Elisabeta respirou fundo, abraçada ao travesseiro, tentando conter a respiração. O que havia acabado de acontecer? Já notara que desde que chegaram em São Paulo ela e Darcy estavam explosivos. Cada beijo se tornava mais quente, os toques mais exigentes, os calores cada vez mais intensos, mas ainda não acontecera nada semelhante ao que ocorrera minutos antes.
Pretendia provoca-lo um pouco, afinal estiveram a noite inteira em um jantar programado para irritá-la. Sentira-se acuada pelo comportamento do pai de Darcy, mas não mentira ao dizer que crescia nessas situações. Ainda assim, sentira todo o seu corpo vibrar ao ver Darcy enfrentando o pai para defende-la
Então, quando chegaram ao cortiço e Darcy retirou o paletó, ainda com a coragem de sugerir que Ernesto sentia algo por ela, não pôde mais segurar a vontade de beijá-lo. Mas quando seus lábios se chocaram com os dele, e Darcy a segurara firme, beijando-a intensamente, a realização de que estavam sozinhos a atingiu.
Não esperava que aquilo fosse acontecer, mas quando Darcy a empurrara até a cama, caindo por cima dela, e segurando firme sua coxa, não parecia provável que fossem parar. E agora não sabia se agradecia ou não a queda, e se abençoava ou amaldiçoava Jane e Ema por dividirem o quarto com ela.
Seu corpo estava quente, como nunca antes, e a lembrança da forma como Darcy a tocara, a elevara com apenas uma mão, ou de seus cabelos despenteados ao sair de seu quarto, apenas alimentavam um desejo que se tornava cada vez mais intenso. Mas quando Darcy sugeriu que tivessem ido longe demais, sua única vontade era ir ainda mais longe.
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Darcy encarou Elisabeta desconfiado, ainda ouvindo as risadas de Ema e Jane vindas do quarto. Elisa tinha um sorriso diferente no rosto, e Darcy não podia deixar de lado a sensação de que havia interrompido alguma conversa.
- Sobre o que conversavam, posso saber? – ele perguntou, também sorrindo.
Elisabeta parou abruptamente no corretor, com um sorriso malicioso no rosto.
- Você já sabe. – ela piscou pra ele.
- Já? – ele respondeu galante, virando-se para ela.
- É claro... – Elisabeta deu um passo em direção a ele, acariciando o braço de Darcy e dando leves apertões.
- Eu não estou ciente. – ele sorriu, enlaçando-a pela cintura.
- Sobre o casamento de Jane e Camilo. – Elisabeta sorriu, deixando claro que era uma mentira. – Sobre o que mais seria?
- Pensei que você pudesse estar conversando sobre a noite passada... – Darcy a empurrou alguns passos, encostando Elisabeta na parede próxima a sua porta. – Sobre o jantar do meu pai.
Elisabeta passou os braços ao redor do pescoço de Darcy, fazendo com que ele se inclinasse para beijá-la. Se Elisa não soubesse que era impossível teria achado que as últimas horas de sua vida não existiram. Darcy iniciou o beijo na mesma intensidade da noite anterior. Sua língua tocou a dela com força, provocativa, seus corpos colados, tornando-os cientes do espaço inexistente entre eles.
Darcy sabia que não deveriam estar fazendo isso, muito menos no corredor do cortiço, mas estava cada vez mais difícil manter o controle. Nunca cogitara ter nada com Elisabeta antes do casamento, mas ela plantara a dúvida em sua mente no dia em que fora busca-la no trabalho.
Ludmila havia sugerido que poderiam precisar trancar a porta, e ao invés de Elisabeta reagir com espanto, fora com um sorriso divertido que perguntara se precisariam utilizá-la. E desde então não conseguia tirar a ideia de sua cabeça, e a cada vez que a via apenas tinha mais e mais vontade de beijá-la até que perdesse o fôlego e o afastasse.
Mas Elisabeta parecia nunca colocar o limite que Darcy precisava com urgência que ela estabelecesse. Se ela pedisse para que ele parasse, se o empurrasse agora e dissesse que estavam indo longe demais, ele pararia. Desejando não parar, mas o faria por ela. Porém, se ela não dissesse, ele também não teria mais forças para resistir.
