NEVER LET ME GO
AUTORA: MRS SCORPIUS MALFOY
TÍTULO TRADUZIDO: Nunca me deixe ir.
TRADUTORA: LOVEKINGSLAYER
BETA: GABELOST
SHIPPER: Sasusaku
CENSURA: M
SINOPSE: Depois de Sasuke deixar Konoha pela segunda vez,ele e Sakura se tornam correspondentes. Eles se encontram em Iwagakure durante uma dasmissões médicas de Sakura, e ela percebe que nunca poderá deixá-lo ir.
NOTA DA TRADUTORA: Todos os personagens pertencem à Masashi Kishimoto e a história pertence à MrsScorpius Malfoy, a mim pertence apenas a tradução.
DISCLAYMER: All characters belong to Masashi Kishimoto and the story belongs to Mrs Scorpius Malfoy, only the translation belongs to me.
NEVER LET ME GO
"Vejo você quando eu voltar"
Toque
"Obrigado."
Durante os anos de sua ausência na vila, Sasuke manteve comunicação com sua equipe através do envio de cartas uma vez ou outra. Às vezes ele informava sua localização, como se pudesse sentir o quanto Sakura e Naruto estavam preocupados com ele estando tão longe (mais uma vez). Outras vezes, Sasuke enviava coisas que ele encontrava em suas viagens de volta à Konoha. Seus amigos sempre preferiam aquele embargo, ele servia como um símbolo de que o último Uchiha pensava na aldeia como a casa que ele poderia voltar.
Até que um dia, Sakura teve coragem o suficiente para pegar um pergaminho e tinta. Ela sempre preferiu a maneira antiquada de escrever, embora Konoha tivesse avançado tecnologicamente. Ela queria escrever a carta de maneira curta, apenas dizer a ele o que todos estavam fazendo aqui,e que todos estavam felizes ao saber que ele estava vendo o mundo com uma perspectiva diferente. Sakura não mencionou o quanto sentia saudades dele, como o curto período de tempo que passaram juntos quando ele estava se redescobrindo fazia parte de seus dias mais felizes. E como ela desejava mais deles por vir.
O que Sakura não esperava foi o que veio a seguir.
Algumas semanas depois de enviar a carta através de uma lesma invocada, juntamente com antibióticos de cortesia para ajudar na cicatrização de seu braço, Sakura encontrou um pergaminho em sua caixa de correio. Sasuke tinha realmente respondido. Ele lhe desejava o melhor. Disse a ela para que cuidasse de Naruto, que ele deveria começar a seguir Kakashi, mesmo que muitos anos se passassem antes de ele ser eleito Hokage. Em suma, Sasuke estava deixando Sakura saber que ele ainda pensava neles, que suas viagens não distanciariam o time 7, mas os aproximariam.
Então, Sakura escreveu de volta. Semanas se tronaram meses,escrever cartas tornou-se um hábito. Sua mão direita tinha manchas pretas crônicas, que se sujavam seu jaleco branco e roupas civis. Isto não importava para ela, no entanto. As manchas eram um lembrete de que Sasuke escreveria de volta, não importando o tempo que ele iria levar para realmente voltar.
A espera não parecia mais tão pesada em seus ombros.
Mas, claro, Sakura Haruno não seria a kunoichi respeitável que ela se tornou se não fossem os esforços de sua Shishou para melhorar as nações afetadas pela guerra. Ao reunir uma equipe com os melhores médicos das nações Shinobi, Tsunade, depois de se aposentar como Hokage, levou-os às zonas mais afetadas. Isto abalou Sakura, apesar de Konoha estar prosperando após a guerra, ainda havia lugares que sofreram as repercussões dos shinobis mais poderosos, por terem mudado a geografia do continente.
E como esperado, ela escreveu para Sasuke sobre os seus próprios planos de ir para fora e ver o mundo com novos olhos. Agora que estavam em tempos de paz, ela iria prestar mais atenção em atender os que mais precisam. Ela tinha certeza de que ele ficaria feliz com a sua decisão.
A única coisa que ela não previu foi encontrar-seno mesmo lugar que ele.
- Sakura-san, há alguém querendo ver você.
