadas para ver todos os amigos sorrirem. Mesmo os amigos mais chegados, os que consideramos irmãos, às vezes não notam a tristeza em nosso olhar, a qual preferimos esconder, fechando os olhos pra algumas coisas, abaixando a cabeça pra outras. Assim vamos levando, vamos sobrevivendo.
Perdemos tanto tempo com isso, respirando por respirar, levantando por levantar, forçando um sorriso... Quando percebemos, a vida passou depressa, como um filme no cinema, onde rimos muito, mas que também nos faz chorar.
Isso é a vida de muitos: pura atuação. Às vezes para chorar, às vezes para fugir dos problemas, mas na maioria delas, para ver os outros chorarem.
Autor desconhecido.