Elisa sentiu Darcy apertá-la forte pela cintura, uma das pernas dele separando as suas, o volume da calça dele que sentira no dia anterior a aquecendo novamente. A mão de Darcy desceu alguns centímetros, vacilante, e Elisabeta percebeu que queria muito que ele a tocasse. Quando os beijos dele desceram um pouco para seu pescoço, Elisa sentiu-se dominada.
Movimentou quase involuntariamente sua perna em direção ao membro de Darcy, e isso pareceu incendiá-lo. Com um gemido baixo, Darcy segurou a bunda de Elisabeta com força, puxando-a contra si, antes de segurar a coxa da namorada e elevá-la alguns centímetros, de modo que chocou-se contra o centro dela, a fazendo perder a respiração.
Elisabeta não conhecia as sensações que descobria a cada segundo, mas quando Darcy movimentou-se levemente, e seu membro deslizou por sua intimidade, Elisabeta precisou segurar-se nele, enquanto puxava-o para outro beijo. Ao sentir a língua da namorada provoca-lo, Darcy respirou fundo, a consciência o atingindo.
Soltou a perna de Elisabeta, desacelerando o beijo. Elisa estranhou por alguns segundos, antes de lembrar-se que estavam no corredor do cortiço, a vista de qualquer pessoa, e que precisava voltar ao trabalho. Encerrando o beijo com um selinho, Darcy esperou que Elisabeta arrumasse o amassado das roupas, enquanto ele fazia o mesmo. Sem mais nenhuma palavra, os dois seguiram de mãos dadas para iniciar o dia.
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Com a partida de Lorde Williamson e os preparativos pro casamento, Darcy e Elisabeta trocaram poucas palavras após o acontecido no corredor. Controlaram ao máximo a vontade de pular nos braços um do outro, uma vez que estavam sempre em publico. Mas agora Jane e Camilo já estavam casados, e embora estivessem em público, as bebidas a mais da comemoração pareciam fazer algum efeito.
Darcy agora abraçava Elisabeta por trás, enquanto observavam a dança dos recém casados. Encostado em um pilar do cortiço, sentia um pouco da inibição desaparecer, enquanto acariciava os cabelos de Elisabeta e arriscava alguns beijos em seu pescoço.
- Queria beijar você agora. – ele disse, fazendo-a rir.
Elisabeta inclinou seu pescoço, roubando um selinho de Darcy.
- Está bom assim? – perguntou com olhar malicioso.
- Não. – ele resmungou, mordendo de leve a orelha de Elisabeta e fazendo-a suspirar baixinho.
Elisabeta virou-se totalmente, entrelaçando as mãos no pescoço de Darcy. Não havia ingerido muita quantidade de bebida alcoolica, mas não estava acostumada e sentia-se mais alegre e confiante do que o normal.
- Nós poderíamos ir buscar alguma coisa no meu quarto. – sussurrou no ouvido dele.
- Eu não acho que é uma boa ideia. – Darcy a segurou pela cintura um pouco mais forte do que o normal.
- Eu poderia te mostrar um pouco mais de paixão. – ela continuou, beijando o rosto dele dessa vez.
- Sua família toda está aqui, alguém vai perceber. – respondeu, já rendido.
- Você está indo comigo buscar mais uma cadeira. – Elisa olhou para os lados. – Olhe quantas pessoas de pé, Darcy. – o puxou pela mão.
Darcy tentou subir o mais discretamente possível, mantendo uma expressão neutra. Sabia que era uma ideia ruim ficar sozinho com Elisabeta, mas com um casamento acontecendo no andar de baixo nenhum deles teria coragem de passar ainda mais dos limites.
Elisabeta o beijou assim que a porta do quarto dela se fechou, incapaz de resistir por mais tempo. Passara a noite inteira grudada à Darcy, completamente ciente das respostas de seu corpo a tudo o que ele fazia. Darcy retribuiu o beijo com intensidade, puxando Elisabeta contra seu corpo.
Darcy mordeu os lábios de Elisabeta, aprofundando o beijo em seguida, enquanto Elisabeta tirava o paletó dele. Jogou a peça de qualquer jeito na escrivaninha, e mesmo sabendo que não deveria, empurrou Elisabeta com delicadeza até a cama. Não parou o beijo enquanto deitavam, segurando as pernas dela de modo a ajeitá-la embaixo dele.