Ela virou-se para um de seus assistentes com curiosidade. Ela não conhecia ninguém em Iwagakure que iria procurá-la, e todas as outras pessoas que ela conhecia estavam viajando em sua equipe com Tsunade. Tirando o jaleco (ainda com manchas de tinta preta e um pouco de sangue),ela começou a deixar a enfermaria infantil no hospital da vila, com a intenção de voltar dali a cinco minutos.
- Aonde você vai? – sua Shishou perguntou quando ela passou pelo saguão do hospital.
- Alguém quer me ver, Tsunade-sama. Estarei de volta em cinco minutos e meio – Sakura respondeu, curvando-se na direção de sua mentora.
A ex-Hokage olha para a sua aluna por alguns segundos antes de desviar seus olhos para a entrada principal. Ela os estreitou muito consciente de que Sakura demoraria muito mais do que apenas cinco minutos para voltar.
Ainda assim, sem fazer qualquer referencia que pudesse estragar a surpresa, Tsunade respondeu:
- Apenas tire uma noite de folga. Você trabalhou muito duro.
E com isso, ela virou-se e dirigiu-se a um corredor antes que Sakura pudesse insistir em voltar para um plantão noturno.
Já era pôr do sol quando ela saiu do hospital, e ela reconheceu a assinatura de seu chakra imediatamente. Seus olhos, abriram-se o máximo que podiam, buscavam a mesma figura alta do jovem rapaz que ela viu deixar Konoha menos do que um ano atrás. Era como se ele estivesse se escondendo dela, esperando ser notado como parte da paisagem do lado de fora, em vez de ser uma figura surgindo dos arredores.
Quando Sakura pousou os olhos nele, foi recebida por uma figura mais alta, capa escura e o cabelo mais ainda.
Lá estava ele de pé, não muito longe dela a ponto de se tornar invisível. Seu único braço balançando para frente e para trás, enquanto ele se aproximava dela com passos calmos, sua expressão facial era a mais serena que ela jáviu.
Tudo o que ela queria fazer era correr em sua direção, envolver seus braços ao redor de seus ombros e enterrar o rosto em seu pescoço. Mas Sakura não tinha mais 12 anos de idade, quando expressava abertamente suas emoções. Ela não tinha mais 16 anos, quando ficava em transe depois de ver o rosto dele. Ela era uma das médicas mais jovens da história em receber tanta honra, era uma heroína de guerra e uma ex-aluna de dois Hokages.
Ainda assim, ela continuava apaixonada por Sasuke e por este motivo ela recorreu a uma simples saudação.
- Sasuke-kun – ela sorria. Muito, a ponto de pensar que um de seus músculos faciais iria entrar em colapso.
Ele parou perto o suficiente para Sakura ver o seu rosto. Ele havia envelhecido também, e suas feições tinham amadurecido um pouco desde a última vez em que se viram. Sasuke permaneceu ali em silêncio, observando-a sem piscar, até que sua boca levantou seu lado direito para mostrar a sua versão de sorriso.
- Sakura.
- Eu não sabia que você estava aqui – ela disse depois que eles começaram a caminhar ao redor da aldeia.
Os postes começaram a ascender iluminando ruas e calçadas. Os civis estavam começando a fechar suas lojas. A vida noturna em Iwa não era tão indisciplinada como Konoha durante os dias da semana, mas Sakura adorava a quietude da aldeia estrangeira e de seu companheiro.
Ela virou-se para dar uma olhada em Sasuke. Ele certamente cresceu muitos centímetros após a sua partida. Ele usava uma bandana na testa, como se estivesse tentando esconder-se dos olhos do público ou apenas tentando controlar seu cabelo mais longo.
Depois de caminhar mais um pouco ao redor, eles encontravam-se sentados em uma taverna que os lembrava de Konoha. O lugar oferecia comida e bebidas, e Sakura só percebeu agora que depois de um dia cheio ajudando pacientes, e da visita inesperada de seu ex-companheiro de time, seu estomago clamava por comida. Sasuke sentou-se em frente a ela, tranqüilo, ainda sem desviar os olhos dela.
