Capitulo Um

Brennan e Booth no consultório do Dr. Sweets…

Brennan POV

Sweets: Wow! – Exclama ele, ao ouvir a conclusão de como eu e o Booth nos encontrámos pela primeira vez.

Booth: Depois, quando nos voltámos a encontrar – Booth olha na minha direcção, com um sorriso de orelha a orelha – eu declarei-me a ti, Bren, e tu aceitaste…

Brennan: Não, não foi isso que aconteceu – replico eu ao abanar a cabeça, confusa. – Tu não voltaste a tocar no assunto porque eu fiquei tão zangada contigo por tu fazeres o que fizeste e ainda mais por não voltares a falar no assunto. Até foi preciso encurralares-me no aeroporto para eu me dignar a falar comigo, não te lembras? – Pergunto-lhe.

De repente o seu olhar torna-se vazio, como se estivesse vidrado, não passando uma palavra sequer pela sua boca aberta, sem nenhum membro do seu corpo se mover um centímetro que fosse. E, como se nada se estivesse passado, os seus olhos tornaram-se calorosos e afáveis novamente.

Booth: O que é que se passa, o que é que estamos a fazer aqui? – O seu olhar recai sobre Sweets. – O que é que estás aqui a fazer? Quem é que ficou a tomar conta do bar!? – Inquere ele, olhando em redor, enquanto um único pensamento ocupava a minha mente:

Oh não.

Booth: Que roupas são estas?

Neste momento eu olho para Sweets enquanto este olha para mim. Identifico um reflexo do medo e da confusão que sinto no meu intimo reflectido no seu olhar.

Brennan: Tu disseste que ele estava recuperado! – Exclamo eu num repentino ataque de fúria.

Sweets: Estava… As recaídas são normais neste tipo de situações, quando um paciente passou pelo que ele passou…

Eu interrompo-o.

Brennan: Mas ele parecia estar bem. Quer dizer, nós vimos um palhaço pouco depois de eu voltar e o Booth não o odiou, muito pelo contrário. Ele atende o telefone com a mão errada, sobe as escadas com o pé contrário, esqueceu-se de como se reparava um cano, não conseguia disparar bem a arma e quando a repórter japonesa me veio entrevistar ele não percebeu o sotaque, apesar de ter passado algum tempo no Japão e até ter aprendido a falar um pouco da sua língua. – Listei todos os sintomas que tinha identificado ao longo dos últimos meses, a uma velocidade extraordinária e quase imperceptível de se perceber o que dizia. – Mas…

Estúpida, estúpida, estúpida! Tinha os sinais todos à minha frente e não fui capaz de os ligar, de os conectar… Estúpida! Para um génio, Brennan, às vezes consegues ser uma idiota!

Sweets: Não se preocupe, Dr. Brennan, eu vou tratar de ver o que se passa, eu vou tratar de o voltar a por como antes… – Promete Sweets, uma promessa sem sentido, como poderia ele saber? Limitando-me a abanar a cabeça, olhando para Booth que nos tinha estado a observar.

Booth: O que é que se passa comigo? – Inquere Booth, o meu Booth, olhando-me com olhos suplicantes, com medo a moldar-lhe a voz.

Brennan: Eu… Eu não sei – é tudo o que consigo dizer, enquanto sinto as lágrimas a aflorarem-me aos olhos.

Não sei…