O ângulo permitiu que suas bocas se aproximassem ainda mais, e Elisa segurou os cabelos de Darcy, puxando-o ainda mais para ela. Darcy mal percebeu quando sua mão procurou a barra da saia de Elisabeta, segurando-a pela coxa por cima apenas da combinação. Ela suspirou ao sentir o toque dele, movimentando os quadris involuntariamente em direção à Darcy, que sentia as calças ficando mais desconfortáveis a cada segundo.
Ele desceu os beijos em direção ao pescoço de Elisabeta, passando rapidamente para seu colo, onde um decote discreto deixava parte dos seios dela a mostra. Ela começou a desabotoar o colete de Darcy, a tarefa se tornando difícil a medida que os beijos se tornavam mais ousados e sua mão subia na coxa dela.
Darcy voltou a capturar os lábios dela, e quando Elisabeta terminou de desabotoar a camisa dele e suas mãos o tocaram, Darcy segurou com força a coxa dela. Aprofundou ainda mais o beijo, e então um gemido escapou dos lábios de Elisa quando Darcy a tocou no centro, por cima da combinação. O tecido fino não deixava muito espaço para a imaginação, e Darcy não precisou de tempo para notar o quanto a namorada estava pronta.
Elisa mordeu com força os lábios de Darcy, a medida que a mão dele se tornava mais ousada, em carícias que ela nào imaginava que fossem possíveis. A curiosidade a dominou, e suas mãos desceram até a frente da calça de Darcy, fazendo-o segurar a respiração quando Elisa acariciou seu membro. Ele levou a outra mão até a frente do vestido de Elisabeta, puxando discretamente até exibir um mamilo.
Sorrindo de um jeito malicioso, Darcy beijou a pele recém exposta, pressionando ainda mais forte seus dedos contra o centro de Elisabeta. Sem pensar duas vezes, Elisa abriu a calça de Darcy, uma das mãos invadindo suas ceroulas. Sentiu a pele quente de seu membro, e a temperatura de seu corpo pareceu subir ainda mais.
Darcy expôs o outro seio, dividindo suas atenções entre os dois, enquanto Elisa ousava em suas carícias, explorando o que apenas conhecia pelos livros. A respiração de Darcy acelerava a medida que Elisa o tocava, e sentia a necessidade de tocá-la sem barreiras. Não pretendia de forma alguma avançar ainda mais com toda a família Benedito a alguns passos de distância, mas antes que pudesse perceber, usou sua força para desfazer a costura da combinação de Elisabeta, ao menos até que sua mão pudesse acessá-la sem restrições.
Elisa não conteve um gemido alto quando a mão nua de Darcy tocou sua intimidade, segurando-o ainda mais firme. Darcy calou a namorada com um beijo intenso, instintivamente se movimentando com a mão dela. Elisa manteve o aperto, sentindo-se cada vez mais entregue às mãos de Darcy.
A intensidade das carícias aumentou, e Elisabeta aos poucos começou a sentir o corpo formigando, em uma sensação maravilhosa que nunca sentira. Mas foi de súbito que explodiu, uma onda de prazer a invadindo, um grito que Darcy sufocou com um beijo, enquanto a acariciava lentamente até que toda a sensação se dissipou. Ele ainda se movimentava contra sua mão, e ao recuperar-se Elisabeta seguiu os movimentos dele, acompanhando sua intensidade. Elisa mal notou quando Darcy puxou um pedaço de sua coberta, colocando-o entre eles. Ele a segurou firme quando Elisa sentiu o corpo de Darcy vibrar, seu membro dando alguns espasmos quando um líquido escorreu por sua mão e pelas cobertas.
Darcy a beijou novamente, acariciando-a pela última vez, antes de ajeitar as roupas de Elisabeta e começar a arrumar as suas.
- Ah, Elisabeta. Você não cansa de me surpreender. – ele disse, a puxando para mais um beijo, recebendo um sorriso malicioso dela. – Sorte a sua que sua família está lá embaixo.
- Ah é? – ela riu, colando seu corpo contra o dele. – Por que?
- Porque da próxima vez, se você não me pedir pra parar, eu vou jogar as favas o fato de não sermos casados. – Darcy se afastou, terminando de arrumar suas roupas.
Com um olhar cheio de promessas, pegou a cadeira com uma mão só, deixando o quarto dela com um sorriso no rosto. Quando Elisabeta desceu as escadas mais tarde, totalmente recomposta, ele manteve um sorriso diplomático. Mas quando a puxou par uma dança e colou seus corpos, Elisabeta segurou um suspiro ao notar que ele já estava pronto pra outra.