Ela notou que ele nunca tinha olhado para ela por um longo espaço de tempo, e talvez fosse por conta da ligação entre eles que reascendeu com o fim da guerra.
- Você – ela começou, sentindo que ficaria menos nervosa se falasse – já usou os antibióticos e o creme que eu lhe enviei?
Ao menos a citação do hábito de trocar cartas um com o outro acalmaria os seus ombros tensos, não acalmaria?
- A cicatrização não está mais tão ruim – Sasuke respondeu – Naruto?
- Ele não é mais um saco, felizmente. Ainda continua um idiota teimoso de vez em quando, ele acha que o braço artificial incomoda. Ele não diz isso em voz alta, mas eu sei que ele não quer usá-lo enquanto você não está usando igual também.
Seus meninos. Em constante competição. Mesmo que estejam separados por uma enorme distância.
Sasuke riu, tomando um gole da sua garrafa de cerveja que a garçonete deixou em sua mesa não muito tempo atrás.
-Kakashi? – perguntou.
- Você sabe, ele continua lendo os mesmos livros. Ele é um grande Hokage. Konoha avançou desde que ele assumiu –Sakura também deu um gole em sua própria cerveja, sentindo a bebida descer pelo seu esôfago e se acumulando no estômago vazio – Quem diria que algum dia nós iríamos beber como adultos?
Aquela noite ainda era surreal em sua mente. Estar sentada na frente de Sasuke. Em Iwagakure*. Enquanto os dois seguiam os seus próprios caminhos na vida. Sakura se perguntava se o destino estava pregando uma peça ou se coincidências realmente aconteciam e ela seria obrigada a encontrar Sasuke de uma forma ou de outra. Então, ela se lembrou de que na sua última carta mencionou a sua estadia de duas semanas em Iwagakure. Talvez ele tivesse aparecido por que estava viajando pelas proximidades e esta era a única oportunidade de eles ficarem juntos.
- Eu nunca pensei que viveria depois dos dezesseis anos – Sasuke confessou.
As cartas haviam aproximado os dois. Mais perto do que Sakura jamais esteve. Mesmo que eles escrevessem sobre coisas mundanas, o que viram ou o que fizeram em um determinado dia, o tom subtendia que Sasuke se importava. Até um certo ponto, ele se importava o suficiente para responder toda vez que Sakura lhe enviava uma carta. E era isto o que Sakura iria receber da traumática-busca-por-redenção-do-seu-amado, então ela poderia aceitar.
- Ter uma segunda chance para fazer as coisas da maneira certa. Para aprender, crer e ter esperança de novo. Eu nunca pensei que teria olhos para isso, depois de tudo o que aconteceu.
Ele era um homem se recuperando. Sakura percebeu como seu chakra ficou tenso enquanto ele falava do passado. Mesmo depois deste tempo separados, Sasuke ainda tinha um longo caminho a percorrer antes de perdoar a si mesmo de maneira plena por todos os pecados cometidos no passado.
Isto a fazia amá-lo mais. Este era o Sasuke por trás das paredes que ele construiu desde que eles eram mais jovens. Aquele rapaz capaz de cuidar e ser paciente. E agora, na privacidade de estarem apenas os dois, no meio de uma aldeia estrangeira, Sakura podia apreciar o quanto o seu amor por ele mudou através dos anos e como ela estava orgulhosa do progresso de Sasuke. Naruto ficaria orgulhoso também.
- Um brinde à novos começos – declarou calmamente, batendo sua garrafa na dele, tomando um longo gole em seguida enquanto Sasuke levanta uma sobrancelha julgando o seu comportamento - Ei, não fique surpreso. Passei muito tempo com Tsunade-sama desde que eu tinha treze anos, posso ter pego um hábito ou dois dela.
Sem dizer nada Sasuke se juntou a ela, bebendo de sua própria cerveja. A comida chegou e eles comeram em silêncio, acompanhados pelos sons das pessoas perto do bar e da música ao fundo. Se não fossem as circunstâncias da sua reunião, Sakura pensaria que este era um...
Sakura corou com o pensamento da palavra que começava com e. Devia ser o álcool fazendo efeito em seu corpo. Mas ela só tinha bebido uma cerveja, não era nada em comparação com hábito de beber socialmente adquirido com sua Shishou!
- Você? –Sasuke finalmente perguntou seus olhos desiguais encarando diretamente os verdes. A mente dela sentia como se a pessoa em sua frente era uma ilusão. Seu Sasuke-kun estava tão perto dela. Tão calmo. E tão atencioso.
- Eu estou bem. – E senti sua falta terrivelmente. – Viajar com Tsunade-sama e os outros médico tem me ensinado muito. Nunca há o suficiente para se saber sobre o mundo, sabe? Principalmente no campo médico. Nós guardamos tudo o que descobrimos as novas técnicas para ajudar as pessoas. Mas ao mesmo tempo, estou devastada com a destruição que ainda perdura depois da guerra. - E o fato de que não o vejo há muito tempo também.
Pensando em seu dia no hospital, sua mente finalmente percebeu o motivo de Tsunade ter dado a ela a noite de folga. Ela deveria lembrar-se de agradecer à sua mentoraamanhã de manhã.
- Você? – ela imitou a pergunta timidamente. Sasuke já havia dito para ela como a vida dele seguia nos últimos tempos, mas ele desejava descobrir mais. Nunca havia espaço ou tinta suficiente para escrever tudo em uma carta.
- Tem dias que é muito difícil – ele começou – É difícil acordar e prosseguir a viagem. Então eu encontro por acaso algo que me lembra a olhar para frente, e assim continuo indo. Quando fica muito difícil, eu olho para isto e digo para eu mesmo suportar.
Sua mão esquerda larga os hashis em cima da mesa e procura por algo sob a sua capa. Sasuke pegou uma pilha que ela pensa serem pergaminhos cuidadosamente dobrados e os coloca ao lado de sua tigela de arroz. Os olhos de Sakura suavizaram ao perceber o que aqueles papéis eram. Ela trouxe uma mão à sua boca, que estava aberta em descrença, cobrindo-a.
- Você as guardou – disse com uma voz fraca.
Ela lutava contra as lágrimas. Era a primeira vez que via Sasuke em muito tempo e não queria estragar tudo isso chorando.
Sasuke puxou um papel, separando-o da pilha e o empurrou pela mesa até que encontrasse os dedos de Sakura. Ela pegou e viu a foto que haviam tirado no dia da cerimônia de posse do Kakashi. Quase como uma imagem no espelho, apesar de alguns anos no futuro, Kakashi ficou atrás de seus três estudantes. Sasuke e Naruto estavam cada um ao lado dela, e ela tinha os braços ao redor de seus dois meninos. Os quatro foram marcados, feridos pela guerra e por serem shinobis, mas nunca pareceram tão contentes em estarem juntos.
Sakura sorriu interiormente, seu coração era conquistado pelo sentimento caloroso que sentia sempre que pensava em Sasuke. Ele realmente se importava. Agora, ele não estava tentado esconder suas emoções por causa de sua vingança e escuridão. Podia sentir livremente, não mais preso pelas correntes do passado.
Ele guardou essa foto com ele depois de todo esse tempo.
E este gesto tocou o coração de Sakura mais do que o toque afetuoso em sua testa que ele lhe deu antes de partir.
- Sasuke-kun, senti saudades de você – ela confessou, olhando para a mesa marrom, com medo de olhar para o rosto dele.
Ela sentiu um par de dedos escovando os dela.
- Você me ajudou muito mais do que imagina.
Quando se tratava de sentimentos, Sasuke nunca foi direto. Mas Sakura manteve os agradecimentos dele, sabendo que a verdadeira mensagem é que através deles conseguiria chegar mais fundo em seu coração.
Eles terminaram a comida, pagaram e saíram da taverna sem dizer mais nada. Sakura percebeu que aquela quietude entre eles era tão bem-vinda quanto compartilhar seus pensamentos através de papel e tinta ou de palavras faladas.
Ela sentia, finalmente, que depois de quase uma década apaixonada, ela podia se expressar abertamente sem precisar lutar com a incerteza de que o chakra dele pudesse se tornar mais sombrio.
Iwa, estruturalmente não se parecia em nada com Konoha. A aldeia era localizada no meio de uma região montanhosa, rodeada por picos cinzentos e cachoeiras. Os prédios se ligavam por pontes suspensas. A noite já tinha tomado conta do céu, com a lua e estrelas brilhando acima dos dois membro do time 7 que se encontravam neste lugar.
Talvez fosse o destino. Ou talvez tenha sido intenção de Sasuke vê-la depois de tanto tempo.
Afinal ele se importava.
- Você tem certeza que não quer o seu braço artificial? – Sakura perguntou enquanto se apoiava em uma das grades da ponte em que estavam. Ali naquele local podia-se realmente apreciar a beleza de Iwakagure. – Ele está na nossa residência, Tsunade-sama o usa para ensinar os outros médicos como imitar a sua técnica a partir da sua prótese. Naruto diz que terá que envolver o braço com uma bandagem para o resto da vida, mas ele finalmente conseguiu produzir um Rasengan depois de algum tempo treinando.
- Eu não o mereço – Sasuke respondeu, olhando para as montanhas distantes dali. – Ainda há muitas coisas pela quais devo passar antes que eu possa aceitá-lo.
Os ombros de Sakura caíram. Ela podia ver como Sasuke tentava punir a si mesmo sendo um shinobi com um braço só. Embora isso não o fizesse menos poderoso.
- Quando você se sentir pronto, estará apenas uma carta de distância – ela ofereceu.
Ela reuniu a mesma coragem que a fez escrever a sua primeira carta para Sasuke, e aventurou sua mão esquerda na direção da direita dele, pegando-a. Ela se lembrou da primeira vez que eles deram às mãos, lá na Floresta da Morte, quando ele estava sofrendo por conta do Selo Amaldiçoado e ela estava em choque sem saber como reagir. Agora, ele era um homem se recuperando do passado e ela era mais capaz de ajudá-lo com a dor física.
Sasuke retribuiu o seu toque. Ele entrelaçou seus dedos longos nos dela, e Sakura sentiu os calos nas mãos dos dois. Ela deu mais um passo para perto dele e encostou sua cabeça no ombro dele. Este era um movimento ousado que ela poderia sonhar em fazer quando mais nova, mas Sasuke não se mexeu do lugar. O coração dela batia muito rápido, quase ensurdecendo seus ouvidos, mas ela apenas fechou seus olhos e abraçou a presença de Sasuke ao seu lado. Ele estava quente, acolhedor, paciente.
Ele separou suas mãos e passou seu braço em volta dos ombros dela, abraçando-a com sua capa enquanto uma brisa suave passava por eles. Sakura o segurou também, finalmente sabendo o que sente quando se abraça o seu amor.
- Têm sido difícil para mim também, sabe? As cartas ajudam às vezes, e sempre que você me envia correspondência de casa, eu fico muito feliz que vocês queiram que eu me instale em Konoha quando chegar a hora. Mas eu estou tão ocupado ultimamente, tão ocupado que nem mesmo consigo escrever pra você tão freqüentemente quanto eu costumava. E eu sinto falta das suas respostas a seguir. Quando eu sinto os meus piores dias, eu penso que tudo é um sonho, que ainda estamos presos na guerra, que nosso time nunca irá voltar a ser o como costumava.
- Nós sempre teremos um laço. Naruto, Kakashi, você, eu. Eu tentei cortá-lo fora, mas é impossível fazer isso com pessoas como vocês.
Sakura riu internamente com isso. Se havia uma coisa que destacava o time 7 era a sua perseverança. Ela olhou para cima e viu o queixo dele. Ele estava tão perto dela, agora mais do que nunca. E ainda parecia um sonho. Ele não estava com medo der ser carinhoso. Ele não estava tentando matar alguém.
Ele estava apenas lá. Fisicamente. Segurando-a como podia com um braço só, enquanto ela observava o reflexo da luz da lua nas feições dele.
Ela só desejava que o tempo pudesse para naquele instante. Mas ele inclinou a cabeça para o lado dela e ela se levantou como podia.
Foi sob a luz da lua e estrelas em Iwagakure, longe de casa, em um encontro inesperado, que eles compartilharam o seu primeiro beijo. Sakura havia beijado meninos antes, pensando em distrair os seus sentimentos daquela pessoa que ela amou a vida inteira, mas foram tentativas fúteis. Ela podia dizer que Sasuke era inexperiente. Os lábios dele se mantiveram em linha reta até que ela começou a mover os dela.
Sakura ficou na ponta dos pés para ter melhor acesso. Ela podia sentir o sabor do arroz e da cerveja em sua língua, assim como o perfume cuja assinatura sempre estava associada à Sasuke. Ele estava... Respondendo. Encontrando confiança,Sakura colocou seus braços em volta do pescoço dele e sentiu o braço de Sasuke em sua cintura, puxando-a mais para perto de sua capa. Ela sentiu as pontas de seu cabelo fazer cócegas em seus dedos e parecia confortável o quanto ele havia deixado crescer.
Eles se separaram por um segundo, e Sakura encontrou os lábios dele tão inchados quanto os dela. Ela queria dizer algo, qualquer coisa, mas ao mesmo tempo queria continuar sentindo cada fibra de seu ser e-
- Eu sou seu – ele declarou.
Sua expressão atônita foi pega com a guarda baixa, sendo surpreendida com um beijo casto. Ele olhou de volta para ela, finalmente desembaraçando seus braços e segurando sua mão mais uma vez.
- Eu sou seu – Sasuke repetiu, a sinceridade em sua voz ressoava em seus ouvidos com um eco interminável.
Ele está... ele está...
Ela não podia imaginar o que se passava na mente de Sasuke quando ele declarou aquelas três palavras, mas ela deduziu que o pensamento esteve dançando na mente dele por algum tempo. Ele manteve contato com as cartas, e sua hipótese, sobre ele aparecer em Iwa quando ela terminava seu turno no hospital, fazia mais sentido agora. Sua cabeça estava leve, como se tivesse consumido uma substância forte e estava captando os movimentos.
Isto. Isto é como se sentia quando se estava amando.
A hospedagem de Sasuke não ficava muito longe de onde eles estavam de pé. Ele tomou-a pela mão, emprestou sua capa para que a honorável Sakura Haruno, respeitável médica e kunoichi de Konoha, não pudesse ser reconhecida pelos moradores enquanto entrava no prédio. Aquilo funcionou, porque ninguém pareceu identificar seu cabelo cor de rosa e o hitaiate escondido.
O quarto não tinha nada especial. Era pequeno, quatro paredes, uma cama de solteiro e uma pequena janela com vista para as montanhas. As luzes estavam apagadas e eles não se importavam em ascendê-las. Sakura retirou a capa pesada e a pôs na beira da cama, encarando seu ex-companheiro de equipe.
Nenhum deles disse uma palavra enquanto ela desamarrava a bandana que cobria o cabelo dele. Ela deixou cair no chão, tudo enquanto seu olhar intenso captava todos os movimentos dela. Ela passou as mãos pelos cabelos negros, sentindo a suavidade contra os seus dedos, e em seguida, as colocou em seus ombros.
- Eu gostei dele assim – Sakura confessou, brincando com a ponta de seus cabelos com os dedos.
Sasuke correu o polegar sobre a bochecha dela, memorizando cada sentimento que irradiava. Sakura podia ver isso em seus olhos, podia ver que ele finalmente deixou o passado para trás e estava pronto para seguir em frente. E ela estava aqui para ajudá-lo,para encorajá-lo.
Ela ficou mais uma vez na ponta de seus pés, beijando suavemente a testa exposta antes de chegar aos seus lábios. Enquanto ainda estavam conectados pelo beijo, ele os guiou para a cama de solteiro, até que ela estava deitada de costas com ele acima dela. Sakura tirou a jaqueta que ele usava, revelando o braço esquerdo enfaixado no final,enquanto o direito sustentava o seu peso.
- Eu vou ficar bem – ele respondeu antes que ela pudesse fazer a pergunta.
Sakura podia ver todas as cicatrizes formadas ao longo dos anos de treinamento e da sua vida clandestina. Ela se perguntava se metade delas foi deixada intacta como um lembrete de seus erros no passado, ela poderia facilmente apagá-las com seus dedos.
Sasuke se colocou de joelhos enquanto estendia seu braço direito para o zíper da blusa dela. Ele fez uma pausa quando estava preste a abri-lo, até que ele a ouviu repetir as palavras que ele disse:
- Você vai ficar bem!
Aquilo parecia tão sincero vindo dela que ele acreditou.
Sakura o deixou despi-la enquanto ela tirava os sapatos e as calças dele. Eles estavam nus, olhando um para o outro sob o luar, Sakura se deleitava em como o corpo de Sasuke era lindo, mesmo com todas aquelas cicatrizes. Todos os arranhões, cortes, contusões e músculos tinham a sua própria memória e ela corria seus dedos sobre todos eles.
Sasuke primeiramente estava desconfortável sob o seu toque, mas se soltou quando ela o guiou para se deitar com ela na cama. Sakura apoiou-se em seu cotovelo para observá-lo ali exposto. Ela entendia o quão vulnerável Sasuke deveria estar se sentindo naquele momento. Abrir-se com outra pessoa, depois de anos se isolando emocionalmente era um salto gigantesco.
Ele confiava nela. E ela estava pronta para ele.
Ela diminuiu a distancia entre eles, sentindo sua pele friccionar contra a dele enquanto ele ganhava mais confiança em si mesmo. Ele começou a passar a mão pelo seu corpo assim como ela havia feito com ele mais cedo. Ela sentia o coração dele bater no mesmo ritmo que o dela, e uma sensação familiar aparecia em sua barriga. Eles estavam desajeitados no começo. Mesmo sendo shinobis, a primeira vez de todo mundo não é sempre a melhor.
Quando Sasuke se posicionou em cima dela mais uma vez, ela teve que ajudá-lo a sustentar-se enquanto se posicionava entre suas pernas e entrou. Sakura segurou uma lamúria na primeira investida, consciente que ia doer.
- Seja gentil – ela disse a ele, que balançou a cabeça, reposicionando-se de uma maneira que não causasse tanta dor à ela – Como você está? – seria mentira se ela não estivesse preocupada com o que restou de seu braço esquerdo.
Sua pergunta foi respondida com um gemido que saiu dos lábios dele, Sakura sabia que eles iam ficam bem.
- Sakura, você deveria san...?
- Não se preocupe com o sangue.
Homens. Eles nunca se importavam em aprender sobre a anatomia feminina.
Na manhã seguinte, Sakura acordou com o toque dos lençóis incomuns e com um braço ao redor de sua figura nua. A dor entre suas coxas era um fator comum que veio com a sua primeira vez, e ela a aceitou sabendo que foi uma decisão sábia. Ela olhou para cima para ver o rosto adormecido de Sasuke, calmamente inspirando e expirando.
Ela beijou seus lábios uma. Duas vezes. E então se aconchegou mais perto do corpo dele, guardando este momento na memória. Os lençóis da cama eram ásperos em sua pele, o colchão muito duro em suas costas, mas ela percebeu que Sasuke deveria estar viajando comum orçamento apertado ou não se preocupava com conforto durante o sono. Afinal, ele não tinha tido acesso aos bens de sua família desde que desertou a vila anos atrás.
A luz entrando pela janela provava que a manhã tinha chegado. Ela lembrou-se dos eventos da noite passada, um rubor apareceu em seu rosto enquanto a sensação eletrizante percorria o seu corpo nu. Sakura sabia que ela deveria acordar corretamente e voltar para o hospital. Tsunade-sama já havia feito bastante por ela deixando-a ter a noite de folga, ela não podia ser mais negligente.
Sakura deu uma última olhada no rosto adormecido de Sasuke e beijou seus lábios. Ela nunca imaginaria que as coisas aconteceriam desta maneira, mas ela não se arrependia de nada.
Ele se importava, no fim das contas.
Ela vestiu suas roupas silenciosamente, seus olhos não podendo evitar em observar o quão pacifico seu amado parecia naquele momento. Era como se os últimos anos não tivessem acontecido, que ele nunca foi afetado com o trauma de perder sua família, nunca tivesse afundado na escuridão e que tivesse perdido seu braço para o seu melhor amigo. Sakura pegou um pequeno pergaminho em sua bolsa, um pouco de tinta, e escreveu um simples agradecimento antes de deixar o papel ao lado da cama de Sasuke.
A dor em suas pernas foi embora dias depois. Seu tempo em Iwa estava quase terminando e Tsunade deveria redirecionar a equipe de volta às suas vilas para que pudessem compartilhar as descobertas que reuniram no tempo que curaram os pacientes. Sakura não mencionou nada sobre a noite que passara com Sasuke, e nem sua Shishou perguntou se ela havia feito algo interessante.
Seu respeito por sua mentora aumentou ainda mais depois daquilo.
Sua lembrança daquela noite brincava repetidamente na sua cabeça. Ela queria revivê-la do começo ao fim, e apreciar verdadeiramente o quanto seu relacionamento com Sasuke havia progredido desde o fim da guerra. Ela nunca poderia deixá-lo ir, ele era muito importante para ela. Ele significava o seu lar real, o único que poderia fazê-la se sentir completa. Embora ela não soubesse nada dele desde que deixou o seu quarto, Sakura não estava esperando muito. Sasuke era uma pessoa reservada, que ainda tinha questões para lidar. Ele já havia demonstrado que se importava, havia se confessado, então agora só tinha que ajudá-lo a manter a ligação entre eles.
Ela entendia sua decisão de continuar viajando sozinho. O mundo tinha muito a oferecer e ela teve a oportunidade de vê-lo com os seus próprios olhos, assim como Naruto teve quando treinou com Jiraiya. Era a vez de Sasuke agora. E assim que ele estivesse pronto, ela estaria esperando-o de braços abertos, seja na entrada de Konoha ou em algum lugar de comum acordo.
Não foi até o último dia em Iwagakure, quando ela estava limpando suas ferramentas e empacotando seus materiais, que ela encontrou Sasuke no escritório que dividia com Tsunade no hospital.
- Sasuke-kun – ela o cumprimentou com um sorriso caloroso, desejando beijar ele ali mesmo. Ela estava consciente que toda a outra equipe os assistiria e ela precisava manter a compostura. – Eu pensei que você tivesse ido embora.
Ele usava a mesma roupa de noite que passaram juntos. Sua katana estava pendurada em suas costas, com o punho virado para o lado direito, enquanto a bolsa que levara consigo de Konoha estava pendurada em seu peito. Seus olhos viajaram do rosto dele em direção ao pequeno papel que estava sobre a mesa. Sakura pegou, virou-o, e leu as palavras de Sasuke.
Eu estou pronto.
Iwagakure* (岩隠れの里, Iwagakure no Sato; Literalmente significa "Vila Oculta da Pedra") é a vila oculta do País da Terra.
TRANSLATOR'S NOTE: First of all, I want to say thank you to Mrs Scorpius Malfoy, who gently gave me her permission to translate Never Let Me Go. Just as the others fanfictions that I've already posted here, this one gave me feelings while I read it, and I wanted to share with non english speakers.
Once again, Thank you G! I Wish you the best!
NOTA DA TRADUTORA: Primeiramente, eu gostaria de agradecer à Mrs Scorpius Malfoy, que gentilmente me permitiu traduzir Never Let Me Go. Assim como as outras fanfics que eu traduzi e postei aqui, essa me deu sentimentos enquanto eu li, e eu queria compartilhar com as pessoas que não entendem inglês.
Mais uma vez, Obrigada G! Te desejo o melhor!
Tem outra pessoa que devo agradecer e também tem como inicial a letra G!
Gabriela, sem dúvidas uma das melhores coisas que me aconteceu nesse fandom doido foi conhecer você!
Pra vocês terem idéia, essa louca betou a história caindo de doente e foi pro hospital em seguida!
Ela também é escritora de fanfics, vocês podem encontrar o perfil (gabelost) dela nos meus favoritos, acreditem não irão se arrepender!
Também planejo postar uma one-shot por mês, tenho pelo menos mais 3 já encaminhadas.
Acho que é só!
Beijos e show me your love!
